Operação de socorro à Cedae é arriscada, dizem especialistas


À primeira vista, a ideia causa mal estar por lembrar as operações SOS realizadas pelo BNDES, muito criticadas no passado

Por Alexa Salomão

Proposta fácil de fazer, mas difícil de executar. Quem conhece por dentro o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) define assim a eventual compra da Cedae, a companhia de saneamento do Rio de Janeiro, pelo banco. A percepção inicial é que esse tipo de negócio esbarraria em empecilhos legais, mesmo com a operação sendo feita via BNDESPar, o braço do banco que compra participações em empresas.

À primeira vista, a ideia causa mal estar por lembrar as operações SOS, muito criticadas no passado. “É uma típica operação hospital, em que o atual governo, a exemplo dos anteriores, usa o BNDES como agente do Tesouro: a pedido da União, o seu dono, o banco antecipa recursos ao governo do Rio, na tentativa de atenuar o impacto de sua falência”, diz o economista José Roberto Afonso, que foi do corpo técnico do BNDES por quase 30 anos. Para Afonso, salvar empresas não é função de banco de desenvolvimento e, se o governo quer atuar nessa linha, deveria criar uma empresa com essa função, separada do BNDES.

A Cedae tem 5.650 funcionários e é responsável pelo abastecimento e tratamento de esgoto da capital e outros 63 municípios Foto: Marcos De Paula/Estadão
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Preocupa também os efeitos financeiros para o banco. Em sua coluna no Estado, ontem, Sony Racy lembrou que o BNDES sofreu perdas com compras de empresas nos anos 70.

“Seria preciso estruturar a operação para impedir qualquer chance de prejuízo ao BNDES; o banco não pode assumir esse tipo de risco”, diz Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES nos anos 90. Ao menor sinal de prejuízo, ele reforça, os próprios técnicos do banco e o Tribunal de Contas da União (TCU) “cairiam em cima”, vetando o negócio.

Em sua gestão, Mendonça de Barros realizou operações similares. O BNDES adquiriu participações de empresas públicas dos Estados para antecipar receita aos cofres públicos e incentivar a criação de leis estaduais de privatizações. Montado o arcabouço legal, a empresa era vendida, com lucro, para o BNDES. Mas ele reforça que o banco sempre foi um minoritário nessas operações.

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“Na proposta atual, ao que parece, ele pode vir a assumir o controle. Se, por um lado, isso facilitaria a revenda da Cedae, porque tira o Estado da negociação, por outro, cria o risco de perda para o BNDES se a operação não for bem pensada”, diz.

Proposta fácil de fazer, mas difícil de executar. Quem conhece por dentro o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) define assim a eventual compra da Cedae, a companhia de saneamento do Rio de Janeiro, pelo banco. A percepção inicial é que esse tipo de negócio esbarraria em empecilhos legais, mesmo com a operação sendo feita via BNDESPar, o braço do banco que compra participações em empresas.

À primeira vista, a ideia causa mal estar por lembrar as operações SOS, muito criticadas no passado. “É uma típica operação hospital, em que o atual governo, a exemplo dos anteriores, usa o BNDES como agente do Tesouro: a pedido da União, o seu dono, o banco antecipa recursos ao governo do Rio, na tentativa de atenuar o impacto de sua falência”, diz o economista José Roberto Afonso, que foi do corpo técnico do BNDES por quase 30 anos. Para Afonso, salvar empresas não é função de banco de desenvolvimento e, se o governo quer atuar nessa linha, deveria criar uma empresa com essa função, separada do BNDES.

A Cedae tem 5.650 funcionários e é responsável pelo abastecimento e tratamento de esgoto da capital e outros 63 municípios Foto: Marcos De Paula/Estadão

Preocupa também os efeitos financeiros para o banco. Em sua coluna no Estado, ontem, Sony Racy lembrou que o BNDES sofreu perdas com compras de empresas nos anos 70.

“Seria preciso estruturar a operação para impedir qualquer chance de prejuízo ao BNDES; o banco não pode assumir esse tipo de risco”, diz Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES nos anos 90. Ao menor sinal de prejuízo, ele reforça, os próprios técnicos do banco e o Tribunal de Contas da União (TCU) “cairiam em cima”, vetando o negócio.

Em sua gestão, Mendonça de Barros realizou operações similares. O BNDES adquiriu participações de empresas públicas dos Estados para antecipar receita aos cofres públicos e incentivar a criação de leis estaduais de privatizações. Montado o arcabouço legal, a empresa era vendida, com lucro, para o BNDES. Mas ele reforça que o banco sempre foi um minoritário nessas operações.

“Na proposta atual, ao que parece, ele pode vir a assumir o controle. Se, por um lado, isso facilitaria a revenda da Cedae, porque tira o Estado da negociação, por outro, cria o risco de perda para o BNDES se a operação não for bem pensada”, diz.

Proposta fácil de fazer, mas difícil de executar. Quem conhece por dentro o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) define assim a eventual compra da Cedae, a companhia de saneamento do Rio de Janeiro, pelo banco. A percepção inicial é que esse tipo de negócio esbarraria em empecilhos legais, mesmo com a operação sendo feita via BNDESPar, o braço do banco que compra participações em empresas.

À primeira vista, a ideia causa mal estar por lembrar as operações SOS, muito criticadas no passado. “É uma típica operação hospital, em que o atual governo, a exemplo dos anteriores, usa o BNDES como agente do Tesouro: a pedido da União, o seu dono, o banco antecipa recursos ao governo do Rio, na tentativa de atenuar o impacto de sua falência”, diz o economista José Roberto Afonso, que foi do corpo técnico do BNDES por quase 30 anos. Para Afonso, salvar empresas não é função de banco de desenvolvimento e, se o governo quer atuar nessa linha, deveria criar uma empresa com essa função, separada do BNDES.

A Cedae tem 5.650 funcionários e é responsável pelo abastecimento e tratamento de esgoto da capital e outros 63 municípios Foto: Marcos De Paula/Estadão

Preocupa também os efeitos financeiros para o banco. Em sua coluna no Estado, ontem, Sony Racy lembrou que o BNDES sofreu perdas com compras de empresas nos anos 70.

“Seria preciso estruturar a operação para impedir qualquer chance de prejuízo ao BNDES; o banco não pode assumir esse tipo de risco”, diz Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES nos anos 90. Ao menor sinal de prejuízo, ele reforça, os próprios técnicos do banco e o Tribunal de Contas da União (TCU) “cairiam em cima”, vetando o negócio.

Em sua gestão, Mendonça de Barros realizou operações similares. O BNDES adquiriu participações de empresas públicas dos Estados para antecipar receita aos cofres públicos e incentivar a criação de leis estaduais de privatizações. Montado o arcabouço legal, a empresa era vendida, com lucro, para o BNDES. Mas ele reforça que o banco sempre foi um minoritário nessas operações.

“Na proposta atual, ao que parece, ele pode vir a assumir o controle. Se, por um lado, isso facilitaria a revenda da Cedae, porque tira o Estado da negociação, por outro, cria o risco de perda para o BNDES se a operação não for bem pensada”, diz.

Proposta fácil de fazer, mas difícil de executar. Quem conhece por dentro o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) define assim a eventual compra da Cedae, a companhia de saneamento do Rio de Janeiro, pelo banco. A percepção inicial é que esse tipo de negócio esbarraria em empecilhos legais, mesmo com a operação sendo feita via BNDESPar, o braço do banco que compra participações em empresas.

À primeira vista, a ideia causa mal estar por lembrar as operações SOS, muito criticadas no passado. “É uma típica operação hospital, em que o atual governo, a exemplo dos anteriores, usa o BNDES como agente do Tesouro: a pedido da União, o seu dono, o banco antecipa recursos ao governo do Rio, na tentativa de atenuar o impacto de sua falência”, diz o economista José Roberto Afonso, que foi do corpo técnico do BNDES por quase 30 anos. Para Afonso, salvar empresas não é função de banco de desenvolvimento e, se o governo quer atuar nessa linha, deveria criar uma empresa com essa função, separada do BNDES.

A Cedae tem 5.650 funcionários e é responsável pelo abastecimento e tratamento de esgoto da capital e outros 63 municípios Foto: Marcos De Paula/Estadão

Preocupa também os efeitos financeiros para o banco. Em sua coluna no Estado, ontem, Sony Racy lembrou que o BNDES sofreu perdas com compras de empresas nos anos 70.

“Seria preciso estruturar a operação para impedir qualquer chance de prejuízo ao BNDES; o banco não pode assumir esse tipo de risco”, diz Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES nos anos 90. Ao menor sinal de prejuízo, ele reforça, os próprios técnicos do banco e o Tribunal de Contas da União (TCU) “cairiam em cima”, vetando o negócio.

Em sua gestão, Mendonça de Barros realizou operações similares. O BNDES adquiriu participações de empresas públicas dos Estados para antecipar receita aos cofres públicos e incentivar a criação de leis estaduais de privatizações. Montado o arcabouço legal, a empresa era vendida, com lucro, para o BNDES. Mas ele reforça que o banco sempre foi um minoritário nessas operações.

“Na proposta atual, ao que parece, ele pode vir a assumir o controle. Se, por um lado, isso facilitaria a revenda da Cedae, porque tira o Estado da negociação, por outro, cria o risco de perda para o BNDES se a operação não for bem pensada”, diz.

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