Equipe econômica de Dilma completa 2 anos com mudança em discurso


Compromisso com superávit primário de 3,3% do PIB, citado em 2010, contrasta com o não cumprimento da meta atual

Por Hugo Passarelli e Mariana Congo

A equipe econômica do governo Dilma Rousseff completa dois anos e o discurso de manutenção do tripé macroeconômico (câmbio flutuante e metas de superávit primário e inflação) é alvo de debate sobre sua condução na prática. No campo fiscal, em sua primeira fala após a indicação para continuar no cargo em 2010, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, citou austeridade e compromisso com um superávit primário equivalente a 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) - número que já havia sido, inclusive, oficialmente abandonado pelo governo Lula. O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida. A meta oficial de 2011, de 3,1% do PIB, foi cumprida. Mas o resultado será diferente em 2012. Em entrevista recente ao Estado no início de novembro, o discurso mudou e Mantega admitiu pela primeira vez que o governo não conseguirá economizar o suficiente para atingir a meta cheia de R$ 139,8 bilhões, também equivalente a 3,1% do PIB. Legalmente, o governo pode deduzir desta meta os investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa e Minha Vida. A previsão é que haja um abatimento de R$ 25,6 bilhões em 2012. Os últimos dados do Banco Central (BC) reforçam esse cenário. No acumulado do ano até outubro, o superávit primário atingiu 2,33% do PIB. A comparação com o mesmo período de 2011, quando o superávit acumulado estava em 3,43% do PIB, mostra como o resultado fiscal está aquém do esperado.

Tripé

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Há quem acredite que o tripé "está abalado", como o ex-presidente do BC Gustavo Loyola. Para o economista, em entrevista recente ao Estado, o governo está "testando limites". Em sua avaliação, o câmbio deixou de ser flutuante e hoje é fixo. Além disso, o resultado fiscal está comprometido por manobras "heterodoxas" e o conceito de meta de inflação foi "subvertido". A justificativa do ministro Mantega é de que o esforço fiscal ficou comprometido porque a arrecadação de impostos não cresceu como esperado e houve também uma redução das receitas federais devido às desonerações promovidas pelo governo para estimular a economia O professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Paulo Gala rebate. "O maior responsável pela queda na arrecadação é o próprio governo, se ele quisesse arrecadar a qualquer custo não teria feito desonerações. Mas no momento em que a economia desaquece, faz todo o sentido desonerar." Gala ressalta que a relação entre dívida pública e PIB ainda é muito baixa no Brasil em comparação com outros países. Em 2011, por exemplo, a dívida pública bruta brasileira atingiu 54,2% do PIB, enquanto nos Estados Unidos ficou em 102,9%. No Japão, 229,8%.

A equipe econômica do governo Dilma Rousseff completa dois anos e o discurso de manutenção do tripé macroeconômico (câmbio flutuante e metas de superávit primário e inflação) é alvo de debate sobre sua condução na prática. No campo fiscal, em sua primeira fala após a indicação para continuar no cargo em 2010, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, citou austeridade e compromisso com um superávit primário equivalente a 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) - número que já havia sido, inclusive, oficialmente abandonado pelo governo Lula. O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida. A meta oficial de 2011, de 3,1% do PIB, foi cumprida. Mas o resultado será diferente em 2012. Em entrevista recente ao Estado no início de novembro, o discurso mudou e Mantega admitiu pela primeira vez que o governo não conseguirá economizar o suficiente para atingir a meta cheia de R$ 139,8 bilhões, também equivalente a 3,1% do PIB. Legalmente, o governo pode deduzir desta meta os investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa e Minha Vida. A previsão é que haja um abatimento de R$ 25,6 bilhões em 2012. Os últimos dados do Banco Central (BC) reforçam esse cenário. No acumulado do ano até outubro, o superávit primário atingiu 2,33% do PIB. A comparação com o mesmo período de 2011, quando o superávit acumulado estava em 3,43% do PIB, mostra como o resultado fiscal está aquém do esperado.

Tripé

Há quem acredite que o tripé "está abalado", como o ex-presidente do BC Gustavo Loyola. Para o economista, em entrevista recente ao Estado, o governo está "testando limites". Em sua avaliação, o câmbio deixou de ser flutuante e hoje é fixo. Além disso, o resultado fiscal está comprometido por manobras "heterodoxas" e o conceito de meta de inflação foi "subvertido". A justificativa do ministro Mantega é de que o esforço fiscal ficou comprometido porque a arrecadação de impostos não cresceu como esperado e houve também uma redução das receitas federais devido às desonerações promovidas pelo governo para estimular a economia O professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Paulo Gala rebate. "O maior responsável pela queda na arrecadação é o próprio governo, se ele quisesse arrecadar a qualquer custo não teria feito desonerações. Mas no momento em que a economia desaquece, faz todo o sentido desonerar." Gala ressalta que a relação entre dívida pública e PIB ainda é muito baixa no Brasil em comparação com outros países. Em 2011, por exemplo, a dívida pública bruta brasileira atingiu 54,2% do PIB, enquanto nos Estados Unidos ficou em 102,9%. No Japão, 229,8%.

A equipe econômica do governo Dilma Rousseff completa dois anos e o discurso de manutenção do tripé macroeconômico (câmbio flutuante e metas de superávit primário e inflação) é alvo de debate sobre sua condução na prática. No campo fiscal, em sua primeira fala após a indicação para continuar no cargo em 2010, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, citou austeridade e compromisso com um superávit primário equivalente a 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) - número que já havia sido, inclusive, oficialmente abandonado pelo governo Lula. O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida. A meta oficial de 2011, de 3,1% do PIB, foi cumprida. Mas o resultado será diferente em 2012. Em entrevista recente ao Estado no início de novembro, o discurso mudou e Mantega admitiu pela primeira vez que o governo não conseguirá economizar o suficiente para atingir a meta cheia de R$ 139,8 bilhões, também equivalente a 3,1% do PIB. Legalmente, o governo pode deduzir desta meta os investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa e Minha Vida. A previsão é que haja um abatimento de R$ 25,6 bilhões em 2012. Os últimos dados do Banco Central (BC) reforçam esse cenário. No acumulado do ano até outubro, o superávit primário atingiu 2,33% do PIB. A comparação com o mesmo período de 2011, quando o superávit acumulado estava em 3,43% do PIB, mostra como o resultado fiscal está aquém do esperado.

Tripé

Há quem acredite que o tripé "está abalado", como o ex-presidente do BC Gustavo Loyola. Para o economista, em entrevista recente ao Estado, o governo está "testando limites". Em sua avaliação, o câmbio deixou de ser flutuante e hoje é fixo. Além disso, o resultado fiscal está comprometido por manobras "heterodoxas" e o conceito de meta de inflação foi "subvertido". A justificativa do ministro Mantega é de que o esforço fiscal ficou comprometido porque a arrecadação de impostos não cresceu como esperado e houve também uma redução das receitas federais devido às desonerações promovidas pelo governo para estimular a economia O professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Paulo Gala rebate. "O maior responsável pela queda na arrecadação é o próprio governo, se ele quisesse arrecadar a qualquer custo não teria feito desonerações. Mas no momento em que a economia desaquece, faz todo o sentido desonerar." Gala ressalta que a relação entre dívida pública e PIB ainda é muito baixa no Brasil em comparação com outros países. Em 2011, por exemplo, a dívida pública bruta brasileira atingiu 54,2% do PIB, enquanto nos Estados Unidos ficou em 102,9%. No Japão, 229,8%.

A equipe econômica do governo Dilma Rousseff completa dois anos e o discurso de manutenção do tripé macroeconômico (câmbio flutuante e metas de superávit primário e inflação) é alvo de debate sobre sua condução na prática. No campo fiscal, em sua primeira fala após a indicação para continuar no cargo em 2010, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, citou austeridade e compromisso com um superávit primário equivalente a 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB) - número que já havia sido, inclusive, oficialmente abandonado pelo governo Lula. O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida. A meta oficial de 2011, de 3,1% do PIB, foi cumprida. Mas o resultado será diferente em 2012. Em entrevista recente ao Estado no início de novembro, o discurso mudou e Mantega admitiu pela primeira vez que o governo não conseguirá economizar o suficiente para atingir a meta cheia de R$ 139,8 bilhões, também equivalente a 3,1% do PIB. Legalmente, o governo pode deduzir desta meta os investimentos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa e Minha Vida. A previsão é que haja um abatimento de R$ 25,6 bilhões em 2012. Os últimos dados do Banco Central (BC) reforçam esse cenário. No acumulado do ano até outubro, o superávit primário atingiu 2,33% do PIB. A comparação com o mesmo período de 2011, quando o superávit acumulado estava em 3,43% do PIB, mostra como o resultado fiscal está aquém do esperado.

Tripé

Há quem acredite que o tripé "está abalado", como o ex-presidente do BC Gustavo Loyola. Para o economista, em entrevista recente ao Estado, o governo está "testando limites". Em sua avaliação, o câmbio deixou de ser flutuante e hoje é fixo. Além disso, o resultado fiscal está comprometido por manobras "heterodoxas" e o conceito de meta de inflação foi "subvertido". A justificativa do ministro Mantega é de que o esforço fiscal ficou comprometido porque a arrecadação de impostos não cresceu como esperado e houve também uma redução das receitas federais devido às desonerações promovidas pelo governo para estimular a economia O professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Paulo Gala rebate. "O maior responsável pela queda na arrecadação é o próprio governo, se ele quisesse arrecadar a qualquer custo não teria feito desonerações. Mas no momento em que a economia desaquece, faz todo o sentido desonerar." Gala ressalta que a relação entre dívida pública e PIB ainda é muito baixa no Brasil em comparação com outros países. Em 2011, por exemplo, a dívida pública bruta brasileira atingiu 54,2% do PIB, enquanto nos Estados Unidos ficou em 102,9%. No Japão, 229,8%.

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