PF mirou propina e chegou a vários outros crimes


Nos 21 frigoríficos impedidos de exportar, delitos vão de adulteração de documentos a fraudes na formulação dos alimentos

Por Alexa Salomão

Quando a Polícia Federal (PF) começou a investigar ações suspeitas de fiscais do ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), ela tinha como meta identificar se havia uma esquema de corrupção entre servidores públicos e empresas do setor de frigoríficos. Ao grampear os telefones do suspeitos veio a surpresa: muitos dos diálogos narravam incidentes como contaminação de carnes, deficiências na refrigeração dos produtos, adulteração de mercadorias. Cada empresa era uma realidade diferente.

15 perguntas e respostas sobre a Operação Carne Fraca

1 | 14

3 - O consumidor deve deixar de comprar carne?

Foto: Carlos Silva/Mapa
2 | 14

15 - Há exagero na divulgação?

Foto: Alex Silva/Estadão
3 | 14

1 - O que é a Operação Carne Fraca?

Foto: Divulgação
4 | 14

4 - Os produtos sob suspeita serão recolhidos?

Foto: Carlos Silva/Mapa
5 | 14

5 - Pedaços de papelão foram encontrados nas carnes?

Foto: Carlos Silva/Mapa
6 | 14

6 - Que outros problemas as investigações apontam?

Foto: Divulgação
7 | 14

7 - Havia produtos com a bactéria salmonela?

Foto: Amanda Pereobelli/Estadão
8 | 14

8 - Como o governo reagiu?

Foto: Antonio Lacerda/EFE
9 | 14

9 - Quais os principais riscos à saúde associados ao consumo de carnes estragadas?

Foto: Divulgação
10 | 14

10 - O consumo de carne contaminada por bactérias do gênero salmonella sempre leva a infecções graves?

Foto: Filipe Araújo/Estadão
11 | 14

11 - Pessoas que consumiram carne deteriorada poderão desenvolver algum tipo de câncer?

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
12 | 14

12 - O uso de ácido ascórbico (vitamina C) como conservante nas carnes é proibido no Brasil? Ele está associado a maior risco de câncer?

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
13 | 14

13 - Como minimizar o risco de ser contaminado por uma bactéria ao consumir carnes?

Foto: Alex Silva/Estadão
14 | 14

14 - Quais são os principais sinais de que a carne pode estar deteriorada?

Foto: Alex Silva/Estadão

A maior parte dos crimes que podem ter alguma relação com riscos à saúde pública não chegou a ser investigada em profundidade na Operação Carne Fraca. No entanto, as conclusões dos investigadores estão descritas em detalhes nos autos do processo. A PF pediu busca e apreensão em 56 empresas e órgão públicos, 37 do setor de alimentos. Mas uma análise do que foi apurado das 21 empresas que tiveram suspensas as certificações para exportação dá uma ideia da enorme diversidade de problemas que foram identificados.

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Diversidade. Dos 21 frigoríficos, cinco são acusados apenas de prática de corrupção, sendo que, no caso de dois deles, os grampos indicam que funcionários e proprietários das empresas foram achacados para pagar propina. Eles chegaram a se queixar com os superiores dos fiscais, mas como as denúncias não deram em nada, acabam por aderir ao esquema.

Em três empresas, as investigações apontam que não havia efetiva fiscalização: os funcionários das unidades produtoras preenchiam certificados sanitários e outros documentos e os fiscais apenas assinavam. Vários são os relatos de que os papéis eram levados até a casa dos fiscais para serem assinados.

Há indícios também de que quatro empresas adulteraram documentos enviados ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) sobre a composição de produtos. Entre eles estavam salsichas que foram encomendados para atender uma licitação pública para escolas.

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Os dois casos mais graves são de fraudes na formulação dos produtos alimentícios, como substituição de carne por outros produtos para enganar a fiscalização; carnes sem rotulagem, sem refrigeração; utilização de carnes estragadas para produzir embutidos, como salsichas e linguiça, falsificação de análises de laboratório dos produtos adulterados.

Quando a Polícia Federal (PF) começou a investigar ações suspeitas de fiscais do ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), ela tinha como meta identificar se havia uma esquema de corrupção entre servidores públicos e empresas do setor de frigoríficos. Ao grampear os telefones do suspeitos veio a surpresa: muitos dos diálogos narravam incidentes como contaminação de carnes, deficiências na refrigeração dos produtos, adulteração de mercadorias. Cada empresa era uma realidade diferente.

15 perguntas e respostas sobre a Operação Carne Fraca

1 | 14

3 - O consumidor deve deixar de comprar carne?

Foto: Carlos Silva/Mapa
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15 - Há exagero na divulgação?

Foto: Alex Silva/Estadão
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1 - O que é a Operação Carne Fraca?

Foto: Divulgação
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4 - Os produtos sob suspeita serão recolhidos?

Foto: Carlos Silva/Mapa
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5 - Pedaços de papelão foram encontrados nas carnes?

Foto: Carlos Silva/Mapa
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6 - Que outros problemas as investigações apontam?

Foto: Divulgação
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7 - Havia produtos com a bactéria salmonela?

Foto: Amanda Pereobelli/Estadão
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8 - Como o governo reagiu?

Foto: Antonio Lacerda/EFE
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9 - Quais os principais riscos à saúde associados ao consumo de carnes estragadas?

Foto: Divulgação
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10 - O consumo de carne contaminada por bactérias do gênero salmonella sempre leva a infecções graves?

Foto: Filipe Araújo/Estadão
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11 - Pessoas que consumiram carne deteriorada poderão desenvolver algum tipo de câncer?

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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12 - O uso de ácido ascórbico (vitamina C) como conservante nas carnes é proibido no Brasil? Ele está associado a maior risco de câncer?

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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13 - Como minimizar o risco de ser contaminado por uma bactéria ao consumir carnes?

Foto: Alex Silva/Estadão
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14 - Quais são os principais sinais de que a carne pode estar deteriorada?

Foto: Alex Silva/Estadão

A maior parte dos crimes que podem ter alguma relação com riscos à saúde pública não chegou a ser investigada em profundidade na Operação Carne Fraca. No entanto, as conclusões dos investigadores estão descritas em detalhes nos autos do processo. A PF pediu busca e apreensão em 56 empresas e órgão públicos, 37 do setor de alimentos. Mas uma análise do que foi apurado das 21 empresas que tiveram suspensas as certificações para exportação dá uma ideia da enorme diversidade de problemas que foram identificados.

Diversidade. Dos 21 frigoríficos, cinco são acusados apenas de prática de corrupção, sendo que, no caso de dois deles, os grampos indicam que funcionários e proprietários das empresas foram achacados para pagar propina. Eles chegaram a se queixar com os superiores dos fiscais, mas como as denúncias não deram em nada, acabam por aderir ao esquema.

Em três empresas, as investigações apontam que não havia efetiva fiscalização: os funcionários das unidades produtoras preenchiam certificados sanitários e outros documentos e os fiscais apenas assinavam. Vários são os relatos de que os papéis eram levados até a casa dos fiscais para serem assinados.

Há indícios também de que quatro empresas adulteraram documentos enviados ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) sobre a composição de produtos. Entre eles estavam salsichas que foram encomendados para atender uma licitação pública para escolas.

Os dois casos mais graves são de fraudes na formulação dos produtos alimentícios, como substituição de carne por outros produtos para enganar a fiscalização; carnes sem rotulagem, sem refrigeração; utilização de carnes estragadas para produzir embutidos, como salsichas e linguiça, falsificação de análises de laboratório dos produtos adulterados.

Quando a Polícia Federal (PF) começou a investigar ações suspeitas de fiscais do ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), ela tinha como meta identificar se havia uma esquema de corrupção entre servidores públicos e empresas do setor de frigoríficos. Ao grampear os telefones do suspeitos veio a surpresa: muitos dos diálogos narravam incidentes como contaminação de carnes, deficiências na refrigeração dos produtos, adulteração de mercadorias. Cada empresa era uma realidade diferente.

15 perguntas e respostas sobre a Operação Carne Fraca

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3 - O consumidor deve deixar de comprar carne?

Foto: Carlos Silva/Mapa
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15 - Há exagero na divulgação?

Foto: Alex Silva/Estadão
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1 - O que é a Operação Carne Fraca?

Foto: Divulgação
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4 - Os produtos sob suspeita serão recolhidos?

Foto: Carlos Silva/Mapa
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5 - Pedaços de papelão foram encontrados nas carnes?

Foto: Carlos Silva/Mapa
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6 - Que outros problemas as investigações apontam?

Foto: Divulgação
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7 - Havia produtos com a bactéria salmonela?

Foto: Amanda Pereobelli/Estadão
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8 - Como o governo reagiu?

Foto: Antonio Lacerda/EFE
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9 - Quais os principais riscos à saúde associados ao consumo de carnes estragadas?

Foto: Divulgação
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10 - O consumo de carne contaminada por bactérias do gênero salmonella sempre leva a infecções graves?

Foto: Filipe Araújo/Estadão
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11 - Pessoas que consumiram carne deteriorada poderão desenvolver algum tipo de câncer?

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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12 - O uso de ácido ascórbico (vitamina C) como conservante nas carnes é proibido no Brasil? Ele está associado a maior risco de câncer?

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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13 - Como minimizar o risco de ser contaminado por uma bactéria ao consumir carnes?

Foto: Alex Silva/Estadão
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14 - Quais são os principais sinais de que a carne pode estar deteriorada?

Foto: Alex Silva/Estadão

A maior parte dos crimes que podem ter alguma relação com riscos à saúde pública não chegou a ser investigada em profundidade na Operação Carne Fraca. No entanto, as conclusões dos investigadores estão descritas em detalhes nos autos do processo. A PF pediu busca e apreensão em 56 empresas e órgão públicos, 37 do setor de alimentos. Mas uma análise do que foi apurado das 21 empresas que tiveram suspensas as certificações para exportação dá uma ideia da enorme diversidade de problemas que foram identificados.

Diversidade. Dos 21 frigoríficos, cinco são acusados apenas de prática de corrupção, sendo que, no caso de dois deles, os grampos indicam que funcionários e proprietários das empresas foram achacados para pagar propina. Eles chegaram a se queixar com os superiores dos fiscais, mas como as denúncias não deram em nada, acabam por aderir ao esquema.

Em três empresas, as investigações apontam que não havia efetiva fiscalização: os funcionários das unidades produtoras preenchiam certificados sanitários e outros documentos e os fiscais apenas assinavam. Vários são os relatos de que os papéis eram levados até a casa dos fiscais para serem assinados.

Há indícios também de que quatro empresas adulteraram documentos enviados ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) sobre a composição de produtos. Entre eles estavam salsichas que foram encomendados para atender uma licitação pública para escolas.

Os dois casos mais graves são de fraudes na formulação dos produtos alimentícios, como substituição de carne por outros produtos para enganar a fiscalização; carnes sem rotulagem, sem refrigeração; utilização de carnes estragadas para produzir embutidos, como salsichas e linguiça, falsificação de análises de laboratório dos produtos adulterados.

Quando a Polícia Federal (PF) começou a investigar ações suspeitas de fiscais do ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), ela tinha como meta identificar se havia uma esquema de corrupção entre servidores públicos e empresas do setor de frigoríficos. Ao grampear os telefones do suspeitos veio a surpresa: muitos dos diálogos narravam incidentes como contaminação de carnes, deficiências na refrigeração dos produtos, adulteração de mercadorias. Cada empresa era uma realidade diferente.

15 perguntas e respostas sobre a Operação Carne Fraca

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3 - O consumidor deve deixar de comprar carne?

Foto: Carlos Silva/Mapa
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15 - Há exagero na divulgação?

Foto: Alex Silva/Estadão
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1 - O que é a Operação Carne Fraca?

Foto: Divulgação
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Foto: Carlos Silva/Mapa
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5 - Pedaços de papelão foram encontrados nas carnes?

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6 - Que outros problemas as investigações apontam?

Foto: Divulgação
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7 - Havia produtos com a bactéria salmonela?

Foto: Amanda Pereobelli/Estadão
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8 - Como o governo reagiu?

Foto: Antonio Lacerda/EFE
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9 - Quais os principais riscos à saúde associados ao consumo de carnes estragadas?

Foto: Divulgação
10 | 14

10 - O consumo de carne contaminada por bactérias do gênero salmonella sempre leva a infecções graves?

Foto: Filipe Araújo/Estadão
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11 - Pessoas que consumiram carne deteriorada poderão desenvolver algum tipo de câncer?

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
12 | 14

12 - O uso de ácido ascórbico (vitamina C) como conservante nas carnes é proibido no Brasil? Ele está associado a maior risco de câncer?

Foto: Amanda Perobelli/Estadão
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13 - Como minimizar o risco de ser contaminado por uma bactéria ao consumir carnes?

Foto: Alex Silva/Estadão
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14 - Quais são os principais sinais de que a carne pode estar deteriorada?

Foto: Alex Silva/Estadão

A maior parte dos crimes que podem ter alguma relação com riscos à saúde pública não chegou a ser investigada em profundidade na Operação Carne Fraca. No entanto, as conclusões dos investigadores estão descritas em detalhes nos autos do processo. A PF pediu busca e apreensão em 56 empresas e órgão públicos, 37 do setor de alimentos. Mas uma análise do que foi apurado das 21 empresas que tiveram suspensas as certificações para exportação dá uma ideia da enorme diversidade de problemas que foram identificados.

Diversidade. Dos 21 frigoríficos, cinco são acusados apenas de prática de corrupção, sendo que, no caso de dois deles, os grampos indicam que funcionários e proprietários das empresas foram achacados para pagar propina. Eles chegaram a se queixar com os superiores dos fiscais, mas como as denúncias não deram em nada, acabam por aderir ao esquema.

Em três empresas, as investigações apontam que não havia efetiva fiscalização: os funcionários das unidades produtoras preenchiam certificados sanitários e outros documentos e os fiscais apenas assinavam. Vários são os relatos de que os papéis eram levados até a casa dos fiscais para serem assinados.

Há indícios também de que quatro empresas adulteraram documentos enviados ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) sobre a composição de produtos. Entre eles estavam salsichas que foram encomendados para atender uma licitação pública para escolas.

Os dois casos mais graves são de fraudes na formulação dos produtos alimentícios, como substituição de carne por outros produtos para enganar a fiscalização; carnes sem rotulagem, sem refrigeração; utilização de carnes estragadas para produzir embutidos, como salsichas e linguiça, falsificação de análises de laboratório dos produtos adulterados.

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