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Câmbio: Brasil entrou em guerra impossível, diz banco dos EUA


Bank of America acredita que não há nada que o governo possa fazer

Por Carla Miranda

Os estrangeiros em geral não estão preocupados com a elevação, de 4% para 6%, do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre capital externo, e alguns chegaram a dizer que nem pensam em reduzir o ritmo de aplicações no País.

---Enquete: como aproveitar a queda do dólar?Radar Econômico é finalista do prêmio Top Blog. Vote! ---

Os fundos de investimento do Japão, por exemplo, não vão reduzir, muito menos interromper, o capital direcionado a países como Brasil, Rússia, Índia e China, afirmou à Bloomberg o economista-chefe em Tóquio do banco Crédit Agricole.

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"Ainda que essa taxa possa ter algum custo sobre os investimentos no Brasil, não acho que vá gerar cancelamentos e nem redução do número de novos fundos sendo lançados, porque o retorno ainda está muito alto", afirmou Susumu Kato, do Crédit Agricole.

O Japão tem uma das taxas de juros mais baixas do mundo, enquanto o Brasil tem uma das mais altas. O chefe dos correspondentes do jornal japonês Nikkei na América Latina disse, em recente entrevista para este Radar Econômico, que os leitores do periódico estão interessados principalmente em informações sobre títulos públicos brasileiros. Aplicar nos papéis do País dá retorno dez vezes maior do que nos títulos do Japão.

O Bank of America divulgou um relatório em que se mostra completamente cético. "Não há nada que o governo brasileiro possa fazer para lutar contra o recorde de baixa do nível de retorno nas economias desenvolvidas. [...] O governo se engajou numa guerra impossível", afirma o banco, conforme registrou a Bloomberg.

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O banco se refere à declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o mundo estaria vivendo uma guerra cambial internacional.

Alívio temporário

Alguns especialistas, no entanto, acreditam que a alta do IOF vai trazer uma redução, pelo menos temporária, no fluxo de investimentos para o Brasil.

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"Acreditamos que desta vez será diferente [da elevação do IOF de 2% para 4%]. Com a nova taxa de IOF, o governo dá sinal de que vai fazer qualquer coisa para conter a apreciação do real", afirmou o Barclays, em relatório, como noticiou a Bloomberg.

A agência de notícias também ouviu Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central. Para ele, a taxação "pode gerar um alívio temporário, mas não resolverá a questão".

'Problema é dólar, não real'

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O blog "BeyondBrics", do "Financial Times", cita o depoimento de analista do Crédit Suisse em Nova York, Alvise Marino: "Não é uma questão de o Brasil estar fazendo certo, mas de os Estados Unidos estarem fazendo errado. É um problema do dólar, não de moedas locais".

África do Sul critica disputa

O ministro das Finanças da África do Sul, Pravin Gordhan, criticou a ação dos países que tentam depreciar suas moedas, como noticiou o "Wall Street Journal". Além do Brasil, Coreia do Sul, Indonésia e Tailândia tomaram medidas de restrição ao capital externo recentemente. A Tailândia, por sinal, taxou a entrada de capital em 15%.

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Para o governo sul-africano, a guerra cambial pode evoluir para uma guerra comercial, com os países restringindo as importações para proteger suas indústrias e seus empregos.

Os estrangeiros em geral não estão preocupados com a elevação, de 4% para 6%, do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre capital externo, e alguns chegaram a dizer que nem pensam em reduzir o ritmo de aplicações no País.

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Os fundos de investimento do Japão, por exemplo, não vão reduzir, muito menos interromper, o capital direcionado a países como Brasil, Rússia, Índia e China, afirmou à Bloomberg o economista-chefe em Tóquio do banco Crédit Agricole.

"Ainda que essa taxa possa ter algum custo sobre os investimentos no Brasil, não acho que vá gerar cancelamentos e nem redução do número de novos fundos sendo lançados, porque o retorno ainda está muito alto", afirmou Susumu Kato, do Crédit Agricole.

O Japão tem uma das taxas de juros mais baixas do mundo, enquanto o Brasil tem uma das mais altas. O chefe dos correspondentes do jornal japonês Nikkei na América Latina disse, em recente entrevista para este Radar Econômico, que os leitores do periódico estão interessados principalmente em informações sobre títulos públicos brasileiros. Aplicar nos papéis do País dá retorno dez vezes maior do que nos títulos do Japão.

O Bank of America divulgou um relatório em que se mostra completamente cético. "Não há nada que o governo brasileiro possa fazer para lutar contra o recorde de baixa do nível de retorno nas economias desenvolvidas. [...] O governo se engajou numa guerra impossível", afirma o banco, conforme registrou a Bloomberg.

O banco se refere à declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o mundo estaria vivendo uma guerra cambial internacional.

Alívio temporário

Alguns especialistas, no entanto, acreditam que a alta do IOF vai trazer uma redução, pelo menos temporária, no fluxo de investimentos para o Brasil.

"Acreditamos que desta vez será diferente [da elevação do IOF de 2% para 4%]. Com a nova taxa de IOF, o governo dá sinal de que vai fazer qualquer coisa para conter a apreciação do real", afirmou o Barclays, em relatório, como noticiou a Bloomberg.

A agência de notícias também ouviu Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central. Para ele, a taxação "pode gerar um alívio temporário, mas não resolverá a questão".

'Problema é dólar, não real'

O blog "BeyondBrics", do "Financial Times", cita o depoimento de analista do Crédit Suisse em Nova York, Alvise Marino: "Não é uma questão de o Brasil estar fazendo certo, mas de os Estados Unidos estarem fazendo errado. É um problema do dólar, não de moedas locais".

África do Sul critica disputa

O ministro das Finanças da África do Sul, Pravin Gordhan, criticou a ação dos países que tentam depreciar suas moedas, como noticiou o "Wall Street Journal". Além do Brasil, Coreia do Sul, Indonésia e Tailândia tomaram medidas de restrição ao capital externo recentemente. A Tailândia, por sinal, taxou a entrada de capital em 15%.

Para o governo sul-africano, a guerra cambial pode evoluir para uma guerra comercial, com os países restringindo as importações para proteger suas indústrias e seus empregos.

Os estrangeiros em geral não estão preocupados com a elevação, de 4% para 6%, do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre capital externo, e alguns chegaram a dizer que nem pensam em reduzir o ritmo de aplicações no País.

---Enquete: como aproveitar a queda do dólar?Radar Econômico é finalista do prêmio Top Blog. Vote! ---

Os fundos de investimento do Japão, por exemplo, não vão reduzir, muito menos interromper, o capital direcionado a países como Brasil, Rússia, Índia e China, afirmou à Bloomberg o economista-chefe em Tóquio do banco Crédit Agricole.

"Ainda que essa taxa possa ter algum custo sobre os investimentos no Brasil, não acho que vá gerar cancelamentos e nem redução do número de novos fundos sendo lançados, porque o retorno ainda está muito alto", afirmou Susumu Kato, do Crédit Agricole.

O Japão tem uma das taxas de juros mais baixas do mundo, enquanto o Brasil tem uma das mais altas. O chefe dos correspondentes do jornal japonês Nikkei na América Latina disse, em recente entrevista para este Radar Econômico, que os leitores do periódico estão interessados principalmente em informações sobre títulos públicos brasileiros. Aplicar nos papéis do País dá retorno dez vezes maior do que nos títulos do Japão.

O Bank of America divulgou um relatório em que se mostra completamente cético. "Não há nada que o governo brasileiro possa fazer para lutar contra o recorde de baixa do nível de retorno nas economias desenvolvidas. [...] O governo se engajou numa guerra impossível", afirma o banco, conforme registrou a Bloomberg.

O banco se refere à declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o mundo estaria vivendo uma guerra cambial internacional.

Alívio temporário

Alguns especialistas, no entanto, acreditam que a alta do IOF vai trazer uma redução, pelo menos temporária, no fluxo de investimentos para o Brasil.

"Acreditamos que desta vez será diferente [da elevação do IOF de 2% para 4%]. Com a nova taxa de IOF, o governo dá sinal de que vai fazer qualquer coisa para conter a apreciação do real", afirmou o Barclays, em relatório, como noticiou a Bloomberg.

A agência de notícias também ouviu Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central. Para ele, a taxação "pode gerar um alívio temporário, mas não resolverá a questão".

'Problema é dólar, não real'

O blog "BeyondBrics", do "Financial Times", cita o depoimento de analista do Crédit Suisse em Nova York, Alvise Marino: "Não é uma questão de o Brasil estar fazendo certo, mas de os Estados Unidos estarem fazendo errado. É um problema do dólar, não de moedas locais".

África do Sul critica disputa

O ministro das Finanças da África do Sul, Pravin Gordhan, criticou a ação dos países que tentam depreciar suas moedas, como noticiou o "Wall Street Journal". Além do Brasil, Coreia do Sul, Indonésia e Tailândia tomaram medidas de restrição ao capital externo recentemente. A Tailândia, por sinal, taxou a entrada de capital em 15%.

Para o governo sul-africano, a guerra cambial pode evoluir para uma guerra comercial, com os países restringindo as importações para proteger suas indústrias e seus empregos.

Os estrangeiros em geral não estão preocupados com a elevação, de 4% para 6%, do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre capital externo, e alguns chegaram a dizer que nem pensam em reduzir o ritmo de aplicações no País.

---Enquete: como aproveitar a queda do dólar?Radar Econômico é finalista do prêmio Top Blog. Vote! ---

Os fundos de investimento do Japão, por exemplo, não vão reduzir, muito menos interromper, o capital direcionado a países como Brasil, Rússia, Índia e China, afirmou à Bloomberg o economista-chefe em Tóquio do banco Crédit Agricole.

"Ainda que essa taxa possa ter algum custo sobre os investimentos no Brasil, não acho que vá gerar cancelamentos e nem redução do número de novos fundos sendo lançados, porque o retorno ainda está muito alto", afirmou Susumu Kato, do Crédit Agricole.

O Japão tem uma das taxas de juros mais baixas do mundo, enquanto o Brasil tem uma das mais altas. O chefe dos correspondentes do jornal japonês Nikkei na América Latina disse, em recente entrevista para este Radar Econômico, que os leitores do periódico estão interessados principalmente em informações sobre títulos públicos brasileiros. Aplicar nos papéis do País dá retorno dez vezes maior do que nos títulos do Japão.

O Bank of America divulgou um relatório em que se mostra completamente cético. "Não há nada que o governo brasileiro possa fazer para lutar contra o recorde de baixa do nível de retorno nas economias desenvolvidas. [...] O governo se engajou numa guerra impossível", afirma o banco, conforme registrou a Bloomberg.

O banco se refere à declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o mundo estaria vivendo uma guerra cambial internacional.

Alívio temporário

Alguns especialistas, no entanto, acreditam que a alta do IOF vai trazer uma redução, pelo menos temporária, no fluxo de investimentos para o Brasil.

"Acreditamos que desta vez será diferente [da elevação do IOF de 2% para 4%]. Com a nova taxa de IOF, o governo dá sinal de que vai fazer qualquer coisa para conter a apreciação do real", afirmou o Barclays, em relatório, como noticiou a Bloomberg.

A agência de notícias também ouviu Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central. Para ele, a taxação "pode gerar um alívio temporário, mas não resolverá a questão".

'Problema é dólar, não real'

O blog "BeyondBrics", do "Financial Times", cita o depoimento de analista do Crédit Suisse em Nova York, Alvise Marino: "Não é uma questão de o Brasil estar fazendo certo, mas de os Estados Unidos estarem fazendo errado. É um problema do dólar, não de moedas locais".

África do Sul critica disputa

O ministro das Finanças da África do Sul, Pravin Gordhan, criticou a ação dos países que tentam depreciar suas moedas, como noticiou o "Wall Street Journal". Além do Brasil, Coreia do Sul, Indonésia e Tailândia tomaram medidas de restrição ao capital externo recentemente. A Tailândia, por sinal, taxou a entrada de capital em 15%.

Para o governo sul-africano, a guerra cambial pode evoluir para uma guerra comercial, com os países restringindo as importações para proteger suas indústrias e seus empregos.

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