Produção industrial cai 2,4% em janeiro ante dezembro


No acumulado de 12 meses, a indústria acumula alta de 3,1%, aponta IBGE

Por Daniela Amorim

A indústria brasileira começou o ano de 2022 no vermelho. A produção industrial recuou 2,4% em janeiro em relação a dezembro, depois de ter crescido 2,9% no mês anterior, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou próximo das estimativas mais pessimistas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 2,7% a alta de 1,1%, com mediana negativa de 1,8%.

Funcionário trabalha em indústria; IBGE divulgou dados da produção industrial em janeiro Foto: Taba Benedicto/ Estadão
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"Estamos caminhando para um primeiro trimestre de queda, porque os dados de veículos de fevereiro não foram bons. Eventualmente, podemos ter uma retomada desse setor em março, por causa da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), mas estamos falando de um resultado fraco na margem, provavelmente negativo", disse o economista-chefe da gestora de recursos Greenbay Investimentos, Flávio Serrano, para quem o resultado da indústria em janeiro reforça um quadro desafiador para o crescimento econômico do País.

Na passagem de dezembro para janeiro, houve retração em 20 das 26 atividades investigadas, o perfil mais espalhado de quedas desde abril de 2020, quando o setor industrial estava fortemente impactado pelo choque provocado pela pandemia de covid-19. Com a piora, a indústria brasileira passou a operar 3,5% aquém do patamar de fevereiro de 2020: apenas oito atividades se mantêm operando em nível superior ao pré-crise sanitária.

Nos últimos 13 meses a produção recuou em nove deles, frisou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, para quem a alta de dezembro “acabou sendo um movimento muito atípico”.

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Segundo Macedo, o desempenho de janeiro de 2022 foi derrubado por uma ocorrência maior de férias coletivas em plantas industriais, pela base de comparação mais elevada em função do aumento na produção em dezembro, pelo avanço no número de contaminações da covid-19 provocado pela variante Ômicron, mas também por fatores pontuais, como as “chuvas mais intensas ocorridas em Minas Gerais, que alcançaram de forma importante o setor extrativo, mais especificamente o minério de ferro”, justificou.

"O que estamos vendo é que a atividade industrial está fraca, fortemente impactada pelos gargalos de oferta. Foi uma tendência ao longo de 2021, que se intensifica ao longo de 2022. E ainda temos o fator pontual de efeitos climáticos, com impactos sobre a indústria extrativa", avaliou Mirella Hirakawa, economista sênior da gestora de fundos AZ Quest Investimentos.

André Macedo concorda que a indústria permaneça impactada pelo encarecimento e dificuldade de obtenção de insumos, mas também pela menor demanda doméstica, prejudicada pelo crédito mais caro diante da elevação de juros, pela inflação corroendo o poder de compra das famílias, pela precarização do emprego e pelos salários menores.

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Agora, a invasão da Ucrânia pela Russa tem potencial para “intensificar a magnitude de perdas” já existentes na produção industrial brasileira, afirmou o gerente do IBGE. Para Macedo, o cenário de incertezas pode afetar decisões de consumo e de investimentos, além de reduzir a oferta de matérias-primas e bens de consumo.

“A gente já tinha o setor industrial muito afetado pelo desarranjo das cadeias produtivas, pela oferta de insumos”, lembrou Macedo. “Tem chance de que isso seja intensificado. Também pode ter um encarecimento de custos de produção”, disse ele.

O pesquisador ressalta que ainda não é possível prever o tamanho do impacto do conflito sobre a indústria brasileira, mas confirma que “a guerra traz reflexos negativos para a produção doméstica”.

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"No médio prazo, olhando para março e abril, as notícias sobre a guerra no Leste Europeu pioram as expectativas de normalização das cadeias globais, uma vez que Ucrânia e Rússia são produtores significativos de insumos para a produção de chips", corroborou Mirella Hirakawa, da AZ Quest Investimentos.

Em 12 meses, a indústria manteve a trajetória de perda de fôlego, mas ainda acumulou um avanço de 3,1% em janeiro.

A indústria brasileira começou o ano de 2022 no vermelho. A produção industrial recuou 2,4% em janeiro em relação a dezembro, depois de ter crescido 2,9% no mês anterior, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou próximo das estimativas mais pessimistas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 2,7% a alta de 1,1%, com mediana negativa de 1,8%.

Funcionário trabalha em indústria; IBGE divulgou dados da produção industrial em janeiro Foto: Taba Benedicto/ Estadão

"Estamos caminhando para um primeiro trimestre de queda, porque os dados de veículos de fevereiro não foram bons. Eventualmente, podemos ter uma retomada desse setor em março, por causa da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), mas estamos falando de um resultado fraco na margem, provavelmente negativo", disse o economista-chefe da gestora de recursos Greenbay Investimentos, Flávio Serrano, para quem o resultado da indústria em janeiro reforça um quadro desafiador para o crescimento econômico do País.

Na passagem de dezembro para janeiro, houve retração em 20 das 26 atividades investigadas, o perfil mais espalhado de quedas desde abril de 2020, quando o setor industrial estava fortemente impactado pelo choque provocado pela pandemia de covid-19. Com a piora, a indústria brasileira passou a operar 3,5% aquém do patamar de fevereiro de 2020: apenas oito atividades se mantêm operando em nível superior ao pré-crise sanitária.

Nos últimos 13 meses a produção recuou em nove deles, frisou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, para quem a alta de dezembro “acabou sendo um movimento muito atípico”.

Segundo Macedo, o desempenho de janeiro de 2022 foi derrubado por uma ocorrência maior de férias coletivas em plantas industriais, pela base de comparação mais elevada em função do aumento na produção em dezembro, pelo avanço no número de contaminações da covid-19 provocado pela variante Ômicron, mas também por fatores pontuais, como as “chuvas mais intensas ocorridas em Minas Gerais, que alcançaram de forma importante o setor extrativo, mais especificamente o minério de ferro”, justificou.

"O que estamos vendo é que a atividade industrial está fraca, fortemente impactada pelos gargalos de oferta. Foi uma tendência ao longo de 2021, que se intensifica ao longo de 2022. E ainda temos o fator pontual de efeitos climáticos, com impactos sobre a indústria extrativa", avaliou Mirella Hirakawa, economista sênior da gestora de fundos AZ Quest Investimentos.

André Macedo concorda que a indústria permaneça impactada pelo encarecimento e dificuldade de obtenção de insumos, mas também pela menor demanda doméstica, prejudicada pelo crédito mais caro diante da elevação de juros, pela inflação corroendo o poder de compra das famílias, pela precarização do emprego e pelos salários menores.

Agora, a invasão da Ucrânia pela Russa tem potencial para “intensificar a magnitude de perdas” já existentes na produção industrial brasileira, afirmou o gerente do IBGE. Para Macedo, o cenário de incertezas pode afetar decisões de consumo e de investimentos, além de reduzir a oferta de matérias-primas e bens de consumo.

“A gente já tinha o setor industrial muito afetado pelo desarranjo das cadeias produtivas, pela oferta de insumos”, lembrou Macedo. “Tem chance de que isso seja intensificado. Também pode ter um encarecimento de custos de produção”, disse ele.

O pesquisador ressalta que ainda não é possível prever o tamanho do impacto do conflito sobre a indústria brasileira, mas confirma que “a guerra traz reflexos negativos para a produção doméstica”.

"No médio prazo, olhando para março e abril, as notícias sobre a guerra no Leste Europeu pioram as expectativas de normalização das cadeias globais, uma vez que Ucrânia e Rússia são produtores significativos de insumos para a produção de chips", corroborou Mirella Hirakawa, da AZ Quest Investimentos.

Em 12 meses, a indústria manteve a trajetória de perda de fôlego, mas ainda acumulou um avanço de 3,1% em janeiro.

A indústria brasileira começou o ano de 2022 no vermelho. A produção industrial recuou 2,4% em janeiro em relação a dezembro, depois de ter crescido 2,9% no mês anterior, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou próximo das estimativas mais pessimistas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 2,7% a alta de 1,1%, com mediana negativa de 1,8%.

Funcionário trabalha em indústria; IBGE divulgou dados da produção industrial em janeiro Foto: Taba Benedicto/ Estadão

"Estamos caminhando para um primeiro trimestre de queda, porque os dados de veículos de fevereiro não foram bons. Eventualmente, podemos ter uma retomada desse setor em março, por causa da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), mas estamos falando de um resultado fraco na margem, provavelmente negativo", disse o economista-chefe da gestora de recursos Greenbay Investimentos, Flávio Serrano, para quem o resultado da indústria em janeiro reforça um quadro desafiador para o crescimento econômico do País.

Na passagem de dezembro para janeiro, houve retração em 20 das 26 atividades investigadas, o perfil mais espalhado de quedas desde abril de 2020, quando o setor industrial estava fortemente impactado pelo choque provocado pela pandemia de covid-19. Com a piora, a indústria brasileira passou a operar 3,5% aquém do patamar de fevereiro de 2020: apenas oito atividades se mantêm operando em nível superior ao pré-crise sanitária.

Nos últimos 13 meses a produção recuou em nove deles, frisou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, para quem a alta de dezembro “acabou sendo um movimento muito atípico”.

Segundo Macedo, o desempenho de janeiro de 2022 foi derrubado por uma ocorrência maior de férias coletivas em plantas industriais, pela base de comparação mais elevada em função do aumento na produção em dezembro, pelo avanço no número de contaminações da covid-19 provocado pela variante Ômicron, mas também por fatores pontuais, como as “chuvas mais intensas ocorridas em Minas Gerais, que alcançaram de forma importante o setor extrativo, mais especificamente o minério de ferro”, justificou.

"O que estamos vendo é que a atividade industrial está fraca, fortemente impactada pelos gargalos de oferta. Foi uma tendência ao longo de 2021, que se intensifica ao longo de 2022. E ainda temos o fator pontual de efeitos climáticos, com impactos sobre a indústria extrativa", avaliou Mirella Hirakawa, economista sênior da gestora de fundos AZ Quest Investimentos.

André Macedo concorda que a indústria permaneça impactada pelo encarecimento e dificuldade de obtenção de insumos, mas também pela menor demanda doméstica, prejudicada pelo crédito mais caro diante da elevação de juros, pela inflação corroendo o poder de compra das famílias, pela precarização do emprego e pelos salários menores.

Agora, a invasão da Ucrânia pela Russa tem potencial para “intensificar a magnitude de perdas” já existentes na produção industrial brasileira, afirmou o gerente do IBGE. Para Macedo, o cenário de incertezas pode afetar decisões de consumo e de investimentos, além de reduzir a oferta de matérias-primas e bens de consumo.

“A gente já tinha o setor industrial muito afetado pelo desarranjo das cadeias produtivas, pela oferta de insumos”, lembrou Macedo. “Tem chance de que isso seja intensificado. Também pode ter um encarecimento de custos de produção”, disse ele.

O pesquisador ressalta que ainda não é possível prever o tamanho do impacto do conflito sobre a indústria brasileira, mas confirma que “a guerra traz reflexos negativos para a produção doméstica”.

"No médio prazo, olhando para março e abril, as notícias sobre a guerra no Leste Europeu pioram as expectativas de normalização das cadeias globais, uma vez que Ucrânia e Rússia são produtores significativos de insumos para a produção de chips", corroborou Mirella Hirakawa, da AZ Quest Investimentos.

Em 12 meses, a indústria manteve a trajetória de perda de fôlego, mas ainda acumulou um avanço de 3,1% em janeiro.

A indústria brasileira começou o ano de 2022 no vermelho. A produção industrial recuou 2,4% em janeiro em relação a dezembro, depois de ter crescido 2,9% no mês anterior, de acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou próximo das estimativas mais pessimistas de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 2,7% a alta de 1,1%, com mediana negativa de 1,8%.

Funcionário trabalha em indústria; IBGE divulgou dados da produção industrial em janeiro Foto: Taba Benedicto/ Estadão

"Estamos caminhando para um primeiro trimestre de queda, porque os dados de veículos de fevereiro não foram bons. Eventualmente, podemos ter uma retomada desse setor em março, por causa da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), mas estamos falando de um resultado fraco na margem, provavelmente negativo", disse o economista-chefe da gestora de recursos Greenbay Investimentos, Flávio Serrano, para quem o resultado da indústria em janeiro reforça um quadro desafiador para o crescimento econômico do País.

Na passagem de dezembro para janeiro, houve retração em 20 das 26 atividades investigadas, o perfil mais espalhado de quedas desde abril de 2020, quando o setor industrial estava fortemente impactado pelo choque provocado pela pandemia de covid-19. Com a piora, a indústria brasileira passou a operar 3,5% aquém do patamar de fevereiro de 2020: apenas oito atividades se mantêm operando em nível superior ao pré-crise sanitária.

Nos últimos 13 meses a produção recuou em nove deles, frisou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, para quem a alta de dezembro “acabou sendo um movimento muito atípico”.

Segundo Macedo, o desempenho de janeiro de 2022 foi derrubado por uma ocorrência maior de férias coletivas em plantas industriais, pela base de comparação mais elevada em função do aumento na produção em dezembro, pelo avanço no número de contaminações da covid-19 provocado pela variante Ômicron, mas também por fatores pontuais, como as “chuvas mais intensas ocorridas em Minas Gerais, que alcançaram de forma importante o setor extrativo, mais especificamente o minério de ferro”, justificou.

"O que estamos vendo é que a atividade industrial está fraca, fortemente impactada pelos gargalos de oferta. Foi uma tendência ao longo de 2021, que se intensifica ao longo de 2022. E ainda temos o fator pontual de efeitos climáticos, com impactos sobre a indústria extrativa", avaliou Mirella Hirakawa, economista sênior da gestora de fundos AZ Quest Investimentos.

André Macedo concorda que a indústria permaneça impactada pelo encarecimento e dificuldade de obtenção de insumos, mas também pela menor demanda doméstica, prejudicada pelo crédito mais caro diante da elevação de juros, pela inflação corroendo o poder de compra das famílias, pela precarização do emprego e pelos salários menores.

Agora, a invasão da Ucrânia pela Russa tem potencial para “intensificar a magnitude de perdas” já existentes na produção industrial brasileira, afirmou o gerente do IBGE. Para Macedo, o cenário de incertezas pode afetar decisões de consumo e de investimentos, além de reduzir a oferta de matérias-primas e bens de consumo.

“A gente já tinha o setor industrial muito afetado pelo desarranjo das cadeias produtivas, pela oferta de insumos”, lembrou Macedo. “Tem chance de que isso seja intensificado. Também pode ter um encarecimento de custos de produção”, disse ele.

O pesquisador ressalta que ainda não é possível prever o tamanho do impacto do conflito sobre a indústria brasileira, mas confirma que “a guerra traz reflexos negativos para a produção doméstica”.

"No médio prazo, olhando para março e abril, as notícias sobre a guerra no Leste Europeu pioram as expectativas de normalização das cadeias globais, uma vez que Ucrânia e Rússia são produtores significativos de insumos para a produção de chips", corroborou Mirella Hirakawa, da AZ Quest Investimentos.

Em 12 meses, a indústria manteve a trajetória de perda de fôlego, mas ainda acumulou um avanço de 3,1% em janeiro.

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