Papaiz moderniza produtos para evitar 'invasão' de cadeados chineses


Indústria. Empresa investe 5% do faturamento para pesquisar tendências e desenvolver produtos, como o cadeado Active, para quem vai à academia e não tem onde guardar a chave enquanto faz exercícios; inovação recebeu prêmio mundial de design

Por LÍLIAN CUNHA

Produzir cadeados deixou de ser um "negócio banal", na opinião de Sandra Papaiz, diretora presidente do grupo familiar de mesmo nome, um dos principais fabricantes de cadeados e fechaduras do País. Sob a ameaça de uma invasão de similares chineses de baixo custo e com a intenção de ganhar mercado da concorrência nacional, a Papaiz deu um "banho de loja" na linha de produtos, buscando novas ocasiões para o uso do velho cadeado no dia a dia. Uma dessas inovações é o cadeado Active - que vem com uma pulseira para o cliente guardar a chave enquanto está na academia. Em fevereiro, o produto receberá em Munique, na Alemanha, a medalha de ouro de melhor design "iF product design award 2013". "Criamos a peça a partir de uma pesquisa feita com 300 consumidores. Eles nos mandavam fotos de como usavam o cadeado cadeados", explica Sandra. A indústria brasileira de cadeados, representada principalmente pela Papaiz, Pado e Stam, tem proteção do governo federal contra a importação de cadeados chineses, por questões de "dumping". "Não é uma questão de produtividade nacional. A China vende cadeados de qualidade muito inferior a um preço pelo qual a indústria nacional não conseguiria pagar nem a matéria prima", explica a executiva, que é filha do fundador da Papaiz. A salvaguarda dada ao setor, segundo ela, protegerá contra a entrada desses produtos até o fim de 2013. O prazo pode ser prorrogado, mas a empresa não quer contar só com isso. "O problema é que não podemos ficar dependendo só dessa ação antidumping. Temos de nos diferenciar por uma questão estratégica e até mesmo para o caso de um dia essa proteção cair", diz. Por isso, há dois anos, a Papaiz decidiu começar a investir 5% de seu faturamento em inovação. Contratou uma empresa de pesquisas e montou um grupo de clientes por 24 meses. "Queríamos sair dessa coisa tão commodity que é o negócio de cadeados", diz.Mudança de hábito. Observando os resultados da pesquisa, a Papaiz viu que muitas pessoas compravam cadeados para usar na academia e depois amarravam a chave no cadarço do tênis ou no pulso. Daí surgiu a ideia do Active, um cadeado que já vem com uma pulseira para o usuário levar a chave consigo enquanto faz sua atividade física. O lançamento do produto está programado para o começo de 2013. "Ele é tão diferente do restante da linha, que tivemos que ir a novos pontos de venda", diz Sandra. "Saímos da tradicional loja de material de construção e fomos para academias e lojas de artigos esportivos. É uma rede de distribuição totalmente nova para a empresa. Outras duas novas criações da Papaiz já estão no mercado: o cadeado Whiteboard, que vem com adesivos e caneta para ser personalizado, e o Node, com haste flexível de cabo de aço para lacrar malas, armários ou embalagens de alimentos. E como são diferentes, custam mais caro. Enquanto um cadeado pequeno, comum, custa de R$ 9 a R$ 15, o Whiteboard, por exemplo, sai por R$ 40. Por isso, os novos produtos da Papaiz já respondem por algo entre 9% e 10% das vendas de cadeados da empresa. Para 2013, a companhia espera uma alta de 15% no faturamento graças aos novos produtos. "Antes dessas novas linhas, já tínhamos cadeados de times de futebol, coloridos e com estampas da estilista Adriana Barra. Mas o que estamos fazendo agora é praticamente criar novos produtos, não são apenas cadeados mais bonitinhos", diz a executiva. O negócio de cadeados responde por um terço das vendas anuais de R$ 180 milhões da Papaiz. No Brasil, o mercado total de cadeados é de 50 milhões de unidades ao ano. Com os novos produtos, a Papaiz, que calcula ter 40% do mercado, espera conquistar mais espaço nesse mercado que, mesmo sem a presença dos chineses, é concorrido. A rival Pado também afirma ter 40% das vendas. Em 2011, a concorrente produziu 20 milhões de cadeados e está investindo para elevar a capacidade para 30 milhões - de olho nas exportações, que também são uma estratégia da Papaiz. "Com o prêmio (de design), teremos projeção internacional para exportar um produto com mais valor agregado que um simples cadeado."

Produzir cadeados deixou de ser um "negócio banal", na opinião de Sandra Papaiz, diretora presidente do grupo familiar de mesmo nome, um dos principais fabricantes de cadeados e fechaduras do País. Sob a ameaça de uma invasão de similares chineses de baixo custo e com a intenção de ganhar mercado da concorrência nacional, a Papaiz deu um "banho de loja" na linha de produtos, buscando novas ocasiões para o uso do velho cadeado no dia a dia. Uma dessas inovações é o cadeado Active - que vem com uma pulseira para o cliente guardar a chave enquanto está na academia. Em fevereiro, o produto receberá em Munique, na Alemanha, a medalha de ouro de melhor design "iF product design award 2013". "Criamos a peça a partir de uma pesquisa feita com 300 consumidores. Eles nos mandavam fotos de como usavam o cadeado cadeados", explica Sandra. A indústria brasileira de cadeados, representada principalmente pela Papaiz, Pado e Stam, tem proteção do governo federal contra a importação de cadeados chineses, por questões de "dumping". "Não é uma questão de produtividade nacional. A China vende cadeados de qualidade muito inferior a um preço pelo qual a indústria nacional não conseguiria pagar nem a matéria prima", explica a executiva, que é filha do fundador da Papaiz. A salvaguarda dada ao setor, segundo ela, protegerá contra a entrada desses produtos até o fim de 2013. O prazo pode ser prorrogado, mas a empresa não quer contar só com isso. "O problema é que não podemos ficar dependendo só dessa ação antidumping. Temos de nos diferenciar por uma questão estratégica e até mesmo para o caso de um dia essa proteção cair", diz. Por isso, há dois anos, a Papaiz decidiu começar a investir 5% de seu faturamento em inovação. Contratou uma empresa de pesquisas e montou um grupo de clientes por 24 meses. "Queríamos sair dessa coisa tão commodity que é o negócio de cadeados", diz.Mudança de hábito. Observando os resultados da pesquisa, a Papaiz viu que muitas pessoas compravam cadeados para usar na academia e depois amarravam a chave no cadarço do tênis ou no pulso. Daí surgiu a ideia do Active, um cadeado que já vem com uma pulseira para o usuário levar a chave consigo enquanto faz sua atividade física. O lançamento do produto está programado para o começo de 2013. "Ele é tão diferente do restante da linha, que tivemos que ir a novos pontos de venda", diz Sandra. "Saímos da tradicional loja de material de construção e fomos para academias e lojas de artigos esportivos. É uma rede de distribuição totalmente nova para a empresa. Outras duas novas criações da Papaiz já estão no mercado: o cadeado Whiteboard, que vem com adesivos e caneta para ser personalizado, e o Node, com haste flexível de cabo de aço para lacrar malas, armários ou embalagens de alimentos. E como são diferentes, custam mais caro. Enquanto um cadeado pequeno, comum, custa de R$ 9 a R$ 15, o Whiteboard, por exemplo, sai por R$ 40. Por isso, os novos produtos da Papaiz já respondem por algo entre 9% e 10% das vendas de cadeados da empresa. Para 2013, a companhia espera uma alta de 15% no faturamento graças aos novos produtos. "Antes dessas novas linhas, já tínhamos cadeados de times de futebol, coloridos e com estampas da estilista Adriana Barra. Mas o que estamos fazendo agora é praticamente criar novos produtos, não são apenas cadeados mais bonitinhos", diz a executiva. O negócio de cadeados responde por um terço das vendas anuais de R$ 180 milhões da Papaiz. No Brasil, o mercado total de cadeados é de 50 milhões de unidades ao ano. Com os novos produtos, a Papaiz, que calcula ter 40% do mercado, espera conquistar mais espaço nesse mercado que, mesmo sem a presença dos chineses, é concorrido. A rival Pado também afirma ter 40% das vendas. Em 2011, a concorrente produziu 20 milhões de cadeados e está investindo para elevar a capacidade para 30 milhões - de olho nas exportações, que também são uma estratégia da Papaiz. "Com o prêmio (de design), teremos projeção internacional para exportar um produto com mais valor agregado que um simples cadeado."

Produzir cadeados deixou de ser um "negócio banal", na opinião de Sandra Papaiz, diretora presidente do grupo familiar de mesmo nome, um dos principais fabricantes de cadeados e fechaduras do País. Sob a ameaça de uma invasão de similares chineses de baixo custo e com a intenção de ganhar mercado da concorrência nacional, a Papaiz deu um "banho de loja" na linha de produtos, buscando novas ocasiões para o uso do velho cadeado no dia a dia. Uma dessas inovações é o cadeado Active - que vem com uma pulseira para o cliente guardar a chave enquanto está na academia. Em fevereiro, o produto receberá em Munique, na Alemanha, a medalha de ouro de melhor design "iF product design award 2013". "Criamos a peça a partir de uma pesquisa feita com 300 consumidores. Eles nos mandavam fotos de como usavam o cadeado cadeados", explica Sandra. A indústria brasileira de cadeados, representada principalmente pela Papaiz, Pado e Stam, tem proteção do governo federal contra a importação de cadeados chineses, por questões de "dumping". "Não é uma questão de produtividade nacional. A China vende cadeados de qualidade muito inferior a um preço pelo qual a indústria nacional não conseguiria pagar nem a matéria prima", explica a executiva, que é filha do fundador da Papaiz. A salvaguarda dada ao setor, segundo ela, protegerá contra a entrada desses produtos até o fim de 2013. O prazo pode ser prorrogado, mas a empresa não quer contar só com isso. "O problema é que não podemos ficar dependendo só dessa ação antidumping. Temos de nos diferenciar por uma questão estratégica e até mesmo para o caso de um dia essa proteção cair", diz. Por isso, há dois anos, a Papaiz decidiu começar a investir 5% de seu faturamento em inovação. Contratou uma empresa de pesquisas e montou um grupo de clientes por 24 meses. "Queríamos sair dessa coisa tão commodity que é o negócio de cadeados", diz.Mudança de hábito. Observando os resultados da pesquisa, a Papaiz viu que muitas pessoas compravam cadeados para usar na academia e depois amarravam a chave no cadarço do tênis ou no pulso. Daí surgiu a ideia do Active, um cadeado que já vem com uma pulseira para o usuário levar a chave consigo enquanto faz sua atividade física. O lançamento do produto está programado para o começo de 2013. "Ele é tão diferente do restante da linha, que tivemos que ir a novos pontos de venda", diz Sandra. "Saímos da tradicional loja de material de construção e fomos para academias e lojas de artigos esportivos. É uma rede de distribuição totalmente nova para a empresa. Outras duas novas criações da Papaiz já estão no mercado: o cadeado Whiteboard, que vem com adesivos e caneta para ser personalizado, e o Node, com haste flexível de cabo de aço para lacrar malas, armários ou embalagens de alimentos. E como são diferentes, custam mais caro. Enquanto um cadeado pequeno, comum, custa de R$ 9 a R$ 15, o Whiteboard, por exemplo, sai por R$ 40. Por isso, os novos produtos da Papaiz já respondem por algo entre 9% e 10% das vendas de cadeados da empresa. Para 2013, a companhia espera uma alta de 15% no faturamento graças aos novos produtos. "Antes dessas novas linhas, já tínhamos cadeados de times de futebol, coloridos e com estampas da estilista Adriana Barra. Mas o que estamos fazendo agora é praticamente criar novos produtos, não são apenas cadeados mais bonitinhos", diz a executiva. O negócio de cadeados responde por um terço das vendas anuais de R$ 180 milhões da Papaiz. No Brasil, o mercado total de cadeados é de 50 milhões de unidades ao ano. Com os novos produtos, a Papaiz, que calcula ter 40% do mercado, espera conquistar mais espaço nesse mercado que, mesmo sem a presença dos chineses, é concorrido. A rival Pado também afirma ter 40% das vendas. Em 2011, a concorrente produziu 20 milhões de cadeados e está investindo para elevar a capacidade para 30 milhões - de olho nas exportações, que também são uma estratégia da Papaiz. "Com o prêmio (de design), teremos projeção internacional para exportar um produto com mais valor agregado que um simples cadeado."

Produzir cadeados deixou de ser um "negócio banal", na opinião de Sandra Papaiz, diretora presidente do grupo familiar de mesmo nome, um dos principais fabricantes de cadeados e fechaduras do País. Sob a ameaça de uma invasão de similares chineses de baixo custo e com a intenção de ganhar mercado da concorrência nacional, a Papaiz deu um "banho de loja" na linha de produtos, buscando novas ocasiões para o uso do velho cadeado no dia a dia. Uma dessas inovações é o cadeado Active - que vem com uma pulseira para o cliente guardar a chave enquanto está na academia. Em fevereiro, o produto receberá em Munique, na Alemanha, a medalha de ouro de melhor design "iF product design award 2013". "Criamos a peça a partir de uma pesquisa feita com 300 consumidores. Eles nos mandavam fotos de como usavam o cadeado cadeados", explica Sandra. A indústria brasileira de cadeados, representada principalmente pela Papaiz, Pado e Stam, tem proteção do governo federal contra a importação de cadeados chineses, por questões de "dumping". "Não é uma questão de produtividade nacional. A China vende cadeados de qualidade muito inferior a um preço pelo qual a indústria nacional não conseguiria pagar nem a matéria prima", explica a executiva, que é filha do fundador da Papaiz. A salvaguarda dada ao setor, segundo ela, protegerá contra a entrada desses produtos até o fim de 2013. O prazo pode ser prorrogado, mas a empresa não quer contar só com isso. "O problema é que não podemos ficar dependendo só dessa ação antidumping. Temos de nos diferenciar por uma questão estratégica e até mesmo para o caso de um dia essa proteção cair", diz. Por isso, há dois anos, a Papaiz decidiu começar a investir 5% de seu faturamento em inovação. Contratou uma empresa de pesquisas e montou um grupo de clientes por 24 meses. "Queríamos sair dessa coisa tão commodity que é o negócio de cadeados", diz.Mudança de hábito. Observando os resultados da pesquisa, a Papaiz viu que muitas pessoas compravam cadeados para usar na academia e depois amarravam a chave no cadarço do tênis ou no pulso. Daí surgiu a ideia do Active, um cadeado que já vem com uma pulseira para o usuário levar a chave consigo enquanto faz sua atividade física. O lançamento do produto está programado para o começo de 2013. "Ele é tão diferente do restante da linha, que tivemos que ir a novos pontos de venda", diz Sandra. "Saímos da tradicional loja de material de construção e fomos para academias e lojas de artigos esportivos. É uma rede de distribuição totalmente nova para a empresa. Outras duas novas criações da Papaiz já estão no mercado: o cadeado Whiteboard, que vem com adesivos e caneta para ser personalizado, e o Node, com haste flexível de cabo de aço para lacrar malas, armários ou embalagens de alimentos. E como são diferentes, custam mais caro. Enquanto um cadeado pequeno, comum, custa de R$ 9 a R$ 15, o Whiteboard, por exemplo, sai por R$ 40. Por isso, os novos produtos da Papaiz já respondem por algo entre 9% e 10% das vendas de cadeados da empresa. Para 2013, a companhia espera uma alta de 15% no faturamento graças aos novos produtos. "Antes dessas novas linhas, já tínhamos cadeados de times de futebol, coloridos e com estampas da estilista Adriana Barra. Mas o que estamos fazendo agora é praticamente criar novos produtos, não são apenas cadeados mais bonitinhos", diz a executiva. O negócio de cadeados responde por um terço das vendas anuais de R$ 180 milhões da Papaiz. No Brasil, o mercado total de cadeados é de 50 milhões de unidades ao ano. Com os novos produtos, a Papaiz, que calcula ter 40% do mercado, espera conquistar mais espaço nesse mercado que, mesmo sem a presença dos chineses, é concorrido. A rival Pado também afirma ter 40% das vendas. Em 2011, a concorrente produziu 20 milhões de cadeados e está investindo para elevar a capacidade para 30 milhões - de olho nas exportações, que também são uma estratégia da Papaiz. "Com o prêmio (de design), teremos projeção internacional para exportar um produto com mais valor agregado que um simples cadeado."

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