WASHINGTON - O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse que os problemas financeiros da Europa estão "longe de serem resolvidos" e afirmou que o protecionismo e o foco apenas em medidas de austeridade fiscal podem minar os esforços para conter a crise. Durante um evento em Washington, Zoellick disse que não há algo mágico que possa diminuir a falta de confiança nas dívidas europeias ou resolver a crise bancária da região. Ele demonstrou receios com as pressões políticas domésticas nos países da Europa, que estariam fomentando o populismo e o protecionismo e reduzindo a agilidade das autoridades para responder ao cenário atual. "Tudo isso coloca lenha na fogueira", avaliou. Os líderes europeus estão concentrados em forçar a austeridade fiscal em países como a Itália e a Grécia, mas Zoellick disse que o foco precisa ser ampliado. As medidas de consolidação fiscal precisam vir em conjunto com esforços para fortalecer a união fiscal da zona do euro e aliadas a programas que garantam uma perspectiva de crescimento para os países do bloco monetário com economias mais frágeis. Segundo Zoellick, insistir em austeridade fiscal sem abordar o crescimento e a competitividade é perigoso. "Muitas dessas coisas são muito mais difíceis de fazer se não temos um ambiente de crescimento", acrescentou.
As informações são da Dow Jones.