Indústria tenta derrubar subsídio à Eletrobrás


Cobrança extra de R$ 1,093 bilhão na tarifa será repassada em empréstimos subsidiados às distribuidoras da estatal; caso será julgado pela Aneel

Por Anne Warth e André Borges

BRASÍLIA - A indústria vai tentar derrubar mais uma cobrança extra na conta de luz criada para ajudar as empresas do Grupo Eletrobrás. A pedido do Ministério de Minas e Energia (MME), os consumidores vão pagar R$ 1,093 bilhão mais nas tarifas de energia neste ano. Esse dinheiro será repassado em empréstimos subsidiados para as distribuidoras da companhia, acusada de ter se apropriado indevidamente de mais de R$ 7 bilhões nesse mesmo tipo de operação entre 1998 e 2011.

O caso será julgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira, 7, e tem como base um recurso da Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace). A entidade afirma que a taxa é mais um subsídio “em desfavor do conjunto de consumidores brasileiros”.

Eletrobrás éacusada de ter se apropriado indevidamente de R$ 7 bilhões Foto: Wilton Junior/Estadão
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Os empréstimos para as distribuidoras da Eletrobrás seriam feitos de acordo com as regras do fundo setorial Reserva Global de Reversão (RGR), que cobra das distribuidoras uma taxa de 5% ao ano, ou seja, menos que a inflação. Em tese, os financiamentos só poderiam ser realizados se houvesse sobra de recursos no fundo, o que não ocorre desde 2012. Todo o saldo da RGR foi usado para pagar indenizações para as empresas que aceitaram renovar suas concessões, em troca da redução de 20% nas tarifas. Esse é o principal ponto do questionamento da Abrace.

Mesmo sem dinheiro disponível, o Ministério de Minas e Energia enviou ofício à Aneel solicitando que a cobrança extra fosse incluída na conta de luz para obter os recursos e liberá-los às empresas. Isso implicou em alta de 1% na tarifa de todos os consumidores este ano. Para a Abrace, o ministério desrespeitou a lei, e a Aneel deixou de cumprir seu papel. “Estão usando o consumidor como banco, só que sem pagamento de juros e data para devolução dos recursos”, afirmou o advogado da Abrace, Julião Coelho, também ex-diretor da Aneel.

Além de incomodar a indústria, a cobrança provocou controvérsia no próprio órgão regulador. Quando o processo foi julgado pela primeira vez, em fevereiro, a área técnica, a procuradoria e o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, se manifestaram contra a solicitação do MME. Ainda assim, a taxa foi aprovada pelos outros quatro diretores da agência.

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Rufino questionou a autoridade do MME em incluir essa cobrança na conta de luz e criticou o conflito de interesses que o caso envolvia. Apesar de pertencer ao governo, o fundo é gerido pela Eletrobrás, e os financiamentos, em sua maioria, são direcionados para as próprias empresas do grupo.

“Não há razão lógica, legal, conceitual, para que a Eletrobrás siga liberando ou emprestando recursos para as empresas, um recurso, aliás, que ela não tem”, afirmou o diretor, em fevereiro.

BRASÍLIA - A indústria vai tentar derrubar mais uma cobrança extra na conta de luz criada para ajudar as empresas do Grupo Eletrobrás. A pedido do Ministério de Minas e Energia (MME), os consumidores vão pagar R$ 1,093 bilhão mais nas tarifas de energia neste ano. Esse dinheiro será repassado em empréstimos subsidiados para as distribuidoras da companhia, acusada de ter se apropriado indevidamente de mais de R$ 7 bilhões nesse mesmo tipo de operação entre 1998 e 2011.

O caso será julgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira, 7, e tem como base um recurso da Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace). A entidade afirma que a taxa é mais um subsídio “em desfavor do conjunto de consumidores brasileiros”.

Eletrobrás éacusada de ter se apropriado indevidamente de R$ 7 bilhões Foto: Wilton Junior/Estadão

Os empréstimos para as distribuidoras da Eletrobrás seriam feitos de acordo com as regras do fundo setorial Reserva Global de Reversão (RGR), que cobra das distribuidoras uma taxa de 5% ao ano, ou seja, menos que a inflação. Em tese, os financiamentos só poderiam ser realizados se houvesse sobra de recursos no fundo, o que não ocorre desde 2012. Todo o saldo da RGR foi usado para pagar indenizações para as empresas que aceitaram renovar suas concessões, em troca da redução de 20% nas tarifas. Esse é o principal ponto do questionamento da Abrace.

Mesmo sem dinheiro disponível, o Ministério de Minas e Energia enviou ofício à Aneel solicitando que a cobrança extra fosse incluída na conta de luz para obter os recursos e liberá-los às empresas. Isso implicou em alta de 1% na tarifa de todos os consumidores este ano. Para a Abrace, o ministério desrespeitou a lei, e a Aneel deixou de cumprir seu papel. “Estão usando o consumidor como banco, só que sem pagamento de juros e data para devolução dos recursos”, afirmou o advogado da Abrace, Julião Coelho, também ex-diretor da Aneel.

Além de incomodar a indústria, a cobrança provocou controvérsia no próprio órgão regulador. Quando o processo foi julgado pela primeira vez, em fevereiro, a área técnica, a procuradoria e o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, se manifestaram contra a solicitação do MME. Ainda assim, a taxa foi aprovada pelos outros quatro diretores da agência.

Rufino questionou a autoridade do MME em incluir essa cobrança na conta de luz e criticou o conflito de interesses que o caso envolvia. Apesar de pertencer ao governo, o fundo é gerido pela Eletrobrás, e os financiamentos, em sua maioria, são direcionados para as próprias empresas do grupo.

“Não há razão lógica, legal, conceitual, para que a Eletrobrás siga liberando ou emprestando recursos para as empresas, um recurso, aliás, que ela não tem”, afirmou o diretor, em fevereiro.

BRASÍLIA - A indústria vai tentar derrubar mais uma cobrança extra na conta de luz criada para ajudar as empresas do Grupo Eletrobrás. A pedido do Ministério de Minas e Energia (MME), os consumidores vão pagar R$ 1,093 bilhão mais nas tarifas de energia neste ano. Esse dinheiro será repassado em empréstimos subsidiados para as distribuidoras da companhia, acusada de ter se apropriado indevidamente de mais de R$ 7 bilhões nesse mesmo tipo de operação entre 1998 e 2011.

O caso será julgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira, 7, e tem como base um recurso da Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace). A entidade afirma que a taxa é mais um subsídio “em desfavor do conjunto de consumidores brasileiros”.

Eletrobrás éacusada de ter se apropriado indevidamente de R$ 7 bilhões Foto: Wilton Junior/Estadão

Os empréstimos para as distribuidoras da Eletrobrás seriam feitos de acordo com as regras do fundo setorial Reserva Global de Reversão (RGR), que cobra das distribuidoras uma taxa de 5% ao ano, ou seja, menos que a inflação. Em tese, os financiamentos só poderiam ser realizados se houvesse sobra de recursos no fundo, o que não ocorre desde 2012. Todo o saldo da RGR foi usado para pagar indenizações para as empresas que aceitaram renovar suas concessões, em troca da redução de 20% nas tarifas. Esse é o principal ponto do questionamento da Abrace.

Mesmo sem dinheiro disponível, o Ministério de Minas e Energia enviou ofício à Aneel solicitando que a cobrança extra fosse incluída na conta de luz para obter os recursos e liberá-los às empresas. Isso implicou em alta de 1% na tarifa de todos os consumidores este ano. Para a Abrace, o ministério desrespeitou a lei, e a Aneel deixou de cumprir seu papel. “Estão usando o consumidor como banco, só que sem pagamento de juros e data para devolução dos recursos”, afirmou o advogado da Abrace, Julião Coelho, também ex-diretor da Aneel.

Além de incomodar a indústria, a cobrança provocou controvérsia no próprio órgão regulador. Quando o processo foi julgado pela primeira vez, em fevereiro, a área técnica, a procuradoria e o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, se manifestaram contra a solicitação do MME. Ainda assim, a taxa foi aprovada pelos outros quatro diretores da agência.

Rufino questionou a autoridade do MME em incluir essa cobrança na conta de luz e criticou o conflito de interesses que o caso envolvia. Apesar de pertencer ao governo, o fundo é gerido pela Eletrobrás, e os financiamentos, em sua maioria, são direcionados para as próprias empresas do grupo.

“Não há razão lógica, legal, conceitual, para que a Eletrobrás siga liberando ou emprestando recursos para as empresas, um recurso, aliás, que ela não tem”, afirmou o diretor, em fevereiro.

BRASÍLIA - A indústria vai tentar derrubar mais uma cobrança extra na conta de luz criada para ajudar as empresas do Grupo Eletrobrás. A pedido do Ministério de Minas e Energia (MME), os consumidores vão pagar R$ 1,093 bilhão mais nas tarifas de energia neste ano. Esse dinheiro será repassado em empréstimos subsidiados para as distribuidoras da companhia, acusada de ter se apropriado indevidamente de mais de R$ 7 bilhões nesse mesmo tipo de operação entre 1998 e 2011.

O caso será julgado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira, 7, e tem como base um recurso da Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia (Abrace). A entidade afirma que a taxa é mais um subsídio “em desfavor do conjunto de consumidores brasileiros”.

Eletrobrás éacusada de ter se apropriado indevidamente de R$ 7 bilhões Foto: Wilton Junior/Estadão

Os empréstimos para as distribuidoras da Eletrobrás seriam feitos de acordo com as regras do fundo setorial Reserva Global de Reversão (RGR), que cobra das distribuidoras uma taxa de 5% ao ano, ou seja, menos que a inflação. Em tese, os financiamentos só poderiam ser realizados se houvesse sobra de recursos no fundo, o que não ocorre desde 2012. Todo o saldo da RGR foi usado para pagar indenizações para as empresas que aceitaram renovar suas concessões, em troca da redução de 20% nas tarifas. Esse é o principal ponto do questionamento da Abrace.

Mesmo sem dinheiro disponível, o Ministério de Minas e Energia enviou ofício à Aneel solicitando que a cobrança extra fosse incluída na conta de luz para obter os recursos e liberá-los às empresas. Isso implicou em alta de 1% na tarifa de todos os consumidores este ano. Para a Abrace, o ministério desrespeitou a lei, e a Aneel deixou de cumprir seu papel. “Estão usando o consumidor como banco, só que sem pagamento de juros e data para devolução dos recursos”, afirmou o advogado da Abrace, Julião Coelho, também ex-diretor da Aneel.

Além de incomodar a indústria, a cobrança provocou controvérsia no próprio órgão regulador. Quando o processo foi julgado pela primeira vez, em fevereiro, a área técnica, a procuradoria e o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, se manifestaram contra a solicitação do MME. Ainda assim, a taxa foi aprovada pelos outros quatro diretores da agência.

Rufino questionou a autoridade do MME em incluir essa cobrança na conta de luz e criticou o conflito de interesses que o caso envolvia. Apesar de pertencer ao governo, o fundo é gerido pela Eletrobrás, e os financiamentos, em sua maioria, são direcionados para as próprias empresas do grupo.

“Não há razão lógica, legal, conceitual, para que a Eletrobrás siga liberando ou emprestando recursos para as empresas, um recurso, aliás, que ela não tem”, afirmou o diretor, em fevereiro.

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