Marun reage e diz em nota que reação de governadores visa buscar resultados eleitorais


Governadores enviaram carta a Michel Temer contra a declaração do ministro, que admitiu que o governo pressiona gestores a trabalharem a favor da reforma da Previdência em troca de recursos

Por Carla Araujo

BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, divulgou nota, numa espécie de "tréplica" com os governadores, que reagiram à sua recente declaração. "A reação daqueles que querem continuar omitindo a participação do Governo Federal nas ações resultantes de financiamentos obtidos junto aos bancos públicos só se justifica pela intenção de buscar resultados eleitorais exclusivamente para si", escreveu o ministro. "Estes defendem a equivocada tese de que quem recebe financiamentos pratica ações de Governo e que quem os concede, não".

Sete dos nove governadores do Nordeste enviaram ontem carta aberta ao presidente Michel Temer protestando contra a declaração do ministro, que admitiu que o governo pressiona gestores estaduais e municipais a trabalharem a favor da aprovação da reforma da Previdência, em troca da liberação de recursos em financiamentos de bancos públicos, como a Caixa. No documento, os governadores prometem acionar política e judicialmente os agentes públicos envolvidos, caso a "ameaça" de Marun se confirme.

+ Em fala de Natal, Temer conclama parlamentares a votarem a favor da reforma da Previdência

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Carlos Marun (PMDB-MS) com o presidente Michel Temer em cerimônia de posse como ministro da Secretaria de Governo, no Palácio do Planalto Foto: Dida Sampaio/Estadão

Marun diz que assistiu a entrevista que concedeu no início da semana e que sua fala não teria sido bem interpretada. "Assisti a citada entrevista e desafio qualquer um a destacar o trecho em que afirmo que os financiamentos estão condicionados ao apoio à reforma da Previdência", diz. "Afirmei, como reafirmo, que espero que todos os agentes públicos tenham a responsabilidade de contribuir neste momento histórico da vida da Nação. E afirmei, como reafirmo, que vou dialogar de forma especial com aqueles que estão sendo beneficiados por ações do governo, pleiteando o seu envolvimento no esforço que estamos fazendo para realizar as reformas que o Brasil necessita", completou.

+Para analistas, política fiscal entra em 2018 cercada de riscos

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Em entrevista na terça-feira, Marun admitiu que o Palácio do Planalto pressiona os governadores a trabalharem a favor da aprovação da reforma da Previdência em troca da liberação de recursos em financiamentos de bancos públicos. "Realmente, o governo espera daqueles governadores que têm recursos a serem liberados, financiamentos a serem liberados, como de resto de todos os agentes públicos, reciprocidade no que tange à questão da (reforma da) Previdência", disse o ministro.

Entenda a Reforma da Previdência proposta por Temer

1 | 7

Por que estão fazendo uma reforma na Previdência?

2 | 7

Quanto tempo terei que trabalhar para me aposentar?

Foto: Epitacio Pessoa
3 | 7

Como ficará a apósentadoria dos trabalhadores rurais?

4 | 7

E para os militares?

5 | 7

Todos os servidores públicos entram na reforma?

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
6 | 7

Quem hoje já puder se aposentar terá que entrar na nova regra?

7 | 7

Quando vou poder me aposentar com a nova regra?

Foto: Celso Junior

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+ Alckmin diz que é 'equívoco' condicionar liberação de verbas à reforma da Previdência

Na ocasião, Marun negou, contudo, que a negociação se configura como "chantagem". "Financiamentos da Caixa são ações de governo. Senão, o governador poderia tomar esse financiamento no Bradesco, não sei onde. Obviamente, se são na Caixa, no Banco do Brasil, no BNDES, são ações de governo, e nesse sentido entendemos que deve, sim, ser discutida com esses governantes alguma reciprocidade no sentido de que seja aprovada a reforma da Previdência, que é uma questão que entendemos hoje ser de vida ou morte para o Brasil", justificou.

 + Se não fizermos reforma da Previdência, não haverá candidato que não toque no tema, diz Temer

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Na nota de hoje, o ministro afirmou que a conduta governamental "sempre foi de prestígio ao princípio federativo, ou seja, apoio aos Estados e municípios". "Foi a partir daí que repactuamos a dívida dos Estados, dando fôlego financeiro e de igual maneira fizemos com os municípios. Também a estes não só parcelamos o débito previdenciário, que eles tinham no ano passado, como partilhamos a multa no processo de repatriação de divisas", destacou. "O Brasil avança. Nossa economia reage. Nada me afastará do objetivo de fazer com que o País não retroceda", conclui no texto.

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Com a redução no número de filhos nas famílias e o aumento na expectativa de vida dos idosos, a conta da previdência começa a ficar apertada. Veja em um minuto como a aposentadoria funciona e quais são as propostas de mudança para o benefício.

BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, divulgou nota, numa espécie de "tréplica" com os governadores, que reagiram à sua recente declaração. "A reação daqueles que querem continuar omitindo a participação do Governo Federal nas ações resultantes de financiamentos obtidos junto aos bancos públicos só se justifica pela intenção de buscar resultados eleitorais exclusivamente para si", escreveu o ministro. "Estes defendem a equivocada tese de que quem recebe financiamentos pratica ações de Governo e que quem os concede, não".

Sete dos nove governadores do Nordeste enviaram ontem carta aberta ao presidente Michel Temer protestando contra a declaração do ministro, que admitiu que o governo pressiona gestores estaduais e municipais a trabalharem a favor da aprovação da reforma da Previdência, em troca da liberação de recursos em financiamentos de bancos públicos, como a Caixa. No documento, os governadores prometem acionar política e judicialmente os agentes públicos envolvidos, caso a "ameaça" de Marun se confirme.

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Carlos Marun (PMDB-MS) com o presidente Michel Temer em cerimônia de posse como ministro da Secretaria de Governo, no Palácio do Planalto Foto: Dida Sampaio/Estadão

Marun diz que assistiu a entrevista que concedeu no início da semana e que sua fala não teria sido bem interpretada. "Assisti a citada entrevista e desafio qualquer um a destacar o trecho em que afirmo que os financiamentos estão condicionados ao apoio à reforma da Previdência", diz. "Afirmei, como reafirmo, que espero que todos os agentes públicos tenham a responsabilidade de contribuir neste momento histórico da vida da Nação. E afirmei, como reafirmo, que vou dialogar de forma especial com aqueles que estão sendo beneficiados por ações do governo, pleiteando o seu envolvimento no esforço que estamos fazendo para realizar as reformas que o Brasil necessita", completou.

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Em entrevista na terça-feira, Marun admitiu que o Palácio do Planalto pressiona os governadores a trabalharem a favor da aprovação da reforma da Previdência em troca da liberação de recursos em financiamentos de bancos públicos. "Realmente, o governo espera daqueles governadores que têm recursos a serem liberados, financiamentos a serem liberados, como de resto de todos os agentes públicos, reciprocidade no que tange à questão da (reforma da) Previdência", disse o ministro.

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Na ocasião, Marun negou, contudo, que a negociação se configura como "chantagem". "Financiamentos da Caixa são ações de governo. Senão, o governador poderia tomar esse financiamento no Bradesco, não sei onde. Obviamente, se são na Caixa, no Banco do Brasil, no BNDES, são ações de governo, e nesse sentido entendemos que deve, sim, ser discutida com esses governantes alguma reciprocidade no sentido de que seja aprovada a reforma da Previdência, que é uma questão que entendemos hoje ser de vida ou morte para o Brasil", justificou.

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Na nota de hoje, o ministro afirmou que a conduta governamental "sempre foi de prestígio ao princípio federativo, ou seja, apoio aos Estados e municípios". "Foi a partir daí que repactuamos a dívida dos Estados, dando fôlego financeiro e de igual maneira fizemos com os municípios. Também a estes não só parcelamos o débito previdenciário, que eles tinham no ano passado, como partilhamos a multa no processo de repatriação de divisas", destacou. "O Brasil avança. Nossa economia reage. Nada me afastará do objetivo de fazer com que o País não retroceda", conclui no texto.

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BRASÍLIA - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, divulgou nota, numa espécie de "tréplica" com os governadores, que reagiram à sua recente declaração. "A reação daqueles que querem continuar omitindo a participação do Governo Federal nas ações resultantes de financiamentos obtidos junto aos bancos públicos só se justifica pela intenção de buscar resultados eleitorais exclusivamente para si", escreveu o ministro. "Estes defendem a equivocada tese de que quem recebe financiamentos pratica ações de Governo e que quem os concede, não".

Sete dos nove governadores do Nordeste enviaram ontem carta aberta ao presidente Michel Temer protestando contra a declaração do ministro, que admitiu que o governo pressiona gestores estaduais e municipais a trabalharem a favor da aprovação da reforma da Previdência, em troca da liberação de recursos em financiamentos de bancos públicos, como a Caixa. No documento, os governadores prometem acionar política e judicialmente os agentes públicos envolvidos, caso a "ameaça" de Marun se confirme.

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Marun diz que assistiu a entrevista que concedeu no início da semana e que sua fala não teria sido bem interpretada. "Assisti a citada entrevista e desafio qualquer um a destacar o trecho em que afirmo que os financiamentos estão condicionados ao apoio à reforma da Previdência", diz. "Afirmei, como reafirmo, que espero que todos os agentes públicos tenham a responsabilidade de contribuir neste momento histórico da vida da Nação. E afirmei, como reafirmo, que vou dialogar de forma especial com aqueles que estão sendo beneficiados por ações do governo, pleiteando o seu envolvimento no esforço que estamos fazendo para realizar as reformas que o Brasil necessita", completou.

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Em entrevista na terça-feira, Marun admitiu que o Palácio do Planalto pressiona os governadores a trabalharem a favor da aprovação da reforma da Previdência em troca da liberação de recursos em financiamentos de bancos públicos. "Realmente, o governo espera daqueles governadores que têm recursos a serem liberados, financiamentos a serem liberados, como de resto de todos os agentes públicos, reciprocidade no que tange à questão da (reforma da) Previdência", disse o ministro.

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Na ocasião, Marun negou, contudo, que a negociação se configura como "chantagem". "Financiamentos da Caixa são ações de governo. Senão, o governador poderia tomar esse financiamento no Bradesco, não sei onde. Obviamente, se são na Caixa, no Banco do Brasil, no BNDES, são ações de governo, e nesse sentido entendemos que deve, sim, ser discutida com esses governantes alguma reciprocidade no sentido de que seja aprovada a reforma da Previdência, que é uma questão que entendemos hoje ser de vida ou morte para o Brasil", justificou.

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Na nota de hoje, o ministro afirmou que a conduta governamental "sempre foi de prestígio ao princípio federativo, ou seja, apoio aos Estados e municípios". "Foi a partir daí que repactuamos a dívida dos Estados, dando fôlego financeiro e de igual maneira fizemos com os municípios. Também a estes não só parcelamos o débito previdenciário, que eles tinham no ano passado, como partilhamos a multa no processo de repatriação de divisas", destacou. "O Brasil avança. Nossa economia reage. Nada me afastará do objetivo de fazer com que o País não retroceda", conclui no texto.

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Na ocasião, Marun negou, contudo, que a negociação se configura como "chantagem". "Financiamentos da Caixa são ações de governo. Senão, o governador poderia tomar esse financiamento no Bradesco, não sei onde. Obviamente, se são na Caixa, no Banco do Brasil, no BNDES, são ações de governo, e nesse sentido entendemos que deve, sim, ser discutida com esses governantes alguma reciprocidade no sentido de que seja aprovada a reforma da Previdência, que é uma questão que entendemos hoje ser de vida ou morte para o Brasil", justificou.

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Na nota de hoje, o ministro afirmou que a conduta governamental "sempre foi de prestígio ao princípio federativo, ou seja, apoio aos Estados e municípios". "Foi a partir daí que repactuamos a dívida dos Estados, dando fôlego financeiro e de igual maneira fizemos com os municípios. Também a estes não só parcelamos o débito previdenciário, que eles tinham no ano passado, como partilhamos a multa no processo de repatriação de divisas", destacou. "O Brasil avança. Nossa economia reage. Nada me afastará do objetivo de fazer com que o País não retroceda", conclui no texto.

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