Ministro do Tribunal de Contas da União critica preço da Eletrobrás


Vital do Rêgo questionou o valor de R$ 12,2 bi esperado com a oferta de ações da estatal e pediu relatório sobre ações de fiscalização de privatizações

Por Denise Luna

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo Filho criticou em plenário a pressa do governo Temer para fazer um grande volume de privatizações em pouco tempo, principalmente no que se refere à Eletrobrás. Ele ainda questionou se o órgão terá capacidade de fiscalizar todas as vendas previstas.

Procurada, a Eletrobrás afirmou que o cronograma proposto é compatível com as melhores práticas de mercado para esse tipo de operação. Foto: Wilton Junior|Estadão

Vital do Rêgo determinou que em 30 dias seja apresentado um relatório pela Secretaria-Geral de Controle Externo do órgão com o levantamento de todas as ações de fiscalização previstas para este ano, incluindo as focadas nos processos de desestatização. Uma das principais preocupações do ministro, segundo comunicado feito durante a sessão do dia 30 de janeiro, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, se refere ao preço mínimo de R$ 12,2 bilhões estipulado para a venda de ações da Eletrobrás no mercado.

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“A estipulação de um valor mínimo de venda depende de estudos técnicos e financeiros relacionados à atividade da empresa, bem como a expectativa de lucro que ela pode gerar, entre outros parâmetros. Contudo, minha assessoria levantou informações contábeis da Eletrobrás e apurou que, em 30 de setembro, a estatal possuía R$ 171,35 bilhões a título de ativo total e R$ 46,83 bilhões de patrimônio líquido”, afirmou.

++ Sem reforma da Previdência, governo mira privatização da Eletrobrás

O ministro quer saber, também, como serão fiscalizadas as outras privatizações previstas nas áreas de energia, ferrovia, rodovia e aeroportos, com expectativa de arrecadação de R$ 28,5 bilhões e investimentos futuros de R$ 132,7 bilhões.

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“O cenário aqui descrito traz duas preocupações que gostaria de compartilhar com este plenário. A primeira se refere à adequação do suposto preço mínimo de venda da Eletrobrás, ante os números que aqui expus. A segunda está relacionada à capacidade de esta Corte de Contas manter um efetivo processo de fiscalização dessa imensa quantidade de desestatização em um período tão curto de tempo”, explicou.

Conheça as principais privatizações anunciadas pelo governo

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Foto: Ascom/Ministério dos Transportes
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Usina hidrelétrica de São Simão

Foto: José Patrício/Estadão

Procurada, a Eletrobrás afirmou que o cronograma proposto é compatível com as melhores práticas de mercado para esse tipo de operação. Disse ainda que não é correto falar em venda da empresa, já que a privatização será feita por meio de oferta de ações, nos mercados interno e externo, da qual a União não participará, sendo assim diluída no capital da Eletrobrás.

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“Com a governança corporativa de alto nível que será estabelecida a partir do momento em que a empresa passar a operar como uma grande corporação, há a expectativa de valorização da Eletrobrás e, portanto, das ações que o governo continuará detendo na companhia”, informou a estatal em nota.

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo Filho criticou em plenário a pressa do governo Temer para fazer um grande volume de privatizações em pouco tempo, principalmente no que se refere à Eletrobrás. Ele ainda questionou se o órgão terá capacidade de fiscalizar todas as vendas previstas.

Procurada, a Eletrobrás afirmou que o cronograma proposto é compatível com as melhores práticas de mercado para esse tipo de operação. Foto: Wilton Junior|Estadão

Vital do Rêgo determinou que em 30 dias seja apresentado um relatório pela Secretaria-Geral de Controle Externo do órgão com o levantamento de todas as ações de fiscalização previstas para este ano, incluindo as focadas nos processos de desestatização. Uma das principais preocupações do ministro, segundo comunicado feito durante a sessão do dia 30 de janeiro, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, se refere ao preço mínimo de R$ 12,2 bilhões estipulado para a venda de ações da Eletrobrás no mercado.

“A estipulação de um valor mínimo de venda depende de estudos técnicos e financeiros relacionados à atividade da empresa, bem como a expectativa de lucro que ela pode gerar, entre outros parâmetros. Contudo, minha assessoria levantou informações contábeis da Eletrobrás e apurou que, em 30 de setembro, a estatal possuía R$ 171,35 bilhões a título de ativo total e R$ 46,83 bilhões de patrimônio líquido”, afirmou.

++ Sem reforma da Previdência, governo mira privatização da Eletrobrás

O ministro quer saber, também, como serão fiscalizadas as outras privatizações previstas nas áreas de energia, ferrovia, rodovia e aeroportos, com expectativa de arrecadação de R$ 28,5 bilhões e investimentos futuros de R$ 132,7 bilhões.

“O cenário aqui descrito traz duas preocupações que gostaria de compartilhar com este plenário. A primeira se refere à adequação do suposto preço mínimo de venda da Eletrobrás, ante os números que aqui expus. A segunda está relacionada à capacidade de esta Corte de Contas manter um efetivo processo de fiscalização dessa imensa quantidade de desestatização em um período tão curto de tempo”, explicou.

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Procurada, a Eletrobrás afirmou que o cronograma proposto é compatível com as melhores práticas de mercado para esse tipo de operação. Disse ainda que não é correto falar em venda da empresa, já que a privatização será feita por meio de oferta de ações, nos mercados interno e externo, da qual a União não participará, sendo assim diluída no capital da Eletrobrás.

“Com a governança corporativa de alto nível que será estabelecida a partir do momento em que a empresa passar a operar como uma grande corporação, há a expectativa de valorização da Eletrobrás e, portanto, das ações que o governo continuará detendo na companhia”, informou a estatal em nota.

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo Filho criticou em plenário a pressa do governo Temer para fazer um grande volume de privatizações em pouco tempo, principalmente no que se refere à Eletrobrás. Ele ainda questionou se o órgão terá capacidade de fiscalizar todas as vendas previstas.

Procurada, a Eletrobrás afirmou que o cronograma proposto é compatível com as melhores práticas de mercado para esse tipo de operação. Foto: Wilton Junior|Estadão

Vital do Rêgo determinou que em 30 dias seja apresentado um relatório pela Secretaria-Geral de Controle Externo do órgão com o levantamento de todas as ações de fiscalização previstas para este ano, incluindo as focadas nos processos de desestatização. Uma das principais preocupações do ministro, segundo comunicado feito durante a sessão do dia 30 de janeiro, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, se refere ao preço mínimo de R$ 12,2 bilhões estipulado para a venda de ações da Eletrobrás no mercado.

“A estipulação de um valor mínimo de venda depende de estudos técnicos e financeiros relacionados à atividade da empresa, bem como a expectativa de lucro que ela pode gerar, entre outros parâmetros. Contudo, minha assessoria levantou informações contábeis da Eletrobrás e apurou que, em 30 de setembro, a estatal possuía R$ 171,35 bilhões a título de ativo total e R$ 46,83 bilhões de patrimônio líquido”, afirmou.

++ Sem reforma da Previdência, governo mira privatização da Eletrobrás

O ministro quer saber, também, como serão fiscalizadas as outras privatizações previstas nas áreas de energia, ferrovia, rodovia e aeroportos, com expectativa de arrecadação de R$ 28,5 bilhões e investimentos futuros de R$ 132,7 bilhões.

“O cenário aqui descrito traz duas preocupações que gostaria de compartilhar com este plenário. A primeira se refere à adequação do suposto preço mínimo de venda da Eletrobrás, ante os números que aqui expus. A segunda está relacionada à capacidade de esta Corte de Contas manter um efetivo processo de fiscalização dessa imensa quantidade de desestatização em um período tão curto de tempo”, explicou.

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Procurada, a Eletrobrás afirmou que o cronograma proposto é compatível com as melhores práticas de mercado para esse tipo de operação. Disse ainda que não é correto falar em venda da empresa, já que a privatização será feita por meio de oferta de ações, nos mercados interno e externo, da qual a União não participará, sendo assim diluída no capital da Eletrobrás.

“Com a governança corporativa de alto nível que será estabelecida a partir do momento em que a empresa passar a operar como uma grande corporação, há a expectativa de valorização da Eletrobrás e, portanto, das ações que o governo continuará detendo na companhia”, informou a estatal em nota.

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo Filho criticou em plenário a pressa do governo Temer para fazer um grande volume de privatizações em pouco tempo, principalmente no que se refere à Eletrobrás. Ele ainda questionou se o órgão terá capacidade de fiscalizar todas as vendas previstas.

Procurada, a Eletrobrás afirmou que o cronograma proposto é compatível com as melhores práticas de mercado para esse tipo de operação. Foto: Wilton Junior|Estadão

Vital do Rêgo determinou que em 30 dias seja apresentado um relatório pela Secretaria-Geral de Controle Externo do órgão com o levantamento de todas as ações de fiscalização previstas para este ano, incluindo as focadas nos processos de desestatização. Uma das principais preocupações do ministro, segundo comunicado feito durante a sessão do dia 30 de janeiro, ao qual o Estadão/Broadcast teve acesso, se refere ao preço mínimo de R$ 12,2 bilhões estipulado para a venda de ações da Eletrobrás no mercado.

“A estipulação de um valor mínimo de venda depende de estudos técnicos e financeiros relacionados à atividade da empresa, bem como a expectativa de lucro que ela pode gerar, entre outros parâmetros. Contudo, minha assessoria levantou informações contábeis da Eletrobrás e apurou que, em 30 de setembro, a estatal possuía R$ 171,35 bilhões a título de ativo total e R$ 46,83 bilhões de patrimônio líquido”, afirmou.

++ Sem reforma da Previdência, governo mira privatização da Eletrobrás

O ministro quer saber, também, como serão fiscalizadas as outras privatizações previstas nas áreas de energia, ferrovia, rodovia e aeroportos, com expectativa de arrecadação de R$ 28,5 bilhões e investimentos futuros de R$ 132,7 bilhões.

“O cenário aqui descrito traz duas preocupações que gostaria de compartilhar com este plenário. A primeira se refere à adequação do suposto preço mínimo de venda da Eletrobrás, ante os números que aqui expus. A segunda está relacionada à capacidade de esta Corte de Contas manter um efetivo processo de fiscalização dessa imensa quantidade de desestatização em um período tão curto de tempo”, explicou.

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Foto: José Patrício/Estadão

Procurada, a Eletrobrás afirmou que o cronograma proposto é compatível com as melhores práticas de mercado para esse tipo de operação. Disse ainda que não é correto falar em venda da empresa, já que a privatização será feita por meio de oferta de ações, nos mercados interno e externo, da qual a União não participará, sendo assim diluída no capital da Eletrobrás.

“Com a governança corporativa de alto nível que será estabelecida a partir do momento em que a empresa passar a operar como uma grande corporação, há a expectativa de valorização da Eletrobrás e, portanto, das ações que o governo continuará detendo na companhia”, informou a estatal em nota.

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