O Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - e seus associados Chile e Bolívia, concordaram em erradicar a aftosa bovina através de um plano de inclui campanhas de imunização regional e uma forte vigilância epidemiológica, informou neste sábado o vice-ministro paraguaio de Gado, Gerardo Bogado. O acordo entre os seis países, todos exportadores de carne, foi alcançado durante este sábado, e será firmado na segunda-feira pelo Conselho de Mercado Comum do Mercosul, em nível ministerial. O Programa Mercosul Sem Aftosa se enquadra no Pefa (Plano Hemisférico para a Erradicação da Febre Aftosa), que, com um orçamento de 48 milhões de dólares, se propõe a erradicar a doença do gado bovino em todos os países americanos no ano 2009. Os seis países do Cone Sul possuem o maior gado do mundo, com 283 milhões de cabeças (cerca de 190 milhões no Brasil, 60 na Argentina, 10,5 milhões no Uruguai, 9,5 milhões no Paraguai e o resto na Bolívia e no Chile). O Chile é o único país da sub-região declarado livre da aftosa sem vacinação por parte da Organização Internacional de Epizootias (OIE), enquanto que a Argentina, Paraguai, Uruguai, parte do Brasil e parte da Bolívia são considerados pela OIE como livres da febre aftosa com vacinação. Bogado destacou que a vacinação custa 30 centavos de dólar por cabeça a cada seis meses, e que o custo de imunização dos 280 milhões de animais do Mercosul e associados será financiado com fundos próprios e da Pefa. A vigilância epidemiológica suporá um forte controle de trânsito de carga e de passageiros, assim como do comércio de produtos animais e vegetais em todos os países que assinaram o acordo. A difusão da aftosa nos países da região provocou desde 2000 fortes perdas de exportações de carne para os mercados de impõe barreiras sanitárias.
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