Merkel e Hollande cobram agilidade e propostas ‘sérias’ da Grécia


Líderes da Alemanha e França afirmam que respeitam o voto dos gregos no referendo de domingo e estão abertos a negociações

Por Jamil Chade CORRESPONDENTE

Crise da Grécia

1 | 13

Grécia: Tsipras

Foto: Alkis Konstantinidis/Reuters
2 | 13

Grécia protesto

Foto: Reuters
3 | 13

Grécia protesto

Foto: AFP
4 | 13

Grécia

Foto: Thierry CharlierAFP
5 | 13

Grécia__Varoufakis

Foto: PUNIT PARANJPE/AFP
6 | 13

Crise na Grécia

Foto: Yannis Behrakis/Reuters
7 | 13

Crise na Grécia

Foto: IAKOVOS HATZISTAVROU/AFP
8 | 13

Grécia

Foto: Angelos Tzortzinis/AFP
9 | 13

Crise na Grécia

Foto: LOUISA GOULIAMAKI/AFP
10 | 13

Crise na Grécia

Foto: Yannis Behrakis/Reuters
11 | 13

Crise na Grécia

Foto: Marko Djurica/Reuters
12 | 13

Crise na Grécia

Foto: Aris Messinis/AFP
13 | 13

Grécia

Foto: Louisa Gouliamaki/AFP

Texto atualizado às 21h30

A Alemanha mantém uma linha dura com a Grécia, um dia depois de o país dizer “não” aos pacotes de austeridade. Ainda assim, a Europa vai dar nesta terça-feira, 7, uma última chance para um acordo e espera que o governo de Alexis Tsipras apresente uma nova proposta durante a cúpula de emergência do bloco. 

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A chanceler Angela Merkel deixou claro que não existe base para negociar ainda um novo acordo, num recado claro de que um novo pacote de resgate apenas será concedido se Atenas ceder. O Banco Central Europeu (BCE) se recusou a ampliar linhas de crédito aos bancos gregos, o que, na prática, pode levar a economia grega ao colapso. Os bancos apontam que terão liquidez apenas por mais dois dias e vão permanecer fechados até a quinta-feira.

Num sinal de concessão, o governo grego tirou de cena seu polêmico ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, que havia deixado os demais governos irritados com seus comentários de que a Europa estaria fazendo “terrorismo” contra Atenas. Sua renúncia chegou a acalmar os mercados. “Quero dar uma chance ao diálogo”, disse ao deixar o governo. O novo ministro é o economista Euclid Tsakalotos.

A resposta de Berlim, ainda que permeada de alertas, foi a de que “as portas ainda estão abertas”. Numa entrevista conjunta em Paris depois de um encontro de emergência, Merkel e o presidente francês, François Hollande, indicaram que vão dar continuidade às negociações para manter a Grécia na zona do euro. Para Merkel, a proposta terá de ser “precisa, séria e duradoura” e deverá ser apresentada rapidamente. Ou seja, terá de trazer ideias claras de como reduzir o déficit, com credibilidade e de uma forma permanente. 

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Merkel fez questão de qualificar o referendo de “democrático e soberano”, ainda que em Bruxelas a Comissão Europeia tenha questionado a legalidade do voto. Mas a alemã não deixou de fazer exigências e de indicar que foi “generosa” nas últimas ofertas recusadas por Atenas. “Não existem condições no momento para a retomada das negociações”, disse.

Dividida. A Europa se mostra dividida. O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, declarou que a Grécia precisa aceitar as reformas se quiser ficar no euro. Já França, Itália e Espanha, nervosos diante de um contágio, insistem que um acordo precisa ser rápido. “Não temos muito tempo”, disse Hollande.

O francês também indicou que a Europa precisa mostrar “solidariedade” com os gregos. A esperança de ambos, porém, é de que Tsipras traga uma proposta que possa ser aceita pelos credores, que se reúnem em Bruxelas. “Ouvimos a mensagem de todos os partidos gregos e reafirmaram sua vontade de ficar na zona do euro”, disse Hollande.

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Em Atenas, Tsipras manteve uma reunião de sete horas com praticamente todos os partidos nacionais. Eles fecharam um acordo para agir de forma coesa a partir de agora para negociar com os credores. 

Mas se o discurso é de abertura, a pressão continua. Ontem, o BCE se recusou a expandir o programa de emergência aos bancos gregos, que tem um teto de ¤ 89 bilhões.

Na prática, isso força o governo de Tsipras a negociar diante da perspectiva de uma falência completa do país já nesta semana e sua saída da zona do euro. Os bancos locais indicaram ao governo que estão praticamente com seus cofres vazios, enquanto o total de liquidez na economia não chegaria a 5 bilhões de euros. 

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Nos caixas automáticos, não existem mais notas de 20 euros, o que significa que o limite existente de 60 euros de saque é de fato de apenas 50 euros. Alguns bancos chegam a dizer que poderiam ficar sem recursos já a partir de hoje pela noite. 

Um novo debate entre os xerifes do BCE acontecerá apenas amanhã e, eventualmente, com um acordo já traçado. Caso contrário, o governo desenha até mesmo planos de crise humanitária, com falta de alimentos e remédios.

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“Até o final da semana, os caixas eletrônicos podem estar sem dinheiro, com uma pressão nos salários, problemas no setor do turismo e um dano econômico ainda maior”, alertou o Deutsche Bank em nota aos investidores.

Crise da Grécia

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Grécia: Tsipras

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Texto atualizado às 21h30

A Alemanha mantém uma linha dura com a Grécia, um dia depois de o país dizer “não” aos pacotes de austeridade. Ainda assim, a Europa vai dar nesta terça-feira, 7, uma última chance para um acordo e espera que o governo de Alexis Tsipras apresente uma nova proposta durante a cúpula de emergência do bloco. 

A chanceler Angela Merkel deixou claro que não existe base para negociar ainda um novo acordo, num recado claro de que um novo pacote de resgate apenas será concedido se Atenas ceder. O Banco Central Europeu (BCE) se recusou a ampliar linhas de crédito aos bancos gregos, o que, na prática, pode levar a economia grega ao colapso. Os bancos apontam que terão liquidez apenas por mais dois dias e vão permanecer fechados até a quinta-feira.

Num sinal de concessão, o governo grego tirou de cena seu polêmico ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, que havia deixado os demais governos irritados com seus comentários de que a Europa estaria fazendo “terrorismo” contra Atenas. Sua renúncia chegou a acalmar os mercados. “Quero dar uma chance ao diálogo”, disse ao deixar o governo. O novo ministro é o economista Euclid Tsakalotos.

A resposta de Berlim, ainda que permeada de alertas, foi a de que “as portas ainda estão abertas”. Numa entrevista conjunta em Paris depois de um encontro de emergência, Merkel e o presidente francês, François Hollande, indicaram que vão dar continuidade às negociações para manter a Grécia na zona do euro. Para Merkel, a proposta terá de ser “precisa, séria e duradoura” e deverá ser apresentada rapidamente. Ou seja, terá de trazer ideias claras de como reduzir o déficit, com credibilidade e de uma forma permanente. 

Merkel fez questão de qualificar o referendo de “democrático e soberano”, ainda que em Bruxelas a Comissão Europeia tenha questionado a legalidade do voto. Mas a alemã não deixou de fazer exigências e de indicar que foi “generosa” nas últimas ofertas recusadas por Atenas. “Não existem condições no momento para a retomada das negociações”, disse.

Dividida. A Europa se mostra dividida. O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, declarou que a Grécia precisa aceitar as reformas se quiser ficar no euro. Já França, Itália e Espanha, nervosos diante de um contágio, insistem que um acordo precisa ser rápido. “Não temos muito tempo”, disse Hollande.

O francês também indicou que a Europa precisa mostrar “solidariedade” com os gregos. A esperança de ambos, porém, é de que Tsipras traga uma proposta que possa ser aceita pelos credores, que se reúnem em Bruxelas. “Ouvimos a mensagem de todos os partidos gregos e reafirmaram sua vontade de ficar na zona do euro”, disse Hollande.

Em Atenas, Tsipras manteve uma reunião de sete horas com praticamente todos os partidos nacionais. Eles fecharam um acordo para agir de forma coesa a partir de agora para negociar com os credores. 

Mas se o discurso é de abertura, a pressão continua. Ontem, o BCE se recusou a expandir o programa de emergência aos bancos gregos, que tem um teto de ¤ 89 bilhões.

Na prática, isso força o governo de Tsipras a negociar diante da perspectiva de uma falência completa do país já nesta semana e sua saída da zona do euro. Os bancos locais indicaram ao governo que estão praticamente com seus cofres vazios, enquanto o total de liquidez na economia não chegaria a 5 bilhões de euros. 

Nos caixas automáticos, não existem mais notas de 20 euros, o que significa que o limite existente de 60 euros de saque é de fato de apenas 50 euros. Alguns bancos chegam a dizer que poderiam ficar sem recursos já a partir de hoje pela noite. 

Um novo debate entre os xerifes do BCE acontecerá apenas amanhã e, eventualmente, com um acordo já traçado. Caso contrário, o governo desenha até mesmo planos de crise humanitária, com falta de alimentos e remédios.

“Até o final da semana, os caixas eletrônicos podem estar sem dinheiro, com uma pressão nos salários, problemas no setor do turismo e um dano econômico ainda maior”, alertou o Deutsche Bank em nota aos investidores.

Crise da Grécia

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Grécia: Tsipras

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A Alemanha mantém uma linha dura com a Grécia, um dia depois de o país dizer “não” aos pacotes de austeridade. Ainda assim, a Europa vai dar nesta terça-feira, 7, uma última chance para um acordo e espera que o governo de Alexis Tsipras apresente uma nova proposta durante a cúpula de emergência do bloco. 

A chanceler Angela Merkel deixou claro que não existe base para negociar ainda um novo acordo, num recado claro de que um novo pacote de resgate apenas será concedido se Atenas ceder. O Banco Central Europeu (BCE) se recusou a ampliar linhas de crédito aos bancos gregos, o que, na prática, pode levar a economia grega ao colapso. Os bancos apontam que terão liquidez apenas por mais dois dias e vão permanecer fechados até a quinta-feira.

Num sinal de concessão, o governo grego tirou de cena seu polêmico ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, que havia deixado os demais governos irritados com seus comentários de que a Europa estaria fazendo “terrorismo” contra Atenas. Sua renúncia chegou a acalmar os mercados. “Quero dar uma chance ao diálogo”, disse ao deixar o governo. O novo ministro é o economista Euclid Tsakalotos.

A resposta de Berlim, ainda que permeada de alertas, foi a de que “as portas ainda estão abertas”. Numa entrevista conjunta em Paris depois de um encontro de emergência, Merkel e o presidente francês, François Hollande, indicaram que vão dar continuidade às negociações para manter a Grécia na zona do euro. Para Merkel, a proposta terá de ser “precisa, séria e duradoura” e deverá ser apresentada rapidamente. Ou seja, terá de trazer ideias claras de como reduzir o déficit, com credibilidade e de uma forma permanente. 

Merkel fez questão de qualificar o referendo de “democrático e soberano”, ainda que em Bruxelas a Comissão Europeia tenha questionado a legalidade do voto. Mas a alemã não deixou de fazer exigências e de indicar que foi “generosa” nas últimas ofertas recusadas por Atenas. “Não existem condições no momento para a retomada das negociações”, disse.

Dividida. A Europa se mostra dividida. O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, declarou que a Grécia precisa aceitar as reformas se quiser ficar no euro. Já França, Itália e Espanha, nervosos diante de um contágio, insistem que um acordo precisa ser rápido. “Não temos muito tempo”, disse Hollande.

O francês também indicou que a Europa precisa mostrar “solidariedade” com os gregos. A esperança de ambos, porém, é de que Tsipras traga uma proposta que possa ser aceita pelos credores, que se reúnem em Bruxelas. “Ouvimos a mensagem de todos os partidos gregos e reafirmaram sua vontade de ficar na zona do euro”, disse Hollande.

Em Atenas, Tsipras manteve uma reunião de sete horas com praticamente todos os partidos nacionais. Eles fecharam um acordo para agir de forma coesa a partir de agora para negociar com os credores. 

Mas se o discurso é de abertura, a pressão continua. Ontem, o BCE se recusou a expandir o programa de emergência aos bancos gregos, que tem um teto de ¤ 89 bilhões.

Na prática, isso força o governo de Tsipras a negociar diante da perspectiva de uma falência completa do país já nesta semana e sua saída da zona do euro. Os bancos locais indicaram ao governo que estão praticamente com seus cofres vazios, enquanto o total de liquidez na economia não chegaria a 5 bilhões de euros. 

Nos caixas automáticos, não existem mais notas de 20 euros, o que significa que o limite existente de 60 euros de saque é de fato de apenas 50 euros. Alguns bancos chegam a dizer que poderiam ficar sem recursos já a partir de hoje pela noite. 

Um novo debate entre os xerifes do BCE acontecerá apenas amanhã e, eventualmente, com um acordo já traçado. Caso contrário, o governo desenha até mesmo planos de crise humanitária, com falta de alimentos e remédios.

“Até o final da semana, os caixas eletrônicos podem estar sem dinheiro, com uma pressão nos salários, problemas no setor do turismo e um dano econômico ainda maior”, alertou o Deutsche Bank em nota aos investidores.

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Grécia: Tsipras

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Texto atualizado às 21h30

A Alemanha mantém uma linha dura com a Grécia, um dia depois de o país dizer “não” aos pacotes de austeridade. Ainda assim, a Europa vai dar nesta terça-feira, 7, uma última chance para um acordo e espera que o governo de Alexis Tsipras apresente uma nova proposta durante a cúpula de emergência do bloco. 

A chanceler Angela Merkel deixou claro que não existe base para negociar ainda um novo acordo, num recado claro de que um novo pacote de resgate apenas será concedido se Atenas ceder. O Banco Central Europeu (BCE) se recusou a ampliar linhas de crédito aos bancos gregos, o que, na prática, pode levar a economia grega ao colapso. Os bancos apontam que terão liquidez apenas por mais dois dias e vão permanecer fechados até a quinta-feira.

Num sinal de concessão, o governo grego tirou de cena seu polêmico ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, que havia deixado os demais governos irritados com seus comentários de que a Europa estaria fazendo “terrorismo” contra Atenas. Sua renúncia chegou a acalmar os mercados. “Quero dar uma chance ao diálogo”, disse ao deixar o governo. O novo ministro é o economista Euclid Tsakalotos.

A resposta de Berlim, ainda que permeada de alertas, foi a de que “as portas ainda estão abertas”. Numa entrevista conjunta em Paris depois de um encontro de emergência, Merkel e o presidente francês, François Hollande, indicaram que vão dar continuidade às negociações para manter a Grécia na zona do euro. Para Merkel, a proposta terá de ser “precisa, séria e duradoura” e deverá ser apresentada rapidamente. Ou seja, terá de trazer ideias claras de como reduzir o déficit, com credibilidade e de uma forma permanente. 

Merkel fez questão de qualificar o referendo de “democrático e soberano”, ainda que em Bruxelas a Comissão Europeia tenha questionado a legalidade do voto. Mas a alemã não deixou de fazer exigências e de indicar que foi “generosa” nas últimas ofertas recusadas por Atenas. “Não existem condições no momento para a retomada das negociações”, disse.

Dividida. A Europa se mostra dividida. O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, declarou que a Grécia precisa aceitar as reformas se quiser ficar no euro. Já França, Itália e Espanha, nervosos diante de um contágio, insistem que um acordo precisa ser rápido. “Não temos muito tempo”, disse Hollande.

O francês também indicou que a Europa precisa mostrar “solidariedade” com os gregos. A esperança de ambos, porém, é de que Tsipras traga uma proposta que possa ser aceita pelos credores, que se reúnem em Bruxelas. “Ouvimos a mensagem de todos os partidos gregos e reafirmaram sua vontade de ficar na zona do euro”, disse Hollande.

Em Atenas, Tsipras manteve uma reunião de sete horas com praticamente todos os partidos nacionais. Eles fecharam um acordo para agir de forma coesa a partir de agora para negociar com os credores. 

Mas se o discurso é de abertura, a pressão continua. Ontem, o BCE se recusou a expandir o programa de emergência aos bancos gregos, que tem um teto de ¤ 89 bilhões.

Na prática, isso força o governo de Tsipras a negociar diante da perspectiva de uma falência completa do país já nesta semana e sua saída da zona do euro. Os bancos locais indicaram ao governo que estão praticamente com seus cofres vazios, enquanto o total de liquidez na economia não chegaria a 5 bilhões de euros. 

Nos caixas automáticos, não existem mais notas de 20 euros, o que significa que o limite existente de 60 euros de saque é de fato de apenas 50 euros. Alguns bancos chegam a dizer que poderiam ficar sem recursos já a partir de hoje pela noite. 

Um novo debate entre os xerifes do BCE acontecerá apenas amanhã e, eventualmente, com um acordo já traçado. Caso contrário, o governo desenha até mesmo planos de crise humanitária, com falta de alimentos e remédios.

“Até o final da semana, os caixas eletrônicos podem estar sem dinheiro, com uma pressão nos salários, problemas no setor do turismo e um dano econômico ainda maior”, alertou o Deutsche Bank em nota aos investidores.

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