Governo eleva previsão de receitas extraordinárias em 2014


O governo elevou sua projeção de receitas extraordinárias para o período de maio a dezembro para 24,338 bilhões de reais, mostrou nesta quinta-feira o Relatório de Receitas e Despesas do segundo bimestre divulgado conjuntamente pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda. A estimativa anterior era de que essas receitas extraordinárias totalizassem 18,744 bilhões de reais de março a dezembro. A Receita Federal informou, via assessoria de imprensa, que a projeção para o ano todo será divulgada na sexta-feira. Segundo o documento, houve reduções significativas nas projeções de receitas via Imposto de Renda, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto de Importação, compensadas pela previsão de aumento de 12,5 bilhões de reais em receitas extras com a reabertura do Refis da Crise. O governo incluiu essa previsão enquanto ainda tramita no Congresso a Medida Provisória que estabelece a reabertura do refinanciamento das dívidas. A MP 638, que prevê limites de 10 e 20 por cento de entrada para a adesão ao refinanciamento, ainda precisa ser aprovada pelo plenário do Senado. No relatório, o governo previu receita líquida de 1,093 trilhão de reais neste ano, praticamente igual aos estimado antes. Mas foi feita redução em parte de tributos importantes, como o Imposto de Renda, cuja projeção de receita foi encolhida em 3,6 bilhões de reais neste ano, a 301,2 bilhões de reais. Num cenário de desaceleração econômica e inflação elevada, o governo luta para cumprir a meta ajustada de superávit primário deste ano, de 99 bilhões de reais, equivalente a 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Pesa ainda a desconfiança dos agentes econômicos sobre a política do governo, após o uso de mecanismos fiscais recentemente usados para fechar as contas. Em 12 meses encerrados em março, a economia para o pagamento dos juros da dívida estava em 1,75 por cento do PIB. Pelo relatório divulgado agora, o governo também piorou sua estimativa para o IPCA neste ano a 5,60 por cento, sobre 5,30 por cento na conta anterior. Mas manteve em 2,5 por cento a projeção de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Recentemente, no entanto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia reduzido a projeção de expansão para este ano a 2,3 por cento.

Por LUCIANA OTONI

(Edição de Patrícia Duarte)

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