Presidentes de BCs vão propor nova regulação


Brasil quer manter importância do G-20, que inclui países emergentes

Por Jamil Chade

Desde ontem, os xerifes da economia mundial estão reunidos na Basileia, propondo nova regulação para os mercados e colocando à prova pela primeira vez a vontade política dos governos de transformar em realidade as decisões da cúpula do G-20 em abril. O Brasil não esconde que quer usar a crise para consolidar a noção política de que não há como tomar decisões sem os emergentes. O temor é de que, com uma aparente normalização dos mercados, a pressão por reformas e novas regulações perca força, assim como a participação nos fóruns. Para evitar uma marginalização crescente do G-20, a ideia do Brasil é garantir que o grupo estabeleça uma agenda de trabalho e cronogramas. Ontem, os presidentes de bancos centrais das maiores economias começaram a delinear o que podem ser as novas regulações para o mercado financeiro. Em abril, os líderes haviam indicado a necessidade de reformar o sistema financeiro. Mas, até agora, quase nada havia sido feito de forma coordenada entre os governos. As ideias começaram a ganhar forma ontem, no primeiro encontro do Fórum de Estabilidade Global, grupo ampliado para países emergentes, que servirá como foco na elaboração dos novos regulamentos. O Brasil foi representado pelo presidente do BC, Henrique Meirelles. Entre as propostas debatidas está a maior fiscalização sobre hedge funds e maior controle sobre o mercado de derivativos. Novas regras sobre o provisionamento dos bancos foram debatidas, como forma de garantir que os riscos futuros também estejam cobertos. O que ainda não se sabe é quem e como vai avaliar os riscos futuros. Outra proposta foi a criação de critérios de remuneração de executivos de bancos. A meta seria a adoção de princípios gerais que norteariam essa remuneração e ainda definiriam os bônus. Para especialistas, parte da explicação da crise foi o comportamento dos banqueiros, tomando riscos diante da remuneração que teriam. Grupos ainda vão trabalhar na elaboração das novas regulamentações e na supervisão no mercado financeiro, além da criação de um comitê para avaliar a vulnerabilidade de economias. O Brasil conseguiu um lugar no comitê que vai monitorar os trabalhos. CENTRO Mas, nos bastidores, o esforço do Brasil é para garantir que o G-20 se mantenha como o centro decisório na crise. Pela primeira vez desde a cúpula do G-20 em abril, o bloco volta a se reunir hoje e amanhã, também na Basileia. O que parece ser apenas um encontro de burocratas passou a ter importante peso político: garantir que seja o G-20, e não o G-8, o ponto focal de todas decisões sobre a crise. A realidade é que a existência do G-20 como o principal local de decisões não está garantida. Não existe nem uma agenda de trabalho nem uma meta. "O jogo não está jogado", diz uma fonte próxima às negociações. O Brasil vai pedir um G-20 "ativo e forte" e, para isso, vem coordenando posições com os emergentes. Oficialmente, a reunião começa a preparar a próxima cúpula do G-20, no segundo semestre nos Estados Unidos. Mas, para os emergentes, o desafio é também dar legitimidade ao grupo para ser o principal interlocutor. O Brasil acredita que, na prática, o G-20 precisa ter uma agenda de trabalho e não apenas emitir comunicados com boas intenções a cada encontro. Essa seria a estratégia para garantir que o grupo seja o principal local de decisões. Há duas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ensaiou uma crítica ao G-20 durante visita à Europa. Segundo ele, alguns países ricos estariam incomodados com o fato de terem de coordenar agora suas respostas à crise com economias emergentes que, até o início da crise, raramente eram vistas à mesma mesa de negociação. O chanceler Celso Amorim disse que o G-8 estava "morto". Porém, desde abril, o G-20 não voltou a se encontrar. O que mais preocupa é que uma parte importante das decisões dos líderes sequer foi cumprida. Uma delas se refere às medidas protecionistas. A decisão era de que os governos evitariam adotar barreiras por um ano. Desde então, dezenas de medidas comerciais foram adotadas.

Desde ontem, os xerifes da economia mundial estão reunidos na Basileia, propondo nova regulação para os mercados e colocando à prova pela primeira vez a vontade política dos governos de transformar em realidade as decisões da cúpula do G-20 em abril. O Brasil não esconde que quer usar a crise para consolidar a noção política de que não há como tomar decisões sem os emergentes. O temor é de que, com uma aparente normalização dos mercados, a pressão por reformas e novas regulações perca força, assim como a participação nos fóruns. Para evitar uma marginalização crescente do G-20, a ideia do Brasil é garantir que o grupo estabeleça uma agenda de trabalho e cronogramas. Ontem, os presidentes de bancos centrais das maiores economias começaram a delinear o que podem ser as novas regulações para o mercado financeiro. Em abril, os líderes haviam indicado a necessidade de reformar o sistema financeiro. Mas, até agora, quase nada havia sido feito de forma coordenada entre os governos. As ideias começaram a ganhar forma ontem, no primeiro encontro do Fórum de Estabilidade Global, grupo ampliado para países emergentes, que servirá como foco na elaboração dos novos regulamentos. O Brasil foi representado pelo presidente do BC, Henrique Meirelles. Entre as propostas debatidas está a maior fiscalização sobre hedge funds e maior controle sobre o mercado de derivativos. Novas regras sobre o provisionamento dos bancos foram debatidas, como forma de garantir que os riscos futuros também estejam cobertos. O que ainda não se sabe é quem e como vai avaliar os riscos futuros. Outra proposta foi a criação de critérios de remuneração de executivos de bancos. A meta seria a adoção de princípios gerais que norteariam essa remuneração e ainda definiriam os bônus. Para especialistas, parte da explicação da crise foi o comportamento dos banqueiros, tomando riscos diante da remuneração que teriam. Grupos ainda vão trabalhar na elaboração das novas regulamentações e na supervisão no mercado financeiro, além da criação de um comitê para avaliar a vulnerabilidade de economias. O Brasil conseguiu um lugar no comitê que vai monitorar os trabalhos. CENTRO Mas, nos bastidores, o esforço do Brasil é para garantir que o G-20 se mantenha como o centro decisório na crise. Pela primeira vez desde a cúpula do G-20 em abril, o bloco volta a se reunir hoje e amanhã, também na Basileia. O que parece ser apenas um encontro de burocratas passou a ter importante peso político: garantir que seja o G-20, e não o G-8, o ponto focal de todas decisões sobre a crise. A realidade é que a existência do G-20 como o principal local de decisões não está garantida. Não existe nem uma agenda de trabalho nem uma meta. "O jogo não está jogado", diz uma fonte próxima às negociações. O Brasil vai pedir um G-20 "ativo e forte" e, para isso, vem coordenando posições com os emergentes. Oficialmente, a reunião começa a preparar a próxima cúpula do G-20, no segundo semestre nos Estados Unidos. Mas, para os emergentes, o desafio é também dar legitimidade ao grupo para ser o principal interlocutor. O Brasil acredita que, na prática, o G-20 precisa ter uma agenda de trabalho e não apenas emitir comunicados com boas intenções a cada encontro. Essa seria a estratégia para garantir que o grupo seja o principal local de decisões. Há duas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ensaiou uma crítica ao G-20 durante visita à Europa. Segundo ele, alguns países ricos estariam incomodados com o fato de terem de coordenar agora suas respostas à crise com economias emergentes que, até o início da crise, raramente eram vistas à mesma mesa de negociação. O chanceler Celso Amorim disse que o G-8 estava "morto". Porém, desde abril, o G-20 não voltou a se encontrar. O que mais preocupa é que uma parte importante das decisões dos líderes sequer foi cumprida. Uma delas se refere às medidas protecionistas. A decisão era de que os governos evitariam adotar barreiras por um ano. Desde então, dezenas de medidas comerciais foram adotadas.

Desde ontem, os xerifes da economia mundial estão reunidos na Basileia, propondo nova regulação para os mercados e colocando à prova pela primeira vez a vontade política dos governos de transformar em realidade as decisões da cúpula do G-20 em abril. O Brasil não esconde que quer usar a crise para consolidar a noção política de que não há como tomar decisões sem os emergentes. O temor é de que, com uma aparente normalização dos mercados, a pressão por reformas e novas regulações perca força, assim como a participação nos fóruns. Para evitar uma marginalização crescente do G-20, a ideia do Brasil é garantir que o grupo estabeleça uma agenda de trabalho e cronogramas. Ontem, os presidentes de bancos centrais das maiores economias começaram a delinear o que podem ser as novas regulações para o mercado financeiro. Em abril, os líderes haviam indicado a necessidade de reformar o sistema financeiro. Mas, até agora, quase nada havia sido feito de forma coordenada entre os governos. As ideias começaram a ganhar forma ontem, no primeiro encontro do Fórum de Estabilidade Global, grupo ampliado para países emergentes, que servirá como foco na elaboração dos novos regulamentos. O Brasil foi representado pelo presidente do BC, Henrique Meirelles. Entre as propostas debatidas está a maior fiscalização sobre hedge funds e maior controle sobre o mercado de derivativos. Novas regras sobre o provisionamento dos bancos foram debatidas, como forma de garantir que os riscos futuros também estejam cobertos. O que ainda não se sabe é quem e como vai avaliar os riscos futuros. Outra proposta foi a criação de critérios de remuneração de executivos de bancos. A meta seria a adoção de princípios gerais que norteariam essa remuneração e ainda definiriam os bônus. Para especialistas, parte da explicação da crise foi o comportamento dos banqueiros, tomando riscos diante da remuneração que teriam. Grupos ainda vão trabalhar na elaboração das novas regulamentações e na supervisão no mercado financeiro, além da criação de um comitê para avaliar a vulnerabilidade de economias. O Brasil conseguiu um lugar no comitê que vai monitorar os trabalhos. CENTRO Mas, nos bastidores, o esforço do Brasil é para garantir que o G-20 se mantenha como o centro decisório na crise. Pela primeira vez desde a cúpula do G-20 em abril, o bloco volta a se reunir hoje e amanhã, também na Basileia. O que parece ser apenas um encontro de burocratas passou a ter importante peso político: garantir que seja o G-20, e não o G-8, o ponto focal de todas decisões sobre a crise. A realidade é que a existência do G-20 como o principal local de decisões não está garantida. Não existe nem uma agenda de trabalho nem uma meta. "O jogo não está jogado", diz uma fonte próxima às negociações. O Brasil vai pedir um G-20 "ativo e forte" e, para isso, vem coordenando posições com os emergentes. Oficialmente, a reunião começa a preparar a próxima cúpula do G-20, no segundo semestre nos Estados Unidos. Mas, para os emergentes, o desafio é também dar legitimidade ao grupo para ser o principal interlocutor. O Brasil acredita que, na prática, o G-20 precisa ter uma agenda de trabalho e não apenas emitir comunicados com boas intenções a cada encontro. Essa seria a estratégia para garantir que o grupo seja o principal local de decisões. Há duas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ensaiou uma crítica ao G-20 durante visita à Europa. Segundo ele, alguns países ricos estariam incomodados com o fato de terem de coordenar agora suas respostas à crise com economias emergentes que, até o início da crise, raramente eram vistas à mesma mesa de negociação. O chanceler Celso Amorim disse que o G-8 estava "morto". Porém, desde abril, o G-20 não voltou a se encontrar. O que mais preocupa é que uma parte importante das decisões dos líderes sequer foi cumprida. Uma delas se refere às medidas protecionistas. A decisão era de que os governos evitariam adotar barreiras por um ano. Desde então, dezenas de medidas comerciais foram adotadas.

Desde ontem, os xerifes da economia mundial estão reunidos na Basileia, propondo nova regulação para os mercados e colocando à prova pela primeira vez a vontade política dos governos de transformar em realidade as decisões da cúpula do G-20 em abril. O Brasil não esconde que quer usar a crise para consolidar a noção política de que não há como tomar decisões sem os emergentes. O temor é de que, com uma aparente normalização dos mercados, a pressão por reformas e novas regulações perca força, assim como a participação nos fóruns. Para evitar uma marginalização crescente do G-20, a ideia do Brasil é garantir que o grupo estabeleça uma agenda de trabalho e cronogramas. Ontem, os presidentes de bancos centrais das maiores economias começaram a delinear o que podem ser as novas regulações para o mercado financeiro. Em abril, os líderes haviam indicado a necessidade de reformar o sistema financeiro. Mas, até agora, quase nada havia sido feito de forma coordenada entre os governos. As ideias começaram a ganhar forma ontem, no primeiro encontro do Fórum de Estabilidade Global, grupo ampliado para países emergentes, que servirá como foco na elaboração dos novos regulamentos. O Brasil foi representado pelo presidente do BC, Henrique Meirelles. Entre as propostas debatidas está a maior fiscalização sobre hedge funds e maior controle sobre o mercado de derivativos. Novas regras sobre o provisionamento dos bancos foram debatidas, como forma de garantir que os riscos futuros também estejam cobertos. O que ainda não se sabe é quem e como vai avaliar os riscos futuros. Outra proposta foi a criação de critérios de remuneração de executivos de bancos. A meta seria a adoção de princípios gerais que norteariam essa remuneração e ainda definiriam os bônus. Para especialistas, parte da explicação da crise foi o comportamento dos banqueiros, tomando riscos diante da remuneração que teriam. Grupos ainda vão trabalhar na elaboração das novas regulamentações e na supervisão no mercado financeiro, além da criação de um comitê para avaliar a vulnerabilidade de economias. O Brasil conseguiu um lugar no comitê que vai monitorar os trabalhos. CENTRO Mas, nos bastidores, o esforço do Brasil é para garantir que o G-20 se mantenha como o centro decisório na crise. Pela primeira vez desde a cúpula do G-20 em abril, o bloco volta a se reunir hoje e amanhã, também na Basileia. O que parece ser apenas um encontro de burocratas passou a ter importante peso político: garantir que seja o G-20, e não o G-8, o ponto focal de todas decisões sobre a crise. A realidade é que a existência do G-20 como o principal local de decisões não está garantida. Não existe nem uma agenda de trabalho nem uma meta. "O jogo não está jogado", diz uma fonte próxima às negociações. O Brasil vai pedir um G-20 "ativo e forte" e, para isso, vem coordenando posições com os emergentes. Oficialmente, a reunião começa a preparar a próxima cúpula do G-20, no segundo semestre nos Estados Unidos. Mas, para os emergentes, o desafio é também dar legitimidade ao grupo para ser o principal interlocutor. O Brasil acredita que, na prática, o G-20 precisa ter uma agenda de trabalho e não apenas emitir comunicados com boas intenções a cada encontro. Essa seria a estratégia para garantir que o grupo seja o principal local de decisões. Há duas semanas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ensaiou uma crítica ao G-20 durante visita à Europa. Segundo ele, alguns países ricos estariam incomodados com o fato de terem de coordenar agora suas respostas à crise com economias emergentes que, até o início da crise, raramente eram vistas à mesma mesa de negociação. O chanceler Celso Amorim disse que o G-8 estava "morto". Porém, desde abril, o G-20 não voltou a se encontrar. O que mais preocupa é que uma parte importante das decisões dos líderes sequer foi cumprida. Uma delas se refere às medidas protecionistas. A decisão era de que os governos evitariam adotar barreiras por um ano. Desde então, dezenas de medidas comerciais foram adotadas.

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