Maior sindicato de carne dos EUA pede a Trump exclusão da JBS do país


Carta destinada ao presidente norte-americano pede que departamento de justiça americano negue acordo de leniência com a companhia

Por Amanda Pupo

Em carta endereçada ao presidente Donald Trump, o maior sindicato de carne bovina dos Estados Unidos pediu que o departamento de justiça americano rejeite qualquer tipo de acordo de leniência proposto pela JBS, controlada pela J&F, e expulse a empresa do país. 

Empresa comprou bilhões de dólares em contratos futuros e deve se beneficiar muito da depreciação do real Foto: JBS

Em 11 páginas, o R-CALF United Stockgrowers of America descreve as ações ilícitas envolvendo a empresa dos irmãos Batista e ainda pede que o governo investigue profundamente as atividades da JBS nos Estados Unidos.

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Acusando a companhia de ter construído um monopólio e império da carne através de meios ilegais, a carta também pede que todo bem da companhia baseado nos EUA seja "imediatamente alienado".

O documento, assinado pelo presidente do sindicato, Bill Bullard, sugere que a apuração cheque as relações da empresa com membros do congresso, funcionários e oficiais do departamento de justiça, do departamento de agricultura, do CFTC (Commodity Futures Trading Comission) e de outras agências federais.

"Uma investigação completa é necessária para determinar a dimensão completa das potenciais atividades ilegais da JBS realizadas nos Estados Unidos e o impacto que estas ações tiveram no maior segmento da agricultura americana - a indústria do gado vivo", afirma trecho da carta, também encaminhada às agências e departamentos citados.

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O documento foi disparado em meio a notícias de que a companhia também se prepara para responder a eventuais crimes nos Estados Unidos, após ter fechado acordo com o Ministério Público Federal.

Saiba quais empresas fazem parte do J&F, grupo que controla a JBS

1 | 9

JBS - Seara e Friboi

Foto: Clayton de Souza/Estadão
2 | 9

Alpargatas - Havaianas

Foto: Sérgio Neves/Estadão
3 | 9

Flora - Minuano, Albany e Neutrox

Foto: Flora/Divulgação
4 | 9

Vigor Alimentos

Foto: Vigor/Divulgação
5 | 9

Âmbar Energia

Foto: Tiago Queiroz/Estadão
6 | 9

Banco Original

Foto: Banco Original/Divulgação
7 | 9

Eldorado Brasil

Foto: Eldorado Brasil/Divulgação
8 | 9

Canal Rural

Foto: Canal Rural/Divulgação
9 | 9

Agropecuária

Foto: José Patrício/Estadão

Em maio, a J&F contratou o escritório Baker McKenzie para defender o grupo no país norte-americano. O Baker é o maior escritório de advocacia dos EUA, onde a companhia é dona de 91 unidades em operação. Cerca de 47% de seu faturamento é gerado lá.

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Durante a carta, um dos pontos mais frisados pelo R-CALF foi o alastramento da presença da JBS em território americano. Aquisições de grupos como Smithfield Beef Group e Five Rivers Cattle Feeding, de 2012, Pilgrim's Pride, de 2009, da McElhaney Cattle Company, realizada em 2010, estão entre as operações citadas pelo sindicato, que cita ações que iriam contra as leis de competitividade e antitruste norte-americanas, acompanhadas de poder de marketing abusivo.

O sindicato ainda acrescenta que, desde 2008, tem fornecido ao departamento de justiça, de agricultura, ao CFTC e ao congresso evidências de que a empresa tinha uma atuação ruim no setor, e que "está mais que claro que o modelo de negócio da JBS dependia fortemente de pessoas e práticas corruptas para influenciar as ações e políticas governamentais, bem como influenciar as decisões por entidades reguladas pelo governo, por exemplo, e bancos".

Do açougue aos bilhões, conheça a trajetória da JBS

1 | 7

A segunda geração no comando

Foto: Jonne Roriz/Estadão
2 | 7

Crescimento no mercado financeiro

Foto: Divulgação
3 | 7

Alvo de operações da Polícia Federal

Foto: André Dusek/Estadão
4 | 7

Efeitos da delação da JBS

Foto: JF Diorio/Estadão
5 | 7

O início

Foto: Divulgação
6 | 7

Processo de internacionalização avança

Foto: Embrapa
7 | 7

Expansão dos negócios

Foto: Cargill

Em carta endereçada ao presidente Donald Trump, o maior sindicato de carne bovina dos Estados Unidos pediu que o departamento de justiça americano rejeite qualquer tipo de acordo de leniência proposto pela JBS, controlada pela J&F, e expulse a empresa do país. 

Empresa comprou bilhões de dólares em contratos futuros e deve se beneficiar muito da depreciação do real Foto: JBS

Em 11 páginas, o R-CALF United Stockgrowers of America descreve as ações ilícitas envolvendo a empresa dos irmãos Batista e ainda pede que o governo investigue profundamente as atividades da JBS nos Estados Unidos.

Acusando a companhia de ter construído um monopólio e império da carne através de meios ilegais, a carta também pede que todo bem da companhia baseado nos EUA seja "imediatamente alienado".

O documento, assinado pelo presidente do sindicato, Bill Bullard, sugere que a apuração cheque as relações da empresa com membros do congresso, funcionários e oficiais do departamento de justiça, do departamento de agricultura, do CFTC (Commodity Futures Trading Comission) e de outras agências federais.

"Uma investigação completa é necessária para determinar a dimensão completa das potenciais atividades ilegais da JBS realizadas nos Estados Unidos e o impacto que estas ações tiveram no maior segmento da agricultura americana - a indústria do gado vivo", afirma trecho da carta, também encaminhada às agências e departamentos citados.

O documento foi disparado em meio a notícias de que a companhia também se prepara para responder a eventuais crimes nos Estados Unidos, após ter fechado acordo com o Ministério Público Federal.

Saiba quais empresas fazem parte do J&F, grupo que controla a JBS

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JBS - Seara e Friboi

Foto: Clayton de Souza/Estadão
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Foto: Sérgio Neves/Estadão
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Foto: Flora/Divulgação
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Foto: Vigor/Divulgação
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Banco Original

Foto: Banco Original/Divulgação
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Eldorado Brasil

Foto: Eldorado Brasil/Divulgação
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Canal Rural

Foto: Canal Rural/Divulgação
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Agropecuária

Foto: José Patrício/Estadão

Em maio, a J&F contratou o escritório Baker McKenzie para defender o grupo no país norte-americano. O Baker é o maior escritório de advocacia dos EUA, onde a companhia é dona de 91 unidades em operação. Cerca de 47% de seu faturamento é gerado lá.

Durante a carta, um dos pontos mais frisados pelo R-CALF foi o alastramento da presença da JBS em território americano. Aquisições de grupos como Smithfield Beef Group e Five Rivers Cattle Feeding, de 2012, Pilgrim's Pride, de 2009, da McElhaney Cattle Company, realizada em 2010, estão entre as operações citadas pelo sindicato, que cita ações que iriam contra as leis de competitividade e antitruste norte-americanas, acompanhadas de poder de marketing abusivo.

O sindicato ainda acrescenta que, desde 2008, tem fornecido ao departamento de justiça, de agricultura, ao CFTC e ao congresso evidências de que a empresa tinha uma atuação ruim no setor, e que "está mais que claro que o modelo de negócio da JBS dependia fortemente de pessoas e práticas corruptas para influenciar as ações e políticas governamentais, bem como influenciar as decisões por entidades reguladas pelo governo, por exemplo, e bancos".

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Foto: Divulgação
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O início

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Foto: Embrapa
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Expansão dos negócios

Foto: Cargill

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Empresa comprou bilhões de dólares em contratos futuros e deve se beneficiar muito da depreciação do real Foto: JBS

Em 11 páginas, o R-CALF United Stockgrowers of America descreve as ações ilícitas envolvendo a empresa dos irmãos Batista e ainda pede que o governo investigue profundamente as atividades da JBS nos Estados Unidos.

Acusando a companhia de ter construído um monopólio e império da carne através de meios ilegais, a carta também pede que todo bem da companhia baseado nos EUA seja "imediatamente alienado".

O documento, assinado pelo presidente do sindicato, Bill Bullard, sugere que a apuração cheque as relações da empresa com membros do congresso, funcionários e oficiais do departamento de justiça, do departamento de agricultura, do CFTC (Commodity Futures Trading Comission) e de outras agências federais.

"Uma investigação completa é necessária para determinar a dimensão completa das potenciais atividades ilegais da JBS realizadas nos Estados Unidos e o impacto que estas ações tiveram no maior segmento da agricultura americana - a indústria do gado vivo", afirma trecho da carta, também encaminhada às agências e departamentos citados.

O documento foi disparado em meio a notícias de que a companhia também se prepara para responder a eventuais crimes nos Estados Unidos, após ter fechado acordo com o Ministério Público Federal.

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Agropecuária

Foto: José Patrício/Estadão

Em maio, a J&F contratou o escritório Baker McKenzie para defender o grupo no país norte-americano. O Baker é o maior escritório de advocacia dos EUA, onde a companhia é dona de 91 unidades em operação. Cerca de 47% de seu faturamento é gerado lá.

Durante a carta, um dos pontos mais frisados pelo R-CALF foi o alastramento da presença da JBS em território americano. Aquisições de grupos como Smithfield Beef Group e Five Rivers Cattle Feeding, de 2012, Pilgrim's Pride, de 2009, da McElhaney Cattle Company, realizada em 2010, estão entre as operações citadas pelo sindicato, que cita ações que iriam contra as leis de competitividade e antitruste norte-americanas, acompanhadas de poder de marketing abusivo.

O sindicato ainda acrescenta que, desde 2008, tem fornecido ao departamento de justiça, de agricultura, ao CFTC e ao congresso evidências de que a empresa tinha uma atuação ruim no setor, e que "está mais que claro que o modelo de negócio da JBS dependia fortemente de pessoas e práticas corruptas para influenciar as ações e políticas governamentais, bem como influenciar as decisões por entidades reguladas pelo governo, por exemplo, e bancos".

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Empresa comprou bilhões de dólares em contratos futuros e deve se beneficiar muito da depreciação do real Foto: JBS

Em 11 páginas, o R-CALF United Stockgrowers of America descreve as ações ilícitas envolvendo a empresa dos irmãos Batista e ainda pede que o governo investigue profundamente as atividades da JBS nos Estados Unidos.

Acusando a companhia de ter construído um monopólio e império da carne através de meios ilegais, a carta também pede que todo bem da companhia baseado nos EUA seja "imediatamente alienado".

O documento, assinado pelo presidente do sindicato, Bill Bullard, sugere que a apuração cheque as relações da empresa com membros do congresso, funcionários e oficiais do departamento de justiça, do departamento de agricultura, do CFTC (Commodity Futures Trading Comission) e de outras agências federais.

"Uma investigação completa é necessária para determinar a dimensão completa das potenciais atividades ilegais da JBS realizadas nos Estados Unidos e o impacto que estas ações tiveram no maior segmento da agricultura americana - a indústria do gado vivo", afirma trecho da carta, também encaminhada às agências e departamentos citados.

O documento foi disparado em meio a notícias de que a companhia também se prepara para responder a eventuais crimes nos Estados Unidos, após ter fechado acordo com o Ministério Público Federal.

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Canal Rural

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Foto: José Patrício/Estadão

Em maio, a J&F contratou o escritório Baker McKenzie para defender o grupo no país norte-americano. O Baker é o maior escritório de advocacia dos EUA, onde a companhia é dona de 91 unidades em operação. Cerca de 47% de seu faturamento é gerado lá.

Durante a carta, um dos pontos mais frisados pelo R-CALF foi o alastramento da presença da JBS em território americano. Aquisições de grupos como Smithfield Beef Group e Five Rivers Cattle Feeding, de 2012, Pilgrim's Pride, de 2009, da McElhaney Cattle Company, realizada em 2010, estão entre as operações citadas pelo sindicato, que cita ações que iriam contra as leis de competitividade e antitruste norte-americanas, acompanhadas de poder de marketing abusivo.

O sindicato ainda acrescenta que, desde 2008, tem fornecido ao departamento de justiça, de agricultura, ao CFTC e ao congresso evidências de que a empresa tinha uma atuação ruim no setor, e que "está mais que claro que o modelo de negócio da JBS dependia fortemente de pessoas e práticas corruptas para influenciar as ações e políticas governamentais, bem como influenciar as decisões por entidades reguladas pelo governo, por exemplo, e bancos".

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A segunda geração no comando

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Expansão dos negócios

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