Por Regina Augusto

Li recentemente a autobiografia de Vivienne Westwood, escrita em colaboração com o premiado biógrafo Ian Kelly. Para os fãs da estilista inglesa - como eu - a obra é um prato cheio de alimento para a alma. As ideias de Vivienne constituem um verdadeiro fenômeno cultural e político e sua trajetória de vida traduz o próprio conceito de contemporaneidade. Os tempos do conturbado e muito profícuo namoro com Malcom McLaren, quando juntos criaram a estética e a identidade punk; o sucesso comercial pavimentado por ativismo e defesa de causas sociais e ecológicas; e uma maturidade ainda muito ativa, hoje aos 76 anos, ao lado do marido austríaco Andreas Kronthaler, com quem está há cerca de 25 anos - que também é mais ou menos a mesma diferença de idade entre eles - formam um caldeirão inspirador sobre o que é ser protagonista e relevante em um mundo em transformação.

A grande sensibilidade de Vivienne em interpretar os jovens em um momento de ruptura social e econômica na Inglaterra imersa em uma profunda crise econômica dos anos 1970 forma o pano de fundo do cenário que catapultou sua obra e a lançou aos holofotes do mundo. Ao lado de McLaren, ela soube traduzir como ninguém os anseios e angústias dos jovens oprimidos da classe operária daquele momento. Até porque era um deles. Esse espírito a acompanhou ao longo das últimas cinco décadas. "Eu vivi minha vida como se fosse jovem, mas agora que estou velha, dou-me conta não só de que a juventude é preciosa, mas também de que, na verdade, é algo mais".

Esse algo mais da juventude, que sempre foi fonte de inspiração na moda, na literatura, no cinema e na música, também é objeto de desejo de 9 em cada 10 marcas. No entanto, desvendar esse jovem hoje, envolto em um cenário muito mais complexo no qual as relações de poder mudaram de eixo e a tecnologia possibilitou o acesso e a desintermediação do consumo de produtos, informações e entretenimento, é um baita desafio.

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A agência Talent Marcel encarou a bronca e lançou-se nesse job de decifrar o que é ser jovem. O resultado é a interessante plataforma Mind The Gap (mindthegaptm.com.br), cujo ponto central é um documentário lançado nesta quarta 17, em São Paulo, em parceria com o Multishow. O projeto é resultado de um processo investigatório que durou 15 meses composto por entrevistas com 21 especialistas de diversas áreas do conhecimento humano e entrevistas com 500 jovens de diferentes classes sociais. O pressuposto que baseou o trabalho foi testar algumas teses, que se mostraram preconceituosas, tais como a crença de que os jovens já nasceram com um chip diferente, buscam a felicidade a qualquer preço, têm a vida mais fácil com muitas possibilidades e não respeitam a autoridade.

 Foto: Estadão

Na verdade, em essência os anseios e aspirações dos jovens permanecem os mesmos dos de outras gerações. Porém, o elemento que transforma hoje suas vidas e como lidam com o mundo é externo e totalmente remodelado pela tecnologia. Essas mudanças afetam a todos e não só os que estão na transição entre a puberdade e a idade adulta. O que ocorre, segundo o estudo, é que eles são a tradução mais evidente da inovação e por isso acabam sendo o bode expiatório das mudanças.

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Afinal, a vida é repetição e inovação também. Neste pêndulo entre esses dois polos é que nascem as incertezas. "A radicalização da liberdade é a radicalização das angústias", diz com muita propriedade um dos entrevistados no documentário, o jornalista e filósofo Clóvis de Barros Filho.

A provocação final da agência é um convite: "ao invés de olhar para eles como o que ainda está por vir, sugerimos que passemos a olhar o jovem como retrato do que estamos vivendo agora". Ou simplesmente, sigam o conselho de Vivienne Westwood.

Neste momento em que a indústria publicitária está passando por uma transformação profunda e o próprio papel das agências está sendo questionado com novos entrantes como as consultorias, que passam também a competir por uma parte do latifúndio do marketing das empresas, a Talent dá uma grande lição. Mostra-se propositiva e contemporânea dando subsídios para que marcas e profissionais do mercado possam construir melhores narrativas e criar conexões com mais significados.

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Isto é ser jovem.

 

Li recentemente a autobiografia de Vivienne Westwood, escrita em colaboração com o premiado biógrafo Ian Kelly. Para os fãs da estilista inglesa - como eu - a obra é um prato cheio de alimento para a alma. As ideias de Vivienne constituem um verdadeiro fenômeno cultural e político e sua trajetória de vida traduz o próprio conceito de contemporaneidade. Os tempos do conturbado e muito profícuo namoro com Malcom McLaren, quando juntos criaram a estética e a identidade punk; o sucesso comercial pavimentado por ativismo e defesa de causas sociais e ecológicas; e uma maturidade ainda muito ativa, hoje aos 76 anos, ao lado do marido austríaco Andreas Kronthaler, com quem está há cerca de 25 anos - que também é mais ou menos a mesma diferença de idade entre eles - formam um caldeirão inspirador sobre o que é ser protagonista e relevante em um mundo em transformação.

A grande sensibilidade de Vivienne em interpretar os jovens em um momento de ruptura social e econômica na Inglaterra imersa em uma profunda crise econômica dos anos 1970 forma o pano de fundo do cenário que catapultou sua obra e a lançou aos holofotes do mundo. Ao lado de McLaren, ela soube traduzir como ninguém os anseios e angústias dos jovens oprimidos da classe operária daquele momento. Até porque era um deles. Esse espírito a acompanhou ao longo das últimas cinco décadas. "Eu vivi minha vida como se fosse jovem, mas agora que estou velha, dou-me conta não só de que a juventude é preciosa, mas também de que, na verdade, é algo mais".

Esse algo mais da juventude, que sempre foi fonte de inspiração na moda, na literatura, no cinema e na música, também é objeto de desejo de 9 em cada 10 marcas. No entanto, desvendar esse jovem hoje, envolto em um cenário muito mais complexo no qual as relações de poder mudaram de eixo e a tecnologia possibilitou o acesso e a desintermediação do consumo de produtos, informações e entretenimento, é um baita desafio.

A agência Talent Marcel encarou a bronca e lançou-se nesse job de decifrar o que é ser jovem. O resultado é a interessante plataforma Mind The Gap (mindthegaptm.com.br), cujo ponto central é um documentário lançado nesta quarta 17, em São Paulo, em parceria com o Multishow. O projeto é resultado de um processo investigatório que durou 15 meses composto por entrevistas com 21 especialistas de diversas áreas do conhecimento humano e entrevistas com 500 jovens de diferentes classes sociais. O pressuposto que baseou o trabalho foi testar algumas teses, que se mostraram preconceituosas, tais como a crença de que os jovens já nasceram com um chip diferente, buscam a felicidade a qualquer preço, têm a vida mais fácil com muitas possibilidades e não respeitam a autoridade.

 Foto: Estadão

Na verdade, em essência os anseios e aspirações dos jovens permanecem os mesmos dos de outras gerações. Porém, o elemento que transforma hoje suas vidas e como lidam com o mundo é externo e totalmente remodelado pela tecnologia. Essas mudanças afetam a todos e não só os que estão na transição entre a puberdade e a idade adulta. O que ocorre, segundo o estudo, é que eles são a tradução mais evidente da inovação e por isso acabam sendo o bode expiatório das mudanças.

Afinal, a vida é repetição e inovação também. Neste pêndulo entre esses dois polos é que nascem as incertezas. "A radicalização da liberdade é a radicalização das angústias", diz com muita propriedade um dos entrevistados no documentário, o jornalista e filósofo Clóvis de Barros Filho.

A provocação final da agência é um convite: "ao invés de olhar para eles como o que ainda está por vir, sugerimos que passemos a olhar o jovem como retrato do que estamos vivendo agora". Ou simplesmente, sigam o conselho de Vivienne Westwood.

Neste momento em que a indústria publicitária está passando por uma transformação profunda e o próprio papel das agências está sendo questionado com novos entrantes como as consultorias, que passam também a competir por uma parte do latifúndio do marketing das empresas, a Talent dá uma grande lição. Mostra-se propositiva e contemporânea dando subsídios para que marcas e profissionais do mercado possam construir melhores narrativas e criar conexões com mais significados.

Isto é ser jovem.

 

Li recentemente a autobiografia de Vivienne Westwood, escrita em colaboração com o premiado biógrafo Ian Kelly. Para os fãs da estilista inglesa - como eu - a obra é um prato cheio de alimento para a alma. As ideias de Vivienne constituem um verdadeiro fenômeno cultural e político e sua trajetória de vida traduz o próprio conceito de contemporaneidade. Os tempos do conturbado e muito profícuo namoro com Malcom McLaren, quando juntos criaram a estética e a identidade punk; o sucesso comercial pavimentado por ativismo e defesa de causas sociais e ecológicas; e uma maturidade ainda muito ativa, hoje aos 76 anos, ao lado do marido austríaco Andreas Kronthaler, com quem está há cerca de 25 anos - que também é mais ou menos a mesma diferença de idade entre eles - formam um caldeirão inspirador sobre o que é ser protagonista e relevante em um mundo em transformação.

A grande sensibilidade de Vivienne em interpretar os jovens em um momento de ruptura social e econômica na Inglaterra imersa em uma profunda crise econômica dos anos 1970 forma o pano de fundo do cenário que catapultou sua obra e a lançou aos holofotes do mundo. Ao lado de McLaren, ela soube traduzir como ninguém os anseios e angústias dos jovens oprimidos da classe operária daquele momento. Até porque era um deles. Esse espírito a acompanhou ao longo das últimas cinco décadas. "Eu vivi minha vida como se fosse jovem, mas agora que estou velha, dou-me conta não só de que a juventude é preciosa, mas também de que, na verdade, é algo mais".

Esse algo mais da juventude, que sempre foi fonte de inspiração na moda, na literatura, no cinema e na música, também é objeto de desejo de 9 em cada 10 marcas. No entanto, desvendar esse jovem hoje, envolto em um cenário muito mais complexo no qual as relações de poder mudaram de eixo e a tecnologia possibilitou o acesso e a desintermediação do consumo de produtos, informações e entretenimento, é um baita desafio.

A agência Talent Marcel encarou a bronca e lançou-se nesse job de decifrar o que é ser jovem. O resultado é a interessante plataforma Mind The Gap (mindthegaptm.com.br), cujo ponto central é um documentário lançado nesta quarta 17, em São Paulo, em parceria com o Multishow. O projeto é resultado de um processo investigatório que durou 15 meses composto por entrevistas com 21 especialistas de diversas áreas do conhecimento humano e entrevistas com 500 jovens de diferentes classes sociais. O pressuposto que baseou o trabalho foi testar algumas teses, que se mostraram preconceituosas, tais como a crença de que os jovens já nasceram com um chip diferente, buscam a felicidade a qualquer preço, têm a vida mais fácil com muitas possibilidades e não respeitam a autoridade.

 Foto: Estadão

Na verdade, em essência os anseios e aspirações dos jovens permanecem os mesmos dos de outras gerações. Porém, o elemento que transforma hoje suas vidas e como lidam com o mundo é externo e totalmente remodelado pela tecnologia. Essas mudanças afetam a todos e não só os que estão na transição entre a puberdade e a idade adulta. O que ocorre, segundo o estudo, é que eles são a tradução mais evidente da inovação e por isso acabam sendo o bode expiatório das mudanças.

Afinal, a vida é repetição e inovação também. Neste pêndulo entre esses dois polos é que nascem as incertezas. "A radicalização da liberdade é a radicalização das angústias", diz com muita propriedade um dos entrevistados no documentário, o jornalista e filósofo Clóvis de Barros Filho.

A provocação final da agência é um convite: "ao invés de olhar para eles como o que ainda está por vir, sugerimos que passemos a olhar o jovem como retrato do que estamos vivendo agora". Ou simplesmente, sigam o conselho de Vivienne Westwood.

Neste momento em que a indústria publicitária está passando por uma transformação profunda e o próprio papel das agências está sendo questionado com novos entrantes como as consultorias, que passam também a competir por uma parte do latifúndio do marketing das empresas, a Talent dá uma grande lição. Mostra-se propositiva e contemporânea dando subsídios para que marcas e profissionais do mercado possam construir melhores narrativas e criar conexões com mais significados.

Isto é ser jovem.

 

Li recentemente a autobiografia de Vivienne Westwood, escrita em colaboração com o premiado biógrafo Ian Kelly. Para os fãs da estilista inglesa - como eu - a obra é um prato cheio de alimento para a alma. As ideias de Vivienne constituem um verdadeiro fenômeno cultural e político e sua trajetória de vida traduz o próprio conceito de contemporaneidade. Os tempos do conturbado e muito profícuo namoro com Malcom McLaren, quando juntos criaram a estética e a identidade punk; o sucesso comercial pavimentado por ativismo e defesa de causas sociais e ecológicas; e uma maturidade ainda muito ativa, hoje aos 76 anos, ao lado do marido austríaco Andreas Kronthaler, com quem está há cerca de 25 anos - que também é mais ou menos a mesma diferença de idade entre eles - formam um caldeirão inspirador sobre o que é ser protagonista e relevante em um mundo em transformação.

A grande sensibilidade de Vivienne em interpretar os jovens em um momento de ruptura social e econômica na Inglaterra imersa em uma profunda crise econômica dos anos 1970 forma o pano de fundo do cenário que catapultou sua obra e a lançou aos holofotes do mundo. Ao lado de McLaren, ela soube traduzir como ninguém os anseios e angústias dos jovens oprimidos da classe operária daquele momento. Até porque era um deles. Esse espírito a acompanhou ao longo das últimas cinco décadas. "Eu vivi minha vida como se fosse jovem, mas agora que estou velha, dou-me conta não só de que a juventude é preciosa, mas também de que, na verdade, é algo mais".

Esse algo mais da juventude, que sempre foi fonte de inspiração na moda, na literatura, no cinema e na música, também é objeto de desejo de 9 em cada 10 marcas. No entanto, desvendar esse jovem hoje, envolto em um cenário muito mais complexo no qual as relações de poder mudaram de eixo e a tecnologia possibilitou o acesso e a desintermediação do consumo de produtos, informações e entretenimento, é um baita desafio.

A agência Talent Marcel encarou a bronca e lançou-se nesse job de decifrar o que é ser jovem. O resultado é a interessante plataforma Mind The Gap (mindthegaptm.com.br), cujo ponto central é um documentário lançado nesta quarta 17, em São Paulo, em parceria com o Multishow. O projeto é resultado de um processo investigatório que durou 15 meses composto por entrevistas com 21 especialistas de diversas áreas do conhecimento humano e entrevistas com 500 jovens de diferentes classes sociais. O pressuposto que baseou o trabalho foi testar algumas teses, que se mostraram preconceituosas, tais como a crença de que os jovens já nasceram com um chip diferente, buscam a felicidade a qualquer preço, têm a vida mais fácil com muitas possibilidades e não respeitam a autoridade.

 Foto: Estadão

Na verdade, em essência os anseios e aspirações dos jovens permanecem os mesmos dos de outras gerações. Porém, o elemento que transforma hoje suas vidas e como lidam com o mundo é externo e totalmente remodelado pela tecnologia. Essas mudanças afetam a todos e não só os que estão na transição entre a puberdade e a idade adulta. O que ocorre, segundo o estudo, é que eles são a tradução mais evidente da inovação e por isso acabam sendo o bode expiatório das mudanças.

Afinal, a vida é repetição e inovação também. Neste pêndulo entre esses dois polos é que nascem as incertezas. "A radicalização da liberdade é a radicalização das angústias", diz com muita propriedade um dos entrevistados no documentário, o jornalista e filósofo Clóvis de Barros Filho.

A provocação final da agência é um convite: "ao invés de olhar para eles como o que ainda está por vir, sugerimos que passemos a olhar o jovem como retrato do que estamos vivendo agora". Ou simplesmente, sigam o conselho de Vivienne Westwood.

Neste momento em que a indústria publicitária está passando por uma transformação profunda e o próprio papel das agências está sendo questionado com novos entrantes como as consultorias, que passam também a competir por uma parte do latifúndio do marketing das empresas, a Talent dá uma grande lição. Mostra-se propositiva e contemporânea dando subsídios para que marcas e profissionais do mercado possam construir melhores narrativas e criar conexões com mais significados.

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