‘Há motivo para alta, o perigo é achar que ela é consistente’, diz Perfeito


Parte do mercado não está convencido da conversão de Bolsonaro ao receituário ortodoxo, diz economista

Por Pedro Ladislau Leite

Embora não inclua uma queda brusca da Bolsa no radar, André Perfeito, economista-chefe da Spinelli, alerta que, sem encaminhar uma solução para o problema fiscal do País, o bom momento das ações pode ter perna curta. “O investidor brasileiro cai muito fácil nesse canto da sereia e me irrita a ingenuidade de parte do mercado.” A seguir, trechos da entrevista.

André Perfeito, economista-chefe da corretora Spinelli Foto: Divulgação

Como o fator Bolsonaro influencia a valorização das ações? Acreditamos que o mercado está precificando menos um governo Bolsonaro, mas antes a derrota do PT. Sabemos pouco ainda sobre as reais intenções do governo Bolsonaro em temas-chave como privatização e reforma da Previdência. Já sobre o candidato petista temos uma maior concretude das propostas, e a possibilidade de o PT não ganhar é um forte estimulante para a Bolsa. Apesar da alta recente, ainda estamos 15% abaixo do pico registrado este ano antes da greve dos caminhoneiros. Em tese, estamos apenas corrigindo.

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Há espaço para mais alta? Tudo depende de como ele e sua equipe encaminharem certas questões. Sabemos que o desafio é grande e o governo está fazendo água faz tempo. A pergunta na mesa é como ele vai enfrentar isso. Ele vai fechar o buraco no casco diminuindo o tamanho do navio ou vai acelerar o barco para não entrar mais água? Parte do mercado não está convencido da conversão de Bolsonaro ao receituário ortodoxo.

Quais os cenários otimista e pessimista para a Bolsa? Não deve cair muito mais, afinal a Bolsa já foi bastante penalizada nos últimos anos. Apesar do rali recente, o índice ainda está 45% mais baixo que o pico de 2011, se visto em dólares. Há bons motivos para uma correção, mas o perigo reside em acreditar que essa alta é consistente mesmo que não se faça nada. 

A Bolsa está cara? Caro ou barato são termos relativos aos olhos do comprador e o maior comprador no aquário são os estrangeiros. O Brasil está barato nesse sentido e podemos nos beneficiar com a demanda externa, mas cabe aqui muito cuidado. Geralmente, quando “gringo” entra na Bolsa, o índice sobe e cria uma euforia. Mas se entrou, ele “já comprou barato”, logo, tem de tomar cuidado para não dar saída para esse mesmo investidor estrangeiro – ou seja, comprar dele depois mais caro acreditando ainda que pode subir mais. O investidor brasileiro cai muito fácil nesse canto de sereia e me irrita a ingenuidade de parte do mercado com isso.

Embora não inclua uma queda brusca da Bolsa no radar, André Perfeito, economista-chefe da Spinelli, alerta que, sem encaminhar uma solução para o problema fiscal do País, o bom momento das ações pode ter perna curta. “O investidor brasileiro cai muito fácil nesse canto da sereia e me irrita a ingenuidade de parte do mercado.” A seguir, trechos da entrevista.

André Perfeito, economista-chefe da corretora Spinelli Foto: Divulgação

Como o fator Bolsonaro influencia a valorização das ações? Acreditamos que o mercado está precificando menos um governo Bolsonaro, mas antes a derrota do PT. Sabemos pouco ainda sobre as reais intenções do governo Bolsonaro em temas-chave como privatização e reforma da Previdência. Já sobre o candidato petista temos uma maior concretude das propostas, e a possibilidade de o PT não ganhar é um forte estimulante para a Bolsa. Apesar da alta recente, ainda estamos 15% abaixo do pico registrado este ano antes da greve dos caminhoneiros. Em tese, estamos apenas corrigindo.

Há espaço para mais alta? Tudo depende de como ele e sua equipe encaminharem certas questões. Sabemos que o desafio é grande e o governo está fazendo água faz tempo. A pergunta na mesa é como ele vai enfrentar isso. Ele vai fechar o buraco no casco diminuindo o tamanho do navio ou vai acelerar o barco para não entrar mais água? Parte do mercado não está convencido da conversão de Bolsonaro ao receituário ortodoxo.

Quais os cenários otimista e pessimista para a Bolsa? Não deve cair muito mais, afinal a Bolsa já foi bastante penalizada nos últimos anos. Apesar do rali recente, o índice ainda está 45% mais baixo que o pico de 2011, se visto em dólares. Há bons motivos para uma correção, mas o perigo reside em acreditar que essa alta é consistente mesmo que não se faça nada. 

A Bolsa está cara? Caro ou barato são termos relativos aos olhos do comprador e o maior comprador no aquário são os estrangeiros. O Brasil está barato nesse sentido e podemos nos beneficiar com a demanda externa, mas cabe aqui muito cuidado. Geralmente, quando “gringo” entra na Bolsa, o índice sobe e cria uma euforia. Mas se entrou, ele “já comprou barato”, logo, tem de tomar cuidado para não dar saída para esse mesmo investidor estrangeiro – ou seja, comprar dele depois mais caro acreditando ainda que pode subir mais. O investidor brasileiro cai muito fácil nesse canto de sereia e me irrita a ingenuidade de parte do mercado com isso.

Embora não inclua uma queda brusca da Bolsa no radar, André Perfeito, economista-chefe da Spinelli, alerta que, sem encaminhar uma solução para o problema fiscal do País, o bom momento das ações pode ter perna curta. “O investidor brasileiro cai muito fácil nesse canto da sereia e me irrita a ingenuidade de parte do mercado.” A seguir, trechos da entrevista.

André Perfeito, economista-chefe da corretora Spinelli Foto: Divulgação

Como o fator Bolsonaro influencia a valorização das ações? Acreditamos que o mercado está precificando menos um governo Bolsonaro, mas antes a derrota do PT. Sabemos pouco ainda sobre as reais intenções do governo Bolsonaro em temas-chave como privatização e reforma da Previdência. Já sobre o candidato petista temos uma maior concretude das propostas, e a possibilidade de o PT não ganhar é um forte estimulante para a Bolsa. Apesar da alta recente, ainda estamos 15% abaixo do pico registrado este ano antes da greve dos caminhoneiros. Em tese, estamos apenas corrigindo.

Há espaço para mais alta? Tudo depende de como ele e sua equipe encaminharem certas questões. Sabemos que o desafio é grande e o governo está fazendo água faz tempo. A pergunta na mesa é como ele vai enfrentar isso. Ele vai fechar o buraco no casco diminuindo o tamanho do navio ou vai acelerar o barco para não entrar mais água? Parte do mercado não está convencido da conversão de Bolsonaro ao receituário ortodoxo.

Quais os cenários otimista e pessimista para a Bolsa? Não deve cair muito mais, afinal a Bolsa já foi bastante penalizada nos últimos anos. Apesar do rali recente, o índice ainda está 45% mais baixo que o pico de 2011, se visto em dólares. Há bons motivos para uma correção, mas o perigo reside em acreditar que essa alta é consistente mesmo que não se faça nada. 

A Bolsa está cara? Caro ou barato são termos relativos aos olhos do comprador e o maior comprador no aquário são os estrangeiros. O Brasil está barato nesse sentido e podemos nos beneficiar com a demanda externa, mas cabe aqui muito cuidado. Geralmente, quando “gringo” entra na Bolsa, o índice sobe e cria uma euforia. Mas se entrou, ele “já comprou barato”, logo, tem de tomar cuidado para não dar saída para esse mesmo investidor estrangeiro – ou seja, comprar dele depois mais caro acreditando ainda que pode subir mais. O investidor brasileiro cai muito fácil nesse canto de sereia e me irrita a ingenuidade de parte do mercado com isso.

Embora não inclua uma queda brusca da Bolsa no radar, André Perfeito, economista-chefe da Spinelli, alerta que, sem encaminhar uma solução para o problema fiscal do País, o bom momento das ações pode ter perna curta. “O investidor brasileiro cai muito fácil nesse canto da sereia e me irrita a ingenuidade de parte do mercado.” A seguir, trechos da entrevista.

André Perfeito, economista-chefe da corretora Spinelli Foto: Divulgação

Como o fator Bolsonaro influencia a valorização das ações? Acreditamos que o mercado está precificando menos um governo Bolsonaro, mas antes a derrota do PT. Sabemos pouco ainda sobre as reais intenções do governo Bolsonaro em temas-chave como privatização e reforma da Previdência. Já sobre o candidato petista temos uma maior concretude das propostas, e a possibilidade de o PT não ganhar é um forte estimulante para a Bolsa. Apesar da alta recente, ainda estamos 15% abaixo do pico registrado este ano antes da greve dos caminhoneiros. Em tese, estamos apenas corrigindo.

Há espaço para mais alta? Tudo depende de como ele e sua equipe encaminharem certas questões. Sabemos que o desafio é grande e o governo está fazendo água faz tempo. A pergunta na mesa é como ele vai enfrentar isso. Ele vai fechar o buraco no casco diminuindo o tamanho do navio ou vai acelerar o barco para não entrar mais água? Parte do mercado não está convencido da conversão de Bolsonaro ao receituário ortodoxo.

Quais os cenários otimista e pessimista para a Bolsa? Não deve cair muito mais, afinal a Bolsa já foi bastante penalizada nos últimos anos. Apesar do rali recente, o índice ainda está 45% mais baixo que o pico de 2011, se visto em dólares. Há bons motivos para uma correção, mas o perigo reside em acreditar que essa alta é consistente mesmo que não se faça nada. 

A Bolsa está cara? Caro ou barato são termos relativos aos olhos do comprador e o maior comprador no aquário são os estrangeiros. O Brasil está barato nesse sentido e podemos nos beneficiar com a demanda externa, mas cabe aqui muito cuidado. Geralmente, quando “gringo” entra na Bolsa, o índice sobe e cria uma euforia. Mas se entrou, ele “já comprou barato”, logo, tem de tomar cuidado para não dar saída para esse mesmo investidor estrangeiro – ou seja, comprar dele depois mais caro acreditando ainda que pode subir mais. O investidor brasileiro cai muito fácil nesse canto de sereia e me irrita a ingenuidade de parte do mercado com isso.

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