Manter inflação na meta garante investimentos, diz Henrique Meirelles


Segundo o presidente do BC, fatores como maior abertura do mercado e desoneração de investimentos podem ajudar a reduzir a inflação

Por Elder Ogliari

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reiterou nesta terça-feira,13, que qualquer decisão que envolva a taxa de juros seguirá a orientação de manter a inflação na meta, durante palestra aos participantes do 23º Fórum da Liberdade, em Porto Alegre. Consciente que a plateia esperava alguma manifestação sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai tratar do assunto nos dias 27 e 28 de abril, Meirelles admitiu que vem ouvindo frases como "se a Selic subir o crescimento do Brasil vai entrar em colapso", mas avisou que não anunciaria qualquer decisão. Ressaltou, no entanto, que manter a inflação na meta significa evitar riscos, garantir investimento e também reduzir os juros reais a longo prazo. Segundo Meirelles, fatores como maior abertura do mercado e desoneração de investimentos podem ajudar a reduzir a inflação e são todos desejáveis. "O problema é quando nós nos fixamos nessas questões ideais e deixamos de controlar pelo instrumento que tem resposta rápida, de curto prazo e que funciona bem, que é a taxa de juros", ressalvou. Meirelles lembrou que é direito básico da sociedade ter moeda com poder de compra previsível, problema que considera resolvido. O presidente do BC também defendeu o papel do governo na regulamentação financeira do mercado ao lembrar que quando organizações sistemicamente importantes entram em colapso há problemas para toda a sociedade por bloqueios aos canais que transformam poupança em investimento ou consumo. "O segredo do processo é haver regulação que, na medida em que existem instituições que possam demandar recursos do público tenham determinadas normas que sistematicamente evitem a crise, ou pelo menos mitiguem a crise". Meirelles afirmou que deve-se evitar interferências que elevem distorções na economia sem deixar de promover maior concorrência. "Em outros países não existia uma entidade de regulação do sistema financeiro", recordou, referindo-se aos tempos pré-crise de 2008. "No Brasil o sistema financeiro estava sólido, bem regulado, bem capitalizado", comparou, para, na sequência, apresentar resultados como taxa de desemprego em queda, retomada da produção e de um de seus indicadores, o consumo de energia, depois da crise. Também lembrou que o ciclo crítico foi curto, de apenas seis meses. "Nos próximos anos, com metas, crescimento, a taxa de juros reais manterá trajetória declinante", previu. Ao final da palestra, ao responder a perguntas dos participantes do evento, Meirelles considerou inapropriado falar sobre a blindagem do Banco Central, como órgão independente de intervenções do governo. "Isso é questão do Congresso, do presidente (da República)", afirmou.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reiterou nesta terça-feira,13, que qualquer decisão que envolva a taxa de juros seguirá a orientação de manter a inflação na meta, durante palestra aos participantes do 23º Fórum da Liberdade, em Porto Alegre. Consciente que a plateia esperava alguma manifestação sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai tratar do assunto nos dias 27 e 28 de abril, Meirelles admitiu que vem ouvindo frases como "se a Selic subir o crescimento do Brasil vai entrar em colapso", mas avisou que não anunciaria qualquer decisão. Ressaltou, no entanto, que manter a inflação na meta significa evitar riscos, garantir investimento e também reduzir os juros reais a longo prazo. Segundo Meirelles, fatores como maior abertura do mercado e desoneração de investimentos podem ajudar a reduzir a inflação e são todos desejáveis. "O problema é quando nós nos fixamos nessas questões ideais e deixamos de controlar pelo instrumento que tem resposta rápida, de curto prazo e que funciona bem, que é a taxa de juros", ressalvou. Meirelles lembrou que é direito básico da sociedade ter moeda com poder de compra previsível, problema que considera resolvido. O presidente do BC também defendeu o papel do governo na regulamentação financeira do mercado ao lembrar que quando organizações sistemicamente importantes entram em colapso há problemas para toda a sociedade por bloqueios aos canais que transformam poupança em investimento ou consumo. "O segredo do processo é haver regulação que, na medida em que existem instituições que possam demandar recursos do público tenham determinadas normas que sistematicamente evitem a crise, ou pelo menos mitiguem a crise". Meirelles afirmou que deve-se evitar interferências que elevem distorções na economia sem deixar de promover maior concorrência. "Em outros países não existia uma entidade de regulação do sistema financeiro", recordou, referindo-se aos tempos pré-crise de 2008. "No Brasil o sistema financeiro estava sólido, bem regulado, bem capitalizado", comparou, para, na sequência, apresentar resultados como taxa de desemprego em queda, retomada da produção e de um de seus indicadores, o consumo de energia, depois da crise. Também lembrou que o ciclo crítico foi curto, de apenas seis meses. "Nos próximos anos, com metas, crescimento, a taxa de juros reais manterá trajetória declinante", previu. Ao final da palestra, ao responder a perguntas dos participantes do evento, Meirelles considerou inapropriado falar sobre a blindagem do Banco Central, como órgão independente de intervenções do governo. "Isso é questão do Congresso, do presidente (da República)", afirmou.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reiterou nesta terça-feira,13, que qualquer decisão que envolva a taxa de juros seguirá a orientação de manter a inflação na meta, durante palestra aos participantes do 23º Fórum da Liberdade, em Porto Alegre. Consciente que a plateia esperava alguma manifestação sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai tratar do assunto nos dias 27 e 28 de abril, Meirelles admitiu que vem ouvindo frases como "se a Selic subir o crescimento do Brasil vai entrar em colapso", mas avisou que não anunciaria qualquer decisão. Ressaltou, no entanto, que manter a inflação na meta significa evitar riscos, garantir investimento e também reduzir os juros reais a longo prazo. Segundo Meirelles, fatores como maior abertura do mercado e desoneração de investimentos podem ajudar a reduzir a inflação e são todos desejáveis. "O problema é quando nós nos fixamos nessas questões ideais e deixamos de controlar pelo instrumento que tem resposta rápida, de curto prazo e que funciona bem, que é a taxa de juros", ressalvou. Meirelles lembrou que é direito básico da sociedade ter moeda com poder de compra previsível, problema que considera resolvido. O presidente do BC também defendeu o papel do governo na regulamentação financeira do mercado ao lembrar que quando organizações sistemicamente importantes entram em colapso há problemas para toda a sociedade por bloqueios aos canais que transformam poupança em investimento ou consumo. "O segredo do processo é haver regulação que, na medida em que existem instituições que possam demandar recursos do público tenham determinadas normas que sistematicamente evitem a crise, ou pelo menos mitiguem a crise". Meirelles afirmou que deve-se evitar interferências que elevem distorções na economia sem deixar de promover maior concorrência. "Em outros países não existia uma entidade de regulação do sistema financeiro", recordou, referindo-se aos tempos pré-crise de 2008. "No Brasil o sistema financeiro estava sólido, bem regulado, bem capitalizado", comparou, para, na sequência, apresentar resultados como taxa de desemprego em queda, retomada da produção e de um de seus indicadores, o consumo de energia, depois da crise. Também lembrou que o ciclo crítico foi curto, de apenas seis meses. "Nos próximos anos, com metas, crescimento, a taxa de juros reais manterá trajetória declinante", previu. Ao final da palestra, ao responder a perguntas dos participantes do evento, Meirelles considerou inapropriado falar sobre a blindagem do Banco Central, como órgão independente de intervenções do governo. "Isso é questão do Congresso, do presidente (da República)", afirmou.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reiterou nesta terça-feira,13, que qualquer decisão que envolva a taxa de juros seguirá a orientação de manter a inflação na meta, durante palestra aos participantes do 23º Fórum da Liberdade, em Porto Alegre. Consciente que a plateia esperava alguma manifestação sobre a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que vai tratar do assunto nos dias 27 e 28 de abril, Meirelles admitiu que vem ouvindo frases como "se a Selic subir o crescimento do Brasil vai entrar em colapso", mas avisou que não anunciaria qualquer decisão. Ressaltou, no entanto, que manter a inflação na meta significa evitar riscos, garantir investimento e também reduzir os juros reais a longo prazo. Segundo Meirelles, fatores como maior abertura do mercado e desoneração de investimentos podem ajudar a reduzir a inflação e são todos desejáveis. "O problema é quando nós nos fixamos nessas questões ideais e deixamos de controlar pelo instrumento que tem resposta rápida, de curto prazo e que funciona bem, que é a taxa de juros", ressalvou. Meirelles lembrou que é direito básico da sociedade ter moeda com poder de compra previsível, problema que considera resolvido. O presidente do BC também defendeu o papel do governo na regulamentação financeira do mercado ao lembrar que quando organizações sistemicamente importantes entram em colapso há problemas para toda a sociedade por bloqueios aos canais que transformam poupança em investimento ou consumo. "O segredo do processo é haver regulação que, na medida em que existem instituições que possam demandar recursos do público tenham determinadas normas que sistematicamente evitem a crise, ou pelo menos mitiguem a crise". Meirelles afirmou que deve-se evitar interferências que elevem distorções na economia sem deixar de promover maior concorrência. "Em outros países não existia uma entidade de regulação do sistema financeiro", recordou, referindo-se aos tempos pré-crise de 2008. "No Brasil o sistema financeiro estava sólido, bem regulado, bem capitalizado", comparou, para, na sequência, apresentar resultados como taxa de desemprego em queda, retomada da produção e de um de seus indicadores, o consumo de energia, depois da crise. Também lembrou que o ciclo crítico foi curto, de apenas seis meses. "Nos próximos anos, com metas, crescimento, a taxa de juros reais manterá trajetória declinante", previu. Ao final da palestra, ao responder a perguntas dos participantes do evento, Meirelles considerou inapropriado falar sobre a blindagem do Banco Central, como órgão independente de intervenções do governo. "Isso é questão do Congresso, do presidente (da República)", afirmou.

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