Grécia decide nas urnas se rompe com a austeridade e eleva pressão sobre o euro


Por ANDREI NETTO e ATENAS

Nove milhões de eleitores voltam às urnas hoje na Grécia para decidir entre dois candidatos, empatados nas pesquisas eleitorais. Bem mais do que o comando de um país periférico, a escolha entre Antonis Samaras, da Nova Democracia (ND, direita), e Alexis Tsipras, da Coalizão de Esquerda Radical (Syriza), mexe com a economia global e pode acelerar a espiral de crise que vem colocando em xeque o euro, a moeda única que reúne 17 países. Um mês e 11 dias depois da primeira eleição ao Parlamento, que resultou em um impasse político sem precedentes no país, a Grécia volta às urnas. Embora quase uma dezena de candidatos esteja na briga, os gregos arbitrarão um duelo para decidir quem vai dirigir o novo governo: se Samaras, que tem o apoio dos investidores externos e de líderes europeus, ou Tsipras, o homem que contesta as políticas de austeridade. Todas as atenções se voltam para o programa radical do líder de esquerda. Isso porque seu programa se baseia em medidas que assustam a Europa: declarar nulo - ou pelo menos renegociar - o último programa de socorro de 130 bilhões, concedido pela União Europeia, pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI); acabar com as demissões no setor público; anular a medida que reduziu o salário mínimo de 700 para 480; restabelecer os direitos trabalhistas extintos com as medidas de austeridade; e anular as dívidas de famílias em risco de falência. Nos últimos dois meses, líderes europeus como Angela Merkel, chanceler da Alemanha, e o presidente da França, François Hollande, advertiram que, caso essas decisões sejam adotadas, a Grécia pode ser expulsa da zona do euro. Essa perspectiva apavora os mercados na Europa, porque geraria um calote de pagamentos histórico, superior a € 200 bilhões, e arrasaria o sistema financeiro do país. Assim, contagiaria bancos de todo o bloco, em especial de França e Alemanha, que juntos têm 57,8 bilhões em títulos da dívida grega.O eventual rompimento do acordo colocaria a União Europeia frente à decisão de manter ou desligar os aparelhos que unem a Grécia à zona do euro. Líderes de países como Alemanha, Holanda e Áustria já defenderam essa solução. O problema é que ninguém sabe o custo dessa iniciativa, que alguns analistas de mercado estimam em mais de 1 trilhão - ou quatro vezes o valor total da dívida grega. Tsipras aposta que a Europa não vai cumprir a promessa por medo do contágio da crise por países como Portugal e Espanha. "Não apostem que a Grécia deixará a zona do euro. Vocês vão perder", disse ele, em discurso no qual se dirigiu aos investidores internacionais, na quinta-feira. Na sexta, Samaras, seu adversário, advertiu para o pior: "É a escolha entre o euro e o pesadelo do dracma. É a nossa existência como nação que está em jogo."

Nove milhões de eleitores voltam às urnas hoje na Grécia para decidir entre dois candidatos, empatados nas pesquisas eleitorais. Bem mais do que o comando de um país periférico, a escolha entre Antonis Samaras, da Nova Democracia (ND, direita), e Alexis Tsipras, da Coalizão de Esquerda Radical (Syriza), mexe com a economia global e pode acelerar a espiral de crise que vem colocando em xeque o euro, a moeda única que reúne 17 países. Um mês e 11 dias depois da primeira eleição ao Parlamento, que resultou em um impasse político sem precedentes no país, a Grécia volta às urnas. Embora quase uma dezena de candidatos esteja na briga, os gregos arbitrarão um duelo para decidir quem vai dirigir o novo governo: se Samaras, que tem o apoio dos investidores externos e de líderes europeus, ou Tsipras, o homem que contesta as políticas de austeridade. Todas as atenções se voltam para o programa radical do líder de esquerda. Isso porque seu programa se baseia em medidas que assustam a Europa: declarar nulo - ou pelo menos renegociar - o último programa de socorro de 130 bilhões, concedido pela União Europeia, pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI); acabar com as demissões no setor público; anular a medida que reduziu o salário mínimo de 700 para 480; restabelecer os direitos trabalhistas extintos com as medidas de austeridade; e anular as dívidas de famílias em risco de falência. Nos últimos dois meses, líderes europeus como Angela Merkel, chanceler da Alemanha, e o presidente da França, François Hollande, advertiram que, caso essas decisões sejam adotadas, a Grécia pode ser expulsa da zona do euro. Essa perspectiva apavora os mercados na Europa, porque geraria um calote de pagamentos histórico, superior a € 200 bilhões, e arrasaria o sistema financeiro do país. Assim, contagiaria bancos de todo o bloco, em especial de França e Alemanha, que juntos têm 57,8 bilhões em títulos da dívida grega.O eventual rompimento do acordo colocaria a União Europeia frente à decisão de manter ou desligar os aparelhos que unem a Grécia à zona do euro. Líderes de países como Alemanha, Holanda e Áustria já defenderam essa solução. O problema é que ninguém sabe o custo dessa iniciativa, que alguns analistas de mercado estimam em mais de 1 trilhão - ou quatro vezes o valor total da dívida grega. Tsipras aposta que a Europa não vai cumprir a promessa por medo do contágio da crise por países como Portugal e Espanha. "Não apostem que a Grécia deixará a zona do euro. Vocês vão perder", disse ele, em discurso no qual se dirigiu aos investidores internacionais, na quinta-feira. Na sexta, Samaras, seu adversário, advertiu para o pior: "É a escolha entre o euro e o pesadelo do dracma. É a nossa existência como nação que está em jogo."

Nove milhões de eleitores voltam às urnas hoje na Grécia para decidir entre dois candidatos, empatados nas pesquisas eleitorais. Bem mais do que o comando de um país periférico, a escolha entre Antonis Samaras, da Nova Democracia (ND, direita), e Alexis Tsipras, da Coalizão de Esquerda Radical (Syriza), mexe com a economia global e pode acelerar a espiral de crise que vem colocando em xeque o euro, a moeda única que reúne 17 países. Um mês e 11 dias depois da primeira eleição ao Parlamento, que resultou em um impasse político sem precedentes no país, a Grécia volta às urnas. Embora quase uma dezena de candidatos esteja na briga, os gregos arbitrarão um duelo para decidir quem vai dirigir o novo governo: se Samaras, que tem o apoio dos investidores externos e de líderes europeus, ou Tsipras, o homem que contesta as políticas de austeridade. Todas as atenções se voltam para o programa radical do líder de esquerda. Isso porque seu programa se baseia em medidas que assustam a Europa: declarar nulo - ou pelo menos renegociar - o último programa de socorro de 130 bilhões, concedido pela União Europeia, pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI); acabar com as demissões no setor público; anular a medida que reduziu o salário mínimo de 700 para 480; restabelecer os direitos trabalhistas extintos com as medidas de austeridade; e anular as dívidas de famílias em risco de falência. Nos últimos dois meses, líderes europeus como Angela Merkel, chanceler da Alemanha, e o presidente da França, François Hollande, advertiram que, caso essas decisões sejam adotadas, a Grécia pode ser expulsa da zona do euro. Essa perspectiva apavora os mercados na Europa, porque geraria um calote de pagamentos histórico, superior a € 200 bilhões, e arrasaria o sistema financeiro do país. Assim, contagiaria bancos de todo o bloco, em especial de França e Alemanha, que juntos têm 57,8 bilhões em títulos da dívida grega.O eventual rompimento do acordo colocaria a União Europeia frente à decisão de manter ou desligar os aparelhos que unem a Grécia à zona do euro. Líderes de países como Alemanha, Holanda e Áustria já defenderam essa solução. O problema é que ninguém sabe o custo dessa iniciativa, que alguns analistas de mercado estimam em mais de 1 trilhão - ou quatro vezes o valor total da dívida grega. Tsipras aposta que a Europa não vai cumprir a promessa por medo do contágio da crise por países como Portugal e Espanha. "Não apostem que a Grécia deixará a zona do euro. Vocês vão perder", disse ele, em discurso no qual se dirigiu aos investidores internacionais, na quinta-feira. Na sexta, Samaras, seu adversário, advertiu para o pior: "É a escolha entre o euro e o pesadelo do dracma. É a nossa existência como nação que está em jogo."

Nove milhões de eleitores voltam às urnas hoje na Grécia para decidir entre dois candidatos, empatados nas pesquisas eleitorais. Bem mais do que o comando de um país periférico, a escolha entre Antonis Samaras, da Nova Democracia (ND, direita), e Alexis Tsipras, da Coalizão de Esquerda Radical (Syriza), mexe com a economia global e pode acelerar a espiral de crise que vem colocando em xeque o euro, a moeda única que reúne 17 países. Um mês e 11 dias depois da primeira eleição ao Parlamento, que resultou em um impasse político sem precedentes no país, a Grécia volta às urnas. Embora quase uma dezena de candidatos esteja na briga, os gregos arbitrarão um duelo para decidir quem vai dirigir o novo governo: se Samaras, que tem o apoio dos investidores externos e de líderes europeus, ou Tsipras, o homem que contesta as políticas de austeridade. Todas as atenções se voltam para o programa radical do líder de esquerda. Isso porque seu programa se baseia em medidas que assustam a Europa: declarar nulo - ou pelo menos renegociar - o último programa de socorro de 130 bilhões, concedido pela União Europeia, pelo Banco Central Europeu (BCE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI); acabar com as demissões no setor público; anular a medida que reduziu o salário mínimo de 700 para 480; restabelecer os direitos trabalhistas extintos com as medidas de austeridade; e anular as dívidas de famílias em risco de falência. Nos últimos dois meses, líderes europeus como Angela Merkel, chanceler da Alemanha, e o presidente da França, François Hollande, advertiram que, caso essas decisões sejam adotadas, a Grécia pode ser expulsa da zona do euro. Essa perspectiva apavora os mercados na Europa, porque geraria um calote de pagamentos histórico, superior a € 200 bilhões, e arrasaria o sistema financeiro do país. Assim, contagiaria bancos de todo o bloco, em especial de França e Alemanha, que juntos têm 57,8 bilhões em títulos da dívida grega.O eventual rompimento do acordo colocaria a União Europeia frente à decisão de manter ou desligar os aparelhos que unem a Grécia à zona do euro. Líderes de países como Alemanha, Holanda e Áustria já defenderam essa solução. O problema é que ninguém sabe o custo dessa iniciativa, que alguns analistas de mercado estimam em mais de 1 trilhão - ou quatro vezes o valor total da dívida grega. Tsipras aposta que a Europa não vai cumprir a promessa por medo do contágio da crise por países como Portugal e Espanha. "Não apostem que a Grécia deixará a zona do euro. Vocês vão perder", disse ele, em discurso no qual se dirigiu aos investidores internacionais, na quinta-feira. Na sexta, Samaras, seu adversário, advertiu para o pior: "É a escolha entre o euro e o pesadelo do dracma. É a nossa existência como nação que está em jogo."

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