''Indústria no País ainda corre riscos''


Economistas avaliam que alguns setores industriais no País ainda podem ser duramente atingidos pela crise

Por Adriana Chiarini

Segmentos industriais que ainda não foram fortemente atingidos pela crise podem vir a ser, embora em 14 de 21 setores muito atingidos a situação tenha parado de piorar e já haja até alguns em recuperação. Um quadro incerto, heterogêneo, com oportunidades, mas basicamente sombrio foi montado para os próximos cinco anos por economistas convidados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para um o painel de debates, nas comemorações, ontem, dos 57 anos da instituição. O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Julio Sergio Gomes de Almeida, do Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial (IEDI) e da Universidade de Campinas (Unicamp), iniciou as apresentações mostrando a diversidade com que os setores da indústria estão reagindo à crise. De 76 subsetores, 32 estão com tendência de aumentar o seu contágio pela crise, 19 estão estáveis, 19 estão com contágio menor e seis estão em recuperação, segundo sondagem com empresários. Segundo ele, há setores que estão melhorando, como celulose e automóveis, e há os que vão piorar. "Alimentos e bebidas é um setor que está na fila (de maior contágio)", disse ele. Gomes de Almeida considera que, no longo prazo, a indústria tradicional e de insumos básicos "estão em xeque". Mas, no momento, ele destacou que a queda dos juros está levando os bancos a emprestar mais, sobretudo para o consumo das pessoas físicas, e a habitação tem boas perspectivas. Também citou que o emprego "surpreendentemente" está melhor do que se esperava, porque não se vê para o momento ondas de demissões. Já o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) David Kupfer vê a possibilidade de grande desemprego nos próximos cinco anos, uma onda de fusões e aquisições, com desnacionalização de indústrias, e desconstituição de sistemas de inovação. "Receio que a indústria volte a precarizar e a demitir, matando a origem do ciclo de dinamismo no mercado interno (a renda)", disse Kupfer, que também acredita que a retomada das exportações será lenta. "A indústria tradicional já estava mal antes da crise e tem mais fragilidade competitiva", disse. Segundo ele, a indústria tradicional responde por 60% do emprego tradicional e entre seus setores estão vestuário, têxteis, calçados, alimentos e bebidas, móveis e utensílios domésticos. "Um grande tombo na siderurgia afeta pouco o emprego, mas um pequeno tombo no vestuário é um grande tombo no emprego", afirmou. O professor da Universidade de São Paulo (USP) Guilherme Dias colocou mais dúvidas em relação à indústria. Ele apontou que poder haver uma grande transformação tecnológica em relação à energia. "Se é por aí, para tudo o que é investimento na indústria de bens de consumo duráveis", disse. "Com a TV digital, por 10 a 15 anos ninguém investiu em uma planta de TV de tubo.Temos de analisar onde há essa transformação."

Segmentos industriais que ainda não foram fortemente atingidos pela crise podem vir a ser, embora em 14 de 21 setores muito atingidos a situação tenha parado de piorar e já haja até alguns em recuperação. Um quadro incerto, heterogêneo, com oportunidades, mas basicamente sombrio foi montado para os próximos cinco anos por economistas convidados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para um o painel de debates, nas comemorações, ontem, dos 57 anos da instituição. O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Julio Sergio Gomes de Almeida, do Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial (IEDI) e da Universidade de Campinas (Unicamp), iniciou as apresentações mostrando a diversidade com que os setores da indústria estão reagindo à crise. De 76 subsetores, 32 estão com tendência de aumentar o seu contágio pela crise, 19 estão estáveis, 19 estão com contágio menor e seis estão em recuperação, segundo sondagem com empresários. Segundo ele, há setores que estão melhorando, como celulose e automóveis, e há os que vão piorar. "Alimentos e bebidas é um setor que está na fila (de maior contágio)", disse ele. Gomes de Almeida considera que, no longo prazo, a indústria tradicional e de insumos básicos "estão em xeque". Mas, no momento, ele destacou que a queda dos juros está levando os bancos a emprestar mais, sobretudo para o consumo das pessoas físicas, e a habitação tem boas perspectivas. Também citou que o emprego "surpreendentemente" está melhor do que se esperava, porque não se vê para o momento ondas de demissões. Já o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) David Kupfer vê a possibilidade de grande desemprego nos próximos cinco anos, uma onda de fusões e aquisições, com desnacionalização de indústrias, e desconstituição de sistemas de inovação. "Receio que a indústria volte a precarizar e a demitir, matando a origem do ciclo de dinamismo no mercado interno (a renda)", disse Kupfer, que também acredita que a retomada das exportações será lenta. "A indústria tradicional já estava mal antes da crise e tem mais fragilidade competitiva", disse. Segundo ele, a indústria tradicional responde por 60% do emprego tradicional e entre seus setores estão vestuário, têxteis, calçados, alimentos e bebidas, móveis e utensílios domésticos. "Um grande tombo na siderurgia afeta pouco o emprego, mas um pequeno tombo no vestuário é um grande tombo no emprego", afirmou. O professor da Universidade de São Paulo (USP) Guilherme Dias colocou mais dúvidas em relação à indústria. Ele apontou que poder haver uma grande transformação tecnológica em relação à energia. "Se é por aí, para tudo o que é investimento na indústria de bens de consumo duráveis", disse. "Com a TV digital, por 10 a 15 anos ninguém investiu em uma planta de TV de tubo.Temos de analisar onde há essa transformação."

Segmentos industriais que ainda não foram fortemente atingidos pela crise podem vir a ser, embora em 14 de 21 setores muito atingidos a situação tenha parado de piorar e já haja até alguns em recuperação. Um quadro incerto, heterogêneo, com oportunidades, mas basicamente sombrio foi montado para os próximos cinco anos por economistas convidados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para um o painel de debates, nas comemorações, ontem, dos 57 anos da instituição. O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Julio Sergio Gomes de Almeida, do Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial (IEDI) e da Universidade de Campinas (Unicamp), iniciou as apresentações mostrando a diversidade com que os setores da indústria estão reagindo à crise. De 76 subsetores, 32 estão com tendência de aumentar o seu contágio pela crise, 19 estão estáveis, 19 estão com contágio menor e seis estão em recuperação, segundo sondagem com empresários. Segundo ele, há setores que estão melhorando, como celulose e automóveis, e há os que vão piorar. "Alimentos e bebidas é um setor que está na fila (de maior contágio)", disse ele. Gomes de Almeida considera que, no longo prazo, a indústria tradicional e de insumos básicos "estão em xeque". Mas, no momento, ele destacou que a queda dos juros está levando os bancos a emprestar mais, sobretudo para o consumo das pessoas físicas, e a habitação tem boas perspectivas. Também citou que o emprego "surpreendentemente" está melhor do que se esperava, porque não se vê para o momento ondas de demissões. Já o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) David Kupfer vê a possibilidade de grande desemprego nos próximos cinco anos, uma onda de fusões e aquisições, com desnacionalização de indústrias, e desconstituição de sistemas de inovação. "Receio que a indústria volte a precarizar e a demitir, matando a origem do ciclo de dinamismo no mercado interno (a renda)", disse Kupfer, que também acredita que a retomada das exportações será lenta. "A indústria tradicional já estava mal antes da crise e tem mais fragilidade competitiva", disse. Segundo ele, a indústria tradicional responde por 60% do emprego tradicional e entre seus setores estão vestuário, têxteis, calçados, alimentos e bebidas, móveis e utensílios domésticos. "Um grande tombo na siderurgia afeta pouco o emprego, mas um pequeno tombo no vestuário é um grande tombo no emprego", afirmou. O professor da Universidade de São Paulo (USP) Guilherme Dias colocou mais dúvidas em relação à indústria. Ele apontou que poder haver uma grande transformação tecnológica em relação à energia. "Se é por aí, para tudo o que é investimento na indústria de bens de consumo duráveis", disse. "Com a TV digital, por 10 a 15 anos ninguém investiu em uma planta de TV de tubo.Temos de analisar onde há essa transformação."

Segmentos industriais que ainda não foram fortemente atingidos pela crise podem vir a ser, embora em 14 de 21 setores muito atingidos a situação tenha parado de piorar e já haja até alguns em recuperação. Um quadro incerto, heterogêneo, com oportunidades, mas basicamente sombrio foi montado para os próximos cinco anos por economistas convidados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para um o painel de debates, nas comemorações, ontem, dos 57 anos da instituição. O ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Julio Sergio Gomes de Almeida, do Instituto de Estudos de Desenvolvimento Industrial (IEDI) e da Universidade de Campinas (Unicamp), iniciou as apresentações mostrando a diversidade com que os setores da indústria estão reagindo à crise. De 76 subsetores, 32 estão com tendência de aumentar o seu contágio pela crise, 19 estão estáveis, 19 estão com contágio menor e seis estão em recuperação, segundo sondagem com empresários. Segundo ele, há setores que estão melhorando, como celulose e automóveis, e há os que vão piorar. "Alimentos e bebidas é um setor que está na fila (de maior contágio)", disse ele. Gomes de Almeida considera que, no longo prazo, a indústria tradicional e de insumos básicos "estão em xeque". Mas, no momento, ele destacou que a queda dos juros está levando os bancos a emprestar mais, sobretudo para o consumo das pessoas físicas, e a habitação tem boas perspectivas. Também citou que o emprego "surpreendentemente" está melhor do que se esperava, porque não se vê para o momento ondas de demissões. Já o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) David Kupfer vê a possibilidade de grande desemprego nos próximos cinco anos, uma onda de fusões e aquisições, com desnacionalização de indústrias, e desconstituição de sistemas de inovação. "Receio que a indústria volte a precarizar e a demitir, matando a origem do ciclo de dinamismo no mercado interno (a renda)", disse Kupfer, que também acredita que a retomada das exportações será lenta. "A indústria tradicional já estava mal antes da crise e tem mais fragilidade competitiva", disse. Segundo ele, a indústria tradicional responde por 60% do emprego tradicional e entre seus setores estão vestuário, têxteis, calçados, alimentos e bebidas, móveis e utensílios domésticos. "Um grande tombo na siderurgia afeta pouco o emprego, mas um pequeno tombo no vestuário é um grande tombo no emprego", afirmou. O professor da Universidade de São Paulo (USP) Guilherme Dias colocou mais dúvidas em relação à indústria. Ele apontou que poder haver uma grande transformação tecnológica em relação à energia. "Se é por aí, para tudo o que é investimento na indústria de bens de consumo duráveis", disse. "Com a TV digital, por 10 a 15 anos ninguém investiu em uma planta de TV de tubo.Temos de analisar onde há essa transformação."

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