Governo escala tropa de choque para vencer tentativa da oposição de barrar criação da TLP


MP que tramita no Congresso muda a taxa de juros dos financiamentos do BNDES

Por Idiana Tomazelli e Renan Truffi

BRASÍLIA - O governo vai escalar sua tropa de choque no Congresso Nacional para dar fim às tentativas da oposição de barrar a tramitação da Medida Provisória (MP) que muda a taxa de juros dos financiamentos do BNDES. O presidente da comissão mista que analisa o texto, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), tem sido acusado de “jogar sujo” para travar as discussões da proposta, que é uma das mais importantes e sensíveis para a política econômica do governo.

Articuladores políticos do governo trabalham para reverter a decisão de Lindbergh de cancelar a sessão da comissão marcada para a próxima terça-feira (15), quando seria lido finalmente o relatório favorável do deputado Betinho Gomes (PSDB-PE). A convocação foi transferida para o dia seguinte, 16 de agosto. O texto precisa ser votado até 6 de setembro nas duas casas para não perder a validade.

Lindbergh Farias (PT-RJ)tem sido acusado de 'jogar sujo'para travar discussões da proposta Foto: Dida Sampaio/Estadão
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A leitura do parecer estava prevista para esta semana, mas o senador encerrou a sessão diante do baixo quórum. Só que a base acusa o petista, que é contrário à criação da chamada Taxa de Longo Prazo (TLP), de não ter esperado os 30 minutos regimentais para aguardar a chegada de mais parlamentares. A avaliação do governo é que Lindbergh tem descumprido o acordo de viabilizar as discussões sobre a medida e, pelo contrário, tem atuado para travar os trabalhos da comissão. A reportagem procurou a assessoria do senador, mas não obteve resposta.

Diante do prazo exíguo – a equipe econômica tem menos de um mês para conseguir a aprovação da MP –, a ordem repassada à base é “partir para cima”. O governo já acionou seus principais líderes, Romero Jucá (PMDB-RR) no Senado e André Moura (PSC-SE) no Congresso, para intensificar as articulações.

Entenda como funciona o BNDES

1 | 7

1. O que é o BNDES?

2 | 7

2. O Sistema BNDES

3 | 7

3. Critérios para obter linhas de crédito

4 | 7

4. Setores mais beneficiados

5 | 7

5. Taxas de juros

6 | 7

6. Linhas de financiamento

7 | 7

7. De onde vêm os recursos?

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Em outra frente, a área econômica está negociando medidas para vencer algumas resistências e contemplar parlamentares que desejam um tratamento diferenciado para pequenas e médias empresas, como antecipou o Broadcast. Senadores temem que a nova TLP seja maior do que a atual Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), definida pelo governo a cada três meses e hoje em 7% ao ano, e encareça o crédito para o segmento.

O relator já incluiu em seu parecer um artigo para prever a existência de uma política diferenciada para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) nos empréstimos dados pelo BNDES. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, essa inclusão “prepara o terreno” para o que está sendo negociado entre a área econômica e os parlamentares.

+ Demanda por crédito do BNDES deve aumentar nos próximos meses

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O senador Armando Monteiro (PTB-PE) defende que, durante o período de transição de cinco anos, as MPMEs tenham um tratamento diferenciado, seja com um prazo maior para a mudança, seja com uma redução no custo dos financiamentos. O governo está avaliando as possibilidades, mas a ideia é acatar uma sugestão que não tenha “poder destrutivo” sobre o desenho da TLP, cujo objetivo é reduzir os subsídios bancados pelo Tesouro Nacional.

O aceno às pequenas e médias empresas pode sair também por MP, e o governo trabalha para tentar concluir as negociações até o fim do mês. É a estratégia para conseguir o máximo número de votos favoráveis à TLP nos plenários da Câmara e do Senado a tempo de votar o texto.

Conheça os 10 últimos presidentes do BNDES

1 | 12

Maria Silvia Bastos Marques

Foto: Fábio Motta|Estadão
2 | 12

Paulo Rabello Castro

Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
3 | 12

Luciano Coutinho

Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
4 | 12

fiocca

Foto: ANTONIO MILENA/AE
5 | 12

Guido Mantega

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
6 | 12

Carlos Lessa

Foto: ENTREVISTA/LESSA - CADERNO ALIAS OE JT
7 | 12

Eleazar de Carvalho Filho

Foto: IARA MORSELLI/ESTADÃO
8 | 12

Francisco Gros

Foto: ROBERTO CASTRO/AE
9 | 12

Andrea Sandro Calabi

Foto: RAHEL PATRASSO/FRAME/PAGOS
10 | 12

José Pio Borges de Castro Filho

Foto: ED FERREIRA
11 | 12

André Lara Resende

Foto: MARCOS MENDES/AE PRODUÇÃO FOTO COR
12 | 12

Luiz Carlos Mendonça de Barros

Foto: DANIEL GARCIA
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Nesta sexta, boatos de que o governo deixaria a MP que cria a TLP “caducar” nortearam as apostas nos mercados de juros e câmbio. O rumor foi negado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, em seu perfil no Twitter. “O governo segue firme para a aprovação da TLP, sob o comando do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A TLP é tema de relevância para a política econômica”, afirmou.

O relator Betinho Gomes, que chegou a divulgar nota dizendo que Lindbergh aproveitou a ausência da base na última quarta-feira (9) para descumprir o acordo de permitir a leitura do relatório, também reforçou o compromisso. “(A postura do presidente da comissão) É questão a ser administrada. Haverá tempo sim de votar a matéria. O governo está firme com a TLP e nós vamos aprovar o relatório”, disse.

BRASÍLIA - O governo vai escalar sua tropa de choque no Congresso Nacional para dar fim às tentativas da oposição de barrar a tramitação da Medida Provisória (MP) que muda a taxa de juros dos financiamentos do BNDES. O presidente da comissão mista que analisa o texto, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), tem sido acusado de “jogar sujo” para travar as discussões da proposta, que é uma das mais importantes e sensíveis para a política econômica do governo.

Articuladores políticos do governo trabalham para reverter a decisão de Lindbergh de cancelar a sessão da comissão marcada para a próxima terça-feira (15), quando seria lido finalmente o relatório favorável do deputado Betinho Gomes (PSDB-PE). A convocação foi transferida para o dia seguinte, 16 de agosto. O texto precisa ser votado até 6 de setembro nas duas casas para não perder a validade.

Lindbergh Farias (PT-RJ)tem sido acusado de 'jogar sujo'para travar discussões da proposta Foto: Dida Sampaio/Estadão

A leitura do parecer estava prevista para esta semana, mas o senador encerrou a sessão diante do baixo quórum. Só que a base acusa o petista, que é contrário à criação da chamada Taxa de Longo Prazo (TLP), de não ter esperado os 30 minutos regimentais para aguardar a chegada de mais parlamentares. A avaliação do governo é que Lindbergh tem descumprido o acordo de viabilizar as discussões sobre a medida e, pelo contrário, tem atuado para travar os trabalhos da comissão. A reportagem procurou a assessoria do senador, mas não obteve resposta.

Diante do prazo exíguo – a equipe econômica tem menos de um mês para conseguir a aprovação da MP –, a ordem repassada à base é “partir para cima”. O governo já acionou seus principais líderes, Romero Jucá (PMDB-RR) no Senado e André Moura (PSC-SE) no Congresso, para intensificar as articulações.

Entenda como funciona o BNDES

1 | 7

1. O que é o BNDES?

2 | 7

2. O Sistema BNDES

3 | 7

3. Critérios para obter linhas de crédito

4 | 7

4. Setores mais beneficiados

5 | 7

5. Taxas de juros

6 | 7

6. Linhas de financiamento

7 | 7

7. De onde vêm os recursos?

Em outra frente, a área econômica está negociando medidas para vencer algumas resistências e contemplar parlamentares que desejam um tratamento diferenciado para pequenas e médias empresas, como antecipou o Broadcast. Senadores temem que a nova TLP seja maior do que a atual Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), definida pelo governo a cada três meses e hoje em 7% ao ano, e encareça o crédito para o segmento.

O relator já incluiu em seu parecer um artigo para prever a existência de uma política diferenciada para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) nos empréstimos dados pelo BNDES. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, essa inclusão “prepara o terreno” para o que está sendo negociado entre a área econômica e os parlamentares.

+ Demanda por crédito do BNDES deve aumentar nos próximos meses

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) defende que, durante o período de transição de cinco anos, as MPMEs tenham um tratamento diferenciado, seja com um prazo maior para a mudança, seja com uma redução no custo dos financiamentos. O governo está avaliando as possibilidades, mas a ideia é acatar uma sugestão que não tenha “poder destrutivo” sobre o desenho da TLP, cujo objetivo é reduzir os subsídios bancados pelo Tesouro Nacional.

O aceno às pequenas e médias empresas pode sair também por MP, e o governo trabalha para tentar concluir as negociações até o fim do mês. É a estratégia para conseguir o máximo número de votos favoráveis à TLP nos plenários da Câmara e do Senado a tempo de votar o texto.

Conheça os 10 últimos presidentes do BNDES

1 | 12

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Foto: Fábio Motta|Estadão
2 | 12

Paulo Rabello Castro

Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
3 | 12

Luciano Coutinho

Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO
4 | 12

fiocca

Foto: ANTONIO MILENA/AE
5 | 12

Guido Mantega

Foto: DIDA SAMPAIO/ESTADÃO
6 | 12

Carlos Lessa

Foto: ENTREVISTA/LESSA - CADERNO ALIAS OE JT
7 | 12

Eleazar de Carvalho Filho

Foto: IARA MORSELLI/ESTADÃO
8 | 12

Francisco Gros

Foto: ROBERTO CASTRO/AE
9 | 12

Andrea Sandro Calabi

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10 | 12

José Pio Borges de Castro Filho

Foto: ED FERREIRA
11 | 12

André Lara Resende

Foto: MARCOS MENDES/AE PRODUÇÃO FOTO COR
12 | 12

Luiz Carlos Mendonça de Barros

Foto: DANIEL GARCIA

Nesta sexta, boatos de que o governo deixaria a MP que cria a TLP “caducar” nortearam as apostas nos mercados de juros e câmbio. O rumor foi negado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, em seu perfil no Twitter. “O governo segue firme para a aprovação da TLP, sob o comando do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A TLP é tema de relevância para a política econômica”, afirmou.

O relator Betinho Gomes, que chegou a divulgar nota dizendo que Lindbergh aproveitou a ausência da base na última quarta-feira (9) para descumprir o acordo de permitir a leitura do relatório, também reforçou o compromisso. “(A postura do presidente da comissão) É questão a ser administrada. Haverá tempo sim de votar a matéria. O governo está firme com a TLP e nós vamos aprovar o relatório”, disse.

BRASÍLIA - O governo vai escalar sua tropa de choque no Congresso Nacional para dar fim às tentativas da oposição de barrar a tramitação da Medida Provisória (MP) que muda a taxa de juros dos financiamentos do BNDES. O presidente da comissão mista que analisa o texto, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), tem sido acusado de “jogar sujo” para travar as discussões da proposta, que é uma das mais importantes e sensíveis para a política econômica do governo.

Articuladores políticos do governo trabalham para reverter a decisão de Lindbergh de cancelar a sessão da comissão marcada para a próxima terça-feira (15), quando seria lido finalmente o relatório favorável do deputado Betinho Gomes (PSDB-PE). A convocação foi transferida para o dia seguinte, 16 de agosto. O texto precisa ser votado até 6 de setembro nas duas casas para não perder a validade.

Lindbergh Farias (PT-RJ)tem sido acusado de 'jogar sujo'para travar discussões da proposta Foto: Dida Sampaio/Estadão

A leitura do parecer estava prevista para esta semana, mas o senador encerrou a sessão diante do baixo quórum. Só que a base acusa o petista, que é contrário à criação da chamada Taxa de Longo Prazo (TLP), de não ter esperado os 30 minutos regimentais para aguardar a chegada de mais parlamentares. A avaliação do governo é que Lindbergh tem descumprido o acordo de viabilizar as discussões sobre a medida e, pelo contrário, tem atuado para travar os trabalhos da comissão. A reportagem procurou a assessoria do senador, mas não obteve resposta.

Diante do prazo exíguo – a equipe econômica tem menos de um mês para conseguir a aprovação da MP –, a ordem repassada à base é “partir para cima”. O governo já acionou seus principais líderes, Romero Jucá (PMDB-RR) no Senado e André Moura (PSC-SE) no Congresso, para intensificar as articulações.

Entenda como funciona o BNDES

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1. O que é o BNDES?

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2. O Sistema BNDES

3 | 7

3. Critérios para obter linhas de crédito

4 | 7

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5 | 7

5. Taxas de juros

6 | 7

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7 | 7

7. De onde vêm os recursos?

Em outra frente, a área econômica está negociando medidas para vencer algumas resistências e contemplar parlamentares que desejam um tratamento diferenciado para pequenas e médias empresas, como antecipou o Broadcast. Senadores temem que a nova TLP seja maior do que a atual Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), definida pelo governo a cada três meses e hoje em 7% ao ano, e encareça o crédito para o segmento.

O relator já incluiu em seu parecer um artigo para prever a existência de uma política diferenciada para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) nos empréstimos dados pelo BNDES. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, essa inclusão “prepara o terreno” para o que está sendo negociado entre a área econômica e os parlamentares.

+ Demanda por crédito do BNDES deve aumentar nos próximos meses

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) defende que, durante o período de transição de cinco anos, as MPMEs tenham um tratamento diferenciado, seja com um prazo maior para a mudança, seja com uma redução no custo dos financiamentos. O governo está avaliando as possibilidades, mas a ideia é acatar uma sugestão que não tenha “poder destrutivo” sobre o desenho da TLP, cujo objetivo é reduzir os subsídios bancados pelo Tesouro Nacional.

O aceno às pequenas e médias empresas pode sair também por MP, e o governo trabalha para tentar concluir as negociações até o fim do mês. É a estratégia para conseguir o máximo número de votos favoráveis à TLP nos plenários da Câmara e do Senado a tempo de votar o texto.

Conheça os 10 últimos presidentes do BNDES

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Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
3 | 12

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4 | 12

fiocca

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5 | 12

Guido Mantega

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6 | 12

Carlos Lessa

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7 | 12

Eleazar de Carvalho Filho

Foto: IARA MORSELLI/ESTADÃO
8 | 12

Francisco Gros

Foto: ROBERTO CASTRO/AE
9 | 12

Andrea Sandro Calabi

Foto: RAHEL PATRASSO/FRAME/PAGOS
10 | 12

José Pio Borges de Castro Filho

Foto: ED FERREIRA
11 | 12

André Lara Resende

Foto: MARCOS MENDES/AE PRODUÇÃO FOTO COR
12 | 12

Luiz Carlos Mendonça de Barros

Foto: DANIEL GARCIA

Nesta sexta, boatos de que o governo deixaria a MP que cria a TLP “caducar” nortearam as apostas nos mercados de juros e câmbio. O rumor foi negado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, em seu perfil no Twitter. “O governo segue firme para a aprovação da TLP, sob o comando do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A TLP é tema de relevância para a política econômica”, afirmou.

O relator Betinho Gomes, que chegou a divulgar nota dizendo que Lindbergh aproveitou a ausência da base na última quarta-feira (9) para descumprir o acordo de permitir a leitura do relatório, também reforçou o compromisso. “(A postura do presidente da comissão) É questão a ser administrada. Haverá tempo sim de votar a matéria. O governo está firme com a TLP e nós vamos aprovar o relatório”, disse.

BRASÍLIA - O governo vai escalar sua tropa de choque no Congresso Nacional para dar fim às tentativas da oposição de barrar a tramitação da Medida Provisória (MP) que muda a taxa de juros dos financiamentos do BNDES. O presidente da comissão mista que analisa o texto, senador Lindbergh Farias (PT-RJ), tem sido acusado de “jogar sujo” para travar as discussões da proposta, que é uma das mais importantes e sensíveis para a política econômica do governo.

Articuladores políticos do governo trabalham para reverter a decisão de Lindbergh de cancelar a sessão da comissão marcada para a próxima terça-feira (15), quando seria lido finalmente o relatório favorável do deputado Betinho Gomes (PSDB-PE). A convocação foi transferida para o dia seguinte, 16 de agosto. O texto precisa ser votado até 6 de setembro nas duas casas para não perder a validade.

Lindbergh Farias (PT-RJ)tem sido acusado de 'jogar sujo'para travar discussões da proposta Foto: Dida Sampaio/Estadão

A leitura do parecer estava prevista para esta semana, mas o senador encerrou a sessão diante do baixo quórum. Só que a base acusa o petista, que é contrário à criação da chamada Taxa de Longo Prazo (TLP), de não ter esperado os 30 minutos regimentais para aguardar a chegada de mais parlamentares. A avaliação do governo é que Lindbergh tem descumprido o acordo de viabilizar as discussões sobre a medida e, pelo contrário, tem atuado para travar os trabalhos da comissão. A reportagem procurou a assessoria do senador, mas não obteve resposta.

Diante do prazo exíguo – a equipe econômica tem menos de um mês para conseguir a aprovação da MP –, a ordem repassada à base é “partir para cima”. O governo já acionou seus principais líderes, Romero Jucá (PMDB-RR) no Senado e André Moura (PSC-SE) no Congresso, para intensificar as articulações.

Entenda como funciona o BNDES

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6. Linhas de financiamento

7 | 7

7. De onde vêm os recursos?

Em outra frente, a área econômica está negociando medidas para vencer algumas resistências e contemplar parlamentares que desejam um tratamento diferenciado para pequenas e médias empresas, como antecipou o Broadcast. Senadores temem que a nova TLP seja maior do que a atual Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), definida pelo governo a cada três meses e hoje em 7% ao ano, e encareça o crédito para o segmento.

O relator já incluiu em seu parecer um artigo para prever a existência de uma política diferenciada para as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) nos empréstimos dados pelo BNDES. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, essa inclusão “prepara o terreno” para o que está sendo negociado entre a área econômica e os parlamentares.

+ Demanda por crédito do BNDES deve aumentar nos próximos meses

O senador Armando Monteiro (PTB-PE) defende que, durante o período de transição de cinco anos, as MPMEs tenham um tratamento diferenciado, seja com um prazo maior para a mudança, seja com uma redução no custo dos financiamentos. O governo está avaliando as possibilidades, mas a ideia é acatar uma sugestão que não tenha “poder destrutivo” sobre o desenho da TLP, cujo objetivo é reduzir os subsídios bancados pelo Tesouro Nacional.

O aceno às pequenas e médias empresas pode sair também por MP, e o governo trabalha para tentar concluir as negociações até o fim do mês. É a estratégia para conseguir o máximo número de votos favoráveis à TLP nos plenários da Câmara e do Senado a tempo de votar o texto.

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2 | 12

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4 | 12

fiocca

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5 | 12

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6 | 12

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7 | 12

Eleazar de Carvalho Filho

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8 | 12

Francisco Gros

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9 | 12

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10 | 12

José Pio Borges de Castro Filho

Foto: ED FERREIRA
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André Lara Resende

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12 | 12

Luiz Carlos Mendonça de Barros

Foto: DANIEL GARCIA

Nesta sexta, boatos de que o governo deixaria a MP que cria a TLP “caducar” nortearam as apostas nos mercados de juros e câmbio. O rumor foi negado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, em seu perfil no Twitter. “O governo segue firme para a aprovação da TLP, sob o comando do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A TLP é tema de relevância para a política econômica”, afirmou.

O relator Betinho Gomes, que chegou a divulgar nota dizendo que Lindbergh aproveitou a ausência da base na última quarta-feira (9) para descumprir o acordo de permitir a leitura do relatório, também reforçou o compromisso. “(A postura do presidente da comissão) É questão a ser administrada. Haverá tempo sim de votar a matéria. O governo está firme com a TLP e nós vamos aprovar o relatório”, disse.

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