A inflação em 12 meses no Brasil, medida pelo IPCA-15, variou 6,42% em novembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatítisca (IBGE) nesta quarta-feira, 18. Desse modo, a alta média de preços no País voltou a ficar abaixo do teto da meta do governo, de 6,5%, para 2014. Em relação ao mês passado, foi registrado 0,38% de inflação.
Em outubro, a alta em 12 meses havia sido de 6,62%. Em relação a setembro, de 0,48%.
Considerado a "prévia da inflação oficial", o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) tem metodologia quase idêntica à do IPCA. A única diferença está no período analisado. Enquanto o IPCA mede o ritmo médio de variação dos preços no Brasil em meses fechados, ou seja, do primeiro ao último dia do mês; o IPCA-15 afere a inflação entre o dia 15 do mês anterior e o dia 15 do mês seguinte, aproximadamente.
O ritmo de alta dos preços de Alimentos e Bebidas e de Habitação segue o mais alto. Em novembro, ambos os setores apresentaram variação de 0,56%. No entanto, há uma desaceleração em curso. Em outubro, o primeiro item havia subido 0,69; o segundo, 0,80%.
O maior impacto no IPCA-15 de novembro foi o do setor de Alimentos e Bebidas, com 0,14 ponto porcentual. Habitação respondeu por 0,08 ponto.
A alta do preço da carne ainda pressiona a inflação. Entre os dias 15 de novembro e outubro, o produto ficou, na média, 1,90% mais caro. Segue, assim, líder entre os produtos de maior impacto no índice dos alimentos pelo terceiro mês consecutivo. De todo modo, trata-se de encarecimento bem abaixo do apresentado em outubro, quando seu preço havia subido em um mês 3,17%.
Outros alimentos - de menor impacto, por serem menos essenciais à mesa do brasileiros em relação à carne - ficaram ainda mais caros, na média, no período: batata-inglesa e tomate, por exemplo, ficaram 13,85% e 12,12% mais caros. E há também produtos cuja variação média de preços está queda, como a cebola (-12,49%); a farinha de mandioca (-2,98%); e o leite longa vida (-2,89).
No segmento da Habitação, destacam-se as altas média de energia elétrica (1,17%) e aluguel (0,62%). Rio de Janeiro e São Paulo foram as cidades cujas tarifas mais subiram: 3,74% e 1,52% na média, respectivamente.
A alta da gasolina, de 3% no último dia 7 de novembro, já trouxe também seu impacto. De acordo com o IBGE, o reajuste colaborou para o combustível ficar, na média, 0,68% mais caro no período analisado. Ainda assim, o segmento Transportes diminuiu sua alta de 0,25%, em outubro, para 0,20%, em novembro.