Presidente do Conselho de Administração do Bradesco

Opinião|Dois livros e um momento desafiador para o Brasil


O Brasil detém todas as condições para ser a maior usina de energia limpa e renovável do planeta

Por Luiz Carlos Trabuco Cappi
Atualização:

Um livro ao qual se deve prestar atenção, pela sua atualidade e importância, é “Brasil Paraíso Restaurável”, do jornalista, doutor em ciência política e mestre em sociologia, Jorge Caldeira, recém-eleito para a Academia Brasileira de Letras, onde ocupará a cadeira 16, que foi de Lygia Fagundes Telles.

Escrito em parceria com as pesquisadoras Julia Sekula e Luana Schabib, o livro toca em pontos centrais da questão ambiental, tema tão preocupante e discutido hoje no mundo, e mostra que o Brasil detém todas as condições para ser a maior usina de energia limpa e renovável do planeta.

Em meio as comemorações do bicentenário da Independência, País vive momento desafiador em relação a pauta ESG. Foto: Felipe Rau/Estadão
continua após a publicidade

Da democratização da energia solar à multiplicação do uso da biomassa, passando por fontes bem exploradas como a cana-de-açúcar e eólica, estamos à frente de outros países quanto à possibilidade de não depender de fontes fósseis e poluentes para crescer. Além disso, a biodiversidade da Amazônia é o maior ativo mundial da economia verde e fonte extraordinária de captação de recursos.

Outro livro recém-lançado, que também nos ajuda a entender como chegamos até aqui e o que podemos traçar para o futuro, é o terceiro volume da trilogia sobre a escravidão do jornalista e administrador de empresas Laurentino Gomes. A superação pelo Brasil da condição de economia emergente e seu ingresso no G-7, grupo dos países mais ricos, é um processo ainda em sonho. Uma das razões para isso é a nossa desigualdade social.

Duro e cru, Gomes, em “Escravidão – da Independência à Lei Áurea”, nos remete ao passado de violência e atrocidades cometidas por três séculos contra escravizados afrodescendentes. Trazidos a ferros para sustentar um modelo político-econômico colonial e extrativista, representavam um terço da população brasileira às vésperas da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888. Os paradoxos do processo histórico que culminou com a abolição da escravatura desnudam as raízes da exclusão social existente no Brasil.

continua após a publicidade

“Escravidão” e “Paraíso Restaurável” são convergentes na linha do tempo e têm o mérito de sustentar com fatos e dados as interpretações de seus autores. Ambos nos conduzem a conclusões importantes sobre de onde viemos, como sociedade, e a quais destinos poderemos chegar.

Num ano especial, quando comemoramos o bicentenário da Independência e estamos prontos a exercer o maior direito da democracia, o voto, esses livros representam fontes de informação e de reflexão a respeito de dois pilares fundamentais da moderna agenda ESG, meio ambiente e inclusão social. São obras que iluminam caminhos nestes tempos desafiadores./PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BRADESCO

Um livro ao qual se deve prestar atenção, pela sua atualidade e importância, é “Brasil Paraíso Restaurável”, do jornalista, doutor em ciência política e mestre em sociologia, Jorge Caldeira, recém-eleito para a Academia Brasileira de Letras, onde ocupará a cadeira 16, que foi de Lygia Fagundes Telles.

Escrito em parceria com as pesquisadoras Julia Sekula e Luana Schabib, o livro toca em pontos centrais da questão ambiental, tema tão preocupante e discutido hoje no mundo, e mostra que o Brasil detém todas as condições para ser a maior usina de energia limpa e renovável do planeta.

Em meio as comemorações do bicentenário da Independência, País vive momento desafiador em relação a pauta ESG. Foto: Felipe Rau/Estadão

Da democratização da energia solar à multiplicação do uso da biomassa, passando por fontes bem exploradas como a cana-de-açúcar e eólica, estamos à frente de outros países quanto à possibilidade de não depender de fontes fósseis e poluentes para crescer. Além disso, a biodiversidade da Amazônia é o maior ativo mundial da economia verde e fonte extraordinária de captação de recursos.

Outro livro recém-lançado, que também nos ajuda a entender como chegamos até aqui e o que podemos traçar para o futuro, é o terceiro volume da trilogia sobre a escravidão do jornalista e administrador de empresas Laurentino Gomes. A superação pelo Brasil da condição de economia emergente e seu ingresso no G-7, grupo dos países mais ricos, é um processo ainda em sonho. Uma das razões para isso é a nossa desigualdade social.

Duro e cru, Gomes, em “Escravidão – da Independência à Lei Áurea”, nos remete ao passado de violência e atrocidades cometidas por três séculos contra escravizados afrodescendentes. Trazidos a ferros para sustentar um modelo político-econômico colonial e extrativista, representavam um terço da população brasileira às vésperas da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888. Os paradoxos do processo histórico que culminou com a abolição da escravatura desnudam as raízes da exclusão social existente no Brasil.

“Escravidão” e “Paraíso Restaurável” são convergentes na linha do tempo e têm o mérito de sustentar com fatos e dados as interpretações de seus autores. Ambos nos conduzem a conclusões importantes sobre de onde viemos, como sociedade, e a quais destinos poderemos chegar.

Num ano especial, quando comemoramos o bicentenário da Independência e estamos prontos a exercer o maior direito da democracia, o voto, esses livros representam fontes de informação e de reflexão a respeito de dois pilares fundamentais da moderna agenda ESG, meio ambiente e inclusão social. São obras que iluminam caminhos nestes tempos desafiadores./PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BRADESCO

Um livro ao qual se deve prestar atenção, pela sua atualidade e importância, é “Brasil Paraíso Restaurável”, do jornalista, doutor em ciência política e mestre em sociologia, Jorge Caldeira, recém-eleito para a Academia Brasileira de Letras, onde ocupará a cadeira 16, que foi de Lygia Fagundes Telles.

Escrito em parceria com as pesquisadoras Julia Sekula e Luana Schabib, o livro toca em pontos centrais da questão ambiental, tema tão preocupante e discutido hoje no mundo, e mostra que o Brasil detém todas as condições para ser a maior usina de energia limpa e renovável do planeta.

Em meio as comemorações do bicentenário da Independência, País vive momento desafiador em relação a pauta ESG. Foto: Felipe Rau/Estadão

Da democratização da energia solar à multiplicação do uso da biomassa, passando por fontes bem exploradas como a cana-de-açúcar e eólica, estamos à frente de outros países quanto à possibilidade de não depender de fontes fósseis e poluentes para crescer. Além disso, a biodiversidade da Amazônia é o maior ativo mundial da economia verde e fonte extraordinária de captação de recursos.

Outro livro recém-lançado, que também nos ajuda a entender como chegamos até aqui e o que podemos traçar para o futuro, é o terceiro volume da trilogia sobre a escravidão do jornalista e administrador de empresas Laurentino Gomes. A superação pelo Brasil da condição de economia emergente e seu ingresso no G-7, grupo dos países mais ricos, é um processo ainda em sonho. Uma das razões para isso é a nossa desigualdade social.

Duro e cru, Gomes, em “Escravidão – da Independência à Lei Áurea”, nos remete ao passado de violência e atrocidades cometidas por três séculos contra escravizados afrodescendentes. Trazidos a ferros para sustentar um modelo político-econômico colonial e extrativista, representavam um terço da população brasileira às vésperas da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888. Os paradoxos do processo histórico que culminou com a abolição da escravatura desnudam as raízes da exclusão social existente no Brasil.

“Escravidão” e “Paraíso Restaurável” são convergentes na linha do tempo e têm o mérito de sustentar com fatos e dados as interpretações de seus autores. Ambos nos conduzem a conclusões importantes sobre de onde viemos, como sociedade, e a quais destinos poderemos chegar.

Num ano especial, quando comemoramos o bicentenário da Independência e estamos prontos a exercer o maior direito da democracia, o voto, esses livros representam fontes de informação e de reflexão a respeito de dois pilares fundamentais da moderna agenda ESG, meio ambiente e inclusão social. São obras que iluminam caminhos nestes tempos desafiadores./PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BRADESCO

Um livro ao qual se deve prestar atenção, pela sua atualidade e importância, é “Brasil Paraíso Restaurável”, do jornalista, doutor em ciência política e mestre em sociologia, Jorge Caldeira, recém-eleito para a Academia Brasileira de Letras, onde ocupará a cadeira 16, que foi de Lygia Fagundes Telles.

Escrito em parceria com as pesquisadoras Julia Sekula e Luana Schabib, o livro toca em pontos centrais da questão ambiental, tema tão preocupante e discutido hoje no mundo, e mostra que o Brasil detém todas as condições para ser a maior usina de energia limpa e renovável do planeta.

Em meio as comemorações do bicentenário da Independência, País vive momento desafiador em relação a pauta ESG. Foto: Felipe Rau/Estadão

Da democratização da energia solar à multiplicação do uso da biomassa, passando por fontes bem exploradas como a cana-de-açúcar e eólica, estamos à frente de outros países quanto à possibilidade de não depender de fontes fósseis e poluentes para crescer. Além disso, a biodiversidade da Amazônia é o maior ativo mundial da economia verde e fonte extraordinária de captação de recursos.

Outro livro recém-lançado, que também nos ajuda a entender como chegamos até aqui e o que podemos traçar para o futuro, é o terceiro volume da trilogia sobre a escravidão do jornalista e administrador de empresas Laurentino Gomes. A superação pelo Brasil da condição de economia emergente e seu ingresso no G-7, grupo dos países mais ricos, é um processo ainda em sonho. Uma das razões para isso é a nossa desigualdade social.

Duro e cru, Gomes, em “Escravidão – da Independência à Lei Áurea”, nos remete ao passado de violência e atrocidades cometidas por três séculos contra escravizados afrodescendentes. Trazidos a ferros para sustentar um modelo político-econômico colonial e extrativista, representavam um terço da população brasileira às vésperas da Lei Áurea, de 13 de maio de 1888. Os paradoxos do processo histórico que culminou com a abolição da escravatura desnudam as raízes da exclusão social existente no Brasil.

“Escravidão” e “Paraíso Restaurável” são convergentes na linha do tempo e têm o mérito de sustentar com fatos e dados as interpretações de seus autores. Ambos nos conduzem a conclusões importantes sobre de onde viemos, como sociedade, e a quais destinos poderemos chegar.

Num ano especial, quando comemoramos o bicentenário da Independência e estamos prontos a exercer o maior direito da democracia, o voto, esses livros representam fontes de informação e de reflexão a respeito de dois pilares fundamentais da moderna agenda ESG, meio ambiente e inclusão social. São obras que iluminam caminhos nestes tempos desafiadores./PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO BRADESCO

Opinião por Luiz Carlos Trabuco Cappi

Presidente do Conselho de Administração do Bradesco

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.