‘Petrobrás trabalha com estimativa irreal para o petróleo’


Ex-diretor da ANP vê com ceticismo as previsões da Petrobrás para a cotação do barril de petróleo, assim como a meta de vender US$ 14,4 bi em ativos em 2016

Ações da estatal tiveram fortes perdas com corte nos investimentos Foto: Paulo Whitaker/Reuters

RIO - Ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, Helder Queiroz vê com ceticismo dois pontos do novo plano de negócios da Petrobrás para o período de 2015 a 2019. Para ele, a premissa de que o barril do petróleo fechará o ano com cotação média de US$ 45 é irreal, assim como a meta de vender US$ 14,4 bilhões em ativos em 2016.

Qual sua avaliação do ajuste do plano de investimento da Petrobrás?

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A empresa tem de ficar menor mesmo. Petroleiras no mundo todo estão se adequando ao novo cenário, de baixo preço do barril do petróleo. No caso da Petrobrás, a situação é ainda mais grave, por causa do problema financeiro que enfrenta. A própria conjuntura nacional obriga a estatal a se adequar.

O que destaca no plano?

O que chamou atenção é o desinvestimento (meta de vender US$ 14,4 bilhões em ativos em 2016), que foi mantido. Esse é um problema central, porque em 2015 não chegou nem a US$ 1 bilhão. A Petrobrás não tem controle do quanto vai conseguir vender. Parece um pouco otimista. Muitos dos candidatos (a compradores) podem ter menos apetite, porque sabem que a Petrobrás domina a cadeia do petróleo no Brasil. Mas, para o investidor estrangeiro, pode ser um bom negócio, por causa do real mais barato (ante o dólar).

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Concorda com a avaliação de analistas de que a premissa para o barril está superestimada?

A projeção da cotação do petróleo é relevante no plano de negócios de toda petroleira. Considerando que há um excedente de petróleo no mercado e que a cotação está abaixo de US$ 40 há várias semanas, a conclusão é que a Petrobrás trabalha com estimativa irreal.

A revisão para baixo da meta de produção preocupa?

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É uma revisão muito pequena. Não preocupa. Os poços do pré-sal estão com produtividade muito melhor, apesar de a produção em grandes reservas de Campos estar em declínio. Entre produzir nesses campos e no pré-sal, onde é mais produtiva, a Petrobrás opta pelo pré-sal. Mas ainda tem muito petróleo em Campos. 

Ações da estatal tiveram fortes perdas com corte nos investimentos Foto: Paulo Whitaker/Reuters

RIO - Ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, Helder Queiroz vê com ceticismo dois pontos do novo plano de negócios da Petrobrás para o período de 2015 a 2019. Para ele, a premissa de que o barril do petróleo fechará o ano com cotação média de US$ 45 é irreal, assim como a meta de vender US$ 14,4 bilhões em ativos em 2016.

Qual sua avaliação do ajuste do plano de investimento da Petrobrás?

A empresa tem de ficar menor mesmo. Petroleiras no mundo todo estão se adequando ao novo cenário, de baixo preço do barril do petróleo. No caso da Petrobrás, a situação é ainda mais grave, por causa do problema financeiro que enfrenta. A própria conjuntura nacional obriga a estatal a se adequar.

O que destaca no plano?

O que chamou atenção é o desinvestimento (meta de vender US$ 14,4 bilhões em ativos em 2016), que foi mantido. Esse é um problema central, porque em 2015 não chegou nem a US$ 1 bilhão. A Petrobrás não tem controle do quanto vai conseguir vender. Parece um pouco otimista. Muitos dos candidatos (a compradores) podem ter menos apetite, porque sabem que a Petrobrás domina a cadeia do petróleo no Brasil. Mas, para o investidor estrangeiro, pode ser um bom negócio, por causa do real mais barato (ante o dólar).

Concorda com a avaliação de analistas de que a premissa para o barril está superestimada?

A projeção da cotação do petróleo é relevante no plano de negócios de toda petroleira. Considerando que há um excedente de petróleo no mercado e que a cotação está abaixo de US$ 40 há várias semanas, a conclusão é que a Petrobrás trabalha com estimativa irreal.

A revisão para baixo da meta de produção preocupa?

É uma revisão muito pequena. Não preocupa. Os poços do pré-sal estão com produtividade muito melhor, apesar de a produção em grandes reservas de Campos estar em declínio. Entre produzir nesses campos e no pré-sal, onde é mais produtiva, a Petrobrás opta pelo pré-sal. Mas ainda tem muito petróleo em Campos. 

Ações da estatal tiveram fortes perdas com corte nos investimentos Foto: Paulo Whitaker/Reuters

RIO - Ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, Helder Queiroz vê com ceticismo dois pontos do novo plano de negócios da Petrobrás para o período de 2015 a 2019. Para ele, a premissa de que o barril do petróleo fechará o ano com cotação média de US$ 45 é irreal, assim como a meta de vender US$ 14,4 bilhões em ativos em 2016.

Qual sua avaliação do ajuste do plano de investimento da Petrobrás?

A empresa tem de ficar menor mesmo. Petroleiras no mundo todo estão se adequando ao novo cenário, de baixo preço do barril do petróleo. No caso da Petrobrás, a situação é ainda mais grave, por causa do problema financeiro que enfrenta. A própria conjuntura nacional obriga a estatal a se adequar.

O que destaca no plano?

O que chamou atenção é o desinvestimento (meta de vender US$ 14,4 bilhões em ativos em 2016), que foi mantido. Esse é um problema central, porque em 2015 não chegou nem a US$ 1 bilhão. A Petrobrás não tem controle do quanto vai conseguir vender. Parece um pouco otimista. Muitos dos candidatos (a compradores) podem ter menos apetite, porque sabem que a Petrobrás domina a cadeia do petróleo no Brasil. Mas, para o investidor estrangeiro, pode ser um bom negócio, por causa do real mais barato (ante o dólar).

Concorda com a avaliação de analistas de que a premissa para o barril está superestimada?

A projeção da cotação do petróleo é relevante no plano de negócios de toda petroleira. Considerando que há um excedente de petróleo no mercado e que a cotação está abaixo de US$ 40 há várias semanas, a conclusão é que a Petrobrás trabalha com estimativa irreal.

A revisão para baixo da meta de produção preocupa?

É uma revisão muito pequena. Não preocupa. Os poços do pré-sal estão com produtividade muito melhor, apesar de a produção em grandes reservas de Campos estar em declínio. Entre produzir nesses campos e no pré-sal, onde é mais produtiva, a Petrobrás opta pelo pré-sal. Mas ainda tem muito petróleo em Campos. 

Ações da estatal tiveram fortes perdas com corte nos investimentos Foto: Paulo Whitaker/Reuters

RIO - Ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e professor do Grupo de Economia da Energia da UFRJ, Helder Queiroz vê com ceticismo dois pontos do novo plano de negócios da Petrobrás para o período de 2015 a 2019. Para ele, a premissa de que o barril do petróleo fechará o ano com cotação média de US$ 45 é irreal, assim como a meta de vender US$ 14,4 bilhões em ativos em 2016.

Qual sua avaliação do ajuste do plano de investimento da Petrobrás?

A empresa tem de ficar menor mesmo. Petroleiras no mundo todo estão se adequando ao novo cenário, de baixo preço do barril do petróleo. No caso da Petrobrás, a situação é ainda mais grave, por causa do problema financeiro que enfrenta. A própria conjuntura nacional obriga a estatal a se adequar.

O que destaca no plano?

O que chamou atenção é o desinvestimento (meta de vender US$ 14,4 bilhões em ativos em 2016), que foi mantido. Esse é um problema central, porque em 2015 não chegou nem a US$ 1 bilhão. A Petrobrás não tem controle do quanto vai conseguir vender. Parece um pouco otimista. Muitos dos candidatos (a compradores) podem ter menos apetite, porque sabem que a Petrobrás domina a cadeia do petróleo no Brasil. Mas, para o investidor estrangeiro, pode ser um bom negócio, por causa do real mais barato (ante o dólar).

Concorda com a avaliação de analistas de que a premissa para o barril está superestimada?

A projeção da cotação do petróleo é relevante no plano de negócios de toda petroleira. Considerando que há um excedente de petróleo no mercado e que a cotação está abaixo de US$ 40 há várias semanas, a conclusão é que a Petrobrás trabalha com estimativa irreal.

A revisão para baixo da meta de produção preocupa?

É uma revisão muito pequena. Não preocupa. Os poços do pré-sal estão com produtividade muito melhor, apesar de a produção em grandes reservas de Campos estar em declínio. Entre produzir nesses campos e no pré-sal, onde é mais produtiva, a Petrobrás opta pelo pré-sal. Mas ainda tem muito petróleo em Campos. 

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