A atividade econômica da Argentina continuou a mostrar vigor em abril com uma expansão de 0,9% em comparação com março e crescimento de 9,0% na comparação anual, de acordo com a estimativa mensal divulgada pela agência nacional de estatística (Indec). Se esses dados estiverem certos, eles sugerem não ter havido qualquer efeito significativo sobre a economia mais ampla das greves e bloqueios de rodovias da crise envolvendo o setor agrícola, que se arrasta há três meses. O número do Indec ficou acima da previsão de consenso dos economistas da última pesquisa do banco central argentino, que era de um crescimento anual de 8,4% em abril. O desempenho de abril pode ter sido ajudado pela restauração de certas atividades naquele mês, quando os fazendeiros suspenderam temporariamente os bloqueios realizados em março. Contudo, havia expectativas de que a ruptura na cadeia de abastecimento ocorrida em março teria um impacto no indicador de abril. De fato, o crescimento de 1,2% na atividade em março em comparação com fevereiro pareceu indicar que o impacto dos protestos ainda não tinha aparecido no indicador de março, mês no qual os fazendeiros iniciaram os protestos contra a elevação do imposto sobre exportação de grãos. Desde a intervenção do governo no Indec no início de 2007, existem suspeitas de manipulação dos indicadores econômicos argentinos, especialmente no dado de inflação. As informações são da Dow Jones.
COM 92% OFF