Investidor brasileiro causou rebaixa de papéis, diz analista


Por Agencia Estado

Os investidores brasileiros foram os grandes responsáveis pelo recente rebaixamento na recomendação dos títulos da dívida externa, feito por bancos estrangeiros. A avaliação é do professor Walter Molano, professor da Universidade de Columbia (EUA) e diretor de pesquisa da BCP Securities. Molano está em São Paulo a convite do Laboratório de Finanças da USP para ministrar um curso intensivo de Investimentos em Mercados Emergentes nesta quarta e quinta-feira. Segundo ele, os investidores locais entraram em pânico frente à possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer as eleições de outubro e iniciaram um movimento de venda dos papéis da dívida. Em conseqüência, quando os papéis (o C-bond é a referência) ficaram abaixo de 79% do valor de face, os bancos internacionais reagiram, piorando a recomendação e provocando uma queda ainda mais acentuada dos papéis ? que ficaram mais baratos e atraentes para compra futura. Melhor percepção "O Brasil é uma democracia jovem e não está acostumado a mudanças de partido no governo. Por isso tanto medo por parte dos investidores locais. Mas passar por essa transição de forma positiva será muito sadio para o País, o mais atraente da América Latina", disse. E ressaltou: "As recomendações mudaram muito mais por conta da queda dos preços dos papéis do que por motivos eleitorais. As eleições foram o argumento para justificar o fato de os brasileiros estarem vendendo seus títulos. Depois da queda forte nos preços, eles trocam as recomendações. É um péssimo exemplo." Molano, que recomenda a compra de papéis brasileiros entre seus clientes, aposta que os títulos da dívida terão fortes ganhos depois das eleições, seja Lula ou José Serra (PSDB) o novo presidente. Ele afirma que os agentes de investimento estrangeiros têm uma percepção muito melhor de Lula do que os brasileiros. "As agências de classificação de risco, por exemplo, tendem a esperar para ver como serão as políticas fiscais e monetárias da oposição. Estou certo que darão uma chance a Lula", assegurou. Molano descartou que o rebaixamento da recomendação dos papéis por bancos internacionais tenha qualquer influência sobre o resultado das eleições. "O impacto é muito pequeno, desprezível. Além do mais, os grandes fundos de investimentos têm uma opinião muito positiva sobre o Brasil", minimizou. Rússia Na avaliação de Molano, só o petróleo justifica a Rússia ter uma recomendação de dívida melhor que a do Brasil ? a análise é do Morgan Stanley Dean Witter, divulgada nesta terça-feira, incluindo o México, país ligado aos Estados Unidos e também com renda de petróleo. O Brasil, segundo ele, está muito melhor do que a Rússia em termos de fundamentos. Mas como este país tornou-se um grande exportador da commodity, cujos preços estão em alta, o forte ingresso de receitas em dólar afasta a possibilidade de um novo calote, a exemplo do que aconteceu em 1998. "É realmente surpreendente que a classificação russa esteja melhor do que a do Brasil. O País tem bons fundamentos, com dívida externa sob controle. É claro que há o problema da dívida interna, mas o (presidente do Banco Central, Armínio) Fraga tem melhorado o perfil do endividamento. Além do mais, o preço das commodities agrícolas começou a se recuperar, devendo garantir ao Brasil um superávit comercial de pelo menos US$ 4 bilhões neste ano", disse. Argentina Molano descarta a possibilidade de o Brasil virar uma Argentina. Para ele, o País, ao contrário do vizinho, tem disciplina fiscal, fez diversas reformas e Brasília é muito mais responsável do que Buenos Aires. A Argentina não seguiu as recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI), não conduziu reformas e ajustes necessários porque sempre recorreu ao mercado internacional em busca de recursos. Segundo ele, se o país tivesse seguido as recomendações do Fundo, não estaria passando por essa crise . O objetivo do curso que Molano ministrará na USP é analisar as operações e técnicas dos mercados emergentes, examinando as principais forças que influenciaram esses mercados, explorando as quatro áreas das finanças relacionadas a esses mercados: renda fixa, ações, câmbio e mercado de capitais.

Os investidores brasileiros foram os grandes responsáveis pelo recente rebaixamento na recomendação dos títulos da dívida externa, feito por bancos estrangeiros. A avaliação é do professor Walter Molano, professor da Universidade de Columbia (EUA) e diretor de pesquisa da BCP Securities. Molano está em São Paulo a convite do Laboratório de Finanças da USP para ministrar um curso intensivo de Investimentos em Mercados Emergentes nesta quarta e quinta-feira. Segundo ele, os investidores locais entraram em pânico frente à possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer as eleições de outubro e iniciaram um movimento de venda dos papéis da dívida. Em conseqüência, quando os papéis (o C-bond é a referência) ficaram abaixo de 79% do valor de face, os bancos internacionais reagiram, piorando a recomendação e provocando uma queda ainda mais acentuada dos papéis ? que ficaram mais baratos e atraentes para compra futura. Melhor percepção "O Brasil é uma democracia jovem e não está acostumado a mudanças de partido no governo. Por isso tanto medo por parte dos investidores locais. Mas passar por essa transição de forma positiva será muito sadio para o País, o mais atraente da América Latina", disse. E ressaltou: "As recomendações mudaram muito mais por conta da queda dos preços dos papéis do que por motivos eleitorais. As eleições foram o argumento para justificar o fato de os brasileiros estarem vendendo seus títulos. Depois da queda forte nos preços, eles trocam as recomendações. É um péssimo exemplo." Molano, que recomenda a compra de papéis brasileiros entre seus clientes, aposta que os títulos da dívida terão fortes ganhos depois das eleições, seja Lula ou José Serra (PSDB) o novo presidente. Ele afirma que os agentes de investimento estrangeiros têm uma percepção muito melhor de Lula do que os brasileiros. "As agências de classificação de risco, por exemplo, tendem a esperar para ver como serão as políticas fiscais e monetárias da oposição. Estou certo que darão uma chance a Lula", assegurou. Molano descartou que o rebaixamento da recomendação dos papéis por bancos internacionais tenha qualquer influência sobre o resultado das eleições. "O impacto é muito pequeno, desprezível. Além do mais, os grandes fundos de investimentos têm uma opinião muito positiva sobre o Brasil", minimizou. Rússia Na avaliação de Molano, só o petróleo justifica a Rússia ter uma recomendação de dívida melhor que a do Brasil ? a análise é do Morgan Stanley Dean Witter, divulgada nesta terça-feira, incluindo o México, país ligado aos Estados Unidos e também com renda de petróleo. O Brasil, segundo ele, está muito melhor do que a Rússia em termos de fundamentos. Mas como este país tornou-se um grande exportador da commodity, cujos preços estão em alta, o forte ingresso de receitas em dólar afasta a possibilidade de um novo calote, a exemplo do que aconteceu em 1998. "É realmente surpreendente que a classificação russa esteja melhor do que a do Brasil. O País tem bons fundamentos, com dívida externa sob controle. É claro que há o problema da dívida interna, mas o (presidente do Banco Central, Armínio) Fraga tem melhorado o perfil do endividamento. Além do mais, o preço das commodities agrícolas começou a se recuperar, devendo garantir ao Brasil um superávit comercial de pelo menos US$ 4 bilhões neste ano", disse. Argentina Molano descarta a possibilidade de o Brasil virar uma Argentina. Para ele, o País, ao contrário do vizinho, tem disciplina fiscal, fez diversas reformas e Brasília é muito mais responsável do que Buenos Aires. A Argentina não seguiu as recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI), não conduziu reformas e ajustes necessários porque sempre recorreu ao mercado internacional em busca de recursos. Segundo ele, se o país tivesse seguido as recomendações do Fundo, não estaria passando por essa crise . O objetivo do curso que Molano ministrará na USP é analisar as operações e técnicas dos mercados emergentes, examinando as principais forças que influenciaram esses mercados, explorando as quatro áreas das finanças relacionadas a esses mercados: renda fixa, ações, câmbio e mercado de capitais.

Os investidores brasileiros foram os grandes responsáveis pelo recente rebaixamento na recomendação dos títulos da dívida externa, feito por bancos estrangeiros. A avaliação é do professor Walter Molano, professor da Universidade de Columbia (EUA) e diretor de pesquisa da BCP Securities. Molano está em São Paulo a convite do Laboratório de Finanças da USP para ministrar um curso intensivo de Investimentos em Mercados Emergentes nesta quarta e quinta-feira. Segundo ele, os investidores locais entraram em pânico frente à possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer as eleições de outubro e iniciaram um movimento de venda dos papéis da dívida. Em conseqüência, quando os papéis (o C-bond é a referência) ficaram abaixo de 79% do valor de face, os bancos internacionais reagiram, piorando a recomendação e provocando uma queda ainda mais acentuada dos papéis ? que ficaram mais baratos e atraentes para compra futura. Melhor percepção "O Brasil é uma democracia jovem e não está acostumado a mudanças de partido no governo. Por isso tanto medo por parte dos investidores locais. Mas passar por essa transição de forma positiva será muito sadio para o País, o mais atraente da América Latina", disse. E ressaltou: "As recomendações mudaram muito mais por conta da queda dos preços dos papéis do que por motivos eleitorais. As eleições foram o argumento para justificar o fato de os brasileiros estarem vendendo seus títulos. Depois da queda forte nos preços, eles trocam as recomendações. É um péssimo exemplo." Molano, que recomenda a compra de papéis brasileiros entre seus clientes, aposta que os títulos da dívida terão fortes ganhos depois das eleições, seja Lula ou José Serra (PSDB) o novo presidente. Ele afirma que os agentes de investimento estrangeiros têm uma percepção muito melhor de Lula do que os brasileiros. "As agências de classificação de risco, por exemplo, tendem a esperar para ver como serão as políticas fiscais e monetárias da oposição. Estou certo que darão uma chance a Lula", assegurou. Molano descartou que o rebaixamento da recomendação dos papéis por bancos internacionais tenha qualquer influência sobre o resultado das eleições. "O impacto é muito pequeno, desprezível. Além do mais, os grandes fundos de investimentos têm uma opinião muito positiva sobre o Brasil", minimizou. Rússia Na avaliação de Molano, só o petróleo justifica a Rússia ter uma recomendação de dívida melhor que a do Brasil ? a análise é do Morgan Stanley Dean Witter, divulgada nesta terça-feira, incluindo o México, país ligado aos Estados Unidos e também com renda de petróleo. O Brasil, segundo ele, está muito melhor do que a Rússia em termos de fundamentos. Mas como este país tornou-se um grande exportador da commodity, cujos preços estão em alta, o forte ingresso de receitas em dólar afasta a possibilidade de um novo calote, a exemplo do que aconteceu em 1998. "É realmente surpreendente que a classificação russa esteja melhor do que a do Brasil. O País tem bons fundamentos, com dívida externa sob controle. É claro que há o problema da dívida interna, mas o (presidente do Banco Central, Armínio) Fraga tem melhorado o perfil do endividamento. Além do mais, o preço das commodities agrícolas começou a se recuperar, devendo garantir ao Brasil um superávit comercial de pelo menos US$ 4 bilhões neste ano", disse. Argentina Molano descarta a possibilidade de o Brasil virar uma Argentina. Para ele, o País, ao contrário do vizinho, tem disciplina fiscal, fez diversas reformas e Brasília é muito mais responsável do que Buenos Aires. A Argentina não seguiu as recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI), não conduziu reformas e ajustes necessários porque sempre recorreu ao mercado internacional em busca de recursos. Segundo ele, se o país tivesse seguido as recomendações do Fundo, não estaria passando por essa crise . O objetivo do curso que Molano ministrará na USP é analisar as operações e técnicas dos mercados emergentes, examinando as principais forças que influenciaram esses mercados, explorando as quatro áreas das finanças relacionadas a esses mercados: renda fixa, ações, câmbio e mercado de capitais.

Os investidores brasileiros foram os grandes responsáveis pelo recente rebaixamento na recomendação dos títulos da dívida externa, feito por bancos estrangeiros. A avaliação é do professor Walter Molano, professor da Universidade de Columbia (EUA) e diretor de pesquisa da BCP Securities. Molano está em São Paulo a convite do Laboratório de Finanças da USP para ministrar um curso intensivo de Investimentos em Mercados Emergentes nesta quarta e quinta-feira. Segundo ele, os investidores locais entraram em pânico frente à possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer as eleições de outubro e iniciaram um movimento de venda dos papéis da dívida. Em conseqüência, quando os papéis (o C-bond é a referência) ficaram abaixo de 79% do valor de face, os bancos internacionais reagiram, piorando a recomendação e provocando uma queda ainda mais acentuada dos papéis ? que ficaram mais baratos e atraentes para compra futura. Melhor percepção "O Brasil é uma democracia jovem e não está acostumado a mudanças de partido no governo. Por isso tanto medo por parte dos investidores locais. Mas passar por essa transição de forma positiva será muito sadio para o País, o mais atraente da América Latina", disse. E ressaltou: "As recomendações mudaram muito mais por conta da queda dos preços dos papéis do que por motivos eleitorais. As eleições foram o argumento para justificar o fato de os brasileiros estarem vendendo seus títulos. Depois da queda forte nos preços, eles trocam as recomendações. É um péssimo exemplo." Molano, que recomenda a compra de papéis brasileiros entre seus clientes, aposta que os títulos da dívida terão fortes ganhos depois das eleições, seja Lula ou José Serra (PSDB) o novo presidente. Ele afirma que os agentes de investimento estrangeiros têm uma percepção muito melhor de Lula do que os brasileiros. "As agências de classificação de risco, por exemplo, tendem a esperar para ver como serão as políticas fiscais e monetárias da oposição. Estou certo que darão uma chance a Lula", assegurou. Molano descartou que o rebaixamento da recomendação dos papéis por bancos internacionais tenha qualquer influência sobre o resultado das eleições. "O impacto é muito pequeno, desprezível. Além do mais, os grandes fundos de investimentos têm uma opinião muito positiva sobre o Brasil", minimizou. Rússia Na avaliação de Molano, só o petróleo justifica a Rússia ter uma recomendação de dívida melhor que a do Brasil ? a análise é do Morgan Stanley Dean Witter, divulgada nesta terça-feira, incluindo o México, país ligado aos Estados Unidos e também com renda de petróleo. O Brasil, segundo ele, está muito melhor do que a Rússia em termos de fundamentos. Mas como este país tornou-se um grande exportador da commodity, cujos preços estão em alta, o forte ingresso de receitas em dólar afasta a possibilidade de um novo calote, a exemplo do que aconteceu em 1998. "É realmente surpreendente que a classificação russa esteja melhor do que a do Brasil. O País tem bons fundamentos, com dívida externa sob controle. É claro que há o problema da dívida interna, mas o (presidente do Banco Central, Armínio) Fraga tem melhorado o perfil do endividamento. Além do mais, o preço das commodities agrícolas começou a se recuperar, devendo garantir ao Brasil um superávit comercial de pelo menos US$ 4 bilhões neste ano", disse. Argentina Molano descarta a possibilidade de o Brasil virar uma Argentina. Para ele, o País, ao contrário do vizinho, tem disciplina fiscal, fez diversas reformas e Brasília é muito mais responsável do que Buenos Aires. A Argentina não seguiu as recomendações do Fundo Monetário Internacional (FMI), não conduziu reformas e ajustes necessários porque sempre recorreu ao mercado internacional em busca de recursos. Segundo ele, se o país tivesse seguido as recomendações do Fundo, não estaria passando por essa crise . O objetivo do curso que Molano ministrará na USP é analisar as operações e técnicas dos mercados emergentes, examinando as principais forças que influenciaram esses mercados, explorando as quatro áreas das finanças relacionadas a esses mercados: renda fixa, ações, câmbio e mercado de capitais.

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