Crescimento sustentável ganha o Nobel


Prêmio de economia é entregue para dois americanos, Willam D. Nordhaus e Paul M. Romer, que desenvolveram estudos sobre o tema

Por Beatriz Bulla e correspondente

WASHINGTON - O prêmio Nobel de economia deste ano foi entregue a dois americanos que desenvolveram trabalhos sobre políticas de estímulo a um crescimento econômico sustentável.

William D. Nordhaus, professor em Yale, foi premiado pelo pioneirismo no estudo de impacto econômico da mudança climática, trabalho ao qual se decida desde a década de 1970, e na defesa na taxação de emissões de carbono. Ele dividiu o prêmio com Paul M. Romer, professor da New York University, pela análise do papel das políticas governamentais de incentivo à inovação tecnológica.

Per Stromberg, Goran K. Hansson e Per Krusell o Prêmio Nobel de Economia durante conferência. Foto: Henrik Montgomery/ TT News Agency/via REUTERS
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Em comunicado, a Academia Real de Ciências da Suécia destacou que os premiados “desenvolveram métodos que abordam alguns dos desafios mais fundamentais de nosso tempo: combinar o crescimento sustentável a longo prazo da economia global com o bem-estar da população do planeta”.

No mesmo dia do anúncio do prêmio Nobel, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou relatório especial no qual sustenta que é preciso adotar “mudanças de longo alcance e sem precedentes” no comportamento humano para limitar o aquecimento global.

Homenageado, Paul Romer, que já ocupou o posto de economista-chefe do Banco Mundial, disse que não é possível ignorar os problemas ambientais. “Um problema hoje é que as pessoas acham que proteger o meio ambiente será tão caro e tão difícil que eles querem ignorar o problema e fingir que ele não existe”, disse após o anúncio dos premiados. Ele se destaca pela criação da “teoria do crescimento endógeno”, que sustenta que investimento acumulado em ideias e tecnologia estimulam a atividade econômica.

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O secretário-geral da Academia Real de Ciência da Suécia, Goran K. Hansson cobrou dos países cooperação. “A mensagem é que é preciso que os países cooperem globalmente para resolver algumas dessas grandes questões”, afirmou. O chamado à cooperação se dá cerca de um ano após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado a decisão de retirar o país do Acordo de Paris, um tratado firmado entre quase 200 países em 1995 para limitar o aumento de temperatura, num esforço global de redução do impacto climático.

Carbono

Nordhaus foi pioneiro em defender que a redução de emissões de carbono exigiria a imposição de taxas. O Comitê do Nobel considerou que o trabalho do economista mostra que a imposição de impostos é o “remédio mais eficiente” para frear o aquecimento global. Na segunda-feira, 8, Nordhaus falou sobre o desafio da cooperação global: “Nós entendemos a ciência, entendemos os efeitos da mudança climática. Mas nós não entendemos como reunir os países.”

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Conheça todos os vencedores do Prêmio Nobel de Economia

1 | 9

2019

Foto: Christine Olsson/TT News Agency via REUTERS
2 | 9

2009

Foto: U. Montan/Nobelprize.org
3 | 9

2007

Foto: E. Ayoubzadeh e U. Montan/Nobelprize.org
4 | 9

2006

Foto: Sergio Moraes/Reuters
5 | 9

1999

Foto: Bobby Yip/Reuters
6 | 9

1997

Foto: Nobelprize.org
7 | 9

1978

Foto: Reprodução
8 | 9

1971

Foto: AFP
9 | 9

1969

Foto: Nobelprize.org

Os dois já haviam sido apontados, em anos anteriores, como merecedores do Nobel. “Em uma análise, pode não parecer uma combinação óbvia. Ambos estão ligados a uma teoria de crescimento moderna, mas não em uma forma coordenada ou similar. Mas a conjugação dos dois faz sentido”, afirmou no Twitter o economista e professor da Universidade de Michigan Justin Wolfers: “O fio comum entre os dois é que políticas inteligentes de governo são essenciais para entregar bons resultados de longo prazo.”

WASHINGTON - O prêmio Nobel de economia deste ano foi entregue a dois americanos que desenvolveram trabalhos sobre políticas de estímulo a um crescimento econômico sustentável.

William D. Nordhaus, professor em Yale, foi premiado pelo pioneirismo no estudo de impacto econômico da mudança climática, trabalho ao qual se decida desde a década de 1970, e na defesa na taxação de emissões de carbono. Ele dividiu o prêmio com Paul M. Romer, professor da New York University, pela análise do papel das políticas governamentais de incentivo à inovação tecnológica.

Per Stromberg, Goran K. Hansson e Per Krusell o Prêmio Nobel de Economia durante conferência. Foto: Henrik Montgomery/ TT News Agency/via REUTERS

Em comunicado, a Academia Real de Ciências da Suécia destacou que os premiados “desenvolveram métodos que abordam alguns dos desafios mais fundamentais de nosso tempo: combinar o crescimento sustentável a longo prazo da economia global com o bem-estar da população do planeta”.

No mesmo dia do anúncio do prêmio Nobel, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou relatório especial no qual sustenta que é preciso adotar “mudanças de longo alcance e sem precedentes” no comportamento humano para limitar o aquecimento global.

Homenageado, Paul Romer, que já ocupou o posto de economista-chefe do Banco Mundial, disse que não é possível ignorar os problemas ambientais. “Um problema hoje é que as pessoas acham que proteger o meio ambiente será tão caro e tão difícil que eles querem ignorar o problema e fingir que ele não existe”, disse após o anúncio dos premiados. Ele se destaca pela criação da “teoria do crescimento endógeno”, que sustenta que investimento acumulado em ideias e tecnologia estimulam a atividade econômica.

O secretário-geral da Academia Real de Ciência da Suécia, Goran K. Hansson cobrou dos países cooperação. “A mensagem é que é preciso que os países cooperem globalmente para resolver algumas dessas grandes questões”, afirmou. O chamado à cooperação se dá cerca de um ano após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado a decisão de retirar o país do Acordo de Paris, um tratado firmado entre quase 200 países em 1995 para limitar o aumento de temperatura, num esforço global de redução do impacto climático.

Carbono

Nordhaus foi pioneiro em defender que a redução de emissões de carbono exigiria a imposição de taxas. O Comitê do Nobel considerou que o trabalho do economista mostra que a imposição de impostos é o “remédio mais eficiente” para frear o aquecimento global. Na segunda-feira, 8, Nordhaus falou sobre o desafio da cooperação global: “Nós entendemos a ciência, entendemos os efeitos da mudança climática. Mas nós não entendemos como reunir os países.”

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Foto: U. Montan/Nobelprize.org
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Foto: Sergio Moraes/Reuters
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Foto: Bobby Yip/Reuters
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Foto: Nobelprize.org
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Foto: Reprodução
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Foto: AFP
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Foto: Nobelprize.org

Os dois já haviam sido apontados, em anos anteriores, como merecedores do Nobel. “Em uma análise, pode não parecer uma combinação óbvia. Ambos estão ligados a uma teoria de crescimento moderna, mas não em uma forma coordenada ou similar. Mas a conjugação dos dois faz sentido”, afirmou no Twitter o economista e professor da Universidade de Michigan Justin Wolfers: “O fio comum entre os dois é que políticas inteligentes de governo são essenciais para entregar bons resultados de longo prazo.”

WASHINGTON - O prêmio Nobel de economia deste ano foi entregue a dois americanos que desenvolveram trabalhos sobre políticas de estímulo a um crescimento econômico sustentável.

William D. Nordhaus, professor em Yale, foi premiado pelo pioneirismo no estudo de impacto econômico da mudança climática, trabalho ao qual se decida desde a década de 1970, e na defesa na taxação de emissões de carbono. Ele dividiu o prêmio com Paul M. Romer, professor da New York University, pela análise do papel das políticas governamentais de incentivo à inovação tecnológica.

Per Stromberg, Goran K. Hansson e Per Krusell o Prêmio Nobel de Economia durante conferência. Foto: Henrik Montgomery/ TT News Agency/via REUTERS

Em comunicado, a Academia Real de Ciências da Suécia destacou que os premiados “desenvolveram métodos que abordam alguns dos desafios mais fundamentais de nosso tempo: combinar o crescimento sustentável a longo prazo da economia global com o bem-estar da população do planeta”.

No mesmo dia do anúncio do prêmio Nobel, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou relatório especial no qual sustenta que é preciso adotar “mudanças de longo alcance e sem precedentes” no comportamento humano para limitar o aquecimento global.

Homenageado, Paul Romer, que já ocupou o posto de economista-chefe do Banco Mundial, disse que não é possível ignorar os problemas ambientais. “Um problema hoje é que as pessoas acham que proteger o meio ambiente será tão caro e tão difícil que eles querem ignorar o problema e fingir que ele não existe”, disse após o anúncio dos premiados. Ele se destaca pela criação da “teoria do crescimento endógeno”, que sustenta que investimento acumulado em ideias e tecnologia estimulam a atividade econômica.

O secretário-geral da Academia Real de Ciência da Suécia, Goran K. Hansson cobrou dos países cooperação. “A mensagem é que é preciso que os países cooperem globalmente para resolver algumas dessas grandes questões”, afirmou. O chamado à cooperação se dá cerca de um ano após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado a decisão de retirar o país do Acordo de Paris, um tratado firmado entre quase 200 países em 1995 para limitar o aumento de temperatura, num esforço global de redução do impacto climático.

Carbono

Nordhaus foi pioneiro em defender que a redução de emissões de carbono exigiria a imposição de taxas. O Comitê do Nobel considerou que o trabalho do economista mostra que a imposição de impostos é o “remédio mais eficiente” para frear o aquecimento global. Na segunda-feira, 8, Nordhaus falou sobre o desafio da cooperação global: “Nós entendemos a ciência, entendemos os efeitos da mudança climática. Mas nós não entendemos como reunir os países.”

Conheça todos os vencedores do Prêmio Nobel de Economia

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Os dois já haviam sido apontados, em anos anteriores, como merecedores do Nobel. “Em uma análise, pode não parecer uma combinação óbvia. Ambos estão ligados a uma teoria de crescimento moderna, mas não em uma forma coordenada ou similar. Mas a conjugação dos dois faz sentido”, afirmou no Twitter o economista e professor da Universidade de Michigan Justin Wolfers: “O fio comum entre os dois é que políticas inteligentes de governo são essenciais para entregar bons resultados de longo prazo.”

WASHINGTON - O prêmio Nobel de economia deste ano foi entregue a dois americanos que desenvolveram trabalhos sobre políticas de estímulo a um crescimento econômico sustentável.

William D. Nordhaus, professor em Yale, foi premiado pelo pioneirismo no estudo de impacto econômico da mudança climática, trabalho ao qual se decida desde a década de 1970, e na defesa na taxação de emissões de carbono. Ele dividiu o prêmio com Paul M. Romer, professor da New York University, pela análise do papel das políticas governamentais de incentivo à inovação tecnológica.

Per Stromberg, Goran K. Hansson e Per Krusell o Prêmio Nobel de Economia durante conferência. Foto: Henrik Montgomery/ TT News Agency/via REUTERS

Em comunicado, a Academia Real de Ciências da Suécia destacou que os premiados “desenvolveram métodos que abordam alguns dos desafios mais fundamentais de nosso tempo: combinar o crescimento sustentável a longo prazo da economia global com o bem-estar da população do planeta”.

No mesmo dia do anúncio do prêmio Nobel, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou relatório especial no qual sustenta que é preciso adotar “mudanças de longo alcance e sem precedentes” no comportamento humano para limitar o aquecimento global.

Homenageado, Paul Romer, que já ocupou o posto de economista-chefe do Banco Mundial, disse que não é possível ignorar os problemas ambientais. “Um problema hoje é que as pessoas acham que proteger o meio ambiente será tão caro e tão difícil que eles querem ignorar o problema e fingir que ele não existe”, disse após o anúncio dos premiados. Ele se destaca pela criação da “teoria do crescimento endógeno”, que sustenta que investimento acumulado em ideias e tecnologia estimulam a atividade econômica.

O secretário-geral da Academia Real de Ciência da Suécia, Goran K. Hansson cobrou dos países cooperação. “A mensagem é que é preciso que os países cooperem globalmente para resolver algumas dessas grandes questões”, afirmou. O chamado à cooperação se dá cerca de um ano após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado a decisão de retirar o país do Acordo de Paris, um tratado firmado entre quase 200 países em 1995 para limitar o aumento de temperatura, num esforço global de redução do impacto climático.

Carbono

Nordhaus foi pioneiro em defender que a redução de emissões de carbono exigiria a imposição de taxas. O Comitê do Nobel considerou que o trabalho do economista mostra que a imposição de impostos é o “remédio mais eficiente” para frear o aquecimento global. Na segunda-feira, 8, Nordhaus falou sobre o desafio da cooperação global: “Nós entendemos a ciência, entendemos os efeitos da mudança climática. Mas nós não entendemos como reunir os países.”

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Os dois já haviam sido apontados, em anos anteriores, como merecedores do Nobel. “Em uma análise, pode não parecer uma combinação óbvia. Ambos estão ligados a uma teoria de crescimento moderna, mas não em uma forma coordenada ou similar. Mas a conjugação dos dois faz sentido”, afirmou no Twitter o economista e professor da Universidade de Michigan Justin Wolfers: “O fio comum entre os dois é que políticas inteligentes de governo são essenciais para entregar bons resultados de longo prazo.”

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