Economista-chefe do FMI defende câmbio com flutuação gerenciada


Para Olivier Blanchard, medidas de controle de capitais devem ser parte da caixa de ferramentas de política econômica

Por Fabio Graner, Daniela Amorim e da Agência Estado

O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, afirmou nesta sexta-feira, 27, que o controle de capitais como parte do arcabouço de política econômica não implica em câmbio fixo. Na visão dele, a maioria dos países deveria ter um regime de câmbio com flutuação gerenciada (tanto para cima como para baixo), de modo que se tenha um melhor resultado para toda a economia. "Acredito que para a maioria dos países o caminho é a flutuação gerenciada", disse.

Blanchard ressaltou que o uso de controles de capitais é algo que está em fase de aprendizado e seus efeitos ainda não são totalmente conhecidos. "É uma ferramenta ainda pouco usada. Por isso é preciso cabeça aberta para usar esse instrumento. Estamos em momento de aprendizagem", falou.

Sobre a opção entre o uso de acumulação de reservas ou medidas de controle de capitais, Blanchard disse que o uso de cada um deles depende do caso de cada país, mas ele ressaltou que a compra de dólares implica custo fiscal.

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Odiretor do departamento de hemisfério ocidental do FMI, Nicolás Eyzaguirre, destacou que houve uma ampliação da "caixa de ferramentas" para melhorar a gestão dos fluxos de capitais, superando o modelo de se apostar só em ajustes fiscais. "Às vezes, a ação macroeconômica pode não ser suficiente", alertou. "Se a liquidez é ampla para o seu país, mesmo que você tenha um sistema financeiro resistente e flexível, uma moeda bem posicionada, num nível correto, você pode ter devedores, como empresas, que querem aproveitar a ampla liquidez para fazer empréstimos no exterior. Então medidas prudenciais podem não bastar", completou.

Controle de capitais

Blanchard disse ainda que o uso de medidas de controle de capitais é uma questão técnica e não ideológica e que deve ser tratada com pragmatismo. Segundo ele, esse controle deve ser parte da caixa de ferramentas de política econômica, composta por cinco itens: política fiscal, monetária, aumento de reservas, medidas macroprudenciais e controle de capital.

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O economista-chefe do FMI explicou que o recurso dos controles de capitais deve ser considerado levando em conta a situação inicial de cada País. "Não tem uma moldura única", disse. Ele afirmou que às vezes o fluxo de capital chega em momentos nos quais a situação macroeconômica não está ajustada e que o uso de controle de capitais não resolve sozinho. Mas o economista admitiu que é possível usar o controle de capitais no momento inicial, ainda com a macroeconomia não ajustada, mas sem abrir mão do uso dos demais instrumentos que fazem parte do cardápio.

O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey, afirmou que o fluxo de capitais para o Brasil é uma novidade com a qual o País terá que aprender a lidar. "Há elementos de longo prazo, que é a melhor posição hoje dos países emergentes. Há uma redução na percepção de risco dos países emergentes e aumento de percepção de risco em relação a alguns dos países desenvolvidos. A situação fiscal em alguns países é complicada, vai ficar complicada ainda durante algum tempo, a gente teve problemas na Europa", explicou Cozendey.

Ele lembrou que no passado a economia brasileira sofria com a falta de capitais e por isso adotava-se medidas para segurar o dinheiro estrangeiro, enquanto agora busca-se conter os excessos, ainda que não haja "números mágicos" sobre isso. "A gente está com políticas para evitar que entre dinheiro muito rapidamente, em excesso. Agora, o objetivo não é impedir a entrada. É benéfica a entrada de capital no Brasil. O objetivo dessas políticas é evitar que haja um impacto negativo sobre a situação de sustentabilidade na área financeira, principalmente, e também sobre a inflação", disse o secretário.

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Tanto Cozendey como Blanchard participaram e fizeram o encerramento do seminário sobre fluxos de capitais para países emergentes, promovido pelo ministério da Fazenda e pelo FMI e que foi encerrado há pouco, nesta sexta-feira.

O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, afirmou nesta sexta-feira, 27, que o controle de capitais como parte do arcabouço de política econômica não implica em câmbio fixo. Na visão dele, a maioria dos países deveria ter um regime de câmbio com flutuação gerenciada (tanto para cima como para baixo), de modo que se tenha um melhor resultado para toda a economia. "Acredito que para a maioria dos países o caminho é a flutuação gerenciada", disse.

Blanchard ressaltou que o uso de controles de capitais é algo que está em fase de aprendizado e seus efeitos ainda não são totalmente conhecidos. "É uma ferramenta ainda pouco usada. Por isso é preciso cabeça aberta para usar esse instrumento. Estamos em momento de aprendizagem", falou.

Sobre a opção entre o uso de acumulação de reservas ou medidas de controle de capitais, Blanchard disse que o uso de cada um deles depende do caso de cada país, mas ele ressaltou que a compra de dólares implica custo fiscal.

Odiretor do departamento de hemisfério ocidental do FMI, Nicolás Eyzaguirre, destacou que houve uma ampliação da "caixa de ferramentas" para melhorar a gestão dos fluxos de capitais, superando o modelo de se apostar só em ajustes fiscais. "Às vezes, a ação macroeconômica pode não ser suficiente", alertou. "Se a liquidez é ampla para o seu país, mesmo que você tenha um sistema financeiro resistente e flexível, uma moeda bem posicionada, num nível correto, você pode ter devedores, como empresas, que querem aproveitar a ampla liquidez para fazer empréstimos no exterior. Então medidas prudenciais podem não bastar", completou.

Controle de capitais

Blanchard disse ainda que o uso de medidas de controle de capitais é uma questão técnica e não ideológica e que deve ser tratada com pragmatismo. Segundo ele, esse controle deve ser parte da caixa de ferramentas de política econômica, composta por cinco itens: política fiscal, monetária, aumento de reservas, medidas macroprudenciais e controle de capital.

O economista-chefe do FMI explicou que o recurso dos controles de capitais deve ser considerado levando em conta a situação inicial de cada País. "Não tem uma moldura única", disse. Ele afirmou que às vezes o fluxo de capital chega em momentos nos quais a situação macroeconômica não está ajustada e que o uso de controle de capitais não resolve sozinho. Mas o economista admitiu que é possível usar o controle de capitais no momento inicial, ainda com a macroeconomia não ajustada, mas sem abrir mão do uso dos demais instrumentos que fazem parte do cardápio.

O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey, afirmou que o fluxo de capitais para o Brasil é uma novidade com a qual o País terá que aprender a lidar. "Há elementos de longo prazo, que é a melhor posição hoje dos países emergentes. Há uma redução na percepção de risco dos países emergentes e aumento de percepção de risco em relação a alguns dos países desenvolvidos. A situação fiscal em alguns países é complicada, vai ficar complicada ainda durante algum tempo, a gente teve problemas na Europa", explicou Cozendey.

Ele lembrou que no passado a economia brasileira sofria com a falta de capitais e por isso adotava-se medidas para segurar o dinheiro estrangeiro, enquanto agora busca-se conter os excessos, ainda que não haja "números mágicos" sobre isso. "A gente está com políticas para evitar que entre dinheiro muito rapidamente, em excesso. Agora, o objetivo não é impedir a entrada. É benéfica a entrada de capital no Brasil. O objetivo dessas políticas é evitar que haja um impacto negativo sobre a situação de sustentabilidade na área financeira, principalmente, e também sobre a inflação", disse o secretário.

Tanto Cozendey como Blanchard participaram e fizeram o encerramento do seminário sobre fluxos de capitais para países emergentes, promovido pelo ministério da Fazenda e pelo FMI e que foi encerrado há pouco, nesta sexta-feira.

O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, afirmou nesta sexta-feira, 27, que o controle de capitais como parte do arcabouço de política econômica não implica em câmbio fixo. Na visão dele, a maioria dos países deveria ter um regime de câmbio com flutuação gerenciada (tanto para cima como para baixo), de modo que se tenha um melhor resultado para toda a economia. "Acredito que para a maioria dos países o caminho é a flutuação gerenciada", disse.

Blanchard ressaltou que o uso de controles de capitais é algo que está em fase de aprendizado e seus efeitos ainda não são totalmente conhecidos. "É uma ferramenta ainda pouco usada. Por isso é preciso cabeça aberta para usar esse instrumento. Estamos em momento de aprendizagem", falou.

Sobre a opção entre o uso de acumulação de reservas ou medidas de controle de capitais, Blanchard disse que o uso de cada um deles depende do caso de cada país, mas ele ressaltou que a compra de dólares implica custo fiscal.

Odiretor do departamento de hemisfério ocidental do FMI, Nicolás Eyzaguirre, destacou que houve uma ampliação da "caixa de ferramentas" para melhorar a gestão dos fluxos de capitais, superando o modelo de se apostar só em ajustes fiscais. "Às vezes, a ação macroeconômica pode não ser suficiente", alertou. "Se a liquidez é ampla para o seu país, mesmo que você tenha um sistema financeiro resistente e flexível, uma moeda bem posicionada, num nível correto, você pode ter devedores, como empresas, que querem aproveitar a ampla liquidez para fazer empréstimos no exterior. Então medidas prudenciais podem não bastar", completou.

Controle de capitais

Blanchard disse ainda que o uso de medidas de controle de capitais é uma questão técnica e não ideológica e que deve ser tratada com pragmatismo. Segundo ele, esse controle deve ser parte da caixa de ferramentas de política econômica, composta por cinco itens: política fiscal, monetária, aumento de reservas, medidas macroprudenciais e controle de capital.

O economista-chefe do FMI explicou que o recurso dos controles de capitais deve ser considerado levando em conta a situação inicial de cada País. "Não tem uma moldura única", disse. Ele afirmou que às vezes o fluxo de capital chega em momentos nos quais a situação macroeconômica não está ajustada e que o uso de controle de capitais não resolve sozinho. Mas o economista admitiu que é possível usar o controle de capitais no momento inicial, ainda com a macroeconomia não ajustada, mas sem abrir mão do uso dos demais instrumentos que fazem parte do cardápio.

O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey, afirmou que o fluxo de capitais para o Brasil é uma novidade com a qual o País terá que aprender a lidar. "Há elementos de longo prazo, que é a melhor posição hoje dos países emergentes. Há uma redução na percepção de risco dos países emergentes e aumento de percepção de risco em relação a alguns dos países desenvolvidos. A situação fiscal em alguns países é complicada, vai ficar complicada ainda durante algum tempo, a gente teve problemas na Europa", explicou Cozendey.

Ele lembrou que no passado a economia brasileira sofria com a falta de capitais e por isso adotava-se medidas para segurar o dinheiro estrangeiro, enquanto agora busca-se conter os excessos, ainda que não haja "números mágicos" sobre isso. "A gente está com políticas para evitar que entre dinheiro muito rapidamente, em excesso. Agora, o objetivo não é impedir a entrada. É benéfica a entrada de capital no Brasil. O objetivo dessas políticas é evitar que haja um impacto negativo sobre a situação de sustentabilidade na área financeira, principalmente, e também sobre a inflação", disse o secretário.

Tanto Cozendey como Blanchard participaram e fizeram o encerramento do seminário sobre fluxos de capitais para países emergentes, promovido pelo ministério da Fazenda e pelo FMI e que foi encerrado há pouco, nesta sexta-feira.

O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, afirmou nesta sexta-feira, 27, que o controle de capitais como parte do arcabouço de política econômica não implica em câmbio fixo. Na visão dele, a maioria dos países deveria ter um regime de câmbio com flutuação gerenciada (tanto para cima como para baixo), de modo que se tenha um melhor resultado para toda a economia. "Acredito que para a maioria dos países o caminho é a flutuação gerenciada", disse.

Blanchard ressaltou que o uso de controles de capitais é algo que está em fase de aprendizado e seus efeitos ainda não são totalmente conhecidos. "É uma ferramenta ainda pouco usada. Por isso é preciso cabeça aberta para usar esse instrumento. Estamos em momento de aprendizagem", falou.

Sobre a opção entre o uso de acumulação de reservas ou medidas de controle de capitais, Blanchard disse que o uso de cada um deles depende do caso de cada país, mas ele ressaltou que a compra de dólares implica custo fiscal.

Odiretor do departamento de hemisfério ocidental do FMI, Nicolás Eyzaguirre, destacou que houve uma ampliação da "caixa de ferramentas" para melhorar a gestão dos fluxos de capitais, superando o modelo de se apostar só em ajustes fiscais. "Às vezes, a ação macroeconômica pode não ser suficiente", alertou. "Se a liquidez é ampla para o seu país, mesmo que você tenha um sistema financeiro resistente e flexível, uma moeda bem posicionada, num nível correto, você pode ter devedores, como empresas, que querem aproveitar a ampla liquidez para fazer empréstimos no exterior. Então medidas prudenciais podem não bastar", completou.

Controle de capitais

Blanchard disse ainda que o uso de medidas de controle de capitais é uma questão técnica e não ideológica e que deve ser tratada com pragmatismo. Segundo ele, esse controle deve ser parte da caixa de ferramentas de política econômica, composta por cinco itens: política fiscal, monetária, aumento de reservas, medidas macroprudenciais e controle de capital.

O economista-chefe do FMI explicou que o recurso dos controles de capitais deve ser considerado levando em conta a situação inicial de cada País. "Não tem uma moldura única", disse. Ele afirmou que às vezes o fluxo de capital chega em momentos nos quais a situação macroeconômica não está ajustada e que o uso de controle de capitais não resolve sozinho. Mas o economista admitiu que é possível usar o controle de capitais no momento inicial, ainda com a macroeconomia não ajustada, mas sem abrir mão do uso dos demais instrumentos que fazem parte do cardápio.

O secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cozendey, afirmou que o fluxo de capitais para o Brasil é uma novidade com a qual o País terá que aprender a lidar. "Há elementos de longo prazo, que é a melhor posição hoje dos países emergentes. Há uma redução na percepção de risco dos países emergentes e aumento de percepção de risco em relação a alguns dos países desenvolvidos. A situação fiscal em alguns países é complicada, vai ficar complicada ainda durante algum tempo, a gente teve problemas na Europa", explicou Cozendey.

Ele lembrou que no passado a economia brasileira sofria com a falta de capitais e por isso adotava-se medidas para segurar o dinheiro estrangeiro, enquanto agora busca-se conter os excessos, ainda que não haja "números mágicos" sobre isso. "A gente está com políticas para evitar que entre dinheiro muito rapidamente, em excesso. Agora, o objetivo não é impedir a entrada. É benéfica a entrada de capital no Brasil. O objetivo dessas políticas é evitar que haja um impacto negativo sobre a situação de sustentabilidade na área financeira, principalmente, e também sobre a inflação", disse o secretário.

Tanto Cozendey como Blanchard participaram e fizeram o encerramento do seminário sobre fluxos de capitais para países emergentes, promovido pelo ministério da Fazenda e pelo FMI e que foi encerrado há pouco, nesta sexta-feira.

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