Investimento em alta deve manter crescimento sustentado, diz BNDES


Para assessor de Planejamento do banco, taxa pode chegar a 21,5% do PIB e assegurar expansão de 5% ao ano

Por Nilson Brandão Junior

O Brasil tem condições de chegar ao fim da década com uma taxa de investimento do Produto Interno Bruto (PIB) perto de 21,5%, 4 pontos porcentuais acima da prevista para este ano. A estimativa é de Francisco Eduardo Pires de Souza, assessor da área de Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo Pires de Souza, nesse nível a economia brasileira teria chance de alcançar um crescimento sustentado de 5% ou mais ao ano. Ele também informa que muitas empresas estão recorrendo ao segundo ou terceiro turno de trabalho, para aumentar a capacidade de atendimento à demanda. É o que fará o Grupo PSA Peugeot Citroën. A unidade de Porto Real, no sul fluminense, começará a trabalhar com o terceiro turno de produção a partir de dezembro. Para isso, já está contratando cerca de 700 pessoas. Apenas a ampliação de turno permitirá um aumento de 50% da capacidade de produção, dos atuais 100 mil para 150 mil veículos ao ano. A expansão, segundo a empresa, vai atender ao mercado interno. De janeiro a agosto, o grupo vendeu 77,6 mil carros, 27,6% acima do mesmo período em 2006. Na visão do economista Paulo Gonzaga Mibielli, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o movimento é mais variado. "Há um pouco de tudo, commodities (metalúrgica e papel e papelão), setores relativamente intensivos em tecnologia (mecânica e material de transporte); e tradicionais (mobiliário e vestuário). Portanto, a diversificação é a tônica, não há concentração num setor ou num tipo de indústria." Há preocupações, contudo, de que os investimentos acabem sobressaindo nos setores ligados aos produtos básicos e venham a perder fôlego, com a possibilidade de um crescimento em 2008 menor do que o esperado para 2007. O diretor da RC Consultores, Fábio Silveira, explica que o investimento, de fato, está crescendo, mas tem baixo impacto em termos de empregos qualificados e sobre o restante da economia, já que o maior peso está ligado a cadeias produtivas "curtas". Silveira argumenta que a maior parte do investimento acaba indo para as áreas do agronegócio, minérios e petróleo. Sergio Vale, economista da MB Associados, também avalia que segmentos ligados a commodities, metálicas ou agrícolas, recebem a maioria dos investimentos. Segundo ele, grande parte da produção de bens de capital em São Paulo segue para atividades como açúcar e álcool, por exemplo. Vale comenta, ainda, que um arrefecimento da atividade tende a cortar o incentivo que o mercado interno está dando a segmentos ligados à venda doméstica. De forma geral, os economistas prevêem que o Banco Central (BC) deverá parar, na próxima reunião, os cortes na taxa Selic. "Não acredito que o crescimento do investimento será tão sustentável. O avanço do investimento deverá ser menor no ano que vem, por causa de um mercado interno que pode perder espaço", diz Vale.

O Brasil tem condições de chegar ao fim da década com uma taxa de investimento do Produto Interno Bruto (PIB) perto de 21,5%, 4 pontos porcentuais acima da prevista para este ano. A estimativa é de Francisco Eduardo Pires de Souza, assessor da área de Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo Pires de Souza, nesse nível a economia brasileira teria chance de alcançar um crescimento sustentado de 5% ou mais ao ano. Ele também informa que muitas empresas estão recorrendo ao segundo ou terceiro turno de trabalho, para aumentar a capacidade de atendimento à demanda. É o que fará o Grupo PSA Peugeot Citroën. A unidade de Porto Real, no sul fluminense, começará a trabalhar com o terceiro turno de produção a partir de dezembro. Para isso, já está contratando cerca de 700 pessoas. Apenas a ampliação de turno permitirá um aumento de 50% da capacidade de produção, dos atuais 100 mil para 150 mil veículos ao ano. A expansão, segundo a empresa, vai atender ao mercado interno. De janeiro a agosto, o grupo vendeu 77,6 mil carros, 27,6% acima do mesmo período em 2006. Na visão do economista Paulo Gonzaga Mibielli, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o movimento é mais variado. "Há um pouco de tudo, commodities (metalúrgica e papel e papelão), setores relativamente intensivos em tecnologia (mecânica e material de transporte); e tradicionais (mobiliário e vestuário). Portanto, a diversificação é a tônica, não há concentração num setor ou num tipo de indústria." Há preocupações, contudo, de que os investimentos acabem sobressaindo nos setores ligados aos produtos básicos e venham a perder fôlego, com a possibilidade de um crescimento em 2008 menor do que o esperado para 2007. O diretor da RC Consultores, Fábio Silveira, explica que o investimento, de fato, está crescendo, mas tem baixo impacto em termos de empregos qualificados e sobre o restante da economia, já que o maior peso está ligado a cadeias produtivas "curtas". Silveira argumenta que a maior parte do investimento acaba indo para as áreas do agronegócio, minérios e petróleo. Sergio Vale, economista da MB Associados, também avalia que segmentos ligados a commodities, metálicas ou agrícolas, recebem a maioria dos investimentos. Segundo ele, grande parte da produção de bens de capital em São Paulo segue para atividades como açúcar e álcool, por exemplo. Vale comenta, ainda, que um arrefecimento da atividade tende a cortar o incentivo que o mercado interno está dando a segmentos ligados à venda doméstica. De forma geral, os economistas prevêem que o Banco Central (BC) deverá parar, na próxima reunião, os cortes na taxa Selic. "Não acredito que o crescimento do investimento será tão sustentável. O avanço do investimento deverá ser menor no ano que vem, por causa de um mercado interno que pode perder espaço", diz Vale.

O Brasil tem condições de chegar ao fim da década com uma taxa de investimento do Produto Interno Bruto (PIB) perto de 21,5%, 4 pontos porcentuais acima da prevista para este ano. A estimativa é de Francisco Eduardo Pires de Souza, assessor da área de Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo Pires de Souza, nesse nível a economia brasileira teria chance de alcançar um crescimento sustentado de 5% ou mais ao ano. Ele também informa que muitas empresas estão recorrendo ao segundo ou terceiro turno de trabalho, para aumentar a capacidade de atendimento à demanda. É o que fará o Grupo PSA Peugeot Citroën. A unidade de Porto Real, no sul fluminense, começará a trabalhar com o terceiro turno de produção a partir de dezembro. Para isso, já está contratando cerca de 700 pessoas. Apenas a ampliação de turno permitirá um aumento de 50% da capacidade de produção, dos atuais 100 mil para 150 mil veículos ao ano. A expansão, segundo a empresa, vai atender ao mercado interno. De janeiro a agosto, o grupo vendeu 77,6 mil carros, 27,6% acima do mesmo período em 2006. Na visão do economista Paulo Gonzaga Mibielli, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o movimento é mais variado. "Há um pouco de tudo, commodities (metalúrgica e papel e papelão), setores relativamente intensivos em tecnologia (mecânica e material de transporte); e tradicionais (mobiliário e vestuário). Portanto, a diversificação é a tônica, não há concentração num setor ou num tipo de indústria." Há preocupações, contudo, de que os investimentos acabem sobressaindo nos setores ligados aos produtos básicos e venham a perder fôlego, com a possibilidade de um crescimento em 2008 menor do que o esperado para 2007. O diretor da RC Consultores, Fábio Silveira, explica que o investimento, de fato, está crescendo, mas tem baixo impacto em termos de empregos qualificados e sobre o restante da economia, já que o maior peso está ligado a cadeias produtivas "curtas". Silveira argumenta que a maior parte do investimento acaba indo para as áreas do agronegócio, minérios e petróleo. Sergio Vale, economista da MB Associados, também avalia que segmentos ligados a commodities, metálicas ou agrícolas, recebem a maioria dos investimentos. Segundo ele, grande parte da produção de bens de capital em São Paulo segue para atividades como açúcar e álcool, por exemplo. Vale comenta, ainda, que um arrefecimento da atividade tende a cortar o incentivo que o mercado interno está dando a segmentos ligados à venda doméstica. De forma geral, os economistas prevêem que o Banco Central (BC) deverá parar, na próxima reunião, os cortes na taxa Selic. "Não acredito que o crescimento do investimento será tão sustentável. O avanço do investimento deverá ser menor no ano que vem, por causa de um mercado interno que pode perder espaço", diz Vale.

O Brasil tem condições de chegar ao fim da década com uma taxa de investimento do Produto Interno Bruto (PIB) perto de 21,5%, 4 pontos porcentuais acima da prevista para este ano. A estimativa é de Francisco Eduardo Pires de Souza, assessor da área de Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Segundo Pires de Souza, nesse nível a economia brasileira teria chance de alcançar um crescimento sustentado de 5% ou mais ao ano. Ele também informa que muitas empresas estão recorrendo ao segundo ou terceiro turno de trabalho, para aumentar a capacidade de atendimento à demanda. É o que fará o Grupo PSA Peugeot Citroën. A unidade de Porto Real, no sul fluminense, começará a trabalhar com o terceiro turno de produção a partir de dezembro. Para isso, já está contratando cerca de 700 pessoas. Apenas a ampliação de turno permitirá um aumento de 50% da capacidade de produção, dos atuais 100 mil para 150 mil veículos ao ano. A expansão, segundo a empresa, vai atender ao mercado interno. De janeiro a agosto, o grupo vendeu 77,6 mil carros, 27,6% acima do mesmo período em 2006. Na visão do economista Paulo Gonzaga Mibielli, do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o movimento é mais variado. "Há um pouco de tudo, commodities (metalúrgica e papel e papelão), setores relativamente intensivos em tecnologia (mecânica e material de transporte); e tradicionais (mobiliário e vestuário). Portanto, a diversificação é a tônica, não há concentração num setor ou num tipo de indústria." Há preocupações, contudo, de que os investimentos acabem sobressaindo nos setores ligados aos produtos básicos e venham a perder fôlego, com a possibilidade de um crescimento em 2008 menor do que o esperado para 2007. O diretor da RC Consultores, Fábio Silveira, explica que o investimento, de fato, está crescendo, mas tem baixo impacto em termos de empregos qualificados e sobre o restante da economia, já que o maior peso está ligado a cadeias produtivas "curtas". Silveira argumenta que a maior parte do investimento acaba indo para as áreas do agronegócio, minérios e petróleo. Sergio Vale, economista da MB Associados, também avalia que segmentos ligados a commodities, metálicas ou agrícolas, recebem a maioria dos investimentos. Segundo ele, grande parte da produção de bens de capital em São Paulo segue para atividades como açúcar e álcool, por exemplo. Vale comenta, ainda, que um arrefecimento da atividade tende a cortar o incentivo que o mercado interno está dando a segmentos ligados à venda doméstica. De forma geral, os economistas prevêem que o Banco Central (BC) deverá parar, na próxima reunião, os cortes na taxa Selic. "Não acredito que o crescimento do investimento será tão sustentável. O avanço do investimento deverá ser menor no ano que vem, por causa de um mercado interno que pode perder espaço", diz Vale.

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