'Ninguém tem certeza. Quem diz ter, é um jogador'


Fundador do grupo Cosan diz que equipe vai rever os planos de investimentos para enfrentar crise; Organização afirma que está engajada em não dispensar funcionários

Por Monica Scaramuzzo

Um dos maiores empresários do País, Rubens Ometto Silveira Mello, dono do grupo Cosan, diz que há muitas incertezas e ninguém tem uma fórmula para sair da crise provocada pelo coronavírus. “Qualquer coisa que se fale, é chute.”

Dono de ferrovias, postos de combustíveis e distribuidoras de gás, Ometto afirmou que projetos do grupo podem ser revistos, com exceção da Rumo, ferrovia importante para manter ativo o agronegócio.

Segundo ele, é preciso combater a doença e manter os empregos: “É preciso serenidade”. A seguir, os principais trechos da entrevista.

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Rubens Ometto Silveira Mello, dono do grupo Cosan. Foto: Felipe Rau/Estadão

Como o sr. está vendo o impacto do coronavírus e o ruído entre parte dos governadores e Brasília?

É muito difícil falar. Ninguém sabe direito. Qualquer coisa que você fale, é chute. Você tem uma vontade grande que a economia volte e as engrenagens comecemrodar. E do outro lado, um programa médico de combate ao vírus porque os estragos podem ser quão profundos quanto os estragos que o vírus pode fazer. Dá para entender essas duas posiçõesporque o desastre na economia será muito grande. 

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Mas não falta um líder para conduzir este processo?

Não vou entrar nisso. Existem pontos de vistas diferentes. Os dois querem o bem do País, cada um a seu jeito. Difícil falar com está certo ou errado.

O governador João Doria reafirmou o seu apoio após a Cosan informar que vai manter os empregos.

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Estamos engajados nesta ideia de não haver dispensa. 

Qual deveria ser a estratégia para combater o coronavírus no Brasil?

Difícil falar se não tem todos os números. Acho que só injetar dinheiro na economia não resolve. Porque se o pessoal não vai trabalhar e fica em casa, a economia não roda. Éuma equação difícil. O pessoal está indo por tentativas para saber o que vai melhor. Um plano Marshall ajudaria as pessoas a não ficarsem empregos. Mas a equação édifícil. Não dá para ficar nervoso. Tem de ter serenidade.

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Como empresário, o que deveria ser feito?

Essa pergunta vale um bilhão de dólares. Nãotem todos os dados. Tem de combater a doença e preservar o emprego. O governo não vai aguentar a subsidiar isso o tempo todo.

O sr. defende um meio termo?

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Tem de ir administrando. Precisa dar um tempo ver para onde vai. Hánegócios muito afetados: bares fechados, shoppings, demanda por combustível caiu 50%. Como vai ser isto? Como fazer isso? Não sei. Se ficar muito tempo, onde isso vai parar? Vamos ver como ficam as coisas até o dia 7. 

Como tem sido suas conversas com as principais lideranças empresariais?

Ninguém tem certeza. Quem diz ter certeza, é um jogador. O que preocupa é que as engrenagens da economia não parem demais. Senão, se resolve de um lado e mata do outro. Planos e estratégias têm de ser revistas. Estava tudo tão bem, organizadinho.

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O sr. vê impactos na economia?

Sim. A tendência dos empresários é trabalhar para que se resolva logo. A verdade é que não tem o que falar. É chute. Temos de esperar um pouco. Esperar 7 de abril. 

Os planos de investimentos do grupo Cosan serão revistos?

Vamos rever os planos de investimentos. Temos de ver o que vai acontecer. Os projetos da Rumo são irreversíveis para manter o agronegócio. Para outros projetos,como refinarias, temos de ver o que vai acontecer.

Um dos maiores empresários do País, Rubens Ometto Silveira Mello, dono do grupo Cosan, diz que há muitas incertezas e ninguém tem uma fórmula para sair da crise provocada pelo coronavírus. “Qualquer coisa que se fale, é chute.”

Dono de ferrovias, postos de combustíveis e distribuidoras de gás, Ometto afirmou que projetos do grupo podem ser revistos, com exceção da Rumo, ferrovia importante para manter ativo o agronegócio.

Segundo ele, é preciso combater a doença e manter os empregos: “É preciso serenidade”. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Rubens Ometto Silveira Mello, dono do grupo Cosan. Foto: Felipe Rau/Estadão

Como o sr. está vendo o impacto do coronavírus e o ruído entre parte dos governadores e Brasília?

É muito difícil falar. Ninguém sabe direito. Qualquer coisa que você fale, é chute. Você tem uma vontade grande que a economia volte e as engrenagens comecemrodar. E do outro lado, um programa médico de combate ao vírus porque os estragos podem ser quão profundos quanto os estragos que o vírus pode fazer. Dá para entender essas duas posiçõesporque o desastre na economia será muito grande. 

Mas não falta um líder para conduzir este processo?

Não vou entrar nisso. Existem pontos de vistas diferentes. Os dois querem o bem do País, cada um a seu jeito. Difícil falar com está certo ou errado.

O governador João Doria reafirmou o seu apoio após a Cosan informar que vai manter os empregos.

Estamos engajados nesta ideia de não haver dispensa. 

Qual deveria ser a estratégia para combater o coronavírus no Brasil?

Difícil falar se não tem todos os números. Acho que só injetar dinheiro na economia não resolve. Porque se o pessoal não vai trabalhar e fica em casa, a economia não roda. Éuma equação difícil. O pessoal está indo por tentativas para saber o que vai melhor. Um plano Marshall ajudaria as pessoas a não ficarsem empregos. Mas a equação édifícil. Não dá para ficar nervoso. Tem de ter serenidade.

Como empresário, o que deveria ser feito?

Essa pergunta vale um bilhão de dólares. Nãotem todos os dados. Tem de combater a doença e preservar o emprego. O governo não vai aguentar a subsidiar isso o tempo todo.

O sr. defende um meio termo?

Tem de ir administrando. Precisa dar um tempo ver para onde vai. Hánegócios muito afetados: bares fechados, shoppings, demanda por combustível caiu 50%. Como vai ser isto? Como fazer isso? Não sei. Se ficar muito tempo, onde isso vai parar? Vamos ver como ficam as coisas até o dia 7. 

Como tem sido suas conversas com as principais lideranças empresariais?

Ninguém tem certeza. Quem diz ter certeza, é um jogador. O que preocupa é que as engrenagens da economia não parem demais. Senão, se resolve de um lado e mata do outro. Planos e estratégias têm de ser revistas. Estava tudo tão bem, organizadinho.

O sr. vê impactos na economia?

Sim. A tendência dos empresários é trabalhar para que se resolva logo. A verdade é que não tem o que falar. É chute. Temos de esperar um pouco. Esperar 7 de abril. 

Os planos de investimentos do grupo Cosan serão revistos?

Vamos rever os planos de investimentos. Temos de ver o que vai acontecer. Os projetos da Rumo são irreversíveis para manter o agronegócio. Para outros projetos,como refinarias, temos de ver o que vai acontecer.

Um dos maiores empresários do País, Rubens Ometto Silveira Mello, dono do grupo Cosan, diz que há muitas incertezas e ninguém tem uma fórmula para sair da crise provocada pelo coronavírus. “Qualquer coisa que se fale, é chute.”

Dono de ferrovias, postos de combustíveis e distribuidoras de gás, Ometto afirmou que projetos do grupo podem ser revistos, com exceção da Rumo, ferrovia importante para manter ativo o agronegócio.

Segundo ele, é preciso combater a doença e manter os empregos: “É preciso serenidade”. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Rubens Ometto Silveira Mello, dono do grupo Cosan. Foto: Felipe Rau/Estadão

Como o sr. está vendo o impacto do coronavírus e o ruído entre parte dos governadores e Brasília?

É muito difícil falar. Ninguém sabe direito. Qualquer coisa que você fale, é chute. Você tem uma vontade grande que a economia volte e as engrenagens comecemrodar. E do outro lado, um programa médico de combate ao vírus porque os estragos podem ser quão profundos quanto os estragos que o vírus pode fazer. Dá para entender essas duas posiçõesporque o desastre na economia será muito grande. 

Mas não falta um líder para conduzir este processo?

Não vou entrar nisso. Existem pontos de vistas diferentes. Os dois querem o bem do País, cada um a seu jeito. Difícil falar com está certo ou errado.

O governador João Doria reafirmou o seu apoio após a Cosan informar que vai manter os empregos.

Estamos engajados nesta ideia de não haver dispensa. 

Qual deveria ser a estratégia para combater o coronavírus no Brasil?

Difícil falar se não tem todos os números. Acho que só injetar dinheiro na economia não resolve. Porque se o pessoal não vai trabalhar e fica em casa, a economia não roda. Éuma equação difícil. O pessoal está indo por tentativas para saber o que vai melhor. Um plano Marshall ajudaria as pessoas a não ficarsem empregos. Mas a equação édifícil. Não dá para ficar nervoso. Tem de ter serenidade.

Como empresário, o que deveria ser feito?

Essa pergunta vale um bilhão de dólares. Nãotem todos os dados. Tem de combater a doença e preservar o emprego. O governo não vai aguentar a subsidiar isso o tempo todo.

O sr. defende um meio termo?

Tem de ir administrando. Precisa dar um tempo ver para onde vai. Hánegócios muito afetados: bares fechados, shoppings, demanda por combustível caiu 50%. Como vai ser isto? Como fazer isso? Não sei. Se ficar muito tempo, onde isso vai parar? Vamos ver como ficam as coisas até o dia 7. 

Como tem sido suas conversas com as principais lideranças empresariais?

Ninguém tem certeza. Quem diz ter certeza, é um jogador. O que preocupa é que as engrenagens da economia não parem demais. Senão, se resolve de um lado e mata do outro. Planos e estratégias têm de ser revistas. Estava tudo tão bem, organizadinho.

O sr. vê impactos na economia?

Sim. A tendência dos empresários é trabalhar para que se resolva logo. A verdade é que não tem o que falar. É chute. Temos de esperar um pouco. Esperar 7 de abril. 

Os planos de investimentos do grupo Cosan serão revistos?

Vamos rever os planos de investimentos. Temos de ver o que vai acontecer. Os projetos da Rumo são irreversíveis para manter o agronegócio. Para outros projetos,como refinarias, temos de ver o que vai acontecer.

Um dos maiores empresários do País, Rubens Ometto Silveira Mello, dono do grupo Cosan, diz que há muitas incertezas e ninguém tem uma fórmula para sair da crise provocada pelo coronavírus. “Qualquer coisa que se fale, é chute.”

Dono de ferrovias, postos de combustíveis e distribuidoras de gás, Ometto afirmou que projetos do grupo podem ser revistos, com exceção da Rumo, ferrovia importante para manter ativo o agronegócio.

Segundo ele, é preciso combater a doença e manter os empregos: “É preciso serenidade”. A seguir, os principais trechos da entrevista.

Rubens Ometto Silveira Mello, dono do grupo Cosan. Foto: Felipe Rau/Estadão

Como o sr. está vendo o impacto do coronavírus e o ruído entre parte dos governadores e Brasília?

É muito difícil falar. Ninguém sabe direito. Qualquer coisa que você fale, é chute. Você tem uma vontade grande que a economia volte e as engrenagens comecemrodar. E do outro lado, um programa médico de combate ao vírus porque os estragos podem ser quão profundos quanto os estragos que o vírus pode fazer. Dá para entender essas duas posiçõesporque o desastre na economia será muito grande. 

Mas não falta um líder para conduzir este processo?

Não vou entrar nisso. Existem pontos de vistas diferentes. Os dois querem o bem do País, cada um a seu jeito. Difícil falar com está certo ou errado.

O governador João Doria reafirmou o seu apoio após a Cosan informar que vai manter os empregos.

Estamos engajados nesta ideia de não haver dispensa. 

Qual deveria ser a estratégia para combater o coronavírus no Brasil?

Difícil falar se não tem todos os números. Acho que só injetar dinheiro na economia não resolve. Porque se o pessoal não vai trabalhar e fica em casa, a economia não roda. Éuma equação difícil. O pessoal está indo por tentativas para saber o que vai melhor. Um plano Marshall ajudaria as pessoas a não ficarsem empregos. Mas a equação édifícil. Não dá para ficar nervoso. Tem de ter serenidade.

Como empresário, o que deveria ser feito?

Essa pergunta vale um bilhão de dólares. Nãotem todos os dados. Tem de combater a doença e preservar o emprego. O governo não vai aguentar a subsidiar isso o tempo todo.

O sr. defende um meio termo?

Tem de ir administrando. Precisa dar um tempo ver para onde vai. Hánegócios muito afetados: bares fechados, shoppings, demanda por combustível caiu 50%. Como vai ser isto? Como fazer isso? Não sei. Se ficar muito tempo, onde isso vai parar? Vamos ver como ficam as coisas até o dia 7. 

Como tem sido suas conversas com as principais lideranças empresariais?

Ninguém tem certeza. Quem diz ter certeza, é um jogador. O que preocupa é que as engrenagens da economia não parem demais. Senão, se resolve de um lado e mata do outro. Planos e estratégias têm de ser revistas. Estava tudo tão bem, organizadinho.

O sr. vê impactos na economia?

Sim. A tendência dos empresários é trabalhar para que se resolva logo. A verdade é que não tem o que falar. É chute. Temos de esperar um pouco. Esperar 7 de abril. 

Os planos de investimentos do grupo Cosan serão revistos?

Vamos rever os planos de investimentos. Temos de ver o que vai acontecer. Os projetos da Rumo são irreversíveis para manter o agronegócio. Para outros projetos,como refinarias, temos de ver o que vai acontecer.

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