O jornal The New York Sun, um diário de viés conservador que fechou as portas em 2008 após uma existência de seis anos, fará um retorno online sob nova direção, disse o editor fundador do jornal e seu novo proprietário na última quarta-feira.
Seth Lipsky, editor-chefe e ex-proprietário do The Sun, vendeu a publicação em dinheiro e ações para Dovid Efune, que até recentemente era o principal editor do The Algemeiner, publicação online e impressa de interesse judaico com base em Nova York, disseram Lipsky e Efune. Não foi divulgado o preço da venda.
Para o retorno do The Sun, Lipsky permanecerá como editor principal, e Efune será editor e presidente.
Em uma entrevista ao NYT por e-mail, Efune elogiou a publicação “por fazer exatamente a forma de jornalismo que falta no ambiente da mídia de hoje: baseado em valores, com princípios e constitucionalista”. Não há planos de voltar a publicar edições impressas, acrescentou.
O The New York Sun foi criado a partir de uma ideia de Lipsky, ex-repórter e redator editorial do The Wall Street Journal. Em 1990, ele já havia criado o The Forward, uma ramificação em inglês do venerável jornal de língua iídiche, e atuou como seu editor durante dez anos.
Origem
O The Sun, que recebeu o nome de um jornal de Nova York publicado entre 1833 e 1950, voltou às bancas sob a direção de Lipsky em 2002 e rapidamente se tornou conhecido por seu tom politicamente conservador. Antes de parar de publicar as edições impressas em 2008, tinha mais de 100 funcionários em tempo integral.
Desde que o The Sun demitiu sua equipe e parou de aparecer nas bancas, ele conseguiu manter uma modesta presença online, publicando ensaios de opinião de Lipsky e de seu ex-sócio Ira Stoll e de colaboradores autônomos.
O site do The Sun também dá espaço para transcrições de monólogos entregues por Larry Kudlow, o ex-diretor do Conselho Econômico Nacional do ex-presidente Donald Trump, em seu programa na Fox Business.
Para o retorno do jornal, Efune disse que planejava expandir a seção de opinião e contratar jornalistas e editores para cobrir a política local e nacional, bem como temas de cultura e artes.
Já o Algemeiner começou como uma publicação em idioma iídiche em 1972, mudando para o inglês em 2008, ano em que Efune se tornou editor-chefe. Ele disse que desistiu dessa função neste ano, mas continua a atuar no conselho do jornal.
O The Sun é a segunda publicação de Nova York a retornar este ano, depois do The Village Voice.
Lipsky disse que há muito tempo é admirador do trabalho de Efune no The Algemeiner e estava ansioso para trabalhar com ele em jornalismo que apoiasse “os valores americanos de constitucionalismo, igualdade perante a lei e liberdade individual”. / TRADUÇÃO DE ANNA MARIA DALLE LUCHE