Para FMI, classificação de risco contribuiu para instabilidade financeira


Segundo relatório, instituições deveriam eliminar normas que vinculam operações às notas de agências.

Por Alessandra Corrêa

Para FMI, classificações de risco contribuíram para instabilidade Um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) diz que, durante a crise global a partir de 2008, as classificações de risco soberano contribuíram "inadvertidamente" para a instabilidade financeira. As classificações de risco são conferidas por agências que avaliam os papéis de dívida emitidos por países, empresas e instituições financeiras e conferem a eles uma nota, de acordo com a probabilidade de cumprirem seus compromissos. Segundo o relatório Global Financial Stability Report (Relatório sobre a Estabilidade Financeira Global), que teve dois de seus capítulos divulgados uma semana antes da reunião anual do FMI e do Banco Mundial, as autoridades econômicas devem eliminar normas e regulamentos que vinculam estreitamente as decisões de compra ou venda de ativos às classificações, prejudicando assim os que receberem notas piores. O documento afirma que, como essas classificações estão integradas a várias normas, um rebaixamento pode ter efeitos diretos e de contágio e desestabilizar os mercados financeiros. Debate As classificações são levadas em conta pelos investidores na tomada de decidir sobre o investimento em determinado país, empresa ou instituição. Além disso, com a classificação rebaixada, os empréstimos para os afetados pela mudança ficam mais caros, já que mais juros são cobrados. O relatório afirma que a dependência das classificações deveria ser reduzida nas normas financeiras, e que as agências deveriam evitar atrasar mudanças de classificação. No primeiro semestre deste ano, países como Grécia, Espanha, Portugal e Irlanda tiveram suas classificações rebaixadas em meio à crise de confiança provocada por grandes déficits orçamentários e dívida pública. Bancos comerciais nesses mercados também tiveram suas classificações rebaixadas. A mudança das notas foi seguido imediatamente por desvalorização do euro e quedas nas bolsas de valores e reabriu o debate sobre o poder das agências de classificação de risco. "O rebaixamento das classificações de crédito relacionado ao enfraquecimento dos balanços soberanos chamou novamente a atenção para as agências de classificação de risco e suas metodologias", diz o relatório. Conflitos de interesse Segundo o FMI, o problema não está na classificação em si, já que em geral as notas são bastante exatas para prever quando um devedor não vai honrar suas dívidas. No entanto, o Fundo diz que as agências deveriam prestar mais atenção na composição da dívida soberana e dos passivos contingentes, o que poderia aprimorar suas decisões. O documento cita a preocupação sobre os "conflitos de interesse inerentes aos sistemas de contratação usados pelas principais agências", em que os emissores pagam pela classificação. O FMI diz, porém, que um modelo em que o pagamento fique a cargo dos investidores também pode provocar conflitos de interesse. "Por exemplo, os investidores podem pressionar as classificadoras a adiar um rebaixamento, para atrasar vendas forçadas de valores", diz o relatório. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Para FMI, classificações de risco contribuíram para instabilidade Um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) diz que, durante a crise global a partir de 2008, as classificações de risco soberano contribuíram "inadvertidamente" para a instabilidade financeira. As classificações de risco são conferidas por agências que avaliam os papéis de dívida emitidos por países, empresas e instituições financeiras e conferem a eles uma nota, de acordo com a probabilidade de cumprirem seus compromissos. Segundo o relatório Global Financial Stability Report (Relatório sobre a Estabilidade Financeira Global), que teve dois de seus capítulos divulgados uma semana antes da reunião anual do FMI e do Banco Mundial, as autoridades econômicas devem eliminar normas e regulamentos que vinculam estreitamente as decisões de compra ou venda de ativos às classificações, prejudicando assim os que receberem notas piores. O documento afirma que, como essas classificações estão integradas a várias normas, um rebaixamento pode ter efeitos diretos e de contágio e desestabilizar os mercados financeiros. Debate As classificações são levadas em conta pelos investidores na tomada de decidir sobre o investimento em determinado país, empresa ou instituição. Além disso, com a classificação rebaixada, os empréstimos para os afetados pela mudança ficam mais caros, já que mais juros são cobrados. O relatório afirma que a dependência das classificações deveria ser reduzida nas normas financeiras, e que as agências deveriam evitar atrasar mudanças de classificação. No primeiro semestre deste ano, países como Grécia, Espanha, Portugal e Irlanda tiveram suas classificações rebaixadas em meio à crise de confiança provocada por grandes déficits orçamentários e dívida pública. Bancos comerciais nesses mercados também tiveram suas classificações rebaixadas. A mudança das notas foi seguido imediatamente por desvalorização do euro e quedas nas bolsas de valores e reabriu o debate sobre o poder das agências de classificação de risco. "O rebaixamento das classificações de crédito relacionado ao enfraquecimento dos balanços soberanos chamou novamente a atenção para as agências de classificação de risco e suas metodologias", diz o relatório. Conflitos de interesse Segundo o FMI, o problema não está na classificação em si, já que em geral as notas são bastante exatas para prever quando um devedor não vai honrar suas dívidas. No entanto, o Fundo diz que as agências deveriam prestar mais atenção na composição da dívida soberana e dos passivos contingentes, o que poderia aprimorar suas decisões. O documento cita a preocupação sobre os "conflitos de interesse inerentes aos sistemas de contratação usados pelas principais agências", em que os emissores pagam pela classificação. O FMI diz, porém, que um modelo em que o pagamento fique a cargo dos investidores também pode provocar conflitos de interesse. "Por exemplo, os investidores podem pressionar as classificadoras a adiar um rebaixamento, para atrasar vendas forçadas de valores", diz o relatório. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Para FMI, classificações de risco contribuíram para instabilidade Um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) diz que, durante a crise global a partir de 2008, as classificações de risco soberano contribuíram "inadvertidamente" para a instabilidade financeira. As classificações de risco são conferidas por agências que avaliam os papéis de dívida emitidos por países, empresas e instituições financeiras e conferem a eles uma nota, de acordo com a probabilidade de cumprirem seus compromissos. Segundo o relatório Global Financial Stability Report (Relatório sobre a Estabilidade Financeira Global), que teve dois de seus capítulos divulgados uma semana antes da reunião anual do FMI e do Banco Mundial, as autoridades econômicas devem eliminar normas e regulamentos que vinculam estreitamente as decisões de compra ou venda de ativos às classificações, prejudicando assim os que receberem notas piores. O documento afirma que, como essas classificações estão integradas a várias normas, um rebaixamento pode ter efeitos diretos e de contágio e desestabilizar os mercados financeiros. Debate As classificações são levadas em conta pelos investidores na tomada de decidir sobre o investimento em determinado país, empresa ou instituição. Além disso, com a classificação rebaixada, os empréstimos para os afetados pela mudança ficam mais caros, já que mais juros são cobrados. O relatório afirma que a dependência das classificações deveria ser reduzida nas normas financeiras, e que as agências deveriam evitar atrasar mudanças de classificação. No primeiro semestre deste ano, países como Grécia, Espanha, Portugal e Irlanda tiveram suas classificações rebaixadas em meio à crise de confiança provocada por grandes déficits orçamentários e dívida pública. Bancos comerciais nesses mercados também tiveram suas classificações rebaixadas. A mudança das notas foi seguido imediatamente por desvalorização do euro e quedas nas bolsas de valores e reabriu o debate sobre o poder das agências de classificação de risco. "O rebaixamento das classificações de crédito relacionado ao enfraquecimento dos balanços soberanos chamou novamente a atenção para as agências de classificação de risco e suas metodologias", diz o relatório. Conflitos de interesse Segundo o FMI, o problema não está na classificação em si, já que em geral as notas são bastante exatas para prever quando um devedor não vai honrar suas dívidas. No entanto, o Fundo diz que as agências deveriam prestar mais atenção na composição da dívida soberana e dos passivos contingentes, o que poderia aprimorar suas decisões. O documento cita a preocupação sobre os "conflitos de interesse inerentes aos sistemas de contratação usados pelas principais agências", em que os emissores pagam pela classificação. O FMI diz, porém, que um modelo em que o pagamento fique a cargo dos investidores também pode provocar conflitos de interesse. "Por exemplo, os investidores podem pressionar as classificadoras a adiar um rebaixamento, para atrasar vendas forçadas de valores", diz o relatório. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Para FMI, classificações de risco contribuíram para instabilidade Um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) diz que, durante a crise global a partir de 2008, as classificações de risco soberano contribuíram "inadvertidamente" para a instabilidade financeira. As classificações de risco são conferidas por agências que avaliam os papéis de dívida emitidos por países, empresas e instituições financeiras e conferem a eles uma nota, de acordo com a probabilidade de cumprirem seus compromissos. Segundo o relatório Global Financial Stability Report (Relatório sobre a Estabilidade Financeira Global), que teve dois de seus capítulos divulgados uma semana antes da reunião anual do FMI e do Banco Mundial, as autoridades econômicas devem eliminar normas e regulamentos que vinculam estreitamente as decisões de compra ou venda de ativos às classificações, prejudicando assim os que receberem notas piores. O documento afirma que, como essas classificações estão integradas a várias normas, um rebaixamento pode ter efeitos diretos e de contágio e desestabilizar os mercados financeiros. Debate As classificações são levadas em conta pelos investidores na tomada de decidir sobre o investimento em determinado país, empresa ou instituição. Além disso, com a classificação rebaixada, os empréstimos para os afetados pela mudança ficam mais caros, já que mais juros são cobrados. O relatório afirma que a dependência das classificações deveria ser reduzida nas normas financeiras, e que as agências deveriam evitar atrasar mudanças de classificação. No primeiro semestre deste ano, países como Grécia, Espanha, Portugal e Irlanda tiveram suas classificações rebaixadas em meio à crise de confiança provocada por grandes déficits orçamentários e dívida pública. Bancos comerciais nesses mercados também tiveram suas classificações rebaixadas. A mudança das notas foi seguido imediatamente por desvalorização do euro e quedas nas bolsas de valores e reabriu o debate sobre o poder das agências de classificação de risco. "O rebaixamento das classificações de crédito relacionado ao enfraquecimento dos balanços soberanos chamou novamente a atenção para as agências de classificação de risco e suas metodologias", diz o relatório. Conflitos de interesse Segundo o FMI, o problema não está na classificação em si, já que em geral as notas são bastante exatas para prever quando um devedor não vai honrar suas dívidas. No entanto, o Fundo diz que as agências deveriam prestar mais atenção na composição da dívida soberana e dos passivos contingentes, o que poderia aprimorar suas decisões. O documento cita a preocupação sobre os "conflitos de interesse inerentes aos sistemas de contratação usados pelas principais agências", em que os emissores pagam pela classificação. O FMI diz, porém, que um modelo em que o pagamento fique a cargo dos investidores também pode provocar conflitos de interesse. "Por exemplo, os investidores podem pressionar as classificadoras a adiar um rebaixamento, para atrasar vendas forçadas de valores", diz o relatório. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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