ENTREVISTA-Agricultor investirá mais com prorrogação de dívida


Por ROBERTO SAMORA

A prorrogação do pagamento da dívida agrícola com o sistema financeiro que venceria este ano, avaliada entre 30 bilhões e 40 bilhões de reais, permitirá ao produtor brasileiro ampliar os investimentos na safra 2007/08, disse o presidente-executivo da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). O acordo entre produtores e o governo para prorrogar as parcelas das dívidas de safras anteriores, anunciado na semana passada, deve ser aprovado na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) na semana que vem, segundo o Ministério da Agricultura. "A renegociação representa um fôlego importante. Acho que vai permitir a melhoria da tecnologia... O produtor vai investir um pouco mais. Evidentemente, isso é importante para manter o nível de produtividade", disse à Reuters João Paulo Koslovski, em entrevista por telefone. A dívida total do setor agrícola com os agentes financeiros gira em torno de 131 bilhões de reais --mas apenas uma parte desse montante (estimado em até 40 bilhões de reais) venceria este ano, segundo avaliação dos agricultores. Para efeito de comparação, o PIB do setor primário da agropecuária (para dentro da porteira) somou 149,8 bilhões de reais em 2006, segundo dados da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). O endividamente aumentou significativamente após quebras de safras em 2004 e 2005, que se somaram ao problema cambial. O fortalecimento do real frente ao dólar nos últimos anos reduziu os ganhos em reais do produtor brasileiro e dificultou os pagamentos. Segundo o presidente da Ocepar, que representa as cooperativas do Estado que é o maior produtor de grãos do Brasil, com a prorrogação dos vencimentos, o agricultor poderá investir não apenas em insumos, como fertilizantes e defensivos, mas também em mão-de-obra mais qualificada. Koslovski observou ainda que, deixando de ficar inadimplente, o agricultor poderá ter acesso aos recursos para o financiamento da safra que começa a ser plantada em outubro. O representante da Ocepar disse que o setor produtivo nacional, para poder realizar uma boa safra em 07/08, tem que torcer também para que os preços dos grãos no mercado internacional continuem elevados. "O problema é que se tivermos queda, certamente vamos trabalhar no prejuízo, porque a valorização do real frente ao dólar é muito alta." Os futuros na bolsa de Chicago, referência de preços no mercado internacional, têm variado bastante, a cada nova previsão climática, em um período importante para a definição da produtividade das safras de soja e milho dos EUA. Nesta segunda-feira, por exemplo, após prognósticos de um tempo mais favorável nos EUA, a soja e o milho tiveram limites de baixa. Esse nervosismo em Chicago ocorre em um cenário de forte redução da área plantada de soja, depois que os produtores dos EUA plantaram mais milho para atender à maior demanda para a produção de etanol. REIVINDICAÇÕES NÃO ATENDIDAS O presidente da Ocepar disse ainda que, nesse cenário, a definição no Plano Safra 2007/08 de juros controlados para a agricultura de 6,75 por cento, ante 8,75 por cento ao ano nas últimas safra, ficou abaixo da expectativa do setor. "Achamos que os juros ficaram altos, pleiteávamos 4,5 por cento", disse ele, argumentando que as taxas Selic e TJLP caíram bem mais no acumulado dos últimos anos. Com relação ao acordo para a renegociação da dívida, o sentimento de insatisfação é o mesmo. "Diria que foi importante a medida, mas ela não foi na dose que desejávamos", afirmou Koslovski, argumentando o setor defende um sistema de renegociação de dívidas definitivo e baseado na renda do produtor, para que os agricultores não necessitem voltar a pedir prorrogação de dívidas no próximo ano.

A prorrogação do pagamento da dívida agrícola com o sistema financeiro que venceria este ano, avaliada entre 30 bilhões e 40 bilhões de reais, permitirá ao produtor brasileiro ampliar os investimentos na safra 2007/08, disse o presidente-executivo da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). O acordo entre produtores e o governo para prorrogar as parcelas das dívidas de safras anteriores, anunciado na semana passada, deve ser aprovado na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) na semana que vem, segundo o Ministério da Agricultura. "A renegociação representa um fôlego importante. Acho que vai permitir a melhoria da tecnologia... O produtor vai investir um pouco mais. Evidentemente, isso é importante para manter o nível de produtividade", disse à Reuters João Paulo Koslovski, em entrevista por telefone. A dívida total do setor agrícola com os agentes financeiros gira em torno de 131 bilhões de reais --mas apenas uma parte desse montante (estimado em até 40 bilhões de reais) venceria este ano, segundo avaliação dos agricultores. Para efeito de comparação, o PIB do setor primário da agropecuária (para dentro da porteira) somou 149,8 bilhões de reais em 2006, segundo dados da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). O endividamente aumentou significativamente após quebras de safras em 2004 e 2005, que se somaram ao problema cambial. O fortalecimento do real frente ao dólar nos últimos anos reduziu os ganhos em reais do produtor brasileiro e dificultou os pagamentos. Segundo o presidente da Ocepar, que representa as cooperativas do Estado que é o maior produtor de grãos do Brasil, com a prorrogação dos vencimentos, o agricultor poderá investir não apenas em insumos, como fertilizantes e defensivos, mas também em mão-de-obra mais qualificada. Koslovski observou ainda que, deixando de ficar inadimplente, o agricultor poderá ter acesso aos recursos para o financiamento da safra que começa a ser plantada em outubro. O representante da Ocepar disse que o setor produtivo nacional, para poder realizar uma boa safra em 07/08, tem que torcer também para que os preços dos grãos no mercado internacional continuem elevados. "O problema é que se tivermos queda, certamente vamos trabalhar no prejuízo, porque a valorização do real frente ao dólar é muito alta." Os futuros na bolsa de Chicago, referência de preços no mercado internacional, têm variado bastante, a cada nova previsão climática, em um período importante para a definição da produtividade das safras de soja e milho dos EUA. Nesta segunda-feira, por exemplo, após prognósticos de um tempo mais favorável nos EUA, a soja e o milho tiveram limites de baixa. Esse nervosismo em Chicago ocorre em um cenário de forte redução da área plantada de soja, depois que os produtores dos EUA plantaram mais milho para atender à maior demanda para a produção de etanol. REIVINDICAÇÕES NÃO ATENDIDAS O presidente da Ocepar disse ainda que, nesse cenário, a definição no Plano Safra 2007/08 de juros controlados para a agricultura de 6,75 por cento, ante 8,75 por cento ao ano nas últimas safra, ficou abaixo da expectativa do setor. "Achamos que os juros ficaram altos, pleiteávamos 4,5 por cento", disse ele, argumentando que as taxas Selic e TJLP caíram bem mais no acumulado dos últimos anos. Com relação ao acordo para a renegociação da dívida, o sentimento de insatisfação é o mesmo. "Diria que foi importante a medida, mas ela não foi na dose que desejávamos", afirmou Koslovski, argumentando o setor defende um sistema de renegociação de dívidas definitivo e baseado na renda do produtor, para que os agricultores não necessitem voltar a pedir prorrogação de dívidas no próximo ano.

A prorrogação do pagamento da dívida agrícola com o sistema financeiro que venceria este ano, avaliada entre 30 bilhões e 40 bilhões de reais, permitirá ao produtor brasileiro ampliar os investimentos na safra 2007/08, disse o presidente-executivo da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). O acordo entre produtores e o governo para prorrogar as parcelas das dívidas de safras anteriores, anunciado na semana passada, deve ser aprovado na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) na semana que vem, segundo o Ministério da Agricultura. "A renegociação representa um fôlego importante. Acho que vai permitir a melhoria da tecnologia... O produtor vai investir um pouco mais. Evidentemente, isso é importante para manter o nível de produtividade", disse à Reuters João Paulo Koslovski, em entrevista por telefone. A dívida total do setor agrícola com os agentes financeiros gira em torno de 131 bilhões de reais --mas apenas uma parte desse montante (estimado em até 40 bilhões de reais) venceria este ano, segundo avaliação dos agricultores. Para efeito de comparação, o PIB do setor primário da agropecuária (para dentro da porteira) somou 149,8 bilhões de reais em 2006, segundo dados da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). O endividamente aumentou significativamente após quebras de safras em 2004 e 2005, que se somaram ao problema cambial. O fortalecimento do real frente ao dólar nos últimos anos reduziu os ganhos em reais do produtor brasileiro e dificultou os pagamentos. Segundo o presidente da Ocepar, que representa as cooperativas do Estado que é o maior produtor de grãos do Brasil, com a prorrogação dos vencimentos, o agricultor poderá investir não apenas em insumos, como fertilizantes e defensivos, mas também em mão-de-obra mais qualificada. Koslovski observou ainda que, deixando de ficar inadimplente, o agricultor poderá ter acesso aos recursos para o financiamento da safra que começa a ser plantada em outubro. O representante da Ocepar disse que o setor produtivo nacional, para poder realizar uma boa safra em 07/08, tem que torcer também para que os preços dos grãos no mercado internacional continuem elevados. "O problema é que se tivermos queda, certamente vamos trabalhar no prejuízo, porque a valorização do real frente ao dólar é muito alta." Os futuros na bolsa de Chicago, referência de preços no mercado internacional, têm variado bastante, a cada nova previsão climática, em um período importante para a definição da produtividade das safras de soja e milho dos EUA. Nesta segunda-feira, por exemplo, após prognósticos de um tempo mais favorável nos EUA, a soja e o milho tiveram limites de baixa. Esse nervosismo em Chicago ocorre em um cenário de forte redução da área plantada de soja, depois que os produtores dos EUA plantaram mais milho para atender à maior demanda para a produção de etanol. REIVINDICAÇÕES NÃO ATENDIDAS O presidente da Ocepar disse ainda que, nesse cenário, a definição no Plano Safra 2007/08 de juros controlados para a agricultura de 6,75 por cento, ante 8,75 por cento ao ano nas últimas safra, ficou abaixo da expectativa do setor. "Achamos que os juros ficaram altos, pleiteávamos 4,5 por cento", disse ele, argumentando que as taxas Selic e TJLP caíram bem mais no acumulado dos últimos anos. Com relação ao acordo para a renegociação da dívida, o sentimento de insatisfação é o mesmo. "Diria que foi importante a medida, mas ela não foi na dose que desejávamos", afirmou Koslovski, argumentando o setor defende um sistema de renegociação de dívidas definitivo e baseado na renda do produtor, para que os agricultores não necessitem voltar a pedir prorrogação de dívidas no próximo ano.

A prorrogação do pagamento da dívida agrícola com o sistema financeiro que venceria este ano, avaliada entre 30 bilhões e 40 bilhões de reais, permitirá ao produtor brasileiro ampliar os investimentos na safra 2007/08, disse o presidente-executivo da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar). O acordo entre produtores e o governo para prorrogar as parcelas das dívidas de safras anteriores, anunciado na semana passada, deve ser aprovado na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) na semana que vem, segundo o Ministério da Agricultura. "A renegociação representa um fôlego importante. Acho que vai permitir a melhoria da tecnologia... O produtor vai investir um pouco mais. Evidentemente, isso é importante para manter o nível de produtividade", disse à Reuters João Paulo Koslovski, em entrevista por telefone. A dívida total do setor agrícola com os agentes financeiros gira em torno de 131 bilhões de reais --mas apenas uma parte desse montante (estimado em até 40 bilhões de reais) venceria este ano, segundo avaliação dos agricultores. Para efeito de comparação, o PIB do setor primário da agropecuária (para dentro da porteira) somou 149,8 bilhões de reais em 2006, segundo dados da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). O endividamente aumentou significativamente após quebras de safras em 2004 e 2005, que se somaram ao problema cambial. O fortalecimento do real frente ao dólar nos últimos anos reduziu os ganhos em reais do produtor brasileiro e dificultou os pagamentos. Segundo o presidente da Ocepar, que representa as cooperativas do Estado que é o maior produtor de grãos do Brasil, com a prorrogação dos vencimentos, o agricultor poderá investir não apenas em insumos, como fertilizantes e defensivos, mas também em mão-de-obra mais qualificada. Koslovski observou ainda que, deixando de ficar inadimplente, o agricultor poderá ter acesso aos recursos para o financiamento da safra que começa a ser plantada em outubro. O representante da Ocepar disse que o setor produtivo nacional, para poder realizar uma boa safra em 07/08, tem que torcer também para que os preços dos grãos no mercado internacional continuem elevados. "O problema é que se tivermos queda, certamente vamos trabalhar no prejuízo, porque a valorização do real frente ao dólar é muito alta." Os futuros na bolsa de Chicago, referência de preços no mercado internacional, têm variado bastante, a cada nova previsão climática, em um período importante para a definição da produtividade das safras de soja e milho dos EUA. Nesta segunda-feira, por exemplo, após prognósticos de um tempo mais favorável nos EUA, a soja e o milho tiveram limites de baixa. Esse nervosismo em Chicago ocorre em um cenário de forte redução da área plantada de soja, depois que os produtores dos EUA plantaram mais milho para atender à maior demanda para a produção de etanol. REIVINDICAÇÕES NÃO ATENDIDAS O presidente da Ocepar disse ainda que, nesse cenário, a definição no Plano Safra 2007/08 de juros controlados para a agricultura de 6,75 por cento, ante 8,75 por cento ao ano nas últimas safra, ficou abaixo da expectativa do setor. "Achamos que os juros ficaram altos, pleiteávamos 4,5 por cento", disse ele, argumentando que as taxas Selic e TJLP caíram bem mais no acumulado dos últimos anos. Com relação ao acordo para a renegociação da dívida, o sentimento de insatisfação é o mesmo. "Diria que foi importante a medida, mas ela não foi na dose que desejávamos", afirmou Koslovski, argumentando o setor defende um sistema de renegociação de dívidas definitivo e baseado na renda do produtor, para que os agricultores não necessitem voltar a pedir prorrogação de dívidas no próximo ano.

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