Nome de confiança de Lula, Bendine assumiu Petrobrás com missão de blindar estatal


Na época vindo do Banco do Brasil, executivo foi indicado ao cargo por Dilma Rousseff e saiu pouco mais de um ano depois, ainda durante a presidência interina de Michel Temer

Por Malena Oliveira, Murilo Rodrigues Alves e Yolanda Fordelone

O ex-presidente da Petrobrás Aldemir Bendine foi preso nesta quinta-feira, 27, na 42ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Cobra. O executivo foi confirmado no cargo em fevereiro de 2015, com a missão de ajustar o balanço da companhia e contabilizar as perdas com a corrupção diante do escândalo que já fazia a petroleira sangrar desde março de 2014. Dias antes, sua antecessora, Graça Foster, havia renunciado ao cargo diante da pressão por conta dos desdobramentos das investigações.

Antes de assumir a Petrobrás, Bendine foi presidente do Banco do Brasil de 2009 a 2015 Foto: Mauricio de Souza

+ Preso na Lava Jato, Bendine viveu imbróglio por empréstimo do BB a Val Marchiori

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Vindo do Banco do Brasil, Bendine era um nome de confiança do ex-presidente Lula e foi indicado ao cargo pela então presidente Dilma Rousseff. A indicação foi uma surpresa para o mercado e foi recebida com mau humor pelos investidores. No dia de sua confirmação no cargo, as ações da Petrobrás fecharam em queda de 6%, mas chegaram a recuar 9% durante as negociações.

Durante a gestão de Bendine, a Petrobrás contabilizou em abril de 2015 o prejuízo recorde de R$ 6,2 bilhões por conta de baixas contábeis relacionadas à corrupção entre 2004 e 2012. O resultado referente ao ano de 2014 ficou negativo em R$ 21,6 bilhões, o primeiro anual da estatal desde 1991.

Bendine renunciou à presidência da Petrobrás em maio de 2016, ainda durante a interinidade de Temer na Presidência da República. Naquele momento, a ex-presidente Dilma Rousseff acabava de ser afastada do cargo para responder ao processo de impeachment, concluído em agosto daquele ano.

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Em seu lugar ficou Pedro Parente, ex-ministro da Casa Civil e do Planejamento do segundo governo Fernando Henrique Cardoso. O executivo tem uma gestão elogiada pelo mercado e, apesar dos cortes nos empregos e nos investimentos, a Petrobrás voltou a mostrar resultados positivos sob seu comando.

Veja as polêmicas em que esteve envolvido Aldemir Bendine

1 | 7

Veja as polêmicas em que esteve envolvido Aldemir Bendine

Foto: Filipe Araújo/Estadão
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Veja as polêmicas em que esteve envolvido Aldemir Bendine

Foto: Fabio Motta/Estadão
3 | 7

Veja as polêmicas em que esteve envolvido Aldemir Bendine

Foto: SILVANA GARZARO/Estadão
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Veja as polêmicas em que esteve envolvido Aldemir Bendine

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
5 | 7

Veja as polêmicas em que esteve envolvido Aldemir Bendine

Foto: André Dusek/Estadão
6 | 7

Veja as polêmicas em que esteve envolvido Aldemir Bendine

Foto: ANDRE LESSA/AE
7 | 7

Veja as polêmicas em que esteve envolvido Aldemir Bendine

Foto: Dida Sampaio/Estadão

Banco do Brasil. Bendine se tornou presidente do BB em abril de 2009, quando substituiu Antonio Francisco de Lima Neto. Também foimembro do Conselho de Administração da instituição. Assumiu a instituição na fase mais aguda da crise financeira global, com a missão de executar duas tarefas da agenda do ex-presidente Lula: ampliar a oferta de crédito para estimular a economia e liderar uma competição mais aguerrida com os bancos privados, para forçá-los a reduzir os juros. Seu antecessor não seguiu a cartilha do Planalto e foi retirado do cargo.

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À frente do BB, Bendine conduziu o processo de redução dos juros e a ampliação do crédito. Como consequência, o BB aumentou a participação no mercado em meio à retração dos bancos privados. Pelos dados mais atualizados - do 3º trimestre do ano passado - o BB tem a maior carteira de crédito entre as instituições financeiras brasileiras, correspondente a 21,1% do mercado de crédito nacional. 

O BB é o maior banco da América Latina, com mais de 100 mil funcionários e mais de 60 milhões de clientes. Bendine começou no banco aos 14 anos, como office-boy num programa chamado Menor Aprendiz. Sob seu comando, o volume de ativos do BB ultrapassou a marca de R$ 1,2 trilhões. 

Em uma década de pré-sal, Petrobrás vive momentos de euforia e crise

1 | 11

Inferno astral

Foto: Reuters
2 | 11

Nas profundezas do oceano

Foto: Acervo Estadão
3 | 11

O petróleo é nosso

Foto: Acervo Estadão
4 | 11

O primeiro óleo

Foto: Acervo Estadão
5 | 11

Nasce uma empresa

Foto: Agência Petrobrás
6 | 11

A nova partilha do bolo

Foto: Marcos de Paula/Estadão
7 | 11

Um leilão de (nem tanto) sucesso

Foto: Acervo Estadão
8 | 11

Tupi virou Lula

Foto: Wilton Junior/Estadão
9 | 11

Fim da exclusividade e política de conteúdo local

Foto: Acervo Estadão
10 | 11

Dúvida

Foto: AFP
11 | 11

Recuperação

Foto: Agência Petrobrás
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À frente do BB, ele não se importou com críticas de que o banco é um braço do governo na aplicação da política econômica. "Eu resgatei um pouco esse papel do Banco do Brasil enquanto agente de desenvolvimento econômico e social. Queria dizer: ele tem um papel de governo, de fato", disse, em entrevista ao Estado em agosto de 2013.

"Sei que o mercado ainda precifica muito a gente negativamente por causa dessa possível interferência, ou intervenção, governamental", afirmou, na ocasião. "Muitas vezes, as pessoas não entendem a governança no Banco do Brasil. Hoje, ela está num nível igual ou superior à das grandes empresas brasileiras", completou.

É bacharel em administração de empresas e cursou MBA em Finanças e em Formação Geral para Altos Executivos.

O ex-presidente da Petrobrás Aldemir Bendine foi preso nesta quinta-feira, 27, na 42ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Cobra. O executivo foi confirmado no cargo em fevereiro de 2015, com a missão de ajustar o balanço da companhia e contabilizar as perdas com a corrupção diante do escândalo que já fazia a petroleira sangrar desde março de 2014. Dias antes, sua antecessora, Graça Foster, havia renunciado ao cargo diante da pressão por conta dos desdobramentos das investigações.

Antes de assumir a Petrobrás, Bendine foi presidente do Banco do Brasil de 2009 a 2015 Foto: Mauricio de Souza

+ Preso na Lava Jato, Bendine viveu imbróglio por empréstimo do BB a Val Marchiori

Vindo do Banco do Brasil, Bendine era um nome de confiança do ex-presidente Lula e foi indicado ao cargo pela então presidente Dilma Rousseff. A indicação foi uma surpresa para o mercado e foi recebida com mau humor pelos investidores. No dia de sua confirmação no cargo, as ações da Petrobrás fecharam em queda de 6%, mas chegaram a recuar 9% durante as negociações.

Durante a gestão de Bendine, a Petrobrás contabilizou em abril de 2015 o prejuízo recorde de R$ 6,2 bilhões por conta de baixas contábeis relacionadas à corrupção entre 2004 e 2012. O resultado referente ao ano de 2014 ficou negativo em R$ 21,6 bilhões, o primeiro anual da estatal desde 1991.

Bendine renunciou à presidência da Petrobrás em maio de 2016, ainda durante a interinidade de Temer na Presidência da República. Naquele momento, a ex-presidente Dilma Rousseff acabava de ser afastada do cargo para responder ao processo de impeachment, concluído em agosto daquele ano.

Em seu lugar ficou Pedro Parente, ex-ministro da Casa Civil e do Planejamento do segundo governo Fernando Henrique Cardoso. O executivo tem uma gestão elogiada pelo mercado e, apesar dos cortes nos empregos e nos investimentos, a Petrobrás voltou a mostrar resultados positivos sob seu comando.

Veja as polêmicas em que esteve envolvido Aldemir Bendine

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Foto: SILVANA GARZARO/Estadão
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Veja as polêmicas em que esteve envolvido Aldemir Bendine

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters
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Foto: André Dusek/Estadão
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Veja as polêmicas em que esteve envolvido Aldemir Bendine

Foto: ANDRE LESSA/AE
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Veja as polêmicas em que esteve envolvido Aldemir Bendine

Foto: Dida Sampaio/Estadão

Banco do Brasil. Bendine se tornou presidente do BB em abril de 2009, quando substituiu Antonio Francisco de Lima Neto. Também foimembro do Conselho de Administração da instituição. Assumiu a instituição na fase mais aguda da crise financeira global, com a missão de executar duas tarefas da agenda do ex-presidente Lula: ampliar a oferta de crédito para estimular a economia e liderar uma competição mais aguerrida com os bancos privados, para forçá-los a reduzir os juros. Seu antecessor não seguiu a cartilha do Planalto e foi retirado do cargo.

À frente do BB, Bendine conduziu o processo de redução dos juros e a ampliação do crédito. Como consequência, o BB aumentou a participação no mercado em meio à retração dos bancos privados. Pelos dados mais atualizados - do 3º trimestre do ano passado - o BB tem a maior carteira de crédito entre as instituições financeiras brasileiras, correspondente a 21,1% do mercado de crédito nacional. 

O BB é o maior banco da América Latina, com mais de 100 mil funcionários e mais de 60 milhões de clientes. Bendine começou no banco aos 14 anos, como office-boy num programa chamado Menor Aprendiz. Sob seu comando, o volume de ativos do BB ultrapassou a marca de R$ 1,2 trilhões. 

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O primeiro óleo

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Nasce uma empresa

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Dúvida

Foto: AFP
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Recuperação

Foto: Agência Petrobrás

À frente do BB, ele não se importou com críticas de que o banco é um braço do governo na aplicação da política econômica. "Eu resgatei um pouco esse papel do Banco do Brasil enquanto agente de desenvolvimento econômico e social. Queria dizer: ele tem um papel de governo, de fato", disse, em entrevista ao Estado em agosto de 2013.

"Sei que o mercado ainda precifica muito a gente negativamente por causa dessa possível interferência, ou intervenção, governamental", afirmou, na ocasião. "Muitas vezes, as pessoas não entendem a governança no Banco do Brasil. Hoje, ela está num nível igual ou superior à das grandes empresas brasileiras", completou.

É bacharel em administração de empresas e cursou MBA em Finanças e em Formação Geral para Altos Executivos.

O ex-presidente da Petrobrás Aldemir Bendine foi preso nesta quinta-feira, 27, na 42ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Cobra. O executivo foi confirmado no cargo em fevereiro de 2015, com a missão de ajustar o balanço da companhia e contabilizar as perdas com a corrupção diante do escândalo que já fazia a petroleira sangrar desde março de 2014. Dias antes, sua antecessora, Graça Foster, havia renunciado ao cargo diante da pressão por conta dos desdobramentos das investigações.

Antes de assumir a Petrobrás, Bendine foi presidente do Banco do Brasil de 2009 a 2015 Foto: Mauricio de Souza

+ Preso na Lava Jato, Bendine viveu imbróglio por empréstimo do BB a Val Marchiori

Vindo do Banco do Brasil, Bendine era um nome de confiança do ex-presidente Lula e foi indicado ao cargo pela então presidente Dilma Rousseff. A indicação foi uma surpresa para o mercado e foi recebida com mau humor pelos investidores. No dia de sua confirmação no cargo, as ações da Petrobrás fecharam em queda de 6%, mas chegaram a recuar 9% durante as negociações.

Durante a gestão de Bendine, a Petrobrás contabilizou em abril de 2015 o prejuízo recorde de R$ 6,2 bilhões por conta de baixas contábeis relacionadas à corrupção entre 2004 e 2012. O resultado referente ao ano de 2014 ficou negativo em R$ 21,6 bilhões, o primeiro anual da estatal desde 1991.

Bendine renunciou à presidência da Petrobrás em maio de 2016, ainda durante a interinidade de Temer na Presidência da República. Naquele momento, a ex-presidente Dilma Rousseff acabava de ser afastada do cargo para responder ao processo de impeachment, concluído em agosto daquele ano.

Em seu lugar ficou Pedro Parente, ex-ministro da Casa Civil e do Planejamento do segundo governo Fernando Henrique Cardoso. O executivo tem uma gestão elogiada pelo mercado e, apesar dos cortes nos empregos e nos investimentos, a Petrobrás voltou a mostrar resultados positivos sob seu comando.

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Banco do Brasil. Bendine se tornou presidente do BB em abril de 2009, quando substituiu Antonio Francisco de Lima Neto. Também foimembro do Conselho de Administração da instituição. Assumiu a instituição na fase mais aguda da crise financeira global, com a missão de executar duas tarefas da agenda do ex-presidente Lula: ampliar a oferta de crédito para estimular a economia e liderar uma competição mais aguerrida com os bancos privados, para forçá-los a reduzir os juros. Seu antecessor não seguiu a cartilha do Planalto e foi retirado do cargo.

À frente do BB, Bendine conduziu o processo de redução dos juros e a ampliação do crédito. Como consequência, o BB aumentou a participação no mercado em meio à retração dos bancos privados. Pelos dados mais atualizados - do 3º trimestre do ano passado - o BB tem a maior carteira de crédito entre as instituições financeiras brasileiras, correspondente a 21,1% do mercado de crédito nacional. 

O BB é o maior banco da América Latina, com mais de 100 mil funcionários e mais de 60 milhões de clientes. Bendine começou no banco aos 14 anos, como office-boy num programa chamado Menor Aprendiz. Sob seu comando, o volume de ativos do BB ultrapassou a marca de R$ 1,2 trilhões. 

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Dúvida

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Recuperação

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À frente do BB, ele não se importou com críticas de que o banco é um braço do governo na aplicação da política econômica. "Eu resgatei um pouco esse papel do Banco do Brasil enquanto agente de desenvolvimento econômico e social. Queria dizer: ele tem um papel de governo, de fato", disse, em entrevista ao Estado em agosto de 2013.

"Sei que o mercado ainda precifica muito a gente negativamente por causa dessa possível interferência, ou intervenção, governamental", afirmou, na ocasião. "Muitas vezes, as pessoas não entendem a governança no Banco do Brasil. Hoje, ela está num nível igual ou superior à das grandes empresas brasileiras", completou.

É bacharel em administração de empresas e cursou MBA em Finanças e em Formação Geral para Altos Executivos.

O ex-presidente da Petrobrás Aldemir Bendine foi preso nesta quinta-feira, 27, na 42ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Cobra. O executivo foi confirmado no cargo em fevereiro de 2015, com a missão de ajustar o balanço da companhia e contabilizar as perdas com a corrupção diante do escândalo que já fazia a petroleira sangrar desde março de 2014. Dias antes, sua antecessora, Graça Foster, havia renunciado ao cargo diante da pressão por conta dos desdobramentos das investigações.

Antes de assumir a Petrobrás, Bendine foi presidente do Banco do Brasil de 2009 a 2015 Foto: Mauricio de Souza

+ Preso na Lava Jato, Bendine viveu imbróglio por empréstimo do BB a Val Marchiori

Vindo do Banco do Brasil, Bendine era um nome de confiança do ex-presidente Lula e foi indicado ao cargo pela então presidente Dilma Rousseff. A indicação foi uma surpresa para o mercado e foi recebida com mau humor pelos investidores. No dia de sua confirmação no cargo, as ações da Petrobrás fecharam em queda de 6%, mas chegaram a recuar 9% durante as negociações.

Durante a gestão de Bendine, a Petrobrás contabilizou em abril de 2015 o prejuízo recorde de R$ 6,2 bilhões por conta de baixas contábeis relacionadas à corrupção entre 2004 e 2012. O resultado referente ao ano de 2014 ficou negativo em R$ 21,6 bilhões, o primeiro anual da estatal desde 1991.

Bendine renunciou à presidência da Petrobrás em maio de 2016, ainda durante a interinidade de Temer na Presidência da República. Naquele momento, a ex-presidente Dilma Rousseff acabava de ser afastada do cargo para responder ao processo de impeachment, concluído em agosto daquele ano.

Em seu lugar ficou Pedro Parente, ex-ministro da Casa Civil e do Planejamento do segundo governo Fernando Henrique Cardoso. O executivo tem uma gestão elogiada pelo mercado e, apesar dos cortes nos empregos e nos investimentos, a Petrobrás voltou a mostrar resultados positivos sob seu comando.

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À frente do BB, Bendine conduziu o processo de redução dos juros e a ampliação do crédito. Como consequência, o BB aumentou a participação no mercado em meio à retração dos bancos privados. Pelos dados mais atualizados - do 3º trimestre do ano passado - o BB tem a maior carteira de crédito entre as instituições financeiras brasileiras, correspondente a 21,1% do mercado de crédito nacional. 

O BB é o maior banco da América Latina, com mais de 100 mil funcionários e mais de 60 milhões de clientes. Bendine começou no banco aos 14 anos, como office-boy num programa chamado Menor Aprendiz. Sob seu comando, o volume de ativos do BB ultrapassou a marca de R$ 1,2 trilhões. 

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"Sei que o mercado ainda precifica muito a gente negativamente por causa dessa possível interferência, ou intervenção, governamental", afirmou, na ocasião. "Muitas vezes, as pessoas não entendem a governança no Banco do Brasil. Hoje, ela está num nível igual ou superior à das grandes empresas brasileiras", completou.

É bacharel em administração de empresas e cursou MBA em Finanças e em Formação Geral para Altos Executivos.

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