As projeções das taxas de juros a partir dos contratos futuros negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) estão recuando levemente esta manhã, no início do pregão viva-voz. O contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2008 projetava taxa de 12,12% ao ano (ontem fechou em 12,13% ao ano). O DI de janeiro de 2009 recua para 11,92% ao ano, de 11,94% ontem no final da tarde. O noticiário doméstico continua favorável para o mercado de juros. A segunda prévia de inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de fevereiro, divulgada hoje, ficou em 0,13%, muito abaixo do resultado de igual período de janeiro (0,44%). Além disso, os números sobre vendas no comércio varejista em dezembro, mostrando queda de 0,5% em relação a novembro e crescimento de 5,7% em relação a dezembro de 2005. Esses indicadores reforçam a percepção de que há espaço para mais cortes na taxa básica de juros (Selic). "Os números de inflação e atividade econômica reduzem a necessidade de tanta parcimônia (do Banco Central)", comenta um analista de mercado. A "parcimônia" se refere à decisão da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, na qual a taxa Selic foi reduzida em apenas 0,25 ponto porcentual. Apesar do cenário positivo, operadores acreditam que há disposição no mercado por uma breve realização de lucros. Afinal, depois de amanhã, o mercado vai parar até a quarta-feira ao meio-dia, por causa do carnaval. Nos EUA, os negócios serão retomados na terça-feira (segunda-feira é feriado norte-americano) e, portanto, o mercado não vai querer ficar descoberto por tanto tempo. "Talvez o mercado prefira embolsar o que ganhou esta semana para não correr riscos de haver algum movimento forte nos EUA nos dias em que não haverá negócios por aqui", afirma um operador.
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