Pedidos de recuperação judicial terão salto em meio ao coronavírus


Expectativa, segundo especialistas, é que medida comece a tomar força na metade do ano

Por Aline Bronzati e Cynthia Decloedt

Os próximos meses devem ser acompanhados de um aumento expressivo nos pedidos de recuperação judicial por conta da crise que veio a reboque da covid-19. Com expectativa de gerar estragos maiores que o da Operação Lava Jato, a pandemia deve causar crescimento de 50% por parte de empresas que já estavam em situação financeira difícil, de acordo com cálculos da consultoria ARM Gestão.

No setor de construção, a carioca João Fortes e a paulista Esser, enquanto de transportes a também carioca Expresso Pégaso, puxaram a fila dos pedidos de recuperação judicial em meio à crise. A lista, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, deve começar a ganhar força a partir do meio do ano, de acordo com especialistas, já que as várias medidas para dar liquidez ao sistema bancário e empresarial e para aliviar gargalos no setor produtivo ainda estão sendo implementadas. Dessa forma, as empresas que tinham caixa, ainda fazem contas, reavaliam suas operações, renegociam contratos antes de dar o próximo passo.

Varejo de moda está entre os setores que podem ser mais impactados pelas medidas de recuperação judicial. Foto: Daniel Teixeira/Estadão
continua após a publicidade

Além disso, existe um período de 30 a 90 dias para a organização dos documentos necessários para a entrega de um pedido de recuperação judicial, lembra o sócio da ARM Gestão, Marcus Vasconcellos. Várias empresas não tinham isso nos planos e terão de recorrer ao plano B em meio à crise. A expectativa é que o número de pedidos de recuperação judicial causados pela crise vai impactar os números de julho, agosto e setembro, acrescenta o sócio Rogério Furtado.

O sócio da consultoria Alvarez& Marsal, Leonardo Coelho, nota que a curva de pedidos começa a crescer entre 60 a 100 dias após o pico da crise do vírus. Estima-se cerca de 400 pedidos de recuperação judicial em agosto, e, aproximadamente, 150 por mês em setembro, outubro e novembro, prevê. Coelho acredita que o número caia em dezembro, voltando a crescer a partir de janeiro de 2021. O cálculo da A&M é de que do patamar de cerca de 1,4 mil pedidos, haja um salto para 2,1 mil casos em 12 meses, superando o pico de outubro de 2016, de 1,872 mil registros de pedidos de recuperação judicial.

'Plano B'

continua após a publicidade

A curva de pedidos está achatada por conta do caixa que as empresas tinham, pelas medidas de incentivo do governo federal e pelo alongamento - forçado ou negociado - do contas a pagar, mas os números devem subir em razão do empobrecimento de famílias, Estado e empresas, pondera.

Dentre os setores mais impactados, estão o de transportes, varejo de moda e de eletrodoméstico, e shopping centers. Boa parte das empresas desses setores viu seu faturamento despencar de 80% a 90% com as medidas de isolamento. Nos casos mais extremos, a receita se reduziu a zero.

Por ora, as empresas que estão recorrendo ao processo de recuperação judicial em meio à pandemia já tinham preparado o plano B. Na ARM, que atua junto a empresas com faturamento anual de R$ 100 milhões a R$ 1 bilhão, as solicitações cresceram 50% frente ao número visto nos três primeiros meses deste ano e devem contribuir para o aumento dos casos nos próximos meses.

continua após a publicidade

O ambiente ficou mais propício para a recuperação judicial, que no Brasil é vista de forma negativa, ficou estigmatizada. Mas, na verdade, a recuperação judicial tem de ser vista como uma parada estratégica, diz Vasconcellos, da ARM.

Os próximos meses devem ser acompanhados de um aumento expressivo nos pedidos de recuperação judicial por conta da crise que veio a reboque da covid-19. Com expectativa de gerar estragos maiores que o da Operação Lava Jato, a pandemia deve causar crescimento de 50% por parte de empresas que já estavam em situação financeira difícil, de acordo com cálculos da consultoria ARM Gestão.

No setor de construção, a carioca João Fortes e a paulista Esser, enquanto de transportes a também carioca Expresso Pégaso, puxaram a fila dos pedidos de recuperação judicial em meio à crise. A lista, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, deve começar a ganhar força a partir do meio do ano, de acordo com especialistas, já que as várias medidas para dar liquidez ao sistema bancário e empresarial e para aliviar gargalos no setor produtivo ainda estão sendo implementadas. Dessa forma, as empresas que tinham caixa, ainda fazem contas, reavaliam suas operações, renegociam contratos antes de dar o próximo passo.

Varejo de moda está entre os setores que podem ser mais impactados pelas medidas de recuperação judicial. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Além disso, existe um período de 30 a 90 dias para a organização dos documentos necessários para a entrega de um pedido de recuperação judicial, lembra o sócio da ARM Gestão, Marcus Vasconcellos. Várias empresas não tinham isso nos planos e terão de recorrer ao plano B em meio à crise. A expectativa é que o número de pedidos de recuperação judicial causados pela crise vai impactar os números de julho, agosto e setembro, acrescenta o sócio Rogério Furtado.

O sócio da consultoria Alvarez& Marsal, Leonardo Coelho, nota que a curva de pedidos começa a crescer entre 60 a 100 dias após o pico da crise do vírus. Estima-se cerca de 400 pedidos de recuperação judicial em agosto, e, aproximadamente, 150 por mês em setembro, outubro e novembro, prevê. Coelho acredita que o número caia em dezembro, voltando a crescer a partir de janeiro de 2021. O cálculo da A&M é de que do patamar de cerca de 1,4 mil pedidos, haja um salto para 2,1 mil casos em 12 meses, superando o pico de outubro de 2016, de 1,872 mil registros de pedidos de recuperação judicial.

'Plano B'

A curva de pedidos está achatada por conta do caixa que as empresas tinham, pelas medidas de incentivo do governo federal e pelo alongamento - forçado ou negociado - do contas a pagar, mas os números devem subir em razão do empobrecimento de famílias, Estado e empresas, pondera.

Dentre os setores mais impactados, estão o de transportes, varejo de moda e de eletrodoméstico, e shopping centers. Boa parte das empresas desses setores viu seu faturamento despencar de 80% a 90% com as medidas de isolamento. Nos casos mais extremos, a receita se reduziu a zero.

Por ora, as empresas que estão recorrendo ao processo de recuperação judicial em meio à pandemia já tinham preparado o plano B. Na ARM, que atua junto a empresas com faturamento anual de R$ 100 milhões a R$ 1 bilhão, as solicitações cresceram 50% frente ao número visto nos três primeiros meses deste ano e devem contribuir para o aumento dos casos nos próximos meses.

O ambiente ficou mais propício para a recuperação judicial, que no Brasil é vista de forma negativa, ficou estigmatizada. Mas, na verdade, a recuperação judicial tem de ser vista como uma parada estratégica, diz Vasconcellos, da ARM.

Os próximos meses devem ser acompanhados de um aumento expressivo nos pedidos de recuperação judicial por conta da crise que veio a reboque da covid-19. Com expectativa de gerar estragos maiores que o da Operação Lava Jato, a pandemia deve causar crescimento de 50% por parte de empresas que já estavam em situação financeira difícil, de acordo com cálculos da consultoria ARM Gestão.

No setor de construção, a carioca João Fortes e a paulista Esser, enquanto de transportes a também carioca Expresso Pégaso, puxaram a fila dos pedidos de recuperação judicial em meio à crise. A lista, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, deve começar a ganhar força a partir do meio do ano, de acordo com especialistas, já que as várias medidas para dar liquidez ao sistema bancário e empresarial e para aliviar gargalos no setor produtivo ainda estão sendo implementadas. Dessa forma, as empresas que tinham caixa, ainda fazem contas, reavaliam suas operações, renegociam contratos antes de dar o próximo passo.

Varejo de moda está entre os setores que podem ser mais impactados pelas medidas de recuperação judicial. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Além disso, existe um período de 30 a 90 dias para a organização dos documentos necessários para a entrega de um pedido de recuperação judicial, lembra o sócio da ARM Gestão, Marcus Vasconcellos. Várias empresas não tinham isso nos planos e terão de recorrer ao plano B em meio à crise. A expectativa é que o número de pedidos de recuperação judicial causados pela crise vai impactar os números de julho, agosto e setembro, acrescenta o sócio Rogério Furtado.

O sócio da consultoria Alvarez& Marsal, Leonardo Coelho, nota que a curva de pedidos começa a crescer entre 60 a 100 dias após o pico da crise do vírus. Estima-se cerca de 400 pedidos de recuperação judicial em agosto, e, aproximadamente, 150 por mês em setembro, outubro e novembro, prevê. Coelho acredita que o número caia em dezembro, voltando a crescer a partir de janeiro de 2021. O cálculo da A&M é de que do patamar de cerca de 1,4 mil pedidos, haja um salto para 2,1 mil casos em 12 meses, superando o pico de outubro de 2016, de 1,872 mil registros de pedidos de recuperação judicial.

'Plano B'

A curva de pedidos está achatada por conta do caixa que as empresas tinham, pelas medidas de incentivo do governo federal e pelo alongamento - forçado ou negociado - do contas a pagar, mas os números devem subir em razão do empobrecimento de famílias, Estado e empresas, pondera.

Dentre os setores mais impactados, estão o de transportes, varejo de moda e de eletrodoméstico, e shopping centers. Boa parte das empresas desses setores viu seu faturamento despencar de 80% a 90% com as medidas de isolamento. Nos casos mais extremos, a receita se reduziu a zero.

Por ora, as empresas que estão recorrendo ao processo de recuperação judicial em meio à pandemia já tinham preparado o plano B. Na ARM, que atua junto a empresas com faturamento anual de R$ 100 milhões a R$ 1 bilhão, as solicitações cresceram 50% frente ao número visto nos três primeiros meses deste ano e devem contribuir para o aumento dos casos nos próximos meses.

O ambiente ficou mais propício para a recuperação judicial, que no Brasil é vista de forma negativa, ficou estigmatizada. Mas, na verdade, a recuperação judicial tem de ser vista como uma parada estratégica, diz Vasconcellos, da ARM.

Os próximos meses devem ser acompanhados de um aumento expressivo nos pedidos de recuperação judicial por conta da crise que veio a reboque da covid-19. Com expectativa de gerar estragos maiores que o da Operação Lava Jato, a pandemia deve causar crescimento de 50% por parte de empresas que já estavam em situação financeira difícil, de acordo com cálculos da consultoria ARM Gestão.

No setor de construção, a carioca João Fortes e a paulista Esser, enquanto de transportes a também carioca Expresso Pégaso, puxaram a fila dos pedidos de recuperação judicial em meio à crise. A lista, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, deve começar a ganhar força a partir do meio do ano, de acordo com especialistas, já que as várias medidas para dar liquidez ao sistema bancário e empresarial e para aliviar gargalos no setor produtivo ainda estão sendo implementadas. Dessa forma, as empresas que tinham caixa, ainda fazem contas, reavaliam suas operações, renegociam contratos antes de dar o próximo passo.

Varejo de moda está entre os setores que podem ser mais impactados pelas medidas de recuperação judicial. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Além disso, existe um período de 30 a 90 dias para a organização dos documentos necessários para a entrega de um pedido de recuperação judicial, lembra o sócio da ARM Gestão, Marcus Vasconcellos. Várias empresas não tinham isso nos planos e terão de recorrer ao plano B em meio à crise. A expectativa é que o número de pedidos de recuperação judicial causados pela crise vai impactar os números de julho, agosto e setembro, acrescenta o sócio Rogério Furtado.

O sócio da consultoria Alvarez& Marsal, Leonardo Coelho, nota que a curva de pedidos começa a crescer entre 60 a 100 dias após o pico da crise do vírus. Estima-se cerca de 400 pedidos de recuperação judicial em agosto, e, aproximadamente, 150 por mês em setembro, outubro e novembro, prevê. Coelho acredita que o número caia em dezembro, voltando a crescer a partir de janeiro de 2021. O cálculo da A&M é de que do patamar de cerca de 1,4 mil pedidos, haja um salto para 2,1 mil casos em 12 meses, superando o pico de outubro de 2016, de 1,872 mil registros de pedidos de recuperação judicial.

'Plano B'

A curva de pedidos está achatada por conta do caixa que as empresas tinham, pelas medidas de incentivo do governo federal e pelo alongamento - forçado ou negociado - do contas a pagar, mas os números devem subir em razão do empobrecimento de famílias, Estado e empresas, pondera.

Dentre os setores mais impactados, estão o de transportes, varejo de moda e de eletrodoméstico, e shopping centers. Boa parte das empresas desses setores viu seu faturamento despencar de 80% a 90% com as medidas de isolamento. Nos casos mais extremos, a receita se reduziu a zero.

Por ora, as empresas que estão recorrendo ao processo de recuperação judicial em meio à pandemia já tinham preparado o plano B. Na ARM, que atua junto a empresas com faturamento anual de R$ 100 milhões a R$ 1 bilhão, as solicitações cresceram 50% frente ao número visto nos três primeiros meses deste ano e devem contribuir para o aumento dos casos nos próximos meses.

O ambiente ficou mais propício para a recuperação judicial, que no Brasil é vista de forma negativa, ficou estigmatizada. Mas, na verdade, a recuperação judicial tem de ser vista como uma parada estratégica, diz Vasconcellos, da ARM.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.