Anglo tem prejuízo de US$ 3 bi após baixa contábil do projeto Minas-Rio


Queda no preço das commodities no 1º semestre e despesa extraordinária de US$ 2,9 bi com megaprojeto brasileiro fizeram a mineradora anunciar ainda o corte de cerca de 6 mil funcionários e considerar a ampliação da venda de ativos

Por Redação

A mineradora global Anglo American divulgou nesta sexta-feira um prejuízo líquido de US$ 3 bilhões no primeiro semestre do ano, revertendo lucro de US$ 1,46 bilhão em igual período de 2014. O balanço da empresa foi prejudicado pela forte queda dos preços das commodities - em especial, do minério de ferro - e pela despesa extraordinária de US$ 3,5 bilhões, que incluiu uma baixa contábil de US$ 2,9 bilhões no valor do projeto brasileiro de minério de ferro Minas-Rio. A Anglo lançou no ano passado o projeto brasileiro, avaliado em US$ 8,8 bilhões, mas a acentuada queda vista nos preços do minério forçou a empresa a fazer três baixas contábeis desde quando adquiriu o ativo, em 2007. Em 2012, a perda foi de US$ 4,96 bilhões e, no ano passado, foi registrada uma baixa de US$ 3,8 bilhões no valor do projeto.  Diante dos resultados nada animadores, o executivo-chefe da Anglo, Mark Cutifani, anunciou que cortará milhares de empregos nos próximos anos e que pode colocar mais ativos à venda conforme enfrenta a aceleração da queda nos preços de metais que levou suas ações a mínimas de 13 anos. “Sinceramente não esperávamos que a queda nos preços das commodities fosse tão dramática e muito provavelmente os próximos seis meses serão ainda mais difíceis”, disse o presidente executivo, Mark Cutifani, durante apresentações com analistas.

Mina da Anglo American, em Conceição do Mato Dentro (MG), é ligada ao Porto do Açu, no Rio, por um mineroduto Foto: Tasso Marcelo/Estadão

“Tiramos custos dos negócios, mas precisamos fazer mais, pois os preços continuam a se deteriorar”, complementou o executivo.Cortes. Sexta maior mineradora do mundo, a Anglo anunciou que cortará cerca de 6 mil de seus quase 13 mil empregos em escritórios e outras funções no mundo todo, sendo que dois mil destes postos de trabalho serão transferidos com a venda de alguns ativos. Segundo Cutifani, a medida vai gerar uma economia de US$ 500 milhões. Se as condições de mercado piorarem ainda mais, a companhia vai considerar colocar mais de seus ativos com desempenho fraco à venda do que o planejado, disse Cutifani. O grupo iniciou há alguns meses um vasto plano de venda, com a expectativa de levantar US$ 3 bilhões neste processo. O faturamento da companhia recuou 17% de janeiro a junho, para US$ 13,35 bilhões, na comparação com o mesmo período do ano passado.Histórico de perdas. No País desde 1973, a Anglo mantém em território brasileiro unidades de produção de níquel, nióbio e fosfatos. Mas o negócio mais relevante é, sem dúvida, o projeto Minas-Rio.  O projeto começou a operar no fim de 2014, após quatro anos de atraso. O empreendimento teve início em 2007, quando a Anglo comprou uma reserva da MMX, empresa de Eike Batista. O orçamento de US$ 3 bilhões, na época, saltou para US$ 8,8 bilhões. Somados aos US$ 5,2 bilhões pagos à companhia de Eike, a conta da Anglo chega a US$ 14 bilhões.  O estouro de orçamento e o atraso da obra - que enfrentou denúncias no Ministério Público, remoção de centenas de famílias, gastos com liminares, imprevistos geológicos e arqueológicos, além da demora para obtenção de licenças ambientais - levaram, em abril de 2013, ao afastamento da presidente global Cynthia Carroll. No balanço divulgado nesta sexta-feira, a mineradora manteve a projeção para o Minas-Rio de entregar de 11 milhões a 14 milhões de toneladas em 2015. Nos primeiros seis meses deste ano, o projeto entregou três milhões de toneladas. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A mineradora global Anglo American divulgou nesta sexta-feira um prejuízo líquido de US$ 3 bilhões no primeiro semestre do ano, revertendo lucro de US$ 1,46 bilhão em igual período de 2014. O balanço da empresa foi prejudicado pela forte queda dos preços das commodities - em especial, do minério de ferro - e pela despesa extraordinária de US$ 3,5 bilhões, que incluiu uma baixa contábil de US$ 2,9 bilhões no valor do projeto brasileiro de minério de ferro Minas-Rio. A Anglo lançou no ano passado o projeto brasileiro, avaliado em US$ 8,8 bilhões, mas a acentuada queda vista nos preços do minério forçou a empresa a fazer três baixas contábeis desde quando adquiriu o ativo, em 2007. Em 2012, a perda foi de US$ 4,96 bilhões e, no ano passado, foi registrada uma baixa de US$ 3,8 bilhões no valor do projeto.  Diante dos resultados nada animadores, o executivo-chefe da Anglo, Mark Cutifani, anunciou que cortará milhares de empregos nos próximos anos e que pode colocar mais ativos à venda conforme enfrenta a aceleração da queda nos preços de metais que levou suas ações a mínimas de 13 anos. “Sinceramente não esperávamos que a queda nos preços das commodities fosse tão dramática e muito provavelmente os próximos seis meses serão ainda mais difíceis”, disse o presidente executivo, Mark Cutifani, durante apresentações com analistas.

Mina da Anglo American, em Conceição do Mato Dentro (MG), é ligada ao Porto do Açu, no Rio, por um mineroduto Foto: Tasso Marcelo/Estadão

“Tiramos custos dos negócios, mas precisamos fazer mais, pois os preços continuam a se deteriorar”, complementou o executivo.Cortes. Sexta maior mineradora do mundo, a Anglo anunciou que cortará cerca de 6 mil de seus quase 13 mil empregos em escritórios e outras funções no mundo todo, sendo que dois mil destes postos de trabalho serão transferidos com a venda de alguns ativos. Segundo Cutifani, a medida vai gerar uma economia de US$ 500 milhões. Se as condições de mercado piorarem ainda mais, a companhia vai considerar colocar mais de seus ativos com desempenho fraco à venda do que o planejado, disse Cutifani. O grupo iniciou há alguns meses um vasto plano de venda, com a expectativa de levantar US$ 3 bilhões neste processo. O faturamento da companhia recuou 17% de janeiro a junho, para US$ 13,35 bilhões, na comparação com o mesmo período do ano passado.Histórico de perdas. No País desde 1973, a Anglo mantém em território brasileiro unidades de produção de níquel, nióbio e fosfatos. Mas o negócio mais relevante é, sem dúvida, o projeto Minas-Rio.  O projeto começou a operar no fim de 2014, após quatro anos de atraso. O empreendimento teve início em 2007, quando a Anglo comprou uma reserva da MMX, empresa de Eike Batista. O orçamento de US$ 3 bilhões, na época, saltou para US$ 8,8 bilhões. Somados aos US$ 5,2 bilhões pagos à companhia de Eike, a conta da Anglo chega a US$ 14 bilhões.  O estouro de orçamento e o atraso da obra - que enfrentou denúncias no Ministério Público, remoção de centenas de famílias, gastos com liminares, imprevistos geológicos e arqueológicos, além da demora para obtenção de licenças ambientais - levaram, em abril de 2013, ao afastamento da presidente global Cynthia Carroll. No balanço divulgado nesta sexta-feira, a mineradora manteve a projeção para o Minas-Rio de entregar de 11 milhões a 14 milhões de toneladas em 2015. Nos primeiros seis meses deste ano, o projeto entregou três milhões de toneladas. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A mineradora global Anglo American divulgou nesta sexta-feira um prejuízo líquido de US$ 3 bilhões no primeiro semestre do ano, revertendo lucro de US$ 1,46 bilhão em igual período de 2014. O balanço da empresa foi prejudicado pela forte queda dos preços das commodities - em especial, do minério de ferro - e pela despesa extraordinária de US$ 3,5 bilhões, que incluiu uma baixa contábil de US$ 2,9 bilhões no valor do projeto brasileiro de minério de ferro Minas-Rio. A Anglo lançou no ano passado o projeto brasileiro, avaliado em US$ 8,8 bilhões, mas a acentuada queda vista nos preços do minério forçou a empresa a fazer três baixas contábeis desde quando adquiriu o ativo, em 2007. Em 2012, a perda foi de US$ 4,96 bilhões e, no ano passado, foi registrada uma baixa de US$ 3,8 bilhões no valor do projeto.  Diante dos resultados nada animadores, o executivo-chefe da Anglo, Mark Cutifani, anunciou que cortará milhares de empregos nos próximos anos e que pode colocar mais ativos à venda conforme enfrenta a aceleração da queda nos preços de metais que levou suas ações a mínimas de 13 anos. “Sinceramente não esperávamos que a queda nos preços das commodities fosse tão dramática e muito provavelmente os próximos seis meses serão ainda mais difíceis”, disse o presidente executivo, Mark Cutifani, durante apresentações com analistas.

Mina da Anglo American, em Conceição do Mato Dentro (MG), é ligada ao Porto do Açu, no Rio, por um mineroduto Foto: Tasso Marcelo/Estadão

“Tiramos custos dos negócios, mas precisamos fazer mais, pois os preços continuam a se deteriorar”, complementou o executivo.Cortes. Sexta maior mineradora do mundo, a Anglo anunciou que cortará cerca de 6 mil de seus quase 13 mil empregos em escritórios e outras funções no mundo todo, sendo que dois mil destes postos de trabalho serão transferidos com a venda de alguns ativos. Segundo Cutifani, a medida vai gerar uma economia de US$ 500 milhões. Se as condições de mercado piorarem ainda mais, a companhia vai considerar colocar mais de seus ativos com desempenho fraco à venda do que o planejado, disse Cutifani. O grupo iniciou há alguns meses um vasto plano de venda, com a expectativa de levantar US$ 3 bilhões neste processo. O faturamento da companhia recuou 17% de janeiro a junho, para US$ 13,35 bilhões, na comparação com o mesmo período do ano passado.Histórico de perdas. No País desde 1973, a Anglo mantém em território brasileiro unidades de produção de níquel, nióbio e fosfatos. Mas o negócio mais relevante é, sem dúvida, o projeto Minas-Rio.  O projeto começou a operar no fim de 2014, após quatro anos de atraso. O empreendimento teve início em 2007, quando a Anglo comprou uma reserva da MMX, empresa de Eike Batista. O orçamento de US$ 3 bilhões, na época, saltou para US$ 8,8 bilhões. Somados aos US$ 5,2 bilhões pagos à companhia de Eike, a conta da Anglo chega a US$ 14 bilhões.  O estouro de orçamento e o atraso da obra - que enfrentou denúncias no Ministério Público, remoção de centenas de famílias, gastos com liminares, imprevistos geológicos e arqueológicos, além da demora para obtenção de licenças ambientais - levaram, em abril de 2013, ao afastamento da presidente global Cynthia Carroll. No balanço divulgado nesta sexta-feira, a mineradora manteve a projeção para o Minas-Rio de entregar de 11 milhões a 14 milhões de toneladas em 2015. Nos primeiros seis meses deste ano, o projeto entregou três milhões de toneladas. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A mineradora global Anglo American divulgou nesta sexta-feira um prejuízo líquido de US$ 3 bilhões no primeiro semestre do ano, revertendo lucro de US$ 1,46 bilhão em igual período de 2014. O balanço da empresa foi prejudicado pela forte queda dos preços das commodities - em especial, do minério de ferro - e pela despesa extraordinária de US$ 3,5 bilhões, que incluiu uma baixa contábil de US$ 2,9 bilhões no valor do projeto brasileiro de minério de ferro Minas-Rio. A Anglo lançou no ano passado o projeto brasileiro, avaliado em US$ 8,8 bilhões, mas a acentuada queda vista nos preços do minério forçou a empresa a fazer três baixas contábeis desde quando adquiriu o ativo, em 2007. Em 2012, a perda foi de US$ 4,96 bilhões e, no ano passado, foi registrada uma baixa de US$ 3,8 bilhões no valor do projeto.  Diante dos resultados nada animadores, o executivo-chefe da Anglo, Mark Cutifani, anunciou que cortará milhares de empregos nos próximos anos e que pode colocar mais ativos à venda conforme enfrenta a aceleração da queda nos preços de metais que levou suas ações a mínimas de 13 anos. “Sinceramente não esperávamos que a queda nos preços das commodities fosse tão dramática e muito provavelmente os próximos seis meses serão ainda mais difíceis”, disse o presidente executivo, Mark Cutifani, durante apresentações com analistas.

Mina da Anglo American, em Conceição do Mato Dentro (MG), é ligada ao Porto do Açu, no Rio, por um mineroduto Foto: Tasso Marcelo/Estadão

“Tiramos custos dos negócios, mas precisamos fazer mais, pois os preços continuam a se deteriorar”, complementou o executivo.Cortes. Sexta maior mineradora do mundo, a Anglo anunciou que cortará cerca de 6 mil de seus quase 13 mil empregos em escritórios e outras funções no mundo todo, sendo que dois mil destes postos de trabalho serão transferidos com a venda de alguns ativos. Segundo Cutifani, a medida vai gerar uma economia de US$ 500 milhões. Se as condições de mercado piorarem ainda mais, a companhia vai considerar colocar mais de seus ativos com desempenho fraco à venda do que o planejado, disse Cutifani. O grupo iniciou há alguns meses um vasto plano de venda, com a expectativa de levantar US$ 3 bilhões neste processo. O faturamento da companhia recuou 17% de janeiro a junho, para US$ 13,35 bilhões, na comparação com o mesmo período do ano passado.Histórico de perdas. No País desde 1973, a Anglo mantém em território brasileiro unidades de produção de níquel, nióbio e fosfatos. Mas o negócio mais relevante é, sem dúvida, o projeto Minas-Rio.  O projeto começou a operar no fim de 2014, após quatro anos de atraso. O empreendimento teve início em 2007, quando a Anglo comprou uma reserva da MMX, empresa de Eike Batista. O orçamento de US$ 3 bilhões, na época, saltou para US$ 8,8 bilhões. Somados aos US$ 5,2 bilhões pagos à companhia de Eike, a conta da Anglo chega a US$ 14 bilhões.  O estouro de orçamento e o atraso da obra - que enfrentou denúncias no Ministério Público, remoção de centenas de famílias, gastos com liminares, imprevistos geológicos e arqueológicos, além da demora para obtenção de licenças ambientais - levaram, em abril de 2013, ao afastamento da presidente global Cynthia Carroll. No balanço divulgado nesta sexta-feira, a mineradora manteve a projeção para o Minas-Rio de entregar de 11 milhões a 14 milhões de toneladas em 2015. Nos primeiros seis meses deste ano, o projeto entregou três milhões de toneladas. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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