Governo ofereceu dinheiro para 'digital influencers' defenderem reforma


Planalto buscou no LinkedIn pessoas com grande número de seguidores a fim de angariar apoio para aprovação do projeto

Por Flavia Alemi e Marcelo Osakabe

SÃO PAULO - Na tentativa de angariar mais apoio para a aprovação da reforma da Previdência, o governo teria buscado influenciadores digitais na plataforma LinkedIn com a proposta de pagar artigos que salientassem os aspectos positivos do projeto, apurou o Broadcast Político, serviço de informação em tempo real da Agência Estado.

+++ 'Jogar a toalha é ato de covardia', diz Arthur Maia sobre dificuldades em aprovar a Previdência

A reportagem entrou em contato com quatro deles, todos com grande número de seguidores e considerados "influencers" pela própria plataforma social. Eles confirmaram o convite, mas disseram ter se recusado a escrever e publicar em seus perfis esses publieditoriais, como é conhecido esse tipo de conteúdo. Como a conversa não foi adiante, não saberiam dizer quais os valores seriam pagos pelos textos. Alguns desses usuários relataram o convite em suas próprias páginas no LinkedIn.

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+++ ‘TV Estadão’ debate reforma da Previdência

O Palácio do Planalto intensificou em suas redes sociais as publicações que defendem a importância da reforma da Previdência Foto: Palácio do Planalto

A proposta foi feita através da empresa de marketing digital BR Media Group, empresa que atua justamente no chamado "marketing de influência", gerando conteúdo para marcas nas redes sociais de influenciadores.

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+++ Temer admite que pode ceder em 2 pontos da reforma da Previdência

Segundo duas das pessoas contactadas, foi deixado claro que o cliente era o governo federal, que o conteúdo seria pago e que a ideia era concluir as negociações até o fim desta semana. Uma delas afirmou que, em nenhum momento, foi dito que o caráter publicitário do texto poderia ser deixado claro e que o propósito era claramente o de passar a ideia um "artigo" pessoal. Outra relatou que poderia deixar claro que escrevia a convite do governo.

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Procurado, o sócio da BR Media Group, Celso Ribeiro, confirmou que a empresa entrou em contato com influenciadores digitais, mas negou que o cliente seja o governo ou que o propósito era criar conteúdo "positivo" sobre a reforma.

"Algumas instituições privadas pediram para a gente levantar alguns influenciadores, não para comprar a opinião dos caras, mas para levantar o debate sobre esse tema, que é muito importante", disse. "O nosso papel está sendo muito mais procurar influenciadores que falem com uma audiência qualificada para levantar o tema", acrescentou. Questionado sobre quais seriam essas empresas, Ribeiro preferiu não revelar os nomes, mas disse que eram "duas".

Já o gabinete digital da Secretaria de Comunicação da Presidência da República negou em nota que tenha contrato com a BR Media Group, mas disse que recebeu uma proposta nesse sentido, que foi rejeitada. A nota salienta também que o governo não solicitou ou autorizou a consulta aos usuários da rede social.

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"É prática usual de empresas desse ramo oferecerem esse tipo de serviço, atuarem proativamente e apresentarem propostas comerciais à marcas e governos.Para isso, consultam antecipadamente, os possíveis contratados, para saber de sua disponibilidade em participar ou não com tais depoimentos", diz o texto. O "governo não solicitou os contatos aos usuários do LinkedIn e a proposta apresentada foi rejeitada." 

SÃO PAULO - Na tentativa de angariar mais apoio para a aprovação da reforma da Previdência, o governo teria buscado influenciadores digitais na plataforma LinkedIn com a proposta de pagar artigos que salientassem os aspectos positivos do projeto, apurou o Broadcast Político, serviço de informação em tempo real da Agência Estado.

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A reportagem entrou em contato com quatro deles, todos com grande número de seguidores e considerados "influencers" pela própria plataforma social. Eles confirmaram o convite, mas disseram ter se recusado a escrever e publicar em seus perfis esses publieditoriais, como é conhecido esse tipo de conteúdo. Como a conversa não foi adiante, não saberiam dizer quais os valores seriam pagos pelos textos. Alguns desses usuários relataram o convite em suas próprias páginas no LinkedIn.

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O Palácio do Planalto intensificou em suas redes sociais as publicações que defendem a importância da reforma da Previdência Foto: Palácio do Planalto

A proposta foi feita através da empresa de marketing digital BR Media Group, empresa que atua justamente no chamado "marketing de influência", gerando conteúdo para marcas nas redes sociais de influenciadores.

+++ Temer admite que pode ceder em 2 pontos da reforma da Previdência

Segundo duas das pessoas contactadas, foi deixado claro que o cliente era o governo federal, que o conteúdo seria pago e que a ideia era concluir as negociações até o fim desta semana. Uma delas afirmou que, em nenhum momento, foi dito que o caráter publicitário do texto poderia ser deixado claro e que o propósito era claramente o de passar a ideia um "artigo" pessoal. Outra relatou que poderia deixar claro que escrevia a convite do governo.

Procurado, o sócio da BR Media Group, Celso Ribeiro, confirmou que a empresa entrou em contato com influenciadores digitais, mas negou que o cliente seja o governo ou que o propósito era criar conteúdo "positivo" sobre a reforma.

"Algumas instituições privadas pediram para a gente levantar alguns influenciadores, não para comprar a opinião dos caras, mas para levantar o debate sobre esse tema, que é muito importante", disse. "O nosso papel está sendo muito mais procurar influenciadores que falem com uma audiência qualificada para levantar o tema", acrescentou. Questionado sobre quais seriam essas empresas, Ribeiro preferiu não revelar os nomes, mas disse que eram "duas".

Já o gabinete digital da Secretaria de Comunicação da Presidência da República negou em nota que tenha contrato com a BR Media Group, mas disse que recebeu uma proposta nesse sentido, que foi rejeitada. A nota salienta também que o governo não solicitou ou autorizou a consulta aos usuários da rede social.

"É prática usual de empresas desse ramo oferecerem esse tipo de serviço, atuarem proativamente e apresentarem propostas comerciais à marcas e governos.Para isso, consultam antecipadamente, os possíveis contratados, para saber de sua disponibilidade em participar ou não com tais depoimentos", diz o texto. O "governo não solicitou os contatos aos usuários do LinkedIn e a proposta apresentada foi rejeitada." 

SÃO PAULO - Na tentativa de angariar mais apoio para a aprovação da reforma da Previdência, o governo teria buscado influenciadores digitais na plataforma LinkedIn com a proposta de pagar artigos que salientassem os aspectos positivos do projeto, apurou o Broadcast Político, serviço de informação em tempo real da Agência Estado.

+++ 'Jogar a toalha é ato de covardia', diz Arthur Maia sobre dificuldades em aprovar a Previdência

A reportagem entrou em contato com quatro deles, todos com grande número de seguidores e considerados "influencers" pela própria plataforma social. Eles confirmaram o convite, mas disseram ter se recusado a escrever e publicar em seus perfis esses publieditoriais, como é conhecido esse tipo de conteúdo. Como a conversa não foi adiante, não saberiam dizer quais os valores seriam pagos pelos textos. Alguns desses usuários relataram o convite em suas próprias páginas no LinkedIn.

+++ ‘TV Estadão’ debate reforma da Previdência

O Palácio do Planalto intensificou em suas redes sociais as publicações que defendem a importância da reforma da Previdência Foto: Palácio do Planalto

A proposta foi feita através da empresa de marketing digital BR Media Group, empresa que atua justamente no chamado "marketing de influência", gerando conteúdo para marcas nas redes sociais de influenciadores.

+++ Temer admite que pode ceder em 2 pontos da reforma da Previdência

Segundo duas das pessoas contactadas, foi deixado claro que o cliente era o governo federal, que o conteúdo seria pago e que a ideia era concluir as negociações até o fim desta semana. Uma delas afirmou que, em nenhum momento, foi dito que o caráter publicitário do texto poderia ser deixado claro e que o propósito era claramente o de passar a ideia um "artigo" pessoal. Outra relatou que poderia deixar claro que escrevia a convite do governo.

Procurado, o sócio da BR Media Group, Celso Ribeiro, confirmou que a empresa entrou em contato com influenciadores digitais, mas negou que o cliente seja o governo ou que o propósito era criar conteúdo "positivo" sobre a reforma.

"Algumas instituições privadas pediram para a gente levantar alguns influenciadores, não para comprar a opinião dos caras, mas para levantar o debate sobre esse tema, que é muito importante", disse. "O nosso papel está sendo muito mais procurar influenciadores que falem com uma audiência qualificada para levantar o tema", acrescentou. Questionado sobre quais seriam essas empresas, Ribeiro preferiu não revelar os nomes, mas disse que eram "duas".

Já o gabinete digital da Secretaria de Comunicação da Presidência da República negou em nota que tenha contrato com a BR Media Group, mas disse que recebeu uma proposta nesse sentido, que foi rejeitada. A nota salienta também que o governo não solicitou ou autorizou a consulta aos usuários da rede social.

"É prática usual de empresas desse ramo oferecerem esse tipo de serviço, atuarem proativamente e apresentarem propostas comerciais à marcas e governos.Para isso, consultam antecipadamente, os possíveis contratados, para saber de sua disponibilidade em participar ou não com tais depoimentos", diz o texto. O "governo não solicitou os contatos aos usuários do LinkedIn e a proposta apresentada foi rejeitada." 

SÃO PAULO - Na tentativa de angariar mais apoio para a aprovação da reforma da Previdência, o governo teria buscado influenciadores digitais na plataforma LinkedIn com a proposta de pagar artigos que salientassem os aspectos positivos do projeto, apurou o Broadcast Político, serviço de informação em tempo real da Agência Estado.

+++ 'Jogar a toalha é ato de covardia', diz Arthur Maia sobre dificuldades em aprovar a Previdência

A reportagem entrou em contato com quatro deles, todos com grande número de seguidores e considerados "influencers" pela própria plataforma social. Eles confirmaram o convite, mas disseram ter se recusado a escrever e publicar em seus perfis esses publieditoriais, como é conhecido esse tipo de conteúdo. Como a conversa não foi adiante, não saberiam dizer quais os valores seriam pagos pelos textos. Alguns desses usuários relataram o convite em suas próprias páginas no LinkedIn.

+++ ‘TV Estadão’ debate reforma da Previdência

O Palácio do Planalto intensificou em suas redes sociais as publicações que defendem a importância da reforma da Previdência Foto: Palácio do Planalto

A proposta foi feita através da empresa de marketing digital BR Media Group, empresa que atua justamente no chamado "marketing de influência", gerando conteúdo para marcas nas redes sociais de influenciadores.

+++ Temer admite que pode ceder em 2 pontos da reforma da Previdência

Segundo duas das pessoas contactadas, foi deixado claro que o cliente era o governo federal, que o conteúdo seria pago e que a ideia era concluir as negociações até o fim desta semana. Uma delas afirmou que, em nenhum momento, foi dito que o caráter publicitário do texto poderia ser deixado claro e que o propósito era claramente o de passar a ideia um "artigo" pessoal. Outra relatou que poderia deixar claro que escrevia a convite do governo.

Procurado, o sócio da BR Media Group, Celso Ribeiro, confirmou que a empresa entrou em contato com influenciadores digitais, mas negou que o cliente seja o governo ou que o propósito era criar conteúdo "positivo" sobre a reforma.

"Algumas instituições privadas pediram para a gente levantar alguns influenciadores, não para comprar a opinião dos caras, mas para levantar o debate sobre esse tema, que é muito importante", disse. "O nosso papel está sendo muito mais procurar influenciadores que falem com uma audiência qualificada para levantar o tema", acrescentou. Questionado sobre quais seriam essas empresas, Ribeiro preferiu não revelar os nomes, mas disse que eram "duas".

Já o gabinete digital da Secretaria de Comunicação da Presidência da República negou em nota que tenha contrato com a BR Media Group, mas disse que recebeu uma proposta nesse sentido, que foi rejeitada. A nota salienta também que o governo não solicitou ou autorizou a consulta aos usuários da rede social.

"É prática usual de empresas desse ramo oferecerem esse tipo de serviço, atuarem proativamente e apresentarem propostas comerciais à marcas e governos.Para isso, consultam antecipadamente, os possíveis contratados, para saber de sua disponibilidade em participar ou não com tais depoimentos", diz o texto. O "governo não solicitou os contatos aos usuários do LinkedIn e a proposta apresentada foi rejeitada." 

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