Petrobras terá incremento anual de R$5,7 bi no Ebitda com reajustes, diz Citi


A Petrobras terá um incremento anual de 5,7 bilhões de reais no seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), a partir dos reajustes dos preços da gasolina, de 3 por cento, e do diesel, de 5 por cento, anunciados na quinta-feira, segundo o Citi. O montante representa aproximadamente 8 por cento de sua previsão para o Ebitda de 2014, explicou o banco em relatório. Entretanto, os reajustes ficaram aquém do esperado, acrescentou o Citi. Para analistas de mercado, a política de preços permanece um elemento chave para a recuperação da confiança dos investidores, diante de todas as perdas enfrentadas pela empresa com a importação de combustíveis nos últimos anos. "A nosso ver, infelizmente, segue a política de costume de sacrificar os aumentos de preços para apoiar a macro-agenda política", afirmou o Itaú BBA, em relatório publicado nesta sexta-feira. Para o Citi, havia um consenso de que a Petrobras aumentaria ambos os combustíveis em pelo menos 5 por cento. "A diferença representaria um incremento anual de mais 1 bilhão de reais de Ebitda", disse o banco, em relatório. O Citi acredita que o anúncio pode "decepcionar um pouco os investidores", já que a imprensa havia noticiado recentemente que o conselho da companhia chegou a discutir aumento de preços de 8 por cento para ambos os combustíveis. O governo brasileiro, sócio majoritário da petroleira, controla os preços dos combustíveis e evita que oscilações do preço do barril do petróleo interfira no mercado interno. Nos últimos anos, a área de Abastecimento da estatal sofreu grandes perdas ao importar combustíveis para suprir a demanda interna, já que os preços no país foram mantidos em patamares mais baixos do que no exterior. Segundo cálculos do Itaú BBA, apenas no primeiro semestre deste ano, a Petrobras teve perdas de 2,9 bilhões de reais com importações de gasolina e diesel. Os reajustes deste ano chegaram em um momento em que a queda dos preços do barril do petróleo aproximou os valores praticados no Brasil com o exterior. Com a elevação dos combustíveis no país, houve uma paridade de preços há muito não vista. "Esta é a primeira vez nos últimos três anos que a Petrobras atinge a paridade de preços", destacou o Citi. O Itaú reviu suas perspectivas para o preço do petróleo Brent para 85 dólares por barril em 2015, ante a previsão anterior de 100 dólares. Já para 2016, o banco prevê 90 dólares por barril, ante previsão anterior de 95 dólares. Já o Citi acredita em uma recuperação dos preços do barril do petróleo Brent para pelo menos 92 dólares por barril nos próximos meses, ante o patamar atual de 83 dólares por barril. "Nossa atual previsão para 2015 prevê outro aumento de preços de outros 5 por cento para ambos os combustíveis, em meados de 2015", afirmou o relatório do Citi. Os papéis da Petrobras chegaram a abrir em alta na esteira do reajuste. O ânimo de investidores logo perdeu fôlego e as ações foram para o negativo, passando a cair mais de 3 por cento. Participantes do mercado justificaram o movimento afirmando que o reajuste da gasolina veio abaixo do esperado. Perto da abertura do mercado norte-americano, porém, os papéis voltaram ao campo positivo. Às 13h20, a ação preferencial da estatal subia 2,2 por cento.

Por Redação

(Por Marta Nogueira, com reportagem adicional de Priscila Jordão)

(Por Marta Nogueira, com reportagem adicional de Priscila Jordão)

(Por Marta Nogueira, com reportagem adicional de Priscila Jordão)

(Por Marta Nogueira, com reportagem adicional de Priscila Jordão)

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