França dará 600 milhões a empresas de mídia


Por Andrei Netto

Empresas de mídias impressa e online receberão nos próximos três anos um aporte financeiro de mais de 600 milhões do governo da França. A medida foi anunciada ontem, no Palácio do Eliseu, em Paris, pelo presidente Nicolas Sarkozy. O plano de socorro atende à solicitação dos empresários do setor, que enfrentam uma crise prolongada, endividamento e redução da circulação paga. O projeto foi elaborado a partir do "Estado Geral" - um fórum organizado pelo governo para discutir propostas. A reforma era uma reivindicação da Imprensa Diária Nacional, a reunião de 17 dos maiores veículos de mídia impressa do país. Este grupo, formado entre outros pelos jornais Le Monde, Libération e Le Figaro, cristaliza a crise do setor, que enfrenta déficits crônicos e contração das vendas de 1% ao ano. Desde o lançamento do Estado Geral da Imprensa, em outubro, reuniões vinham sendo realizadas pelo país para debater o impacto das novas tecnologias sobre a circulação de jornais e para analisar os custos industriais como impressão, transporte e distribuição. O plano de incentivo prevê o investimento de 200 milhões por ano no próximo triênio. Entre as medidas de urgência, estão o adiamento das novas tarifas de envio de jornais pelos correios - o maior distribuidor do país -, medida que terá um custo de 12 milhões, o aumento para 70 milhões ao ano do programa destinado a gerar vagas de jornaleiros para estudantes e desempregados, o aumento em 100% das despesas de publicidade do Estado e a exoneração de impostos sobre salários pagos por empresas do setor. O governo também financiará um novo contrato social com trabalhadores das gráficas, reduzindo entre 30% e 40% o custo da impressão. Por fim, alterará a lei que restringe a 20% a participação de companhias de fora da União Europeia no capital das empresas de comunicação francesas. A ideia é estimular a concentração do setor em fortes grupos multimídia. "Não estarei entre aqueles que assistirão ao desaparecimento da imprensa. A uma crise estrutural, somam-se neste momento uma crise conjuntural e uma revolução tecnológica", disse Sarkozy. "A imprensa pode inovar em conteúdo e o Estado pode ajudar a financiar essa inovação." As discussões em torno do plano geram controvérsia desde que o Fórum de Associações de Jornalistas, entidade que representa profissionais de 17 redações do país, abandonou as negociações por "falta de pluralidade". Ontem, o tom foi menos crítico. Ao Estado, François Malye, presidente do fórum, disse que o projeto só não foi melhor porque reforçou o poder dos empresários em detrimento dos jornalistas. "O interesse dos editores foi vencedor." Malye lamentou que os grupos de comunicação tenham de pedir ajuda para reverter a crise. "É triste que estejamos em um país em que a imprensa não tem meios próprios de sobreviver", criticou, descartando que as medidas representem perda da independência em relação ao governo.

Empresas de mídias impressa e online receberão nos próximos três anos um aporte financeiro de mais de 600 milhões do governo da França. A medida foi anunciada ontem, no Palácio do Eliseu, em Paris, pelo presidente Nicolas Sarkozy. O plano de socorro atende à solicitação dos empresários do setor, que enfrentam uma crise prolongada, endividamento e redução da circulação paga. O projeto foi elaborado a partir do "Estado Geral" - um fórum organizado pelo governo para discutir propostas. A reforma era uma reivindicação da Imprensa Diária Nacional, a reunião de 17 dos maiores veículos de mídia impressa do país. Este grupo, formado entre outros pelos jornais Le Monde, Libération e Le Figaro, cristaliza a crise do setor, que enfrenta déficits crônicos e contração das vendas de 1% ao ano. Desde o lançamento do Estado Geral da Imprensa, em outubro, reuniões vinham sendo realizadas pelo país para debater o impacto das novas tecnologias sobre a circulação de jornais e para analisar os custos industriais como impressão, transporte e distribuição. O plano de incentivo prevê o investimento de 200 milhões por ano no próximo triênio. Entre as medidas de urgência, estão o adiamento das novas tarifas de envio de jornais pelos correios - o maior distribuidor do país -, medida que terá um custo de 12 milhões, o aumento para 70 milhões ao ano do programa destinado a gerar vagas de jornaleiros para estudantes e desempregados, o aumento em 100% das despesas de publicidade do Estado e a exoneração de impostos sobre salários pagos por empresas do setor. O governo também financiará um novo contrato social com trabalhadores das gráficas, reduzindo entre 30% e 40% o custo da impressão. Por fim, alterará a lei que restringe a 20% a participação de companhias de fora da União Europeia no capital das empresas de comunicação francesas. A ideia é estimular a concentração do setor em fortes grupos multimídia. "Não estarei entre aqueles que assistirão ao desaparecimento da imprensa. A uma crise estrutural, somam-se neste momento uma crise conjuntural e uma revolução tecnológica", disse Sarkozy. "A imprensa pode inovar em conteúdo e o Estado pode ajudar a financiar essa inovação." As discussões em torno do plano geram controvérsia desde que o Fórum de Associações de Jornalistas, entidade que representa profissionais de 17 redações do país, abandonou as negociações por "falta de pluralidade". Ontem, o tom foi menos crítico. Ao Estado, François Malye, presidente do fórum, disse que o projeto só não foi melhor porque reforçou o poder dos empresários em detrimento dos jornalistas. "O interesse dos editores foi vencedor." Malye lamentou que os grupos de comunicação tenham de pedir ajuda para reverter a crise. "É triste que estejamos em um país em que a imprensa não tem meios próprios de sobreviver", criticou, descartando que as medidas representem perda da independência em relação ao governo.

Empresas de mídias impressa e online receberão nos próximos três anos um aporte financeiro de mais de 600 milhões do governo da França. A medida foi anunciada ontem, no Palácio do Eliseu, em Paris, pelo presidente Nicolas Sarkozy. O plano de socorro atende à solicitação dos empresários do setor, que enfrentam uma crise prolongada, endividamento e redução da circulação paga. O projeto foi elaborado a partir do "Estado Geral" - um fórum organizado pelo governo para discutir propostas. A reforma era uma reivindicação da Imprensa Diária Nacional, a reunião de 17 dos maiores veículos de mídia impressa do país. Este grupo, formado entre outros pelos jornais Le Monde, Libération e Le Figaro, cristaliza a crise do setor, que enfrenta déficits crônicos e contração das vendas de 1% ao ano. Desde o lançamento do Estado Geral da Imprensa, em outubro, reuniões vinham sendo realizadas pelo país para debater o impacto das novas tecnologias sobre a circulação de jornais e para analisar os custos industriais como impressão, transporte e distribuição. O plano de incentivo prevê o investimento de 200 milhões por ano no próximo triênio. Entre as medidas de urgência, estão o adiamento das novas tarifas de envio de jornais pelos correios - o maior distribuidor do país -, medida que terá um custo de 12 milhões, o aumento para 70 milhões ao ano do programa destinado a gerar vagas de jornaleiros para estudantes e desempregados, o aumento em 100% das despesas de publicidade do Estado e a exoneração de impostos sobre salários pagos por empresas do setor. O governo também financiará um novo contrato social com trabalhadores das gráficas, reduzindo entre 30% e 40% o custo da impressão. Por fim, alterará a lei que restringe a 20% a participação de companhias de fora da União Europeia no capital das empresas de comunicação francesas. A ideia é estimular a concentração do setor em fortes grupos multimídia. "Não estarei entre aqueles que assistirão ao desaparecimento da imprensa. A uma crise estrutural, somam-se neste momento uma crise conjuntural e uma revolução tecnológica", disse Sarkozy. "A imprensa pode inovar em conteúdo e o Estado pode ajudar a financiar essa inovação." As discussões em torno do plano geram controvérsia desde que o Fórum de Associações de Jornalistas, entidade que representa profissionais de 17 redações do país, abandonou as negociações por "falta de pluralidade". Ontem, o tom foi menos crítico. Ao Estado, François Malye, presidente do fórum, disse que o projeto só não foi melhor porque reforçou o poder dos empresários em detrimento dos jornalistas. "O interesse dos editores foi vencedor." Malye lamentou que os grupos de comunicação tenham de pedir ajuda para reverter a crise. "É triste que estejamos em um país em que a imprensa não tem meios próprios de sobreviver", criticou, descartando que as medidas representem perda da independência em relação ao governo.

Empresas de mídias impressa e online receberão nos próximos três anos um aporte financeiro de mais de 600 milhões do governo da França. A medida foi anunciada ontem, no Palácio do Eliseu, em Paris, pelo presidente Nicolas Sarkozy. O plano de socorro atende à solicitação dos empresários do setor, que enfrentam uma crise prolongada, endividamento e redução da circulação paga. O projeto foi elaborado a partir do "Estado Geral" - um fórum organizado pelo governo para discutir propostas. A reforma era uma reivindicação da Imprensa Diária Nacional, a reunião de 17 dos maiores veículos de mídia impressa do país. Este grupo, formado entre outros pelos jornais Le Monde, Libération e Le Figaro, cristaliza a crise do setor, que enfrenta déficits crônicos e contração das vendas de 1% ao ano. Desde o lançamento do Estado Geral da Imprensa, em outubro, reuniões vinham sendo realizadas pelo país para debater o impacto das novas tecnologias sobre a circulação de jornais e para analisar os custos industriais como impressão, transporte e distribuição. O plano de incentivo prevê o investimento de 200 milhões por ano no próximo triênio. Entre as medidas de urgência, estão o adiamento das novas tarifas de envio de jornais pelos correios - o maior distribuidor do país -, medida que terá um custo de 12 milhões, o aumento para 70 milhões ao ano do programa destinado a gerar vagas de jornaleiros para estudantes e desempregados, o aumento em 100% das despesas de publicidade do Estado e a exoneração de impostos sobre salários pagos por empresas do setor. O governo também financiará um novo contrato social com trabalhadores das gráficas, reduzindo entre 30% e 40% o custo da impressão. Por fim, alterará a lei que restringe a 20% a participação de companhias de fora da União Europeia no capital das empresas de comunicação francesas. A ideia é estimular a concentração do setor em fortes grupos multimídia. "Não estarei entre aqueles que assistirão ao desaparecimento da imprensa. A uma crise estrutural, somam-se neste momento uma crise conjuntural e uma revolução tecnológica", disse Sarkozy. "A imprensa pode inovar em conteúdo e o Estado pode ajudar a financiar essa inovação." As discussões em torno do plano geram controvérsia desde que o Fórum de Associações de Jornalistas, entidade que representa profissionais de 17 redações do país, abandonou as negociações por "falta de pluralidade". Ontem, o tom foi menos crítico. Ao Estado, François Malye, presidente do fórum, disse que o projeto só não foi melhor porque reforçou o poder dos empresários em detrimento dos jornalistas. "O interesse dos editores foi vencedor." Malye lamentou que os grupos de comunicação tenham de pedir ajuda para reverter a crise. "É triste que estejamos em um país em que a imprensa não tem meios próprios de sobreviver", criticou, descartando que as medidas representem perda da independência em relação ao governo.

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