A decisão da Argentina de expropriar 51% do capital da petroleira YPF, controlada pela espanhola Repsol, fez o Parlamento Europeu se movimentar em direção a represálias.
Segundo o jornal espanhol "El País", a maioria dos membros do Parlamento Europeu aprovou uma resolução que condena a atitude argentina. O texto recebeu 458 votos a favor, 71 contra e 16 abstenções.
Os parlamentares também pedem à Comissão e ao Conselho da União Europeia (UE) que estudem a opção de suspender, mesmo que parcialmente, os benefícios à entrada de produtos argentinos nos países da UE.
O alvo seria o Sistema Geral de Preferências (SGP), mecanismo aprovado pela Conferência das Nações Unidas para o Comércio (UNCTAD), que permite que as mercadorias de países em desenvolvimento tenham acesso privilegiado aos mercados dos países desenvolvidos por meio de tratamento tarifário preferencial.
O grupo socialista do Parlamento Europeu foi o bloco que votou contra, com a justificativa de que é preciso esgotar as fontes de diálogo com a Argentina, antes de qualquer represália.