Até que ponto o euro pode ser revertido?


Durante muito tempo minha opinião em relação ao euro foi a de que a criação da moeda comum europeia pode muito bem ter sido um equívoco, mas que seria melhor deixar para trás aquilo que já passou - a decisão de criá-la não poderia ser revertida.

Por Paul Krugman

Fui bastante influenciado pela opinião expressada por Barry Eichengreen num artigo clássico de 2007 (apesar de eu já ter tomado conhecimento dessa argumentação - talvez por meio do próprio Barry? - muito antes da publicação do texto): de acordo com Eichengreen, qualquer tentativa de abandonar o euro exigiria tempo e preparação, e durante o período de transição haveria devastadoras corridas aos bancos. Assim sendo, a ideia de uma fragmentação da zona do euro seria inaceitável.

Mas agora estou reavaliando essa certeza por um motivo simples: a argumentação de Eichengreen consiste em motivos para não planejar um abandono do euro - mas e se as corridas aos bancos e a crise financeira já estiverem ocorrendo, independentemente disso? Neste caso, o custo marginal de deixar a moeda comum é dramaticamente reduzido, e de fato a decisão pode efetivamente ser tirada das mãos dos economistas do governo.

Na verdade, este aspecto pôde ser parcialmente observado quando a Argentina abandonou a lei de conversibilidade. A decisão deliberada de alterar a lei teria detonado uma crise bancária; mas, em 2001, o país já enfrentava uma profunda crise bancária e também restrições emergenciais sobre os saques nos bancos. Assim, o impossível tornou-se possível.

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Pense no seguinte: o governo grego não pode anunciar uma política de abandono do euro - e tenho certeza que ele não tem nenhuma intenção de fazê-lo. Mas, no momento presente, é muito fácil imaginar uma moratória na dívida, detonando uma crise de confiança, a qual obrigaria o governo a impor um feriado bancário - e assim a lógica de se ater à moeda comum aconteça o que acontecer torna-se muito menos convincente.

E, se a Grécia for de fato excluída do euro, o que ocorrerá com os demais membros instáveis?

Acho que vou me esconder embaixo da mesa agora.

Fui bastante influenciado pela opinião expressada por Barry Eichengreen num artigo clássico de 2007 (apesar de eu já ter tomado conhecimento dessa argumentação - talvez por meio do próprio Barry? - muito antes da publicação do texto): de acordo com Eichengreen, qualquer tentativa de abandonar o euro exigiria tempo e preparação, e durante o período de transição haveria devastadoras corridas aos bancos. Assim sendo, a ideia de uma fragmentação da zona do euro seria inaceitável.

Mas agora estou reavaliando essa certeza por um motivo simples: a argumentação de Eichengreen consiste em motivos para não planejar um abandono do euro - mas e se as corridas aos bancos e a crise financeira já estiverem ocorrendo, independentemente disso? Neste caso, o custo marginal de deixar a moeda comum é dramaticamente reduzido, e de fato a decisão pode efetivamente ser tirada das mãos dos economistas do governo.

Na verdade, este aspecto pôde ser parcialmente observado quando a Argentina abandonou a lei de conversibilidade. A decisão deliberada de alterar a lei teria detonado uma crise bancária; mas, em 2001, o país já enfrentava uma profunda crise bancária e também restrições emergenciais sobre os saques nos bancos. Assim, o impossível tornou-se possível.

Pense no seguinte: o governo grego não pode anunciar uma política de abandono do euro - e tenho certeza que ele não tem nenhuma intenção de fazê-lo. Mas, no momento presente, é muito fácil imaginar uma moratória na dívida, detonando uma crise de confiança, a qual obrigaria o governo a impor um feriado bancário - e assim a lógica de se ater à moeda comum aconteça o que acontecer torna-se muito menos convincente.

E, se a Grécia for de fato excluída do euro, o que ocorrerá com os demais membros instáveis?

Acho que vou me esconder embaixo da mesa agora.

Fui bastante influenciado pela opinião expressada por Barry Eichengreen num artigo clássico de 2007 (apesar de eu já ter tomado conhecimento dessa argumentação - talvez por meio do próprio Barry? - muito antes da publicação do texto): de acordo com Eichengreen, qualquer tentativa de abandonar o euro exigiria tempo e preparação, e durante o período de transição haveria devastadoras corridas aos bancos. Assim sendo, a ideia de uma fragmentação da zona do euro seria inaceitável.

Mas agora estou reavaliando essa certeza por um motivo simples: a argumentação de Eichengreen consiste em motivos para não planejar um abandono do euro - mas e se as corridas aos bancos e a crise financeira já estiverem ocorrendo, independentemente disso? Neste caso, o custo marginal de deixar a moeda comum é dramaticamente reduzido, e de fato a decisão pode efetivamente ser tirada das mãos dos economistas do governo.

Na verdade, este aspecto pôde ser parcialmente observado quando a Argentina abandonou a lei de conversibilidade. A decisão deliberada de alterar a lei teria detonado uma crise bancária; mas, em 2001, o país já enfrentava uma profunda crise bancária e também restrições emergenciais sobre os saques nos bancos. Assim, o impossível tornou-se possível.

Pense no seguinte: o governo grego não pode anunciar uma política de abandono do euro - e tenho certeza que ele não tem nenhuma intenção de fazê-lo. Mas, no momento presente, é muito fácil imaginar uma moratória na dívida, detonando uma crise de confiança, a qual obrigaria o governo a impor um feriado bancário - e assim a lógica de se ater à moeda comum aconteça o que acontecer torna-se muito menos convincente.

E, se a Grécia for de fato excluída do euro, o que ocorrerá com os demais membros instáveis?

Acho que vou me esconder embaixo da mesa agora.

Fui bastante influenciado pela opinião expressada por Barry Eichengreen num artigo clássico de 2007 (apesar de eu já ter tomado conhecimento dessa argumentação - talvez por meio do próprio Barry? - muito antes da publicação do texto): de acordo com Eichengreen, qualquer tentativa de abandonar o euro exigiria tempo e preparação, e durante o período de transição haveria devastadoras corridas aos bancos. Assim sendo, a ideia de uma fragmentação da zona do euro seria inaceitável.

Mas agora estou reavaliando essa certeza por um motivo simples: a argumentação de Eichengreen consiste em motivos para não planejar um abandono do euro - mas e se as corridas aos bancos e a crise financeira já estiverem ocorrendo, independentemente disso? Neste caso, o custo marginal de deixar a moeda comum é dramaticamente reduzido, e de fato a decisão pode efetivamente ser tirada das mãos dos economistas do governo.

Na verdade, este aspecto pôde ser parcialmente observado quando a Argentina abandonou a lei de conversibilidade. A decisão deliberada de alterar a lei teria detonado uma crise bancária; mas, em 2001, o país já enfrentava uma profunda crise bancária e também restrições emergenciais sobre os saques nos bancos. Assim, o impossível tornou-se possível.

Pense no seguinte: o governo grego não pode anunciar uma política de abandono do euro - e tenho certeza que ele não tem nenhuma intenção de fazê-lo. Mas, no momento presente, é muito fácil imaginar uma moratória na dívida, detonando uma crise de confiança, a qual obrigaria o governo a impor um feriado bancário - e assim a lógica de se ater à moeda comum aconteça o que acontecer torna-se muito menos convincente.

E, se a Grécia for de fato excluída do euro, o que ocorrerá com os demais membros instáveis?

Acho que vou me esconder embaixo da mesa agora.

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