Grupo francês Casino prepara terreno para venda de participação no GPA


Segundo fontes, franceses contrataram banco para destravar valor do negócio para futura venda, que não deverá incluir atacarejo Assaí; antes, grupo pretende se desfazer de braço de e-commerce CNova e do Éxito, na Argentina e na Colômbia

Por Fernanda Guimarães e Fernando Scheller

O grupo francês Casino contratou o banco brasileiro BR Partners para começar a estruturar a venda de sua fatia no GPA, dono da marca Pão de Açúcar, apurou o Estadão com fontes de mercado. Por enquanto não há nenhuma negociação efetiva em curso, pois o objetivo do Casino, conforme fontes, é se desfazer primeiro Cnova, seu braço de comércio eletrônico, e do Grupo Éxito, com presença na Colômbia, Uruguai e Argentina.

A participação do Casino no GPA é hoje de 41,2%. O negócio como um todo vale pouco mais de R$ 4 bilhões na Bolsa brasileira – mais do que o dobro do que há um ano. A porta de saída se refere somente ao grupo dono da bandeira Pão de Açúcar, e não ao atacarejo Assaí, que é um negócio mais rentável e no qual o Casino pretenderia permanecer. Esse ativo tem hoje um valor de mercado bem maior do que o do GPA: R$ 22,8 bilhões.

Participação do Casino no Grupo Pão de Açúcar é de 41,2%. Foto: Stephane Mahe/Reuters
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O Casino entrou no GPA nos anos 1990, em uma época em que o grupo, então controlado pela família Diniz, enfrentava dificuldades financeiras. O contrato previa que, em 2012, Abilio Diniz passaria aos franceses o controle da companhia. 

Um ano antes dessa data, no entanto, Abilio tentou costurar a união do grupo Pão de Açúcar com o Carrefour, sem passar o comando de negócio ao sócio francês. A tentativa de fusão não deu certo e azedou a relação entre o empresário brasileiro e Jean-Charles Naouri, do Casino.

A resolução do conflito foi tensa e incluiu até mesmo a participação de um dos maiores especialistas do mundo em resolução de conflitos, o antropólogo americano Wiliam Ury. O fim da “guerra”, em 2017, foi selado com a saída de Abilio da empresa fundada por seu pai. Hoje o empresário é um dos principais acionistas do Carrefour, no Brasil e na operação global.

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Estrutura da operação 

Apesar de a operação brasileira não ser a primeira na fila para ser vendida, o banco chegou a sondar o empresário Michael Klein, da família fundadora da Casas Bahia, sobre eventual interesse na aquisição da participação no GPA, segundo fontes.

A ideia seria replicar a mesma estrutura utilizada há dois anos, juntamente com a XP, na qual o empresário comprou a participação do GPA na Via Varejo, recentemente rebatizada de Via

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Naquela operação, o GPA, que era o principal acionista da companhia, vendeu suas ações em um leilão na Bolsa. Klein entrou como comprador e voltou à posição de principal sócio da varejista de eletrodomésticos. A empresa, que à época vivia dificuldades, entrou desde então em um processo de reestruturação, tendo mostrado recuperação em seu balanço.

O empresário teria chegado a participar de algumas reuniões, mas o assunto não andou, ao menos até o momento. Segundo fontes, haveria mais interessados no GPA. A exemplo do que ocorria com a Via dois anos atrás, há a noção de que as lojas do Pão de Açúcar estão precisando de investimentos em modernização.

A venda da fatia do Casino no GPA começou a ganhar força neste ano diante da valorização das ações da companhia na B3, algo impulsionado pela cisão do atacarejo Assaí, que passou a ser uma empresa listada separadamente na B3. A mudança ajudou a destravar o valor do GPA, que subiu cerca de 130% apenas neste ano.

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Esse movimento de valorização continuou nesta segunda-feira, 21, com a movimentação em torno do GPA. Os papéis do grupo subiram 7,88%, para R$ 40,38.

Procurados pela reportagem, Casino e Michael Klein não comentaram. O BR Partners não retornou o contato da reportagem. O GPA disse desconhecer “qualquer informação a respeito do assunto".

O grupo francês Casino contratou o banco brasileiro BR Partners para começar a estruturar a venda de sua fatia no GPA, dono da marca Pão de Açúcar, apurou o Estadão com fontes de mercado. Por enquanto não há nenhuma negociação efetiva em curso, pois o objetivo do Casino, conforme fontes, é se desfazer primeiro Cnova, seu braço de comércio eletrônico, e do Grupo Éxito, com presença na Colômbia, Uruguai e Argentina.

A participação do Casino no GPA é hoje de 41,2%. O negócio como um todo vale pouco mais de R$ 4 bilhões na Bolsa brasileira – mais do que o dobro do que há um ano. A porta de saída se refere somente ao grupo dono da bandeira Pão de Açúcar, e não ao atacarejo Assaí, que é um negócio mais rentável e no qual o Casino pretenderia permanecer. Esse ativo tem hoje um valor de mercado bem maior do que o do GPA: R$ 22,8 bilhões.

Participação do Casino no Grupo Pão de Açúcar é de 41,2%. Foto: Stephane Mahe/Reuters

O Casino entrou no GPA nos anos 1990, em uma época em que o grupo, então controlado pela família Diniz, enfrentava dificuldades financeiras. O contrato previa que, em 2012, Abilio Diniz passaria aos franceses o controle da companhia. 

Um ano antes dessa data, no entanto, Abilio tentou costurar a união do grupo Pão de Açúcar com o Carrefour, sem passar o comando de negócio ao sócio francês. A tentativa de fusão não deu certo e azedou a relação entre o empresário brasileiro e Jean-Charles Naouri, do Casino.

A resolução do conflito foi tensa e incluiu até mesmo a participação de um dos maiores especialistas do mundo em resolução de conflitos, o antropólogo americano Wiliam Ury. O fim da “guerra”, em 2017, foi selado com a saída de Abilio da empresa fundada por seu pai. Hoje o empresário é um dos principais acionistas do Carrefour, no Brasil e na operação global.

Estrutura da operação 

Apesar de a operação brasileira não ser a primeira na fila para ser vendida, o banco chegou a sondar o empresário Michael Klein, da família fundadora da Casas Bahia, sobre eventual interesse na aquisição da participação no GPA, segundo fontes.

A ideia seria replicar a mesma estrutura utilizada há dois anos, juntamente com a XP, na qual o empresário comprou a participação do GPA na Via Varejo, recentemente rebatizada de Via

Naquela operação, o GPA, que era o principal acionista da companhia, vendeu suas ações em um leilão na Bolsa. Klein entrou como comprador e voltou à posição de principal sócio da varejista de eletrodomésticos. A empresa, que à época vivia dificuldades, entrou desde então em um processo de reestruturação, tendo mostrado recuperação em seu balanço.

O empresário teria chegado a participar de algumas reuniões, mas o assunto não andou, ao menos até o momento. Segundo fontes, haveria mais interessados no GPA. A exemplo do que ocorria com a Via dois anos atrás, há a noção de que as lojas do Pão de Açúcar estão precisando de investimentos em modernização.

A venda da fatia do Casino no GPA começou a ganhar força neste ano diante da valorização das ações da companhia na B3, algo impulsionado pela cisão do atacarejo Assaí, que passou a ser uma empresa listada separadamente na B3. A mudança ajudou a destravar o valor do GPA, que subiu cerca de 130% apenas neste ano.

Esse movimento de valorização continuou nesta segunda-feira, 21, com a movimentação em torno do GPA. Os papéis do grupo subiram 7,88%, para R$ 40,38.

Procurados pela reportagem, Casino e Michael Klein não comentaram. O BR Partners não retornou o contato da reportagem. O GPA disse desconhecer “qualquer informação a respeito do assunto".

O grupo francês Casino contratou o banco brasileiro BR Partners para começar a estruturar a venda de sua fatia no GPA, dono da marca Pão de Açúcar, apurou o Estadão com fontes de mercado. Por enquanto não há nenhuma negociação efetiva em curso, pois o objetivo do Casino, conforme fontes, é se desfazer primeiro Cnova, seu braço de comércio eletrônico, e do Grupo Éxito, com presença na Colômbia, Uruguai e Argentina.

A participação do Casino no GPA é hoje de 41,2%. O negócio como um todo vale pouco mais de R$ 4 bilhões na Bolsa brasileira – mais do que o dobro do que há um ano. A porta de saída se refere somente ao grupo dono da bandeira Pão de Açúcar, e não ao atacarejo Assaí, que é um negócio mais rentável e no qual o Casino pretenderia permanecer. Esse ativo tem hoje um valor de mercado bem maior do que o do GPA: R$ 22,8 bilhões.

Participação do Casino no Grupo Pão de Açúcar é de 41,2%. Foto: Stephane Mahe/Reuters

O Casino entrou no GPA nos anos 1990, em uma época em que o grupo, então controlado pela família Diniz, enfrentava dificuldades financeiras. O contrato previa que, em 2012, Abilio Diniz passaria aos franceses o controle da companhia. 

Um ano antes dessa data, no entanto, Abilio tentou costurar a união do grupo Pão de Açúcar com o Carrefour, sem passar o comando de negócio ao sócio francês. A tentativa de fusão não deu certo e azedou a relação entre o empresário brasileiro e Jean-Charles Naouri, do Casino.

A resolução do conflito foi tensa e incluiu até mesmo a participação de um dos maiores especialistas do mundo em resolução de conflitos, o antropólogo americano Wiliam Ury. O fim da “guerra”, em 2017, foi selado com a saída de Abilio da empresa fundada por seu pai. Hoje o empresário é um dos principais acionistas do Carrefour, no Brasil e na operação global.

Estrutura da operação 

Apesar de a operação brasileira não ser a primeira na fila para ser vendida, o banco chegou a sondar o empresário Michael Klein, da família fundadora da Casas Bahia, sobre eventual interesse na aquisição da participação no GPA, segundo fontes.

A ideia seria replicar a mesma estrutura utilizada há dois anos, juntamente com a XP, na qual o empresário comprou a participação do GPA na Via Varejo, recentemente rebatizada de Via

Naquela operação, o GPA, que era o principal acionista da companhia, vendeu suas ações em um leilão na Bolsa. Klein entrou como comprador e voltou à posição de principal sócio da varejista de eletrodomésticos. A empresa, que à época vivia dificuldades, entrou desde então em um processo de reestruturação, tendo mostrado recuperação em seu balanço.

O empresário teria chegado a participar de algumas reuniões, mas o assunto não andou, ao menos até o momento. Segundo fontes, haveria mais interessados no GPA. A exemplo do que ocorria com a Via dois anos atrás, há a noção de que as lojas do Pão de Açúcar estão precisando de investimentos em modernização.

A venda da fatia do Casino no GPA começou a ganhar força neste ano diante da valorização das ações da companhia na B3, algo impulsionado pela cisão do atacarejo Assaí, que passou a ser uma empresa listada separadamente na B3. A mudança ajudou a destravar o valor do GPA, que subiu cerca de 130% apenas neste ano.

Esse movimento de valorização continuou nesta segunda-feira, 21, com a movimentação em torno do GPA. Os papéis do grupo subiram 7,88%, para R$ 40,38.

Procurados pela reportagem, Casino e Michael Klein não comentaram. O BR Partners não retornou o contato da reportagem. O GPA disse desconhecer “qualquer informação a respeito do assunto".

O grupo francês Casino contratou o banco brasileiro BR Partners para começar a estruturar a venda de sua fatia no GPA, dono da marca Pão de Açúcar, apurou o Estadão com fontes de mercado. Por enquanto não há nenhuma negociação efetiva em curso, pois o objetivo do Casino, conforme fontes, é se desfazer primeiro Cnova, seu braço de comércio eletrônico, e do Grupo Éxito, com presença na Colômbia, Uruguai e Argentina.

A participação do Casino no GPA é hoje de 41,2%. O negócio como um todo vale pouco mais de R$ 4 bilhões na Bolsa brasileira – mais do que o dobro do que há um ano. A porta de saída se refere somente ao grupo dono da bandeira Pão de Açúcar, e não ao atacarejo Assaí, que é um negócio mais rentável e no qual o Casino pretenderia permanecer. Esse ativo tem hoje um valor de mercado bem maior do que o do GPA: R$ 22,8 bilhões.

Participação do Casino no Grupo Pão de Açúcar é de 41,2%. Foto: Stephane Mahe/Reuters

O Casino entrou no GPA nos anos 1990, em uma época em que o grupo, então controlado pela família Diniz, enfrentava dificuldades financeiras. O contrato previa que, em 2012, Abilio Diniz passaria aos franceses o controle da companhia. 

Um ano antes dessa data, no entanto, Abilio tentou costurar a união do grupo Pão de Açúcar com o Carrefour, sem passar o comando de negócio ao sócio francês. A tentativa de fusão não deu certo e azedou a relação entre o empresário brasileiro e Jean-Charles Naouri, do Casino.

A resolução do conflito foi tensa e incluiu até mesmo a participação de um dos maiores especialistas do mundo em resolução de conflitos, o antropólogo americano Wiliam Ury. O fim da “guerra”, em 2017, foi selado com a saída de Abilio da empresa fundada por seu pai. Hoje o empresário é um dos principais acionistas do Carrefour, no Brasil e na operação global.

Estrutura da operação 

Apesar de a operação brasileira não ser a primeira na fila para ser vendida, o banco chegou a sondar o empresário Michael Klein, da família fundadora da Casas Bahia, sobre eventual interesse na aquisição da participação no GPA, segundo fontes.

A ideia seria replicar a mesma estrutura utilizada há dois anos, juntamente com a XP, na qual o empresário comprou a participação do GPA na Via Varejo, recentemente rebatizada de Via

Naquela operação, o GPA, que era o principal acionista da companhia, vendeu suas ações em um leilão na Bolsa. Klein entrou como comprador e voltou à posição de principal sócio da varejista de eletrodomésticos. A empresa, que à época vivia dificuldades, entrou desde então em um processo de reestruturação, tendo mostrado recuperação em seu balanço.

O empresário teria chegado a participar de algumas reuniões, mas o assunto não andou, ao menos até o momento. Segundo fontes, haveria mais interessados no GPA. A exemplo do que ocorria com a Via dois anos atrás, há a noção de que as lojas do Pão de Açúcar estão precisando de investimentos em modernização.

A venda da fatia do Casino no GPA começou a ganhar força neste ano diante da valorização das ações da companhia na B3, algo impulsionado pela cisão do atacarejo Assaí, que passou a ser uma empresa listada separadamente na B3. A mudança ajudou a destravar o valor do GPA, que subiu cerca de 130% apenas neste ano.

Esse movimento de valorização continuou nesta segunda-feira, 21, com a movimentação em torno do GPA. Os papéis do grupo subiram 7,88%, para R$ 40,38.

Procurados pela reportagem, Casino e Michael Klein não comentaram. O BR Partners não retornou o contato da reportagem. O GPA disse desconhecer “qualquer informação a respeito do assunto".

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