'Investidor deve ter uma reserva de emergência antes de investir', diz professor de Finanças


Ricardo Humberto Rocha, do Insper, ensina como separar o orçamento pessoal para cada objetivo de vida

Por Érika Motoda
Atualização:

Com a inflação alta e o dinheiro que parece cada vez mais curto, o investidor brasileiro tem a sensação de que está empobrecendo. Para atravessar esse momento de turbulência, o professor de Finanças do Insper Ricardo Humberto Rocha ensina como se organizar financeiramente. 

Ele explica que, nos investimentos, é preciso olhar para quatro itens: perfil, horizonte, objetivo e capacidade de perda. Leia a entrevista:

Ricardo Humberto Rocha, professor de Finanças do Insper Foto: Insper/ Divulgação
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A Bolsa está caindo, e a renda fixa não está batendo a inflação. Como acalmar o investidor? 

Vamos olhar a jornada do investidor. Primeiro, vamos falar da renda fixa; depois, de Bolsa. Na renda fixa, temos que olhar para quatro itens: perfil (conservador ou moderado), horizonte, objetivo e capacidade de perda. 

O objetivo se casa com o horizonte. Por exemplo, se eu quero fazer um curso no exterior daqui a cinco anos, eu posso comprar uma NTN-B 5 anos (Tesouro Direto atrelado à inflação). 

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E a capacidade de perda?

A capacidade de perda tem a ver com o risco de crédito. Parte dos meus recursos tem que estar indexada ou à taxa DI ou à Selic, por causa da liquidez. É um dinheiro que se eu precisar resgatar, não vou ter problema de liquidez. 

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é uma boa opção, porque tem garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), não tem taxa de administração e tem liquidez diária a partir de 30 dias. Tesouro Selic ou fundo DI também são boas opções, mas podem ter flutuação de preço. 

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Como calcular a capacidade de perda 'saudável'? 

Por exemplo, se eu tenho um valor aplicado em títulos prefixados ou indexados ao IPCA, eu tenho que cumprir um prazo até resgatar o valor. Caso eu precise resgatar o dinheiro antes do prazo de vencimento, pode haver uma perda (ou uma multa). Então, dinheiro que já está orçado, eu não posso tomar risco de liquidez. 

Mas além da fixa, é preciso ter um plano B para amenizar essa sensação de empobrecimento por causa da inflação?

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Não tem muito o que fazer. É preciso também ter uma reserva de emergência de no mínimo 6 meses. Se seus gastos fixos são de R$ 6 mil mensais, então sua reserva de emergência deveria ser de R$ 36 mil. O dinheiro da reserva tem que estar alocado em investimentos de baixo risco, tipo CDB.

A reserva de emergência é para eu não ter que resgatar os meus outros investimentos? É um dinheiro à parte? 

Sim. Eu só passo para os outros quando já tenho a minha reserva. 

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E quais são as dicas para quem está na Bolsa? 

O investidor da Bolsa tem que olhar a longo prazo. É para investir um dinheiro que não vai precisar usar amanhã. Mas isso também não quer dizer que você vá casar com a ação. É bom dar preferência para ações que pagam dividendos, porque você vai ter uma geração de caixa ao longo da sua vida.

Com a inflação alta e o dinheiro que parece cada vez mais curto, o investidor brasileiro tem a sensação de que está empobrecendo. Para atravessar esse momento de turbulência, o professor de Finanças do Insper Ricardo Humberto Rocha ensina como se organizar financeiramente. 

Ele explica que, nos investimentos, é preciso olhar para quatro itens: perfil, horizonte, objetivo e capacidade de perda. Leia a entrevista:

Ricardo Humberto Rocha, professor de Finanças do Insper Foto: Insper/ Divulgação

A Bolsa está caindo, e a renda fixa não está batendo a inflação. Como acalmar o investidor? 

Vamos olhar a jornada do investidor. Primeiro, vamos falar da renda fixa; depois, de Bolsa. Na renda fixa, temos que olhar para quatro itens: perfil (conservador ou moderado), horizonte, objetivo e capacidade de perda. 

O objetivo se casa com o horizonte. Por exemplo, se eu quero fazer um curso no exterior daqui a cinco anos, eu posso comprar uma NTN-B 5 anos (Tesouro Direto atrelado à inflação). 

E a capacidade de perda?

A capacidade de perda tem a ver com o risco de crédito. Parte dos meus recursos tem que estar indexada ou à taxa DI ou à Selic, por causa da liquidez. É um dinheiro que se eu precisar resgatar, não vou ter problema de liquidez. 

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é uma boa opção, porque tem garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), não tem taxa de administração e tem liquidez diária a partir de 30 dias. Tesouro Selic ou fundo DI também são boas opções, mas podem ter flutuação de preço. 

Como calcular a capacidade de perda 'saudável'? 

Por exemplo, se eu tenho um valor aplicado em títulos prefixados ou indexados ao IPCA, eu tenho que cumprir um prazo até resgatar o valor. Caso eu precise resgatar o dinheiro antes do prazo de vencimento, pode haver uma perda (ou uma multa). Então, dinheiro que já está orçado, eu não posso tomar risco de liquidez. 

Mas além da fixa, é preciso ter um plano B para amenizar essa sensação de empobrecimento por causa da inflação?

Não tem muito o que fazer. É preciso também ter uma reserva de emergência de no mínimo 6 meses. Se seus gastos fixos são de R$ 6 mil mensais, então sua reserva de emergência deveria ser de R$ 36 mil. O dinheiro da reserva tem que estar alocado em investimentos de baixo risco, tipo CDB.

A reserva de emergência é para eu não ter que resgatar os meus outros investimentos? É um dinheiro à parte? 

Sim. Eu só passo para os outros quando já tenho a minha reserva. 

E quais são as dicas para quem está na Bolsa? 

O investidor da Bolsa tem que olhar a longo prazo. É para investir um dinheiro que não vai precisar usar amanhã. Mas isso também não quer dizer que você vá casar com a ação. É bom dar preferência para ações que pagam dividendos, porque você vai ter uma geração de caixa ao longo da sua vida.

Com a inflação alta e o dinheiro que parece cada vez mais curto, o investidor brasileiro tem a sensação de que está empobrecendo. Para atravessar esse momento de turbulência, o professor de Finanças do Insper Ricardo Humberto Rocha ensina como se organizar financeiramente. 

Ele explica que, nos investimentos, é preciso olhar para quatro itens: perfil, horizonte, objetivo e capacidade de perda. Leia a entrevista:

Ricardo Humberto Rocha, professor de Finanças do Insper Foto: Insper/ Divulgação

A Bolsa está caindo, e a renda fixa não está batendo a inflação. Como acalmar o investidor? 

Vamos olhar a jornada do investidor. Primeiro, vamos falar da renda fixa; depois, de Bolsa. Na renda fixa, temos que olhar para quatro itens: perfil (conservador ou moderado), horizonte, objetivo e capacidade de perda. 

O objetivo se casa com o horizonte. Por exemplo, se eu quero fazer um curso no exterior daqui a cinco anos, eu posso comprar uma NTN-B 5 anos (Tesouro Direto atrelado à inflação). 

E a capacidade de perda?

A capacidade de perda tem a ver com o risco de crédito. Parte dos meus recursos tem que estar indexada ou à taxa DI ou à Selic, por causa da liquidez. É um dinheiro que se eu precisar resgatar, não vou ter problema de liquidez. 

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é uma boa opção, porque tem garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), não tem taxa de administração e tem liquidez diária a partir de 30 dias. Tesouro Selic ou fundo DI também são boas opções, mas podem ter flutuação de preço. 

Como calcular a capacidade de perda 'saudável'? 

Por exemplo, se eu tenho um valor aplicado em títulos prefixados ou indexados ao IPCA, eu tenho que cumprir um prazo até resgatar o valor. Caso eu precise resgatar o dinheiro antes do prazo de vencimento, pode haver uma perda (ou uma multa). Então, dinheiro que já está orçado, eu não posso tomar risco de liquidez. 

Mas além da fixa, é preciso ter um plano B para amenizar essa sensação de empobrecimento por causa da inflação?

Não tem muito o que fazer. É preciso também ter uma reserva de emergência de no mínimo 6 meses. Se seus gastos fixos são de R$ 6 mil mensais, então sua reserva de emergência deveria ser de R$ 36 mil. O dinheiro da reserva tem que estar alocado em investimentos de baixo risco, tipo CDB.

A reserva de emergência é para eu não ter que resgatar os meus outros investimentos? É um dinheiro à parte? 

Sim. Eu só passo para os outros quando já tenho a minha reserva. 

E quais são as dicas para quem está na Bolsa? 

O investidor da Bolsa tem que olhar a longo prazo. É para investir um dinheiro que não vai precisar usar amanhã. Mas isso também não quer dizer que você vá casar com a ação. É bom dar preferência para ações que pagam dividendos, porque você vai ter uma geração de caixa ao longo da sua vida.

Com a inflação alta e o dinheiro que parece cada vez mais curto, o investidor brasileiro tem a sensação de que está empobrecendo. Para atravessar esse momento de turbulência, o professor de Finanças do Insper Ricardo Humberto Rocha ensina como se organizar financeiramente. 

Ele explica que, nos investimentos, é preciso olhar para quatro itens: perfil, horizonte, objetivo e capacidade de perda. Leia a entrevista:

Ricardo Humberto Rocha, professor de Finanças do Insper Foto: Insper/ Divulgação

A Bolsa está caindo, e a renda fixa não está batendo a inflação. Como acalmar o investidor? 

Vamos olhar a jornada do investidor. Primeiro, vamos falar da renda fixa; depois, de Bolsa. Na renda fixa, temos que olhar para quatro itens: perfil (conservador ou moderado), horizonte, objetivo e capacidade de perda. 

O objetivo se casa com o horizonte. Por exemplo, se eu quero fazer um curso no exterior daqui a cinco anos, eu posso comprar uma NTN-B 5 anos (Tesouro Direto atrelado à inflação). 

E a capacidade de perda?

A capacidade de perda tem a ver com o risco de crédito. Parte dos meus recursos tem que estar indexada ou à taxa DI ou à Selic, por causa da liquidez. É um dinheiro que se eu precisar resgatar, não vou ter problema de liquidez. 

O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é uma boa opção, porque tem garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), não tem taxa de administração e tem liquidez diária a partir de 30 dias. Tesouro Selic ou fundo DI também são boas opções, mas podem ter flutuação de preço. 

Como calcular a capacidade de perda 'saudável'? 

Por exemplo, se eu tenho um valor aplicado em títulos prefixados ou indexados ao IPCA, eu tenho que cumprir um prazo até resgatar o valor. Caso eu precise resgatar o dinheiro antes do prazo de vencimento, pode haver uma perda (ou uma multa). Então, dinheiro que já está orçado, eu não posso tomar risco de liquidez. 

Mas além da fixa, é preciso ter um plano B para amenizar essa sensação de empobrecimento por causa da inflação?

Não tem muito o que fazer. É preciso também ter uma reserva de emergência de no mínimo 6 meses. Se seus gastos fixos são de R$ 6 mil mensais, então sua reserva de emergência deveria ser de R$ 36 mil. O dinheiro da reserva tem que estar alocado em investimentos de baixo risco, tipo CDB.

A reserva de emergência é para eu não ter que resgatar os meus outros investimentos? É um dinheiro à parte? 

Sim. Eu só passo para os outros quando já tenho a minha reserva. 

E quais são as dicas para quem está na Bolsa? 

O investidor da Bolsa tem que olhar a longo prazo. É para investir um dinheiro que não vai precisar usar amanhã. Mas isso também não quer dizer que você vá casar com a ação. É bom dar preferência para ações que pagam dividendos, porque você vai ter uma geração de caixa ao longo da sua vida.

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