Inovação tecnológica desafia comércio exterior


Por Redação

PAULO FERNANDO MARCONDES FERRAZO desempenho das exportações brasileiras sempre esteve presente na agenda governamental e na literatura econômica. Com o pior saldo em mais de uma década, com retração de 86%, o ano de 2013 não foi bom para o comércio externo brasileiro. No período, as exportações brasileiras caíram 0,16%, enquanto as compras subiram 7,37% em relação ao ano anterior, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. Em um cenário de ampliação da abertura comercial, a urgência em melhorar os serviços de infraestrutura é consenso entre os especialistas para provocar efeito positivo sobre os ganhos de comércio e evitar que números como os de 2013 se repitam.Transpor esse passo é deixar para trás o que se convencionou chamar de "Custo Brasil" e ganhar eficiência por meio da redução desses custos para níveis próximos aos padrões verificados internacionalmente. Ficaria mais fácil, assim, ampliar as oportunidades de transações bilaterais. O problema, contudo, vai além. Não se trata aqui de fazer um balanço da política comercial, mas mostrar que é relevante uma parceria entre governos e empresários para construir uma visão consensual da importância de a política econômica enfocar a inovação no comércio exterior como prioridade. O Brasil precisa entender que a saída mais lógica para agregar valor e diversificar a pauta de exportação passa por inequívoca inovação tecnológica. Não são poucas as dificuldades para transpor as barreiras. Os investidores encaram negativamente a atual situação econômica brasileira e o cenário internacional realmente está menos favorável. É justamente nesse ponto que urge a necessidade de iniciativas, como as da Federação das Câmaras de Comércio Exterior do Rio de Janeiro (FCCE), de realizar parcerias e seminários de olho em novos mercados. Somente em 2013, a FCCE realizou 13 rodadas de negócios com 10 países incentivando a ampliação do comércio bilateral. Há ainda evidências de que o desempenho exportador é influenciado positivamente quando uma companhia estabelece uma subsidiária no exterior. O tema internacionalização de empresas brasileiras volta com força em um momento em que o desafio é sustentar o crescimento das exportações, garantir a diversificação e a ampliação das exportações industriais. Algumas iniciativas já seguem esse caminho, como o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) ao desenvolvimento de ferramentas de promoção comercial da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) para auxiliar o acesso a mercados internacionais de empresas inovadoras. Vale ressaltar que as políticas governamentais devem incentivar o aumento dos gastos privados em pesquisas em inovação. Para isso ocorrer, de fato, uma nova agenda precisa ser implantada, focada no planejamento estratégico voltado a aumentar a competitividade das empresas e com metas de conteúdo crescente de valor agregado. Uma forma de abrir o caminho é, inicialmente, privilegiar setores ou segmentos e empresas que contenham maior intensidade tecnológica, incentivando a criação de competências, a melhoria da qualidade dos produtos e dos processos, passando, claro, pela articulação de políticas para tais setores. Das muitas variáveis que afetam o processo de inovação, quase todas se interconectam com educação da mão de obra. É preciso que as políticas públicas voltadas à melhoria da escolarização da população sejam efetivas e eficientes, pois vão garantir, a longo prazo, profissionais mais bem qualificados que, por si sós, influenciam no aumento da produtividade. Na década de 60, Brasil e Coreia do Sul eram nações subdesenvolvidas bem parecidas, mas o nosso "irmão asiático" decidiu revolucionar a educação com ininterrupto investimento em escolas públicas. Resultado: 40 anos depois, a renda per capita do país multiplicou 36 vezes. O Brasil, que contava com renda per capita de US$ 1.800, duas vezes a coreana, viu o índice aumentar apenas 5,3 vezes. Não há dúvida de que uma política de incentivo à inovação e internacionalização passa pela melhoria da escolaridade da população, além das desonerações. É um caminho longo, mas percorrido com sucesso por países desenvolvidos e outros pares emergentes. É por onde devemos seguir.É PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE COMÉRCIO EXTERIORO colunista Celso Ming está em férias.Opinião

PAULO FERNANDO MARCONDES FERRAZO desempenho das exportações brasileiras sempre esteve presente na agenda governamental e na literatura econômica. Com o pior saldo em mais de uma década, com retração de 86%, o ano de 2013 não foi bom para o comércio externo brasileiro. No período, as exportações brasileiras caíram 0,16%, enquanto as compras subiram 7,37% em relação ao ano anterior, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. Em um cenário de ampliação da abertura comercial, a urgência em melhorar os serviços de infraestrutura é consenso entre os especialistas para provocar efeito positivo sobre os ganhos de comércio e evitar que números como os de 2013 se repitam.Transpor esse passo é deixar para trás o que se convencionou chamar de "Custo Brasil" e ganhar eficiência por meio da redução desses custos para níveis próximos aos padrões verificados internacionalmente. Ficaria mais fácil, assim, ampliar as oportunidades de transações bilaterais. O problema, contudo, vai além. Não se trata aqui de fazer um balanço da política comercial, mas mostrar que é relevante uma parceria entre governos e empresários para construir uma visão consensual da importância de a política econômica enfocar a inovação no comércio exterior como prioridade. O Brasil precisa entender que a saída mais lógica para agregar valor e diversificar a pauta de exportação passa por inequívoca inovação tecnológica. Não são poucas as dificuldades para transpor as barreiras. Os investidores encaram negativamente a atual situação econômica brasileira e o cenário internacional realmente está menos favorável. É justamente nesse ponto que urge a necessidade de iniciativas, como as da Federação das Câmaras de Comércio Exterior do Rio de Janeiro (FCCE), de realizar parcerias e seminários de olho em novos mercados. Somente em 2013, a FCCE realizou 13 rodadas de negócios com 10 países incentivando a ampliação do comércio bilateral. Há ainda evidências de que o desempenho exportador é influenciado positivamente quando uma companhia estabelece uma subsidiária no exterior. O tema internacionalização de empresas brasileiras volta com força em um momento em que o desafio é sustentar o crescimento das exportações, garantir a diversificação e a ampliação das exportações industriais. Algumas iniciativas já seguem esse caminho, como o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) ao desenvolvimento de ferramentas de promoção comercial da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) para auxiliar o acesso a mercados internacionais de empresas inovadoras. Vale ressaltar que as políticas governamentais devem incentivar o aumento dos gastos privados em pesquisas em inovação. Para isso ocorrer, de fato, uma nova agenda precisa ser implantada, focada no planejamento estratégico voltado a aumentar a competitividade das empresas e com metas de conteúdo crescente de valor agregado. Uma forma de abrir o caminho é, inicialmente, privilegiar setores ou segmentos e empresas que contenham maior intensidade tecnológica, incentivando a criação de competências, a melhoria da qualidade dos produtos e dos processos, passando, claro, pela articulação de políticas para tais setores. Das muitas variáveis que afetam o processo de inovação, quase todas se interconectam com educação da mão de obra. É preciso que as políticas públicas voltadas à melhoria da escolarização da população sejam efetivas e eficientes, pois vão garantir, a longo prazo, profissionais mais bem qualificados que, por si sós, influenciam no aumento da produtividade. Na década de 60, Brasil e Coreia do Sul eram nações subdesenvolvidas bem parecidas, mas o nosso "irmão asiático" decidiu revolucionar a educação com ininterrupto investimento em escolas públicas. Resultado: 40 anos depois, a renda per capita do país multiplicou 36 vezes. O Brasil, que contava com renda per capita de US$ 1.800, duas vezes a coreana, viu o índice aumentar apenas 5,3 vezes. Não há dúvida de que uma política de incentivo à inovação e internacionalização passa pela melhoria da escolaridade da população, além das desonerações. É um caminho longo, mas percorrido com sucesso por países desenvolvidos e outros pares emergentes. É por onde devemos seguir.É PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE COMÉRCIO EXTERIORO colunista Celso Ming está em férias.Opinião

PAULO FERNANDO MARCONDES FERRAZO desempenho das exportações brasileiras sempre esteve presente na agenda governamental e na literatura econômica. Com o pior saldo em mais de uma década, com retração de 86%, o ano de 2013 não foi bom para o comércio externo brasileiro. No período, as exportações brasileiras caíram 0,16%, enquanto as compras subiram 7,37% em relação ao ano anterior, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. Em um cenário de ampliação da abertura comercial, a urgência em melhorar os serviços de infraestrutura é consenso entre os especialistas para provocar efeito positivo sobre os ganhos de comércio e evitar que números como os de 2013 se repitam.Transpor esse passo é deixar para trás o que se convencionou chamar de "Custo Brasil" e ganhar eficiência por meio da redução desses custos para níveis próximos aos padrões verificados internacionalmente. Ficaria mais fácil, assim, ampliar as oportunidades de transações bilaterais. O problema, contudo, vai além. Não se trata aqui de fazer um balanço da política comercial, mas mostrar que é relevante uma parceria entre governos e empresários para construir uma visão consensual da importância de a política econômica enfocar a inovação no comércio exterior como prioridade. O Brasil precisa entender que a saída mais lógica para agregar valor e diversificar a pauta de exportação passa por inequívoca inovação tecnológica. Não são poucas as dificuldades para transpor as barreiras. Os investidores encaram negativamente a atual situação econômica brasileira e o cenário internacional realmente está menos favorável. É justamente nesse ponto que urge a necessidade de iniciativas, como as da Federação das Câmaras de Comércio Exterior do Rio de Janeiro (FCCE), de realizar parcerias e seminários de olho em novos mercados. Somente em 2013, a FCCE realizou 13 rodadas de negócios com 10 países incentivando a ampliação do comércio bilateral. Há ainda evidências de que o desempenho exportador é influenciado positivamente quando uma companhia estabelece uma subsidiária no exterior. O tema internacionalização de empresas brasileiras volta com força em um momento em que o desafio é sustentar o crescimento das exportações, garantir a diversificação e a ampliação das exportações industriais. Algumas iniciativas já seguem esse caminho, como o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) ao desenvolvimento de ferramentas de promoção comercial da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) para auxiliar o acesso a mercados internacionais de empresas inovadoras. Vale ressaltar que as políticas governamentais devem incentivar o aumento dos gastos privados em pesquisas em inovação. Para isso ocorrer, de fato, uma nova agenda precisa ser implantada, focada no planejamento estratégico voltado a aumentar a competitividade das empresas e com metas de conteúdo crescente de valor agregado. Uma forma de abrir o caminho é, inicialmente, privilegiar setores ou segmentos e empresas que contenham maior intensidade tecnológica, incentivando a criação de competências, a melhoria da qualidade dos produtos e dos processos, passando, claro, pela articulação de políticas para tais setores. Das muitas variáveis que afetam o processo de inovação, quase todas se interconectam com educação da mão de obra. É preciso que as políticas públicas voltadas à melhoria da escolarização da população sejam efetivas e eficientes, pois vão garantir, a longo prazo, profissionais mais bem qualificados que, por si sós, influenciam no aumento da produtividade. Na década de 60, Brasil e Coreia do Sul eram nações subdesenvolvidas bem parecidas, mas o nosso "irmão asiático" decidiu revolucionar a educação com ininterrupto investimento em escolas públicas. Resultado: 40 anos depois, a renda per capita do país multiplicou 36 vezes. O Brasil, que contava com renda per capita de US$ 1.800, duas vezes a coreana, viu o índice aumentar apenas 5,3 vezes. Não há dúvida de que uma política de incentivo à inovação e internacionalização passa pela melhoria da escolaridade da população, além das desonerações. É um caminho longo, mas percorrido com sucesso por países desenvolvidos e outros pares emergentes. É por onde devemos seguir.É PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE COMÉRCIO EXTERIORO colunista Celso Ming está em férias.Opinião

PAULO FERNANDO MARCONDES FERRAZO desempenho das exportações brasileiras sempre esteve presente na agenda governamental e na literatura econômica. Com o pior saldo em mais de uma década, com retração de 86%, o ano de 2013 não foi bom para o comércio externo brasileiro. No período, as exportações brasileiras caíram 0,16%, enquanto as compras subiram 7,37% em relação ao ano anterior, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento. Em um cenário de ampliação da abertura comercial, a urgência em melhorar os serviços de infraestrutura é consenso entre os especialistas para provocar efeito positivo sobre os ganhos de comércio e evitar que números como os de 2013 se repitam.Transpor esse passo é deixar para trás o que se convencionou chamar de "Custo Brasil" e ganhar eficiência por meio da redução desses custos para níveis próximos aos padrões verificados internacionalmente. Ficaria mais fácil, assim, ampliar as oportunidades de transações bilaterais. O problema, contudo, vai além. Não se trata aqui de fazer um balanço da política comercial, mas mostrar que é relevante uma parceria entre governos e empresários para construir uma visão consensual da importância de a política econômica enfocar a inovação no comércio exterior como prioridade. O Brasil precisa entender que a saída mais lógica para agregar valor e diversificar a pauta de exportação passa por inequívoca inovação tecnológica. Não são poucas as dificuldades para transpor as barreiras. Os investidores encaram negativamente a atual situação econômica brasileira e o cenário internacional realmente está menos favorável. É justamente nesse ponto que urge a necessidade de iniciativas, como as da Federação das Câmaras de Comércio Exterior do Rio de Janeiro (FCCE), de realizar parcerias e seminários de olho em novos mercados. Somente em 2013, a FCCE realizou 13 rodadas de negócios com 10 países incentivando a ampliação do comércio bilateral. Há ainda evidências de que o desempenho exportador é influenciado positivamente quando uma companhia estabelece uma subsidiária no exterior. O tema internacionalização de empresas brasileiras volta com força em um momento em que o desafio é sustentar o crescimento das exportações, garantir a diversificação e a ampliação das exportações industriais. Algumas iniciativas já seguem esse caminho, como o apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) ao desenvolvimento de ferramentas de promoção comercial da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) para auxiliar o acesso a mercados internacionais de empresas inovadoras. Vale ressaltar que as políticas governamentais devem incentivar o aumento dos gastos privados em pesquisas em inovação. Para isso ocorrer, de fato, uma nova agenda precisa ser implantada, focada no planejamento estratégico voltado a aumentar a competitividade das empresas e com metas de conteúdo crescente de valor agregado. Uma forma de abrir o caminho é, inicialmente, privilegiar setores ou segmentos e empresas que contenham maior intensidade tecnológica, incentivando a criação de competências, a melhoria da qualidade dos produtos e dos processos, passando, claro, pela articulação de políticas para tais setores. Das muitas variáveis que afetam o processo de inovação, quase todas se interconectam com educação da mão de obra. É preciso que as políticas públicas voltadas à melhoria da escolarização da população sejam efetivas e eficientes, pois vão garantir, a longo prazo, profissionais mais bem qualificados que, por si sós, influenciam no aumento da produtividade. Na década de 60, Brasil e Coreia do Sul eram nações subdesenvolvidas bem parecidas, mas o nosso "irmão asiático" decidiu revolucionar a educação com ininterrupto investimento em escolas públicas. Resultado: 40 anos depois, a renda per capita do país multiplicou 36 vezes. O Brasil, que contava com renda per capita de US$ 1.800, duas vezes a coreana, viu o índice aumentar apenas 5,3 vezes. Não há dúvida de que uma política de incentivo à inovação e internacionalização passa pela melhoria da escolaridade da população, além das desonerações. É um caminho longo, mas percorrido com sucesso por países desenvolvidos e outros pares emergentes. É por onde devemos seguir.É PRESIDENTE DA FEDERAÇÃO DAS CÂMARAS DE COMÉRCIO EXTERIORO colunista Celso Ming está em férias.Opinião

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