Inflação de serviços é a menor desde 2000


Preços subiram 3,3% até novembro do ano passado, depois de anos com altas superiores a 8%

Por Márcia De Chiara
Norberto, cabeleireiro há 35 anos, foi atender clientes em salão com preço menor Foto: Hélvio Romero/Estadão

A lenta recuperação da economia tirou o fôlego dos reajustes dos serviços que devem ter encerrado 2018 com a menor variação de preços desde o ano 2000. Até novembro – último dado disponível –, a inflação de serviços que inclui, por exemplo, gastos com cabeleireiro, lavanderia e restaurante, acumulava alta de 3,3% no ano. No mesmo período, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tinha subido 3,59%. 

Após anos seguidos resistindo nas alturas, com alta superior a 8%, a inflação de serviços deve ter encerrado 2018 com variação em torno de 3,5%. O resultado é um ponto porcentual abaixo do de 2017 e ligeiramente menor do que a inflação geral de 3,7% esperada para o ano, segundo projeções de consultorias. Na sexta-feira, o IBGE divulga o IPCA de 2018.

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Segundo economistas, vários fatores combinados contribuíram para a desaceleração da inflação de serviços de 2018 a ponto de o indicador ter ficado abaixo do índice geral de inflação, o que não ocorria desde 2015. 

Para o economista-chefe da LCA Consultores, Braulio Borges, o que mais pesou para redução do ritmo de reajustes dos serviços foi o enfraquecimento do mercado de trabalho, que ainda convive com desemprego elevado (11,6%). O economista explica que o setor de serviços é intensivo em mão de obra e que o seu principal custo é o salário. Com a desocupação elevada, os gastos com salários se reduziram e isso ajudou a segurar os reajustes. “A desaceleração da inflação dos serviços é o lado bom de uma situação ruim”, diz Borges, fazendo menção à lenta retomada da atividade.

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O economista Fabio Silveira, diretor da consultoria MacroSector, lembra que entre dezembro de 2014 e novembro de 2018, mais de um milhão de postos de trabalho formais foram fechados na indústria de transformação. “Essas pessoas foram procurar emprego no setor de serviços”, diz. A maior oferta de mão de obra achatou ainda mais os salários. Fora isso, o próprio setor desativou 620 mil vagas formais no período, contribuindo para a redução de salários e de custos. Ele acrescenta que o uso intensivo de tecnologia ajudou também a reduzir gastos.

Outro fator que joga a favor da contenção de reajustes é a demanda mais fraca por serviços. Fran Norberto, cabeleireiro há 35 anos, sentiu uma queda de 65% no movimento no ano passado no salão mais luxuoso, onde atendia as clientes entre terça-feira e sábado na zona norte de São Paulo. Às segundas, ele trabalhava em outro salão, também na zona norte, com preços populares. A saída encontrada por ele para manter a receita foi trocar o salão luxuoso por outro com preços intermediários. Com essa estratégia, Norberto diz que trabalha mais e ganha menos por cliente. “Enquanto as coisas não melhorarem, a gente tem de cair na real e descer do salto”, afirma o cabeleireiro.

Inércia.Também a menor inércia inflacionária ajudou na desaceleração dos preços dos serviços no ano passado. O economista-chefe da LCA explica que os preços dos serviços são reajustados levando em conta a inflação passada que, no caso de 2018, é o indicador do ano anterior. O IPCA de 2017 foi de 2,95%, a menor inflação em quase 20 anos. E esse foi o parâmetro usado pelos prestadores para corrigirem os preços em 2018. “A inércia foi favorável no ano passado”, completa Borges.

Norberto, cabeleireiro há 35 anos, foi atender clientes em salão com preço menor Foto: Hélvio Romero/Estadão

A lenta recuperação da economia tirou o fôlego dos reajustes dos serviços que devem ter encerrado 2018 com a menor variação de preços desde o ano 2000. Até novembro – último dado disponível –, a inflação de serviços que inclui, por exemplo, gastos com cabeleireiro, lavanderia e restaurante, acumulava alta de 3,3% no ano. No mesmo período, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tinha subido 3,59%. 

Após anos seguidos resistindo nas alturas, com alta superior a 8%, a inflação de serviços deve ter encerrado 2018 com variação em torno de 3,5%. O resultado é um ponto porcentual abaixo do de 2017 e ligeiramente menor do que a inflação geral de 3,7% esperada para o ano, segundo projeções de consultorias. Na sexta-feira, o IBGE divulga o IPCA de 2018.

Segundo economistas, vários fatores combinados contribuíram para a desaceleração da inflação de serviços de 2018 a ponto de o indicador ter ficado abaixo do índice geral de inflação, o que não ocorria desde 2015. 

Para o economista-chefe da LCA Consultores, Braulio Borges, o que mais pesou para redução do ritmo de reajustes dos serviços foi o enfraquecimento do mercado de trabalho, que ainda convive com desemprego elevado (11,6%). O economista explica que o setor de serviços é intensivo em mão de obra e que o seu principal custo é o salário. Com a desocupação elevada, os gastos com salários se reduziram e isso ajudou a segurar os reajustes. “A desaceleração da inflação dos serviços é o lado bom de uma situação ruim”, diz Borges, fazendo menção à lenta retomada da atividade.

O economista Fabio Silveira, diretor da consultoria MacroSector, lembra que entre dezembro de 2014 e novembro de 2018, mais de um milhão de postos de trabalho formais foram fechados na indústria de transformação. “Essas pessoas foram procurar emprego no setor de serviços”, diz. A maior oferta de mão de obra achatou ainda mais os salários. Fora isso, o próprio setor desativou 620 mil vagas formais no período, contribuindo para a redução de salários e de custos. Ele acrescenta que o uso intensivo de tecnologia ajudou também a reduzir gastos.

Outro fator que joga a favor da contenção de reajustes é a demanda mais fraca por serviços. Fran Norberto, cabeleireiro há 35 anos, sentiu uma queda de 65% no movimento no ano passado no salão mais luxuoso, onde atendia as clientes entre terça-feira e sábado na zona norte de São Paulo. Às segundas, ele trabalhava em outro salão, também na zona norte, com preços populares. A saída encontrada por ele para manter a receita foi trocar o salão luxuoso por outro com preços intermediários. Com essa estratégia, Norberto diz que trabalha mais e ganha menos por cliente. “Enquanto as coisas não melhorarem, a gente tem de cair na real e descer do salto”, afirma o cabeleireiro.

Inércia.Também a menor inércia inflacionária ajudou na desaceleração dos preços dos serviços no ano passado. O economista-chefe da LCA explica que os preços dos serviços são reajustados levando em conta a inflação passada que, no caso de 2018, é o indicador do ano anterior. O IPCA de 2017 foi de 2,95%, a menor inflação em quase 20 anos. E esse foi o parâmetro usado pelos prestadores para corrigirem os preços em 2018. “A inércia foi favorável no ano passado”, completa Borges.

Norberto, cabeleireiro há 35 anos, foi atender clientes em salão com preço menor Foto: Hélvio Romero/Estadão

A lenta recuperação da economia tirou o fôlego dos reajustes dos serviços que devem ter encerrado 2018 com a menor variação de preços desde o ano 2000. Até novembro – último dado disponível –, a inflação de serviços que inclui, por exemplo, gastos com cabeleireiro, lavanderia e restaurante, acumulava alta de 3,3% no ano. No mesmo período, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tinha subido 3,59%. 

Após anos seguidos resistindo nas alturas, com alta superior a 8%, a inflação de serviços deve ter encerrado 2018 com variação em torno de 3,5%. O resultado é um ponto porcentual abaixo do de 2017 e ligeiramente menor do que a inflação geral de 3,7% esperada para o ano, segundo projeções de consultorias. Na sexta-feira, o IBGE divulga o IPCA de 2018.

Segundo economistas, vários fatores combinados contribuíram para a desaceleração da inflação de serviços de 2018 a ponto de o indicador ter ficado abaixo do índice geral de inflação, o que não ocorria desde 2015. 

Para o economista-chefe da LCA Consultores, Braulio Borges, o que mais pesou para redução do ritmo de reajustes dos serviços foi o enfraquecimento do mercado de trabalho, que ainda convive com desemprego elevado (11,6%). O economista explica que o setor de serviços é intensivo em mão de obra e que o seu principal custo é o salário. Com a desocupação elevada, os gastos com salários se reduziram e isso ajudou a segurar os reajustes. “A desaceleração da inflação dos serviços é o lado bom de uma situação ruim”, diz Borges, fazendo menção à lenta retomada da atividade.

O economista Fabio Silveira, diretor da consultoria MacroSector, lembra que entre dezembro de 2014 e novembro de 2018, mais de um milhão de postos de trabalho formais foram fechados na indústria de transformação. “Essas pessoas foram procurar emprego no setor de serviços”, diz. A maior oferta de mão de obra achatou ainda mais os salários. Fora isso, o próprio setor desativou 620 mil vagas formais no período, contribuindo para a redução de salários e de custos. Ele acrescenta que o uso intensivo de tecnologia ajudou também a reduzir gastos.

Outro fator que joga a favor da contenção de reajustes é a demanda mais fraca por serviços. Fran Norberto, cabeleireiro há 35 anos, sentiu uma queda de 65% no movimento no ano passado no salão mais luxuoso, onde atendia as clientes entre terça-feira e sábado na zona norte de São Paulo. Às segundas, ele trabalhava em outro salão, também na zona norte, com preços populares. A saída encontrada por ele para manter a receita foi trocar o salão luxuoso por outro com preços intermediários. Com essa estratégia, Norberto diz que trabalha mais e ganha menos por cliente. “Enquanto as coisas não melhorarem, a gente tem de cair na real e descer do salto”, afirma o cabeleireiro.

Inércia.Também a menor inércia inflacionária ajudou na desaceleração dos preços dos serviços no ano passado. O economista-chefe da LCA explica que os preços dos serviços são reajustados levando em conta a inflação passada que, no caso de 2018, é o indicador do ano anterior. O IPCA de 2017 foi de 2,95%, a menor inflação em quase 20 anos. E esse foi o parâmetro usado pelos prestadores para corrigirem os preços em 2018. “A inércia foi favorável no ano passado”, completa Borges.

Norberto, cabeleireiro há 35 anos, foi atender clientes em salão com preço menor Foto: Hélvio Romero/Estadão

A lenta recuperação da economia tirou o fôlego dos reajustes dos serviços que devem ter encerrado 2018 com a menor variação de preços desde o ano 2000. Até novembro – último dado disponível –, a inflação de serviços que inclui, por exemplo, gastos com cabeleireiro, lavanderia e restaurante, acumulava alta de 3,3% no ano. No mesmo período, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tinha subido 3,59%. 

Após anos seguidos resistindo nas alturas, com alta superior a 8%, a inflação de serviços deve ter encerrado 2018 com variação em torno de 3,5%. O resultado é um ponto porcentual abaixo do de 2017 e ligeiramente menor do que a inflação geral de 3,7% esperada para o ano, segundo projeções de consultorias. Na sexta-feira, o IBGE divulga o IPCA de 2018.

Segundo economistas, vários fatores combinados contribuíram para a desaceleração da inflação de serviços de 2018 a ponto de o indicador ter ficado abaixo do índice geral de inflação, o que não ocorria desde 2015. 

Para o economista-chefe da LCA Consultores, Braulio Borges, o que mais pesou para redução do ritmo de reajustes dos serviços foi o enfraquecimento do mercado de trabalho, que ainda convive com desemprego elevado (11,6%). O economista explica que o setor de serviços é intensivo em mão de obra e que o seu principal custo é o salário. Com a desocupação elevada, os gastos com salários se reduziram e isso ajudou a segurar os reajustes. “A desaceleração da inflação dos serviços é o lado bom de uma situação ruim”, diz Borges, fazendo menção à lenta retomada da atividade.

O economista Fabio Silveira, diretor da consultoria MacroSector, lembra que entre dezembro de 2014 e novembro de 2018, mais de um milhão de postos de trabalho formais foram fechados na indústria de transformação. “Essas pessoas foram procurar emprego no setor de serviços”, diz. A maior oferta de mão de obra achatou ainda mais os salários. Fora isso, o próprio setor desativou 620 mil vagas formais no período, contribuindo para a redução de salários e de custos. Ele acrescenta que o uso intensivo de tecnologia ajudou também a reduzir gastos.

Outro fator que joga a favor da contenção de reajustes é a demanda mais fraca por serviços. Fran Norberto, cabeleireiro há 35 anos, sentiu uma queda de 65% no movimento no ano passado no salão mais luxuoso, onde atendia as clientes entre terça-feira e sábado na zona norte de São Paulo. Às segundas, ele trabalhava em outro salão, também na zona norte, com preços populares. A saída encontrada por ele para manter a receita foi trocar o salão luxuoso por outro com preços intermediários. Com essa estratégia, Norberto diz que trabalha mais e ganha menos por cliente. “Enquanto as coisas não melhorarem, a gente tem de cair na real e descer do salto”, afirma o cabeleireiro.

Inércia.Também a menor inércia inflacionária ajudou na desaceleração dos preços dos serviços no ano passado. O economista-chefe da LCA explica que os preços dos serviços são reajustados levando em conta a inflação passada que, no caso de 2018, é o indicador do ano anterior. O IPCA de 2017 foi de 2,95%, a menor inflação em quase 20 anos. E esse foi o parâmetro usado pelos prestadores para corrigirem os preços em 2018. “A inércia foi favorável no ano passado”, completa Borges.

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