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Opinião|Medir, mas o que medir, eis a questão


A Revolução Industrial trouxe maior eficiência e produtividade através das máquinas e também desenvolveu diversas métricas, desenvolvendo e culminando em nossos modelos e práticas de gestão. Mas, por que voltar tantos séculos? Porque antes disso não olhávamos as nossas vidas através das lentes da eficiência. 

Por Claudia Miranda Gonçalves

 

Somos verdadeiramente obcecados por nos sentirmos produtivos, cada vez melhores no que fazemos, úteis...quantas vezes ouvi de clientes de coaching o pedido para ajudá-los a usarem melhor seu tempo - eficiência - ou que se sentem culpados por se jogarem no sofá e maratonarem uma série na tv?  E mais, falamos sobre isso como se fosse a coisa mais natural do mundo.

 Foto: Estadão
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Mas não é. Se pensarmos no que é natural, dificilmente veremos a natureza obcecada por ser eficiente, ou qualquer outra coisa. Quando olhamos crianças em idade pré-escolar o mesmo acontece. Elas vivem em outra sintonia. 

 

Então, o que aconteceu? Primeiramente inventamos as ferramentas e de alguma forma elas acabaram mediando a nossa experiência com a natureza. 

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Algo assim:

 

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homem -> ferramenta -> natureza

(esquema brutalmente simples e genial de Gregory Bateson em Metadialogue - Is There a Conspiracy?)

 As ferramentas nos deixaram parcialmente fora da natureza. A nossa distância da natureza vem crescendo conforme inventamos mais ferramentas e tecnologias para lidar com os efeitos das ferramentas e tecnologias existentes. Se os carros emitem CO2, inventamos um filtro para reduzir ou zerar essa emissão. 

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E começamos a medir os efeitos  e assim começamos a fazer gestão. Números trazem clareza e podem trazer confusão e distorção também. Quais são as métricas que realmente importam? Qual a ética por trás delas?

 

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E as métricas sobre as pessoas? Desde o nascimento, cada um é pesado, medido, classificado. Em 1910, o New York Times estimava que o valor de um bebê era de US $362,00 por libra. Medimos eficiência, produtividade, vida útil...Transformamos pessoas em ferramentas, recursos.

 

Ainda assim, acredito nas métricas. Precisamos, porém, rever o que as métricas estão perguntando. Podemos ir além da lógica e números absolutos  em direção ao ambíguo e quantum não binário?  Aceita o convite? veja as perguntas abaixo:

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Perguntas

  1. Métrica dos sonhos? 
  2. Métrica dos pesadelos?
  3. Palavras digitadas por km andado?
  4. Risadas  por reunião?
  5. Não mensurável ou imensurável?  
  6. Já desejou parar de quantificar algo em seu trabalho, mas sente que não pode? 
  7. E se parasse de quantificar por uns 3 meses? 
  8. Qual a coisa mais imensurável em sua vida? 
  9. Que nota você daria para 2021? 

 

Somos verdadeiramente obcecados por nos sentirmos produtivos, cada vez melhores no que fazemos, úteis...quantas vezes ouvi de clientes de coaching o pedido para ajudá-los a usarem melhor seu tempo - eficiência - ou que se sentem culpados por se jogarem no sofá e maratonarem uma série na tv?  E mais, falamos sobre isso como se fosse a coisa mais natural do mundo.

 Foto: Estadão

Mas não é. Se pensarmos no que é natural, dificilmente veremos a natureza obcecada por ser eficiente, ou qualquer outra coisa. Quando olhamos crianças em idade pré-escolar o mesmo acontece. Elas vivem em outra sintonia. 

 

Então, o que aconteceu? Primeiramente inventamos as ferramentas e de alguma forma elas acabaram mediando a nossa experiência com a natureza. 

 

Algo assim:

 

homem -> ferramenta -> natureza

(esquema brutalmente simples e genial de Gregory Bateson em Metadialogue - Is There a Conspiracy?)

 As ferramentas nos deixaram parcialmente fora da natureza. A nossa distância da natureza vem crescendo conforme inventamos mais ferramentas e tecnologias para lidar com os efeitos das ferramentas e tecnologias existentes. Se os carros emitem CO2, inventamos um filtro para reduzir ou zerar essa emissão. 

 

E começamos a medir os efeitos  e assim começamos a fazer gestão. Números trazem clareza e podem trazer confusão e distorção também. Quais são as métricas que realmente importam? Qual a ética por trás delas?

 

E as métricas sobre as pessoas? Desde o nascimento, cada um é pesado, medido, classificado. Em 1910, o New York Times estimava que o valor de um bebê era de US $362,00 por libra. Medimos eficiência, produtividade, vida útil...Transformamos pessoas em ferramentas, recursos.

 

Ainda assim, acredito nas métricas. Precisamos, porém, rever o que as métricas estão perguntando. Podemos ir além da lógica e números absolutos  em direção ao ambíguo e quantum não binário?  Aceita o convite? veja as perguntas abaixo:

 

Perguntas

  1. Métrica dos sonhos? 
  2. Métrica dos pesadelos?
  3. Palavras digitadas por km andado?
  4. Risadas  por reunião?
  5. Não mensurável ou imensurável?  
  6. Já desejou parar de quantificar algo em seu trabalho, mas sente que não pode? 
  7. E se parasse de quantificar por uns 3 meses? 
  8. Qual a coisa mais imensurável em sua vida? 
  9. Que nota você daria para 2021? 

 

Somos verdadeiramente obcecados por nos sentirmos produtivos, cada vez melhores no que fazemos, úteis...quantas vezes ouvi de clientes de coaching o pedido para ajudá-los a usarem melhor seu tempo - eficiência - ou que se sentem culpados por se jogarem no sofá e maratonarem uma série na tv?  E mais, falamos sobre isso como se fosse a coisa mais natural do mundo.

 Foto: Estadão

Mas não é. Se pensarmos no que é natural, dificilmente veremos a natureza obcecada por ser eficiente, ou qualquer outra coisa. Quando olhamos crianças em idade pré-escolar o mesmo acontece. Elas vivem em outra sintonia. 

 

Então, o que aconteceu? Primeiramente inventamos as ferramentas e de alguma forma elas acabaram mediando a nossa experiência com a natureza. 

 

Algo assim:

 

homem -> ferramenta -> natureza

(esquema brutalmente simples e genial de Gregory Bateson em Metadialogue - Is There a Conspiracy?)

 As ferramentas nos deixaram parcialmente fora da natureza. A nossa distância da natureza vem crescendo conforme inventamos mais ferramentas e tecnologias para lidar com os efeitos das ferramentas e tecnologias existentes. Se os carros emitem CO2, inventamos um filtro para reduzir ou zerar essa emissão. 

 

E começamos a medir os efeitos  e assim começamos a fazer gestão. Números trazem clareza e podem trazer confusão e distorção também. Quais são as métricas que realmente importam? Qual a ética por trás delas?

 

E as métricas sobre as pessoas? Desde o nascimento, cada um é pesado, medido, classificado. Em 1910, o New York Times estimava que o valor de um bebê era de US $362,00 por libra. Medimos eficiência, produtividade, vida útil...Transformamos pessoas em ferramentas, recursos.

 

Ainda assim, acredito nas métricas. Precisamos, porém, rever o que as métricas estão perguntando. Podemos ir além da lógica e números absolutos  em direção ao ambíguo e quantum não binário?  Aceita o convite? veja as perguntas abaixo:

 

Perguntas

  1. Métrica dos sonhos? 
  2. Métrica dos pesadelos?
  3. Palavras digitadas por km andado?
  4. Risadas  por reunião?
  5. Não mensurável ou imensurável?  
  6. Já desejou parar de quantificar algo em seu trabalho, mas sente que não pode? 
  7. E se parasse de quantificar por uns 3 meses? 
  8. Qual a coisa mais imensurável em sua vida? 
  9. Que nota você daria para 2021? 

 

Somos verdadeiramente obcecados por nos sentirmos produtivos, cada vez melhores no que fazemos, úteis...quantas vezes ouvi de clientes de coaching o pedido para ajudá-los a usarem melhor seu tempo - eficiência - ou que se sentem culpados por se jogarem no sofá e maratonarem uma série na tv?  E mais, falamos sobre isso como se fosse a coisa mais natural do mundo.

 Foto: Estadão

Mas não é. Se pensarmos no que é natural, dificilmente veremos a natureza obcecada por ser eficiente, ou qualquer outra coisa. Quando olhamos crianças em idade pré-escolar o mesmo acontece. Elas vivem em outra sintonia. 

 

Então, o que aconteceu? Primeiramente inventamos as ferramentas e de alguma forma elas acabaram mediando a nossa experiência com a natureza. 

 

Algo assim:

 

homem -> ferramenta -> natureza

(esquema brutalmente simples e genial de Gregory Bateson em Metadialogue - Is There a Conspiracy?)

 As ferramentas nos deixaram parcialmente fora da natureza. A nossa distância da natureza vem crescendo conforme inventamos mais ferramentas e tecnologias para lidar com os efeitos das ferramentas e tecnologias existentes. Se os carros emitem CO2, inventamos um filtro para reduzir ou zerar essa emissão. 

 

E começamos a medir os efeitos  e assim começamos a fazer gestão. Números trazem clareza e podem trazer confusão e distorção também. Quais são as métricas que realmente importam? Qual a ética por trás delas?

 

E as métricas sobre as pessoas? Desde o nascimento, cada um é pesado, medido, classificado. Em 1910, o New York Times estimava que o valor de um bebê era de US $362,00 por libra. Medimos eficiência, produtividade, vida útil...Transformamos pessoas em ferramentas, recursos.

 

Ainda assim, acredito nas métricas. Precisamos, porém, rever o que as métricas estão perguntando. Podemos ir além da lógica e números absolutos  em direção ao ambíguo e quantum não binário?  Aceita o convite? veja as perguntas abaixo:

 

Perguntas

  1. Métrica dos sonhos? 
  2. Métrica dos pesadelos?
  3. Palavras digitadas por km andado?
  4. Risadas  por reunião?
  5. Não mensurável ou imensurável?  
  6. Já desejou parar de quantificar algo em seu trabalho, mas sente que não pode? 
  7. E se parasse de quantificar por uns 3 meses? 
  8. Qual a coisa mais imensurável em sua vida? 
  9. Que nota você daria para 2021? 

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