O ex-ministro argentino Roberto Lavagna sugeriu aos países do Mercosul que "é preciso por limites à Venezuela. É bom que a patota fique fora" do bloco. A palavra "patota" na Argentina, além de significar "bando, negócio duvidoso, trapaça, ladroeira", tem a conotação de "truculência", e é uma palavra utilizada para pessoas. Lavagna não citou o presidente Hugo Chávez, mas deu a entender que falava dele. Durante a conferência, Lavagna referiu-se à Venezuela ao ser indagado sobre as perspectivas do Mercosul. Ele disse ainda que é preciso "preservar seu perfil democrático e com economias de mercado. Um certo afastamento do Uruguai e a associação plena com a Venezuela altera estes dois elementos". Lavagna também sugeriu ao governo de Néstor Kirchner evitar um aumento do gasto em 2007, ano eleitoral, e que a política de controle de preços deve ser utilizada "como se fosse um bisturi, não um machado, para não afetar o clima de negócios" e espantar as empresas. Desde a última segunda-feira, o principal tema de conversas entre os empresários e o governo argentino é sobre a candidatura de Lavagna à Presidência, no próximo ano. O ex-ministro nega que seja candidato, mas no circuito político e econômico do país ninguém duvida que ele competirá com o ex-chefe, o presidente Néstor Kirchner, que tampouco confirmou que disputará a reeleição. As versões que circulam em ambos meios é de que Lavagna já decidiu ser candidato em 2007, liderando uma frente eleitoral composta pelo peronismo que não se alinha com Néstor Kirchner.
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