Troca relâmpago no BNDES pode despir um santo e não vestir outro


Por José Paulo Kupfer

A saída de Maria Silvia Bastos Marques da presidência do BNDES surpreendeu até mesmo o presidente Michel Temer, mas era uma pedra cantada. Ao longo do ano em que presidiu a gigantesca e tentacular agência estatal de fomento, Maria Silvia foi sendo emparedada não só pelo corpo de funcionários, mas também por empresários, inclusive e especialmente grupos mais ativos no apoio e sustentação do presidente Michel Temer.

O que não estava nas previsões era a sua substituição relâmpago pelo até há pouco presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro. Com esse roque rápido, o governo tenta passar, provavelmente sem sucesso, a mensagem de que os desdobramentos da crise política em que está diretamente envolvido não afetará suas ações na economia. Quer mostrar também que a saída da presidente do BNDES é um fato isolado e que não está se formando uma onda de desmonte do governo, principalmente na área econômica.

A escolha de Paulo Rabello, de sua parte, pode despir o santo do IBGE e não cobrir o do BNDES. Rabello é um economista ativo no debate econômico, com ideias originais e polêmicas. Com pouca experiência anterior em cargos públicos, ele manteve-se mais discreto do que o de costume neste ano em que comandou o IBGE.Ganhou destaque, nos últimos dias, com uma veemente defesa do órgão e de seus funcionários, diante de suspeitas de que ocorreram falhas técnicas na mudança recente das pesquisas mensais do comércio e dos serviços. Suas ideias liberais não combinam bem com um banco de fomento que, por definição, revela caráter mais intervencionista.

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Maria Silvia chegou ao BNDES com uma nova equipe de economistas e formou uma diretoria em grande parte composta por "forasteiros" ligados ao mercado financeiro e a escolas de economia de corte mais liberal. Essa montagem não foi vista com bons olhos pela corporação de funcionários de carreira, cuja força política é notória e histórica. Os conflitos latentes explodiram com os desdobramentos das delações de Joesley Batista, do grupo J&F, um dos maiores beneficiários dos negócios do banco oficial, nos governos petistas. Associações de funcionários cobraram da agora ex-presidente uma reação mais rápida e mais firme contra ação da Policia Federal que executou conduções coercitivas de funcionários para depoimento no âmbito da Operação Bullish.

Já os empresários reclamava da "arrogância" e da má vontade de Maria Silvia e seus diretores, na audiência dos pleitos empresariais. Queixavam-se da falta de diálogo e de espaços na agenda da presidente e de diretores do banco. Esses críticas, de início veladas, acabaram públicas e irritaram o presidente Temer. Um esforço posterior para receber e pelo menos ouvir as reivindicações empresariais não resultaram em maior fluidez no diálogo. Críticas de que Maria Silvia fechara os cofres do BNDES foram confirmadas pela queda nos desembolsos em 2016 -- 35% a menos do que em 2015 --, somando menos de R$ 90 bilhões, o menor volume desde 2007.

 

A saída de Maria Silvia Bastos Marques da presidência do BNDES surpreendeu até mesmo o presidente Michel Temer, mas era uma pedra cantada. Ao longo do ano em que presidiu a gigantesca e tentacular agência estatal de fomento, Maria Silvia foi sendo emparedada não só pelo corpo de funcionários, mas também por empresários, inclusive e especialmente grupos mais ativos no apoio e sustentação do presidente Michel Temer.

O que não estava nas previsões era a sua substituição relâmpago pelo até há pouco presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro. Com esse roque rápido, o governo tenta passar, provavelmente sem sucesso, a mensagem de que os desdobramentos da crise política em que está diretamente envolvido não afetará suas ações na economia. Quer mostrar também que a saída da presidente do BNDES é um fato isolado e que não está se formando uma onda de desmonte do governo, principalmente na área econômica.

A escolha de Paulo Rabello, de sua parte, pode despir o santo do IBGE e não cobrir o do BNDES. Rabello é um economista ativo no debate econômico, com ideias originais e polêmicas. Com pouca experiência anterior em cargos públicos, ele manteve-se mais discreto do que o de costume neste ano em que comandou o IBGE.Ganhou destaque, nos últimos dias, com uma veemente defesa do órgão e de seus funcionários, diante de suspeitas de que ocorreram falhas técnicas na mudança recente das pesquisas mensais do comércio e dos serviços. Suas ideias liberais não combinam bem com um banco de fomento que, por definição, revela caráter mais intervencionista.

Maria Silvia chegou ao BNDES com uma nova equipe de economistas e formou uma diretoria em grande parte composta por "forasteiros" ligados ao mercado financeiro e a escolas de economia de corte mais liberal. Essa montagem não foi vista com bons olhos pela corporação de funcionários de carreira, cuja força política é notória e histórica. Os conflitos latentes explodiram com os desdobramentos das delações de Joesley Batista, do grupo J&F, um dos maiores beneficiários dos negócios do banco oficial, nos governos petistas. Associações de funcionários cobraram da agora ex-presidente uma reação mais rápida e mais firme contra ação da Policia Federal que executou conduções coercitivas de funcionários para depoimento no âmbito da Operação Bullish.

Já os empresários reclamava da "arrogância" e da má vontade de Maria Silvia e seus diretores, na audiência dos pleitos empresariais. Queixavam-se da falta de diálogo e de espaços na agenda da presidente e de diretores do banco. Esses críticas, de início veladas, acabaram públicas e irritaram o presidente Temer. Um esforço posterior para receber e pelo menos ouvir as reivindicações empresariais não resultaram em maior fluidez no diálogo. Críticas de que Maria Silvia fechara os cofres do BNDES foram confirmadas pela queda nos desembolsos em 2016 -- 35% a menos do que em 2015 --, somando menos de R$ 90 bilhões, o menor volume desde 2007.

 

A saída de Maria Silvia Bastos Marques da presidência do BNDES surpreendeu até mesmo o presidente Michel Temer, mas era uma pedra cantada. Ao longo do ano em que presidiu a gigantesca e tentacular agência estatal de fomento, Maria Silvia foi sendo emparedada não só pelo corpo de funcionários, mas também por empresários, inclusive e especialmente grupos mais ativos no apoio e sustentação do presidente Michel Temer.

O que não estava nas previsões era a sua substituição relâmpago pelo até há pouco presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro. Com esse roque rápido, o governo tenta passar, provavelmente sem sucesso, a mensagem de que os desdobramentos da crise política em que está diretamente envolvido não afetará suas ações na economia. Quer mostrar também que a saída da presidente do BNDES é um fato isolado e que não está se formando uma onda de desmonte do governo, principalmente na área econômica.

A escolha de Paulo Rabello, de sua parte, pode despir o santo do IBGE e não cobrir o do BNDES. Rabello é um economista ativo no debate econômico, com ideias originais e polêmicas. Com pouca experiência anterior em cargos públicos, ele manteve-se mais discreto do que o de costume neste ano em que comandou o IBGE.Ganhou destaque, nos últimos dias, com uma veemente defesa do órgão e de seus funcionários, diante de suspeitas de que ocorreram falhas técnicas na mudança recente das pesquisas mensais do comércio e dos serviços. Suas ideias liberais não combinam bem com um banco de fomento que, por definição, revela caráter mais intervencionista.

Maria Silvia chegou ao BNDES com uma nova equipe de economistas e formou uma diretoria em grande parte composta por "forasteiros" ligados ao mercado financeiro e a escolas de economia de corte mais liberal. Essa montagem não foi vista com bons olhos pela corporação de funcionários de carreira, cuja força política é notória e histórica. Os conflitos latentes explodiram com os desdobramentos das delações de Joesley Batista, do grupo J&F, um dos maiores beneficiários dos negócios do banco oficial, nos governos petistas. Associações de funcionários cobraram da agora ex-presidente uma reação mais rápida e mais firme contra ação da Policia Federal que executou conduções coercitivas de funcionários para depoimento no âmbito da Operação Bullish.

Já os empresários reclamava da "arrogância" e da má vontade de Maria Silvia e seus diretores, na audiência dos pleitos empresariais. Queixavam-se da falta de diálogo e de espaços na agenda da presidente e de diretores do banco. Esses críticas, de início veladas, acabaram públicas e irritaram o presidente Temer. Um esforço posterior para receber e pelo menos ouvir as reivindicações empresariais não resultaram em maior fluidez no diálogo. Críticas de que Maria Silvia fechara os cofres do BNDES foram confirmadas pela queda nos desembolsos em 2016 -- 35% a menos do que em 2015 --, somando menos de R$ 90 bilhões, o menor volume desde 2007.

 

A saída de Maria Silvia Bastos Marques da presidência do BNDES surpreendeu até mesmo o presidente Michel Temer, mas era uma pedra cantada. Ao longo do ano em que presidiu a gigantesca e tentacular agência estatal de fomento, Maria Silvia foi sendo emparedada não só pelo corpo de funcionários, mas também por empresários, inclusive e especialmente grupos mais ativos no apoio e sustentação do presidente Michel Temer.

O que não estava nas previsões era a sua substituição relâmpago pelo até há pouco presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro. Com esse roque rápido, o governo tenta passar, provavelmente sem sucesso, a mensagem de que os desdobramentos da crise política em que está diretamente envolvido não afetará suas ações na economia. Quer mostrar também que a saída da presidente do BNDES é um fato isolado e que não está se formando uma onda de desmonte do governo, principalmente na área econômica.

A escolha de Paulo Rabello, de sua parte, pode despir o santo do IBGE e não cobrir o do BNDES. Rabello é um economista ativo no debate econômico, com ideias originais e polêmicas. Com pouca experiência anterior em cargos públicos, ele manteve-se mais discreto do que o de costume neste ano em que comandou o IBGE.Ganhou destaque, nos últimos dias, com uma veemente defesa do órgão e de seus funcionários, diante de suspeitas de que ocorreram falhas técnicas na mudança recente das pesquisas mensais do comércio e dos serviços. Suas ideias liberais não combinam bem com um banco de fomento que, por definição, revela caráter mais intervencionista.

Maria Silvia chegou ao BNDES com uma nova equipe de economistas e formou uma diretoria em grande parte composta por "forasteiros" ligados ao mercado financeiro e a escolas de economia de corte mais liberal. Essa montagem não foi vista com bons olhos pela corporação de funcionários de carreira, cuja força política é notória e histórica. Os conflitos latentes explodiram com os desdobramentos das delações de Joesley Batista, do grupo J&F, um dos maiores beneficiários dos negócios do banco oficial, nos governos petistas. Associações de funcionários cobraram da agora ex-presidente uma reação mais rápida e mais firme contra ação da Policia Federal que executou conduções coercitivas de funcionários para depoimento no âmbito da Operação Bullish.

Já os empresários reclamava da "arrogância" e da má vontade de Maria Silvia e seus diretores, na audiência dos pleitos empresariais. Queixavam-se da falta de diálogo e de espaços na agenda da presidente e de diretores do banco. Esses críticas, de início veladas, acabaram públicas e irritaram o presidente Temer. Um esforço posterior para receber e pelo menos ouvir as reivindicações empresariais não resultaram em maior fluidez no diálogo. Críticas de que Maria Silvia fechara os cofres do BNDES foram confirmadas pela queda nos desembolsos em 2016 -- 35% a menos do que em 2015 --, somando menos de R$ 90 bilhões, o menor volume desde 2007.

 

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