‘Queremos Cannes como centro definitivo da criatividade global’


Executivo adotou como missão a tarefa de fazer o debate sobre criatividade que domina os seminários e as premiações de Cannes Lions reverberar pelo ano todo, por meio de eventos regionais e conteúdos digitais

Por Fernando Scheller
José PapaNeto Foto:

Quatro meses após assumir o cargo de CEO da Lions Festivals, empresa responsável pelo Cannes Lions – Festival Internacional de Criatividade, o brasileiro José Papa Neto já tomou decisões importantes relativas ao evento de 2017. A primeira será investir na consolidação do legado que o festival construiu até agora. Isso significa que não haverá adição de mais categorias de premiação nem a criação de novos eventos paralelos.

Além disso, Papa Neto adotou como missão a tarefa de fazer o debate sobre criatividade que domina os seminários e as premiações de Cannes Lions reverberarem pelo ano todo, por meio de eventos regionais e conteúdos digitais. “A ideia é que as pessoas sejam membros do festival. Esse conceito de comunidade é muito forte para nós.” Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista de Papa Neto ao Estado:

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Como está sendo esse processo de transição do comando de Cannes Lions? Para que uma transição seja bem sucedida, é necessário honrar o legado que foi construído, ser honesto com a situação presente e ter otimismo sobre o futuro. É preciso equilibrar a manutenção da essência do Leão com a necessidade de transformação que garante que o festival seja relevante. Precisamos passar a mensagem de que o Cannes Lions é uma bússola do futuro. 

A ideia é que os profissionais se conectem com os temas de Cannes o ano todo? Conseguimos ajustar nossa missão, que antes estava muito em função da semana do festival. Queremos transformar o Cannes Lions no centro definitivo de criatividade global. A relação com as pessoas da indústria da criatividade, que participam de Cannes Lions, deve se estender pelo ano todo. Vamos criar um real senso de comunidade. 

Isso pode passar pela criação de mais festivais regionais, além dos que Cannes Lions já realiza? A ideia é criar diferentes experiências. Podemos ter uma rede de embaixadores, que consiga fazer discussões com um grande líder (da área da criatividade) de uma determinada região. A ideia é que essa pessoa fale a 15 ou 20 pessoas em um debate e que os escolhidos sejam membros de Cannes Lions. É possível fazer muitas iniciativas também com a Young Academy. A nossa plataforma digital também pode colaborar para reverberar Cannes pelo ano todo.

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O festival criou novos eventos específicos. Qual é a avaliação sobre essa estratégia?  Estamos num momento de consolidação dos novos eventos. Lançamos os festivais Health (saúde), Innovation (inovação) e Entertainment (entretenimento). Não temos expectativa de lançar uma novidade este ano. A ideia é focar na expansão desses festivais.

Também houve um aumento forte do total de categorias de premiação. Há espaço para crescer mais? Temos 24 categorias e não vamos lançar mais nenhuma. Nossa função é de governança desta marca. Embora sejamos proprietários dela, escutamos muito o que a indústria de criatividade nos diz. Existem muitas categorias, e elas precisam mostrar sua proposta de valor e por que foram inseridas.

Entre os novos festivais, o de inovação parece ter sido o que cresceu mais rapidamente. Por que isso ocorreu? Inovação toca tudo. E a gente reforçou isso com a criação do Lions Innovation. Temos um executivo responsável pela inovação global, que tem entre suas responsabilidades o evento de inovação. Mas o nosso desafio é maior. Por causa do legado de Cannes Lions, temos de reforçar a mensagem de que olhamos para frente, e não apenas celebramos em retrospecto. Cannes é um palco para se experimentar o futuro e se inspirar pelo novo.

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Cannes tem mostrado relevância além da publicidade? Acho que Cannes é obrigatório para quem trabalha com marcas, branded content e estratégia de consumo. É uma oportunidade de aprender com os seminários e se conectar, conhecer pessoas. Temos um site novo que mostrará essas histórias. No Financial Times, uma reportagem sobre o Snap – dona do Snapchat – relatou que os responsáveis pelo marketing da empresa validaram o modelo de valor do Snap em Cannes. E isso vindo de uma empresa que pretende fazer um IPO de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões.

A presença dos clientes deve continuar crescendo? O cliente quer ter capacidade de escrutínio, estar preparado para entender o que deve demandar da agência. Além disso, reduzimos em 10% o preço do delegate pass (que dá o direito de participar do festival) para pessoas com menos de 30 anos. 

E a importância do festival para o Brasil? O País pode crescer dentro do festival? Independentemente de eu ser brasileiro, o Brasil foi definido, pelo time de estratégia, como mercado núcleo. Mesmo o que a economia tenha sofrido nos últimos três anos, continua sendo nosso terceiro principal mercado.

José PapaNeto Foto:

Quatro meses após assumir o cargo de CEO da Lions Festivals, empresa responsável pelo Cannes Lions – Festival Internacional de Criatividade, o brasileiro José Papa Neto já tomou decisões importantes relativas ao evento de 2017. A primeira será investir na consolidação do legado que o festival construiu até agora. Isso significa que não haverá adição de mais categorias de premiação nem a criação de novos eventos paralelos.

Além disso, Papa Neto adotou como missão a tarefa de fazer o debate sobre criatividade que domina os seminários e as premiações de Cannes Lions reverberarem pelo ano todo, por meio de eventos regionais e conteúdos digitais. “A ideia é que as pessoas sejam membros do festival. Esse conceito de comunidade é muito forte para nós.” Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista de Papa Neto ao Estado:

Como está sendo esse processo de transição do comando de Cannes Lions? Para que uma transição seja bem sucedida, é necessário honrar o legado que foi construído, ser honesto com a situação presente e ter otimismo sobre o futuro. É preciso equilibrar a manutenção da essência do Leão com a necessidade de transformação que garante que o festival seja relevante. Precisamos passar a mensagem de que o Cannes Lions é uma bússola do futuro. 

A ideia é que os profissionais se conectem com os temas de Cannes o ano todo? Conseguimos ajustar nossa missão, que antes estava muito em função da semana do festival. Queremos transformar o Cannes Lions no centro definitivo de criatividade global. A relação com as pessoas da indústria da criatividade, que participam de Cannes Lions, deve se estender pelo ano todo. Vamos criar um real senso de comunidade. 

Isso pode passar pela criação de mais festivais regionais, além dos que Cannes Lions já realiza? A ideia é criar diferentes experiências. Podemos ter uma rede de embaixadores, que consiga fazer discussões com um grande líder (da área da criatividade) de uma determinada região. A ideia é que essa pessoa fale a 15 ou 20 pessoas em um debate e que os escolhidos sejam membros de Cannes Lions. É possível fazer muitas iniciativas também com a Young Academy. A nossa plataforma digital também pode colaborar para reverberar Cannes pelo ano todo.

O festival criou novos eventos específicos. Qual é a avaliação sobre essa estratégia?  Estamos num momento de consolidação dos novos eventos. Lançamos os festivais Health (saúde), Innovation (inovação) e Entertainment (entretenimento). Não temos expectativa de lançar uma novidade este ano. A ideia é focar na expansão desses festivais.

Também houve um aumento forte do total de categorias de premiação. Há espaço para crescer mais? Temos 24 categorias e não vamos lançar mais nenhuma. Nossa função é de governança desta marca. Embora sejamos proprietários dela, escutamos muito o que a indústria de criatividade nos diz. Existem muitas categorias, e elas precisam mostrar sua proposta de valor e por que foram inseridas.

Entre os novos festivais, o de inovação parece ter sido o que cresceu mais rapidamente. Por que isso ocorreu? Inovação toca tudo. E a gente reforçou isso com a criação do Lions Innovation. Temos um executivo responsável pela inovação global, que tem entre suas responsabilidades o evento de inovação. Mas o nosso desafio é maior. Por causa do legado de Cannes Lions, temos de reforçar a mensagem de que olhamos para frente, e não apenas celebramos em retrospecto. Cannes é um palco para se experimentar o futuro e se inspirar pelo novo.

Cannes tem mostrado relevância além da publicidade? Acho que Cannes é obrigatório para quem trabalha com marcas, branded content e estratégia de consumo. É uma oportunidade de aprender com os seminários e se conectar, conhecer pessoas. Temos um site novo que mostrará essas histórias. No Financial Times, uma reportagem sobre o Snap – dona do Snapchat – relatou que os responsáveis pelo marketing da empresa validaram o modelo de valor do Snap em Cannes. E isso vindo de uma empresa que pretende fazer um IPO de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões.

A presença dos clientes deve continuar crescendo? O cliente quer ter capacidade de escrutínio, estar preparado para entender o que deve demandar da agência. Além disso, reduzimos em 10% o preço do delegate pass (que dá o direito de participar do festival) para pessoas com menos de 30 anos. 

E a importância do festival para o Brasil? O País pode crescer dentro do festival? Independentemente de eu ser brasileiro, o Brasil foi definido, pelo time de estratégia, como mercado núcleo. Mesmo o que a economia tenha sofrido nos últimos três anos, continua sendo nosso terceiro principal mercado.

José PapaNeto Foto:

Quatro meses após assumir o cargo de CEO da Lions Festivals, empresa responsável pelo Cannes Lions – Festival Internacional de Criatividade, o brasileiro José Papa Neto já tomou decisões importantes relativas ao evento de 2017. A primeira será investir na consolidação do legado que o festival construiu até agora. Isso significa que não haverá adição de mais categorias de premiação nem a criação de novos eventos paralelos.

Além disso, Papa Neto adotou como missão a tarefa de fazer o debate sobre criatividade que domina os seminários e as premiações de Cannes Lions reverberarem pelo ano todo, por meio de eventos regionais e conteúdos digitais. “A ideia é que as pessoas sejam membros do festival. Esse conceito de comunidade é muito forte para nós.” Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista de Papa Neto ao Estado:

Como está sendo esse processo de transição do comando de Cannes Lions? Para que uma transição seja bem sucedida, é necessário honrar o legado que foi construído, ser honesto com a situação presente e ter otimismo sobre o futuro. É preciso equilibrar a manutenção da essência do Leão com a necessidade de transformação que garante que o festival seja relevante. Precisamos passar a mensagem de que o Cannes Lions é uma bússola do futuro. 

A ideia é que os profissionais se conectem com os temas de Cannes o ano todo? Conseguimos ajustar nossa missão, que antes estava muito em função da semana do festival. Queremos transformar o Cannes Lions no centro definitivo de criatividade global. A relação com as pessoas da indústria da criatividade, que participam de Cannes Lions, deve se estender pelo ano todo. Vamos criar um real senso de comunidade. 

Isso pode passar pela criação de mais festivais regionais, além dos que Cannes Lions já realiza? A ideia é criar diferentes experiências. Podemos ter uma rede de embaixadores, que consiga fazer discussões com um grande líder (da área da criatividade) de uma determinada região. A ideia é que essa pessoa fale a 15 ou 20 pessoas em um debate e que os escolhidos sejam membros de Cannes Lions. É possível fazer muitas iniciativas também com a Young Academy. A nossa plataforma digital também pode colaborar para reverberar Cannes pelo ano todo.

O festival criou novos eventos específicos. Qual é a avaliação sobre essa estratégia?  Estamos num momento de consolidação dos novos eventos. Lançamos os festivais Health (saúde), Innovation (inovação) e Entertainment (entretenimento). Não temos expectativa de lançar uma novidade este ano. A ideia é focar na expansão desses festivais.

Também houve um aumento forte do total de categorias de premiação. Há espaço para crescer mais? Temos 24 categorias e não vamos lançar mais nenhuma. Nossa função é de governança desta marca. Embora sejamos proprietários dela, escutamos muito o que a indústria de criatividade nos diz. Existem muitas categorias, e elas precisam mostrar sua proposta de valor e por que foram inseridas.

Entre os novos festivais, o de inovação parece ter sido o que cresceu mais rapidamente. Por que isso ocorreu? Inovação toca tudo. E a gente reforçou isso com a criação do Lions Innovation. Temos um executivo responsável pela inovação global, que tem entre suas responsabilidades o evento de inovação. Mas o nosso desafio é maior. Por causa do legado de Cannes Lions, temos de reforçar a mensagem de que olhamos para frente, e não apenas celebramos em retrospecto. Cannes é um palco para se experimentar o futuro e se inspirar pelo novo.

Cannes tem mostrado relevância além da publicidade? Acho que Cannes é obrigatório para quem trabalha com marcas, branded content e estratégia de consumo. É uma oportunidade de aprender com os seminários e se conectar, conhecer pessoas. Temos um site novo que mostrará essas histórias. No Financial Times, uma reportagem sobre o Snap – dona do Snapchat – relatou que os responsáveis pelo marketing da empresa validaram o modelo de valor do Snap em Cannes. E isso vindo de uma empresa que pretende fazer um IPO de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões.

A presença dos clientes deve continuar crescendo? O cliente quer ter capacidade de escrutínio, estar preparado para entender o que deve demandar da agência. Além disso, reduzimos em 10% o preço do delegate pass (que dá o direito de participar do festival) para pessoas com menos de 30 anos. 

E a importância do festival para o Brasil? O País pode crescer dentro do festival? Independentemente de eu ser brasileiro, o Brasil foi definido, pelo time de estratégia, como mercado núcleo. Mesmo o que a economia tenha sofrido nos últimos três anos, continua sendo nosso terceiro principal mercado.

José PapaNeto Foto:

Quatro meses após assumir o cargo de CEO da Lions Festivals, empresa responsável pelo Cannes Lions – Festival Internacional de Criatividade, o brasileiro José Papa Neto já tomou decisões importantes relativas ao evento de 2017. A primeira será investir na consolidação do legado que o festival construiu até agora. Isso significa que não haverá adição de mais categorias de premiação nem a criação de novos eventos paralelos.

Além disso, Papa Neto adotou como missão a tarefa de fazer o debate sobre criatividade que domina os seminários e as premiações de Cannes Lions reverberarem pelo ano todo, por meio de eventos regionais e conteúdos digitais. “A ideia é que as pessoas sejam membros do festival. Esse conceito de comunidade é muito forte para nós.” Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista de Papa Neto ao Estado:

Como está sendo esse processo de transição do comando de Cannes Lions? Para que uma transição seja bem sucedida, é necessário honrar o legado que foi construído, ser honesto com a situação presente e ter otimismo sobre o futuro. É preciso equilibrar a manutenção da essência do Leão com a necessidade de transformação que garante que o festival seja relevante. Precisamos passar a mensagem de que o Cannes Lions é uma bússola do futuro. 

A ideia é que os profissionais se conectem com os temas de Cannes o ano todo? Conseguimos ajustar nossa missão, que antes estava muito em função da semana do festival. Queremos transformar o Cannes Lions no centro definitivo de criatividade global. A relação com as pessoas da indústria da criatividade, que participam de Cannes Lions, deve se estender pelo ano todo. Vamos criar um real senso de comunidade. 

Isso pode passar pela criação de mais festivais regionais, além dos que Cannes Lions já realiza? A ideia é criar diferentes experiências. Podemos ter uma rede de embaixadores, que consiga fazer discussões com um grande líder (da área da criatividade) de uma determinada região. A ideia é que essa pessoa fale a 15 ou 20 pessoas em um debate e que os escolhidos sejam membros de Cannes Lions. É possível fazer muitas iniciativas também com a Young Academy. A nossa plataforma digital também pode colaborar para reverberar Cannes pelo ano todo.

O festival criou novos eventos específicos. Qual é a avaliação sobre essa estratégia?  Estamos num momento de consolidação dos novos eventos. Lançamos os festivais Health (saúde), Innovation (inovação) e Entertainment (entretenimento). Não temos expectativa de lançar uma novidade este ano. A ideia é focar na expansão desses festivais.

Também houve um aumento forte do total de categorias de premiação. Há espaço para crescer mais? Temos 24 categorias e não vamos lançar mais nenhuma. Nossa função é de governança desta marca. Embora sejamos proprietários dela, escutamos muito o que a indústria de criatividade nos diz. Existem muitas categorias, e elas precisam mostrar sua proposta de valor e por que foram inseridas.

Entre os novos festivais, o de inovação parece ter sido o que cresceu mais rapidamente. Por que isso ocorreu? Inovação toca tudo. E a gente reforçou isso com a criação do Lions Innovation. Temos um executivo responsável pela inovação global, que tem entre suas responsabilidades o evento de inovação. Mas o nosso desafio é maior. Por causa do legado de Cannes Lions, temos de reforçar a mensagem de que olhamos para frente, e não apenas celebramos em retrospecto. Cannes é um palco para se experimentar o futuro e se inspirar pelo novo.

Cannes tem mostrado relevância além da publicidade? Acho que Cannes é obrigatório para quem trabalha com marcas, branded content e estratégia de consumo. É uma oportunidade de aprender com os seminários e se conectar, conhecer pessoas. Temos um site novo que mostrará essas histórias. No Financial Times, uma reportagem sobre o Snap – dona do Snapchat – relatou que os responsáveis pelo marketing da empresa validaram o modelo de valor do Snap em Cannes. E isso vindo de uma empresa que pretende fazer um IPO de US$ 20 bilhões a US$ 25 bilhões.

A presença dos clientes deve continuar crescendo? O cliente quer ter capacidade de escrutínio, estar preparado para entender o que deve demandar da agência. Além disso, reduzimos em 10% o preço do delegate pass (que dá o direito de participar do festival) para pessoas com menos de 30 anos. 

E a importância do festival para o Brasil? O País pode crescer dentro do festival? Independentemente de eu ser brasileiro, o Brasil foi definido, pelo time de estratégia, como mercado núcleo. Mesmo o que a economia tenha sofrido nos últimos três anos, continua sendo nosso terceiro principal mercado.

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